terça-feira, 27 de dezembro de 2022

SINTRA: SUA SENHORIA E UM PROBLEMA DA ORGANIZAÇÃO (3)

Pedido frustrado 

Já passaram mais de dois anos (foi em 8 de Outubro de 2020) que um suposto pedido de Basílio Horta ao Embaixador de Portugal em Washington não redundou.

Era uma feliz oportunidade de viajar aos Estados Unidos da América, pela certa bem acompanhado, numa jornada que falhou sem enaltecido orgulho.  

Feliz imagem de serviços privados que ligam a Estação ao Centro da Vila de Sintra

Americanos? CULPADOS!

Antes de mais, devemos confortar Sua Senhoria pelo facto dos estrategas americanos se alhearem dos anseios e sobriedade que Sua Senhoria manifestou. 

Reconheçamos que, mesmo falhado tão pertinente apelo ao Senhor Embaixador, quando as notícias importantes correm mundo logo algum candidato apareceria.

Então porque não se meteram logo ao caminho, estudiosos do lugar, ávidos de avaliar e desenhar circuitos, inventariar gastos da gestão e seu enquadramento?

Para nós, recearam lidar com um político dito poupadinho, falado como o político mais rico do país, economizador de zeros que fugiria a pagar honorários elevados.

Se tal recearam não é justo, porque na Câmara os milhões abundam, para isto e para aquilo, sempre tudo muito bem estruturado para a época, como soe dizer-se. 

Há coisas que não se fazem e os americanos não encherem de cérebros o segundo concelho mais populoso do país á coisa que roça a afronta. 

CULPE-SE  os americanos, ingratos, medrosos, sem ajudarem Sintra a brilhar no firmamento onde Sua Senhoria se move, tirando-nos a luminosidade das estrelas. 

Organização...

A vida profissional ensinou-nos que, muitas vezes, o apelo Organizativo tem várias vertentes, sendo uma delas, frequente, passar a esponja sobre responsabilidades.

Manda a verdade que se diga que, em grandes organizações, há sempre quem, nos seus quadros, com responsável coordenação, consiga fazer trabalho positivo

Por isso, os altos decisores, se muito centralizadores, até mãos de ferro, não conseguem alijar em quadros intermédios as suas responsabilidades.

Quem propôs o Parque de Estacionamento da Cavaleira ? Quanto custou aos munícipes tal decisão? Em que estudo prévio de viabilidade se sustentou?

Ao lembrar as palavras sóbrias - na altura - de Sua Senhoria, que consequência teve nos apoiantes o falhanço de tão luminosa ideia, que parecia ser de outro mundo?

E a construção da dita Pousada de Jovens, feita pela Câmara em terreno alheio, com pagamento de renda à entidade que beneficiou desse rico património?

Que diriam os americanos sobre isso? Talvez os decisores devessem ser coagidos a suportar o preço de tal decisão que, pecuniariamente, nos empobreceu.

Turismo...

Quaisquer consultores - americanos ou não - notariam que num destino como Sintra, apenas deveriam atuar Guias devidamente especializados e licenciados.

Se copiássemos práticas de prestigiados destinos, evitar-se-iam acompanhantes de ocasião - e não técnicos especializados - a falar sobre a nossa rica história. 

Nos transportes, que pelo mundo se vocacionam para públicos e coletivos, porque não há cá soluções que respondam aos residentes e a quantos nos visitam?

A qualidade do Turismo deve oferecer transportes rápidos aos Centros Históricos

O Centro Histórico que fica a escassos 700 metros da estação da CP, deveria ter um ligação direta e permanente à Vila com pequenos autocarros de baixo custo.

Aprecie-se o local da inversão...quando a 50 metros o Largo permite a manobra
 
Não há muito tempo, pequenos autocarros faziam a Volta do Duche nos dois sentidos, invertendo na Via quando podiam ir até ao Largo Dr. Gregório de Almeida.

Sem se perceber porquê, tal transporte tão direto ao Centro Histórico, acabou, abrindo caminho à confusa disputa (ou paga oferta) de uma volta com 5 quilómetros.

Seria preciso os americanos organizarem estas pequenas coisas - como em locais históricos - e haver circulações permanentes, ecológicas, pela Volta do Duche?

Onde estará o defeito e a responsabilização de quem avançou com diversas alterações sem ter em consideração os interesses locais? Em quem foi o promotor?

Sua Senhoria tem pensado nisto? Seriam os americanos a organizar?


quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

SINTRA: QUE MELHOROU COM A UNIÃO DE 3 FREGUESIAS?

