domingo, 31 de agosto de 2014

PATAHA FLOUR MILLS, EXEMPLO DE INICIATIVA TURÍSTICA...

A Moagem que virou Museu 

A pequena cidade de Pataha desenvolveu-se junto à ribeira por onde a tribo Nez Perce fazia a travessia das Montanhas Rochosas, hoje partilhadas pelos EUA e Canadá.

Antigos membros da Tribo Nez Perce

Ora, no princípio do Século XIX, tornava-se necessário conhecer a América do Norte, pelo que dois oficiais (Lewis e Clark) foram nomeados para a necessária exploração, estabelecendo um trilho que passava perto de Pataha.

Aproveitando a água da ribeira de Pataha como energia, em 1879 construiu-se uma Moagem de Cereais que desenvolveu a economia da região enquanto se esperava pelos caminhos de ferro. Como a estação viria a ficar longe, a Moagem encerrou.


Sem laborar, em vez de se tornar num monte de ruínas (três pisos) houve quem a recuperasse para turismo industrial, tornando-a um Museu Vivo, com curiosas máquinas, transmissões e equipamentos, em visita guiada por quem a ela se dedicou.


A grande capacidade de iniciativa que se vê naquelas paragens, fez com que também tenham um espaço que funciona como restaurante e onde acabámos por almoçar.

A amabilidade sobre a escolha da refeição foi uma curiosa nota. Mas a surpresa maior ainda estava reservada. Quem nos atendeu, cheio de simpatia e de avental, logo que deixou de atender clientes desapareceu.

Momentos depois, mastigada a excelente refeição, passaram a ouvir-se músicas tocadas em piano, para logo saltarem para órgão, como reproduzimos:   

Jon, um alemão na América

Não foi fácil a despedida porque era difícil romper com o artista. 

Do artista, viria a saber que era alemão e de seu nome Jon Van Vogt, pelo que aqui lhe envio uma homenagem de agradecimento pelos belos momentos que proporcionou.

Um exemplo de que, nos tempos que correm, se pararmos o pensamento criativo não progredimos. As dificuldades da sociedade moderna obrigam a novas mentalidades, reconversão de atitudes, fim do palavreado e dos egos.

Um abraço de apreço para o Jon.

Obrigado pela lição.


A Moagem é um Museu particular, rentável graças à diversidade da oferta a quem a visita. Subsídios? Estariam perdidos se fosse esse o seu objectivo.




quarta-feira, 27 de agosto de 2014

SINTRA: CORTE GRATUITO DE ÁRVORES...

Não sei em nome de quê...da fé é que não foi certamente.

Não me interessa, nesta altura, quantas foram cortadas. Só aqui foram duas...

Antes, gostaria de apurar o que encerram - no seu íntimo - os autores e mandantes.

Nesta árvore, nos pedaços dos troncos deixados, deveriam ser esculpidos os rostos de quem esteve envolvido no seu corte, em nome de nada, porque só gente de nada seria capaz de lhe dar tal sorte. Alguém deu a ordem...alguém cumpriu.

Já aqui disse...hoje está assim!

Foi em nome de quê? A brutalidade da árvore assim despedaçada, aos pedaços, um com o corte preparado, dois outros para o derrube devidamente controlado.

Ainda verdejavam estas árvores, faziam sombra...mas metiam medo

Mesmo assim, foram precisos três vultos corajosos para a abater, em nome de quê? Da Fé? De ódio? 

Não acredito, nem quero acreditar.

Apenas sei, e disso não tenho dúvidas, que a Câmara Municipal não autorizou tal crime. Ao que sei, apenas se disponibilizou para desmatar o terreno. 

Neste mundo imundo, cada vez somos mais surpreendidos.

Cortar estas árvores naquele espaço? Em nome de quê?

Porquê? Quem? 




SINTRA, ÁRVORES E QUINTA DE SANTA THEREZA

Esta manhã era muita a agitação no local. Os resultados das máquinas já eram visíveis e talvez justifiquem estas poucas mas suficientes palavras. 

Uns tempos atrás

Hoje

Hoje

Hoje

Hoje, máquina a remover uma grande raiz

Hoje, recordo-a que era verde na última vez que a vi

Hoje

ONTEM, EM 2006

Recordo como se fosse hoje. Anunciava-se a entrega de um Projecto para a construção de um Hotel, de que tanto Sintra precisa.

O Projecto, por precaução e defesa das árvores, foi-se arrastando, isto é, foi ficando adiado...adiado...enquanto toda a Quinta se degradava. 