O que nos faz meditar...

In "Jornal de Sintra", Ed. 2.12.2021

Certamente com razões válidas, em três das sete Uniões de Freguesias existentes no Concelho de Sintra, a maioria dos eleitos decidiu pela desconcentração. 

Claramente as razões foram válidas, fruto de desilusões surgidas com o esquema de se fazer freguesias em agrupamentos, quase todos nitidamente falhados.

Das quatro (4) restantes Uniões de Freguesias não sabemos as intenções, apesar de poderem existir pequenas diversidades na resposta aos anseios locais.

Na nossa anterior - S. Pedro de Penaferrim - com o mais vasto território, as afinidades igualitárias não têm sido padrão indicador de melhor vida coletiva. 

Para melhor análise recordaremos que, das antigas freguesias, São  Pedro tem 26,46 Km2, S. Martinho 24,28 Km2 e Santa Maria e São Miguel 11,53 km2.

Como na UFSintra a população só aumentou de 305 residentes (Censos de 2011 e 2021) continuará a ser na antiga S. Pedro, o maior número de habitantes.

Em tese, a forçada União de Freguesias de Sintra, pelas divergências históricas, pela não conseguida convergência em direitos comuns, alienáveis, falhou. 

É no território do Sul, onde se exalta o Palácio da Pena, que os maiores núcleos empresariais e residenciais sentem o distanciamento por faltas estruturais.

Que Poder Local?

Com frequência somos levados a duvidar da atuação de órgãos que, comummente, são eleitos para garantir a evolução da sociedade e bem estar dos residentes.

De pouco vale, para o munícipe comum que, num órgão, se diga que é do outro a responsabilidade ou que o outro diga que não lhe cabem responsabilidades.

Do indispensável diálogo - e de exigências claras devidamente fundamentadas - que terão de sair soluções para servir os munícipes e concomitantes fregueses. 

O Poder Local, pela "proximidade", nem foi previsto na Constituição para criar cargos e garantir retribuições, mas sim escolher dedicados responsáveis locais.

E tais responsabilidades não se compadecem se, aqui ou ali, a componente remuneratória é melhor ou pior, segundo os esquemas estruturais implementados.

Quem resolve? 

A Abrunheira, que se inclui na União de Freguesias de Sintra, será o mais relevante núcleo de receitas municipais com particulares e empresas...sem ver resultados.

O tão exigível posto da GNR - bandeira de promessas em 2001 - servindo a zona sul da Freguesia, não passou de mentirola usada por conhecidos sintrenses.

Um Posto da GNR a mais de 6 quilómetros, instalado numa das antigas freguesias, ão tem possibilidade de mostrar autoridade nesta zona, pese o esforço.

A Escola da Abrunheira, tão limitada e mal instalada como professores e alunos sabem, tem sido uma ambição dos residentes a que os autarcas não respondem. 

Na Assistência à Saúde, há um Centro instalado na antiga Freguesia de Santa Maria e S. Miguel tal como o Posto na Várzea, mas na maior - Sul - nada existe.

Ou seja, na maior e mais populosa das três Ex-freguesias, precisamente a mais populosa e mais distante é que não tem acesso digno a assistência médica.  

Os que têm a sorte de ter médico de família, precisam de percorrer mais de 9 quilómetros, sem transportes permanentes e adequados, para serem assistidos. 

Também neste campo o projeto de milhões sobre milhões (Plano de Pormenor da Abrunheira Norte), prometia e adoçava-nos com um Centro de Saúde...agora virtual.

In "Jornal de Sintra", ed. 16.12.2022

E agora? Quem foi eleito como responde?

Como é possível e que suporte têm os autarcas eleitos pelo Poder Local para a União de Freguesias não terem acautelado, até agora, estas situações?

Não pode ter sido despiciente saberem das desviantes incompatibilidades no território da antiga Freguesia de S. Pedro de Penaferrim que não se confina ao burgo.

Não foi para isto que o Poder Local Democrático se institucionalizou. 


quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

SR. PRESIDENTE, DE PARABÉNS DURANTE A 106ª VIAGEM

Confessamos - e podemos comprovar pela ata da Mesa de Votos - que não contou comigo para ascender ao cargo Máximo desta República  vinculando-se a elevadas sacrifícios de vária ordem. Todavia, não estamos desobrigados  de acompanhar a rica vida política de Vossa Excelência.

Visível o ar de cansaço na 106ª viagem, desta feita a Cabo Verde

O êxito

Preocupamo-nos, amiúde, das empenhadas atividades de Vossa Excelência, das sélfies partilhadas, das inesquecíveis intervenções como comentador.

Seria impossível não reconhecermos - antes de saudarmos - o elevado esforço que, com provecta idade, faz para conseguir realizar tão diversificadas viagens.

Se Vossa Excelência, nos seis (6) anos de "Presidente de Todos Nós", já efetuou - pelo menos- 106 viagens internacionais, imaginemos quantas terá feito antes.

Não deixará, então, de ser forte motivo de orgulho para os trabalhadores com salários dos mais baixos da Europa, saber das viagens que já fez com acompanhantes.

Quando, hoje em dia, tantos dos NOSSOS jovens abalam em busca de futuro, Vossa Excelência não deixará de explicar porque entram outros sem formação.

Em 106 viagens, oneradas, tantas vezes, com comitivas elevadas, Vossa Excelência tornou-se invejado pelos Seus Pares de países ricos, que tão pouco viajam.

Aqui residirá, estamos certos, uma alargada curiosidade de outros Países mais ricos, que gostariam de saber como num País pobre o dinheiro abunda desta forma.

O êxito das viagens de Vossa Excelência é inversamente proporcional ao sofrimento dos que não ganham o suficiente, sem assistência médica, sem escolas.

Últimos êxitos...

Inesquecível a 105ª. viagem, ao Catar, logo o primeiro (o diabo teceu-as e outros, de malas aviadas, não foram) numa simbiose de futebol e direitos humanos.

Foi emocionante saber-se como os catarenses se sentiram gratos e meditaram de olhos fechados nas palavras de um destacado Presidente Ocidental.

Na 106ª viagem...os parabéns

As inundações da passada sexta-feira, com danos incalculáveis para estratos mais débeis da população, levaram-nos a recear que, até em Belém, tivessem ocorrido.  

A Proteção Civil avisava para perigos em curso e só descansámos quando na TV mostraram Vossa Excelência, são e salvo, em Cabo Verde, na 106ª viagem.


Fraternidade e boa disposição nos abraços entre Povos Irmãos

Na falta da emoção das sélfies, foi interessante ouvir o comentador perorar sobre o jogo Portugal-Marrocos, sem recordar a Tabela dos Dias Felizes e Não Felizes.

Enquanto isso, por cá, a tempestade tinha-se abatido sobre tantas zonas do país, havia quem tivesse morrido, o calor do conforto presidencial era indispensável.

Vivíamos a tempestade, receávamos que o avião com a comitiva pudesse ter problemas na aterragem, fazendo perigar a vida de Vossa Excelência. 

Num momento de confusão, enquanto nos preocupávamos, vimos Vossa Excelência a esbracejar, fazendo-nos recear que já estivesse no meio das inundações. 

Só depois escutámos - e nos apercebemos - que Vossa Excelência, graças a Deus, estava tomando a tradicional banhoca, desta vez na praia do Mindelo.

Soubemos, então, para nosso orgulho e alívio, que estava bem e quase a comemorar os 74 anos, garantindo que tomava sempre banho nesse dia ou na véspera.

Epílogo

Esta 106ª viagem representou o máximo orgulho para um Povo que, no meio de água, lama, danos elevados e perigos, teve boas notícias do seu Presidente. 

Foram os dois dias da Tabela de Dias Felizes, seguindo-se os tais 10 Dias Infelizes que Vossa Excelência citou quando disse "Não lhe perdoo.." a uma Ministra

Com atraso felicitamos Vossa Excelência pelo aniversário. 

E para o ano que vem? 


NOTA:

- Soubemos que Vossa Excelência está por cá, tendo-se realizado no dia 13 um Conselho de Estado;

- Apercebemo-nos de que duas (2) viagens previstas  foram adiadas:

   . a de 20 de Fevereiro de 2022 à Islândia  adiada sine die


Confiamos que, no próximo aniversário, seja qual seja o motivo, se banhe  nas águas quentes da Blue Lagoon, na cidade de Grindavik, na longínqua Islândia. 

   . Também a de  11 a 14 de Setembro de 2022 à Argentina também adiada sine die.  Esta poderia ter sido a 5ª. no mês de Setembro, depois  do Brasil, Angola, Reino Unido e Estados Unidos. 

Nesta, além das pampas, poderá viajar até à Antártida onde às vezes trabalha um português.




sábado, 3 de dezembro de 2022

SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA...E...MEM MARTINS TÃO PERTO

Sem sélfies

A ocupada agenda de Vossa Excelência tem postergado a visita para apreciar o que se passa sobre Direito à Saúde, no Centro de Algueirão Mem Martins.