Parece que, quando o Projecto foi aprovado - diz-se que 7 anos depois - o dono tinha optado por construir outra unidade hoteleira no Alentejo, farto da espera e dos empecilhos orgânicos que brotam em Sintra. 

Hoje as imagens são estas, sem ter conseguido apurar se alguma entidade foi chamada para controlar os cortes feitos e que, por dificuldades várias, não se conseguiram quantificar. 

A imagem que segue não é mais de uma árvore...é imagem da solidão em que todos mergulhamos quando a indiferença nos vence.



sábado, 23 de agosto de 2014

LEAVENWORTH, CIDADE "BÁVARA" QUE VIVE DO TURISMO...

"Estamos ansiosos para tê-lo como nosso convidado!" - do Icicle Creek Center for the Arts 

Destaca-se a elegância do convite. Não admira a qualidade da resposta. 

Leavenworth é uma bela cidade com pouco mais de 2000 habitantes, situada numa região onde co-existiam várias tribos indígenas que se dedicavam à pesca e à caça.

Com o aparecimento de colonos em busca de ouro e peles, a primeira cidade fundou-se em 1890, mas só em 1906 se desenvolveu graças à instalação de uma serração de madeiras que aproveitou a chegada dos caminhos de ferro. 

Quando a estação mudou para mais longe a economia local foi duramente atingida.

Então, a sua população decidiu lutar por alternativas. Sem património histórico relevante, todos os habitantes eram uma equipa determinada. Fixado o objectivo, em cerca de 50 anos fizeram as transformações previstas no ambicioso projecto.

Torneando as dificuldades, e situada numa zona de características alpinas, a Vila decidiu adaptar-se ao estilo bávaro como forma de desenvolvimento turístico, o que viria a dar excelentes resultados. Hoje tem mais de 2 milhões de turistas a visitá-la:

No Lions Club Park

Diga-se que contaram com preciosos apoios de duas organizações de solidariedade -  os Lions e os Rotary - cujo agradecimento está publicamente expresso.

Hoje, dá gosto usarmos os espaços. Muitos (e cheios) restaurantes com comida bávara. Duas dezenas de Hotéis, Resortes e boas Pensões. À volta, surgiram mais de 30 Parques de Campismo e Caravanismo, com comodidades e preços acessíveis.

Um veículo que serve para a promoção do turismo, com folhetos explicativos

Zona Pedonal - Aproveitada com exposição e venda de pinturas. Uma dificuldade em Sintra... 

A placa na parte superior do banco é de homenagem a um Presidente do Lions

Jardim público

Edifícios no estilo típico da Baviera

Turismo vocacionado para a fixação dos visitantes

Em Leavenworth as elites passam despercebidas porque é uma sociedade livre de vaidades pessoais, porque todos os estratos se completam.

Praticamente todos os projectos turísticos de Leavenworth passam pela cultura de excelência que se sente nos mais pequenos pormenores. Até programas desportivos envolvem sempre algo cultural, de convivência, de partilha. 

Assim, há espectáculos de Ópera, uma Orquestra Sinfónica Jovem, Teatros, Coros e Bandas, Festival Anual de Cinema. Realiza-se uma Celebração Internacional do Acordeão e um Festival de Danças Internacionais.  

Um Festival da Cerveja realiza-se para obter fundos de apoio à manutenção do Nussknacker Haus (Nutcracher Museum) que tem uma colecção com cerca de 6.000 quebra nozes. Que exemplo fantástico...

O Lions Club promove pequenos-almoços comunitários. Mas também um Festival de Primavera para Observação de Pássaros, outro Festival de Bicicletas Feminino, são promovidas visitas a fazendas agrícolas e vinícolas.

Além do Festival da Folha do Outono tem também o Oktoberfest que mobiliza muitos milhares de pessoas durante longos dias. 

Permita que convide a clicar nos endereços electrónicos abaixo indicados. Poderá apreciar o que é feito - pelos seus habitantes e para o turismo - nesta cidade com tão pouca população e que é a mais pequena do Estado de Washington.

Um exemplo de romantismo, turismo que aproxima pessoas

Apresento uma foto que considero bela no seu enquadramento. É enriquecida por duas pessoas suficientemente afastadas. Tirei a foto exactamente por isso.


Nunca se tinham visto e ali começaram uma conversa cujo teor desconheço. Cada um era do seu Estado e naquele dia terão trocado palavras, opiniões ou algo mais.

Acabei por apenas saber mais dele: Tinha 86 anos, antigo piloto de helicópteros, combateu em duas das mais sangrentas guerras: Coreia e Vietname. Um herói.

Nunca tinha falado com um herói, até se sentar perto de mim quando jantei.