Sabemos da falta de tempo para tudo e, com licença de Vossa Excelência, apreciamos o desgaste das 105 viagens levando a chama portuguesa pela estranja.

Com a Vossa permissão, na recente viagem ao Catar, aquela Conferência sobre Direitos Humanos enalteceu-nos significativamente e, por sorte, até havia futebol.

Pode até julgar-se que a equipa das quinas quase comprometia a vitória tais as vezes que os jogadores olhavam para o camarote onde Vossa Excelência se sentava.

Antes do Catar, tinha sido outra a viagem, esta ainda mais relevante, em Malta onde vários antigos presidentes se reuniram - depois de refeições - para balanços.

Ainda mais antes, naquela fantástica viagem aos Estados Unidos, em Tiburon e Sausalito ainda hoje se lembrarão de que "Portugal é a Califórnia da Europa".

Que falta faz por cá

Certamente por falha de Conselheiros, ainda não chegou aos ouvidos e olhos de Vossa Excelência o que se passa sobre Direitos à Saúde em Algueirão-Mem Martins.

Estamos certos que os Utentes que às vezes pelas quatro (4) horas da manhã esperam conseguir uma vaga, envolveriam Vossa Excelência em sorridentes sélfies.

Saberá Vossa Excelência que Algueirão-Mem Martins será a maior freguesia da Europa com os seus 68.656 habitantes mas só cerca de 16.000 têm médico de família?

Não seria exemplar que, naquela Conferência no Catar sobre Direitos Humanos, desse o oportuna exemplo do que se passa por cá? Mesmo sorrindo...

Reportagem em 2.12.2022
Da mesma reportagem em 2.12.2022

Quem engana quem?

Sabemos da proximidade de Vossa Excelência com o Governo da Nação, injustamente apreciado como seu porta-voz quando nos explica o que o PM não faz.

Por isso mesmo, entre os ques os ses e os talvez, para não citar os "dez dias infelizes" por cada "dois felizes", apelamos a Vossa Excelência esta visita. 

Se Vossa Excelência soubesse, estamos certos que não só já teria vindo apreciar in-loco esta calamitosa situação, como faria imediata responsabilização. 

Passa-se no concelho onde há dias se propagandeava um "Projeto Sintra Cresce Saudável", tendo como parceiro o "Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra".

Senhor Presidente da República, fica o apelo para que passe pelo Centro de Saúde de Algueirão Mem Martins e responsabilize quem é indiferente. 


quinta-feira, 24 de novembro de 2022

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E A SUA 105ª VIAGEM



Ao Catar para ver a bola?

Fazendo justiça ao relevante interesse nacional pela 105ª. viagem ao estrangeiro do "Presidente de Todos Nós", sente-se no abstrato as felizes coincidências.

As pias palavras do nosso Presidente induzem que a sua tão rara sabedoria galvanizará a assistência, "Lá dizendo o que se pensa sobre a situação política, lá".

Após isso, estamos certos na cascata de gestos de ternura, beijos e abraços após sélfies, numa simbiose entre explicar "Direitos Humanos" e ver a bola correr. 

Salvaguardando o relacionamento entre países, a pretexto do futebol, o nosso astuto Presidente diz que falará sobre "Educação" e "Direitos Humanos".


Reconhecimento

O Senhor Presidente não tem tempo para ir ao banco de hospitais, maternidades e blocos operatórios para dar palavras de ânimo aos doentes e tirar sélfies.

Quantas vezes os corredores dos hospitais estão atafulhados de pessoas - pessoas que não são como o Senhor Presidente da República - pois muitas nem casa têm.

O agravamento das condições de vida obriga as pessoas a graves restrições nas despesas, quantas vezes impedidos de adquirir medicamentos à falta de dinheiro. 

É comovedor os sacrifícios que faz em viajar pela estranja (esta a 105ª) com acompanhantes à escolha, todos irmanados no bom nome de Portugal.

Com o Senhor Presidente todos nós vamos à bola...perdão...ao debate.

Obrigados somos nós.


terça-feira, 22 de novembro de 2022

SINTRA: SUA SENHORIA E O PROBLEMA DA ORGANIZAÇÃO (2)

  "Um povo que não tem memória dificilmente tem presente e raramente tem                     futuro" (Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Adolfo Horta, em 25 de Abril de 2020) 

🔄 


Sustentabilidade

Tinha acabado de reler a página da Revista "Sábado", edição 751 (Setembro de 2018) onde Basílio Horta constava com Património avaliado em 11.545.102€. 

Da notícia, saltava um fato irrelevante: O erro da falta de três zeros nos rendimentos declarados, aceitável em qualquer ser humano mesmo que letrado.

Nessa altura, lemos no Jornal de Sintra (Edição de 18.11.2022) e "Fonte: CMS", a difusão de Sintra ter uma "sustentabilidade territorial acima da média nacional".

E o número de 67,8% citado, embala-nos numa alegria tão grande, tão orgulhosa, que só podemos dar graças a Sua Senhoria e ao PS por terem-no trazido. 

Como os residentes "sustentam" o acesso às suas habitações

Longe de uma situação de mitomania, somos os maiores em "Água Potável e Saneamento" (Esgotos?), "Industria", "Infraestruturas" e "Proteção da Vida Terrestre".

Exemplo de Infraestruturas adequadas

Antes (Edição de 4.11.2022) já o Jornal de Sintra tinha transmitido, com "Fonte: CMS", página inteira e mais um bocado de milhões em investimentos.

Ainda antes (Edição de 21.10.2022) o mesmo Jornal, em duas páginas inteiras com "Fonte: CMS", deu-nos conta de "Requalificações" e tantos milhões a "investir".

Feliz exemplo de Proteção da Vida Terrestre

Tantos êxitos e entontecedoras realizações, números e fidelização à verdade, só podem assentar num cérebro de elite, com superior organização estrutural.

Em tese, a organização existe e, decorridos estes anos, a vinda de "americanos" que seriam pedidos ao nosso Embaixador, só pode ter sido uma diversão. 

Uma manifestação de tristeza: Como viverão os outros 32,2%?



segunda-feira, 21 de novembro de 2022

PRESIDENTE DE TODOS NÓS..."E TAL"...

 

(...) e tal (...)

Mistérios de Reportagens

A reportagem era de cá e o entrevistador não tinha de estar grato por qualquer viagem, integrado numa das onerosas comitivas acompanhantes do Presidente.

Tudo justificava que, com atenção, se perguntasse ao Senhor Presidente - que dizia ser de todos nós - que ideias e conceitos estavam incluídos no...(...) e tal (...).

Cansa a frequência com que em matéria sensível de interesse público, deita uns fogachos e se cala, o "pode ser assim...ou talvez não" ou "não falar no abstrato" .

E os media, que noutras situações e pessoas por vezes são suficientemente contundentes, sorriem em conjugação com o sorriso de boca aberta frequente.

Até hoje, nenhum ainda perguntou ao Presidente - que dizia ser de todos nós - porque não dirá quanto custa aos portuguesas as sua viagens com notória comitiva.

E que benefícios palpáveis têm redundado de tanta viagem - ao Catar será a 105ª - pesem os argumentos invocados, já que os portugueses pagantes ficam cá. 

Na verdade insofismável, qualquer cidadão com tendência de globetrotter paga as suas viagens pelo mundo e delas tira benefício. 

No caso do Senhor Presidente - que dizia ser de todos nós - mais correto seria dizer que é viajante, incluindo acompanhantes, pago por todos nós

O que será ...(o tal)...?

Acabamos de saber que o Presidente dos Estados Unidos telefonou e falou com os jogadores da sua seleção incutindo-lhes o maior entusiasmo.

Um simples telefonema, quando poderia também arranjar uma justificação qualquer - até patética - para se meter no Boeing 747 mais uns tantos e rumar ao Catar. 

Mas a opinião pública americana, a desculpa esfarrapada que teria de inventar para o fazer, podia levar até à sua demissão. 

Por cá é diferente, se vai um porque não ir também outro? E mais outro? Porque desta vez não se colocou o problema de fundos, da chegada de mais? 

Presidente de um Estado onde se vive com dificuldades de toda a ordem, médicos que faltam, transportes longe das exigências, deveria refletir seriamente. 

Com sorte, tal...e tal...e tal, tirarão sélfies com outros à porta do estádio, sorrisos rasgados pela 105ª (se não nos enganamos com tal o número) viagem presidencial.

Talvez até tenhamos à nossa frente imagens televisivas de algum destes políticos de bermudas banhando-se no Golfo Pérsico, como é frequente.

É fartar e aproveitar, os intervenientes são conhecidos. 

Temos o que merecemos. 



Nota: começa a ser altura de sugerirmos para onde será a 106ª e a 107ªviagens


domingo, 13 de novembro de 2022

SINTRA: UMA FALHADA AMERICANIZAÇÃO (1)

   "Um povo que não tem memória dificilmente tem presente e raramente tem                     futuro" (Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Adolfo Horta, em 25 de Abril de 2020) 

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Então os americanos?

As palavras correram mundo, sem filtros, e a opção de Sua Senhoria querer uma empresa americana para organizar a Câmara embasbacou qualificados técnicos.

Ao fim de 7 anos de êxitos, do Museu do Brinquedo ao inquérito à majoração do IMI, da compra e venda do Netto à Pousada, da Cavaleira, sentiu-se incapaz?    

Não organizara Sintra e, em 8.10.2020, fez um quase lancinante apelo ao nosso Embaixador em Washington convidando-se para "o receber em visita".

Não se desprezando a autocrítica, parece ter dito que em Portugal não há ninguém capaz de resolver a questão da organização da Câmara de Sintra. 

Como terá doído a Sua Senhoria, citador de êxitos alcançados na sua passagem pela AICEP, ter de procurar um intermediário para a "melhor empresa americana".

Ao chegar a Washington, o nosso Embaixador, emocionado com tão humilde pedido, logo lhe entregaria um cardápio de empresas cobradoras de elevados honorários.

A ser verdade que "Vive em Sintra", como munícipe sintrenses não residente em Mont Fleuri mas algures, havia razões para ida a Washington com devida comitiva.   


Mais um flop?

Como ativo facebookiano, Sua Senhoria não levará a mal que lhe fale em flop, pois mais de dois anos passados não conseguimos lobrigar os americanos especialistas.

Será que Sua Senhoria exorbitou a explanação organizativa, ficando-se pela intenção como sendo acção (voluntas pro facto reputatur) para impressionar os assistentes?   

Devemos antes sugerir a Sua Senhoria que seria do maior interesse o esclarecimento completo de várias situações pelas quais foi decisor relevante.

Contas do Hotel Netto

Está assim o Hotel Netto

O Hotel Netto é daquelas situações em que, para nosso sossego (ou não) Sua Excelência nos devia informar, clara e definitivamente, como está o negócio.

Antes de mais, para ajudar eventuais retardamentos na compreensão, recordaremos que a aquisição do Netto para uma estrutura da juventude virou ilusionismo.

Entre as páginas 230 e 236 da Ata da Sessão de Câmara de 23.11.2013, podemos ver, em feliz suporte, qual o destina a dar às ruínas do antigo Hotel Netto (*)

- "Um hotel de Juventude que possa ter jovens de todo o mundo para animar o centro de Sintra" e, noutra parte, "é qualquer coisa que tem muito a ver com a Câmara Municipal".

Tornou-se estranho que em 22.9.2015, a Proposta 773-P/15, subscrita por Sua Senhoria, fosse para alienação do Hotel Netto...e não para o Hotel da Juventude.

Alguém disse que "A Câmara Municipal não tem habilidade para gerir uma Unidade Hoteleira", desmentida pela vocação em explorar a Pousada de Jovens. 

Pela Ata 7/16, da Sessão de Câmara de 5.4.2016, ficamos a saber da proposta de  adjudicação do Netto por 1.000.000€ e Aprovação do Contrato da Pousada.

(se isto não é organização, que devemos pensar?)

Voltando à venda do Netto, o valor de 1.000.000€ tinha o plano de pagamento:

- Adjudicação Provisória ...........................................20% do valor de arrematação na hasta pública 
- Abertura da Unidade Hoteleira ...............................30%  "      "     "          "              "      "         "
- Seis meses após abertura da unidade hoteleira...25%  "      "     "          "              "      "         "
- Um ano após abertura da unidade hoteleira..........25%  "      "     "           "             "      "         "

Os 30 meses previstos para a reconstrução do Hotel esgotaram-se em 30 de Outubro de 2018 e, passados quatro (4) anos está como a foto acima mostra. 

Seis anos decorridos sobre o Contrato da Venda, como se encontra o pagamento, tendo em conta não sabermos se o Contrato fixava prazos e penalizações? 

Seria para deslindar esta situação que precisávamos de americanos?

Só Sua Senhoria saberá se este é um problema de Organização. 


(*) - Recomendamos vivamente a leitura da Ata 24/13 das Sessões de Câmara.


domingo, 6 de novembro de 2022

O SR. PRESIDENTE E AS HORAS FELIZES E INFELIZES

 

Dias bons e dias maus

De vez em quando é bom que este Blogue, criado para Retalhos de vida em Sintra, pese a dolorosa carteira de (de)feitos locais, se dedique a grandiosas figuras.

Não é das viagens ao estrangeiro que o Presidente (de todos os portugueses) faz com tal frequência que será invejado pelo mundo fora, de Pequim à Patagónia.

É da dureza das palavras ditas à tão diligente Ministra da Coesão Territorial a propósito da distribuição das verbas do PPR, dizem que para todos os portugueses.

Dias felizes e dias infelizes

Foi de grande riqueza que o Senhor Presidente (de todos nós) cite empenhadamente os dias felizes e os infelizes, ainda por cima com tabela de proporção.

Ficámos a saber, para nossa psicológica orientação, que no cardápio da felicidade há "dois dias felizes por dez dias infelizes" ou seja 8 em que não o escutamos.

Se tanto não bastasse, ainda nos disse que "há dias super infelizes", sem sabermos bem se são retirados dos dois em que felizes devíamos estar.

Aviso sem perdão

Qualquer coisa de dramático passou pela distinta assistência, ouvindo do Presidente (que conta com as nossas boas graças) as duras palavras de não perdoar.

Duas vezes disse: "Não lhe perdoo, não lhe perdoo", o que terá deixado a Senhora Ministra altamente preocupada com tais termos, certamente até desgostosa.

Final com perdão?

Descendo a escadaria, com a mão no braço da Senhora Ministra, era visível a partilha de momentos felizes entre várias personalidades, 

Pensámos que tudo já estava perdoado, a Senhora estava totalmente enquadrada nos conceitos do PRR e não corria riscos do Senhor Presidente a sancionar. 

Por seu turno a Senhora Ministra mostrava um ar tão convivente que denotava estar naquilo a que anteriormente se dizia na tabela dos dias felizes.

Se assim estava, esgotou a tabela da felicidade em dois dias...

A nossa sorte...


sexta-feira, 28 de outubro de 2022

POLÍTICA DE AVIÁRIO...A FALTA DE ÉTICA NA POLÍTICA




Galarote  amancebado...

Sem ética não há política

A política é intrinsecamente ÉTICA...e a ÉTICA é feita por pessoas.

Saber estar na política tem contornos inalienáveis de prestígio pessoal, garantia do rigor nas palavras, seriedade que se liga aos actos, confiança dos concidadãos.  

Exemplares que por aí surgem como políticos, envergonham os poucos verdadeiros Políticos, porque não passam de exemplares do oportunismo militante.

Tais, numa perspetiva pragmática, negam qualidades políticas, carecendo de colagens a estruturas protetoras em que se mostram para que não os esqueçam.

E há partidos que os acolhem, porque há também quem tenha interesse nesses galarotes impantes, imbuídos de arrogância, troca-tintas de vocação dialéctica.

Ontem diziam o que hoje desmentem, ou ameaçam o que ontem parecia linguarejar, vivem de quem se dispõe a que lhe arrastem as asas com submissão de lacaios.

São os políticos de aviário, de poleiro a princípio mas, com o tempo, pesados com mordomias, sobrevivem à custa de más condições de vida para os outros.

Poderia dizer-se que são a corja do  aviário, gente imunda que não tem horizontes de vida digna para as sociedades, com meia dúzia de serventes que os louvam.

E andam por aí, anunciando o que não cumprem, enchem-nos de ilusões, levam-nos a pensar desta vez é que é, enquanto muitas vezes outros dizem já temos.

Têm sido deprimentes as notícias que nos surgem em catadupas, a pouca vergonha que os citados mostram...falta-nos o sorriso dos que ainda não foram apanhados.

Vivem à volta da maçaroca, do milho-rei, arranjam justificação para tudo, sabem como as coisas se fazem, mexem os cordelinhos de uma bolsa que não é deles.  

A isto estamos entregues.


sábado, 22 de outubro de 2022

PRESIDENTE DA REPÚBLICA E A POBREZA

 "É um problema de fundo da sociedade portuguesa"...

Uma sociedade que não consegue, como um todo, poder público e todos os cidadãos, não consegue ultrapassar o problema da pobreza é um sociedade que, ainda por cima envelhecida, anda para trás, não anda para a frente, portanto é evidente que essa é uma meta fundamental" (Presidente da República, conforme abaixo s reproduz)

Questão prévia

Em qualquer dos atos, nunca o nosso (porque diz ser nosso) Presidente da República mereceu que lhe conferisse a eleição para o elevado cargo que desempenha. 

É certo que o devo respeitar mas tenho (diria temos) o direito à indignação perante algumas palavras, declarações e outras circunstâncias nitidamente supérfluas. 

Com comoção se escuta

Ao ver o Senhor Presidente a falar para os media sobre problemas cá de dentro, logo corro a pesquisar se está em Portugal ou espalhando a sua imagem pelo mundo.

Na realidade,, depois do regresso da 104ª viagem (a Malta e Chipre) para onde partiu em 5 deste mês, julgava-o ainda na 105ª. viagem, desta vez à Irlanda. 

Mas, não, parece que, desta vez, a peça que mostramos acima terá sido por cá, embora entretanto já possa ter partido para qualquer parte do mundo.

Como Alta Personalidade, razoavelmente se julga que parta bem acompanhado, com comitiva adequada à pobreza numa sociedade que "anda para trás".

Quanto custam as deslocações? Quanto custam instalações hoteleiras e ajudas de custo? De que convidados se trata, nomeadamente para as reportagens? 

O brilho destas 105 viagens e benefícios para a sociedade portuguesa, até farão corar de alegria todos aqueles cujo nível de pobreza os faz dormir sob pontes. 

Ficamos comovidos mesmo sem sabermos quanto nos custam estes périplos pelo mundo, a que acresce o fato de não serem ditas as boas coisas conseguidas.

Pelos benefícios trazidos, envolve-nos a comoção de termos um Presidente que viaja pelo mundo com mais facilidade que um trabalhador vai para o seu destino.

Vamos escutando o nosso Presidente com frases ricas de um país pobre, de mão estendida para subsídios, fazendo inveja aos Presidentes de países mais ricos.

Que Presidente abençoado nós temos.

Andaremos para trás, orgulhosos de um Presidente que anda para a frente. 


domingo, 9 de outubro de 2022

HISTÓRIAS DE BARBAS...COM ELAS

"Conjunto de pêlos no focinho ou no bico de alguns animais", "Designação de qualidades pessoais" (Do Dicionário Priberam)

Johannes Brahms, "Barbas de se tirar o chapéu" (Lübeck, junto ao Brahms Institut) 


Quando as barbas eram de respeito

Na nossa infância, ter-se barbas não era para qualquer um, pois tal uso era quase como sinónimo de respeitabilidade a conferir a quem as usava e bem tratadas.

Era pois conhecido o dito: "Respeitem as barbas", sinal de responsabilidade na vida, de estarmos na presença ou tratarmos de algo com pessoa de confiança. 

Ouvia-se dizer "Empenhou as barbas" e alguém ficava marcado no compromisso sagrado como caução da verdade, credibilidade garantida pelo autor.

Ter barbas era um princípio Patriarcal, de dignidade, justiça, competência, devendo recordar-se Marx, tão esquecido pelos "marxistas" de 74 e ainda mais pelos de 2022. 

Pessoa com barbas bem tratadas, mas sem aqueles pelões no pescoço indicadores de relaxe, era digna de confiança, de respeito pela sua verticalidade.

Se algum barbudo tinha um acto menos nobre, criticado pela sociedade em geral, logo cortava as barbas por vergonha, antes que lhe apontassem a incoerência.

Havia ainda a expressão crítica para quem cometia algo mais censurável, a falta de palavra, lembrando-lhe que a justiça não falharia: "Põe as barbas de molho".

Até as crianças, ávidas da sua credibilidade, usavam as barbas de milho para darem mostras de crescimento sério e respeitável junto de outras crianças e adultos.

Deambulações de hoje

Os tempo modernos, entre outras coisas, levaram a que muitos seres humanos exibam barbas que crescem à revelia dos princípios, induzindo mal quem as vê.

O fura-vidas não enjeita ter barba para criar um ar de seriedade ou se mostrar como alguém confiável em todas as vertentes da vida. Melhor seria fura-barbas...

O vetusto conceito sobre barbas garantia uma personalidade que hoje, quantas vezes, se desvaloriza por gente barbuda que gosta de exibir aquilo que não é.

Figurinhas que por aí pululam, surgem-nos - em exibição pretensamente etérea - de barbas crescidas, fazendo da cara um esconderijo de mentirolas que pregam.

É gente que nos dá água pela barba, disponível para nos trair se nisso vislumbrarem interesses para conseguirem qualquer coisinha em recompensa.

É este o contexto do que muitas vezes observamos, da inversão dos princípios e ajuste à desvergonha com que dizem e desdizem ...

Deviam cortar as barbas...por questões de higiene pública.