Foi-me difícil dormir nessa noite.



Uma saudação: À Dra. Cheri Kelley Farivar, que foi Mayor da Cidade e agora é Perfeito, pelo trabalho feito em prol da cidade onde nasceu e pelas preocupações que sempre teve com os moradores e territórios vizinhos, empresas e visitantes. 


Sites sugeridos para avaliação dos projectos e actividades:
www.icicle.org   www.leavenworthvillagevoices.org      www.leavenworthecho.com     www.leavenworthfilmfestival.org     www.leavenworthalefest.com     www.nutcrakermuseum.com    www.leavenworthlions.com       www.leavenworth.org   www.leavenworthspringbirdfest.com    www.dasradhaus.com     www.cascadefarmlands.com      www.accordioncelebration.org      www.leavenworthinternationaldancefestival.org         www.autumnleaffestival.com     www.leavenworthoktoberfest.com   







quarta-feira, 20 de agosto de 2014

SINTRA: DEMITAM-SE OS RESPONSÁVEIS!

A BELA SINTRA NÃO PODE SER ASSIM ENXOVALHADA

Foram ultrapassados todos os limites da tolerância: - Aprovadas regras e instalada a sinalização adequada. Cumprindo-se seria o fim das imagens degradantes.

Mas - e aqui fica a frequente pergunta - a quem incumbe zelar, em primeiro lugar, pelas disposições municipais? Aos cidadãos? Aos especialistas no bloqueio de viaturas? À legítima autoridade que tem a Vila de Sintra como zona de actuação?

Independentemente da pergunta, há na estrutura camarária um corpo municipal que deveria já ter actuado e, se não tem condições ou disponibilidade, se não pode cumprir, então acabe-se com ele porque seria uma significativa poupança financeira.

Tem de haver responsáveis

As imagens que seguem - (de ontem e hoje antes das 7 horas da manhã - são um enxovalho para Sintra, ofendem a História, envergonham as suas gentes. Chocam mais pela manifesta indiferença de quem deveria prevenir para que não existissem.

(Parque do Urbanismo-Ontem ao final do dia, tudo preparado para a noite, apesar da sinalização)

(Parque do Urbanismo-Ainda ontem ao final do dia)

HOJE - 6,50 da manhã - Parque do Urbanismo

HOJE - 6,50 da manhã - Parque do Urbanismo

HOJE - 6,50 da manhã - Parque do Urbanismo

HOJE - 6,50 da manhã - Parque do Urbanismo

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto (Note-se a matrícula viciada no País)

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto

HOJE - 7,00 da manhã - Parque do Rio do Porto

Não são precisas muitas mais palavras além de que os responsáveis não assumiram as funções em que foram investidos. Demitam-se já. 

Sintra não pode estar sujeita a esta indigna amostra, a esta progressiva degradação, porque depois de tomadas medidas elas não são cumpridas.



Breve Nota:

Que meditem quantos lutaram contra um parque de estacionamento na Volta do Duche (eu incluído) mas que hoje se silenciam.

domingo, 17 de agosto de 2014

HOJE, UMA VISITA AO ESPAÇO...PORQUE NÃO HÁ LIMITES!

Evitem-se as palavras: curiosidades sobre a capacidade dos Homens e Mulheres que não têm umbigo...perdão, que o têm mas não lhes limita a visão aberta sobre o Mundo.

A evolução...


De um dos primeiros aviões de passageiros...

...ao supersónico Concorde...

...ao supersónico para testes espaciais...

Uma das primeiras cápsulas espaciais a regressar à Terra...queimada pelo atrito...

Veja-se as condições de "instalação" dos tripulantes... 

"Instalações" sanitárias para os cosmonautas. A falta de gravidade obriga a um motor de absorção

Estes são exemplos da evolução na conquista do espaço.

Não faltará muito e alguns de nós passearemos em veículos deste tipo, que já têm circulado fora deste nosso cada vez mais pequeno planeta.


Por aqui ainda estamos na versão importada dos Tuk-Tuk...

Um bom Domingo para todos.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

SINTRA: ATAFULHADA DE CARROS A QUEM APROVEITA?

Nota prévia: ainda há uma rua disponível para atafulhar com carros: a parte pedonal da Heliodoro Salgado, o que seria a cerejinha mesmo em cima do bolo.

As imagens que seguem são desta semana - mas podem repetir-se todos os dias - e deixam-nos um aperto profundo pela desilusão causada a milhares de visitantes que confiaram nas campanhas sobre a histórica Sintra e como destino turístico.




         

Autocarro de Grande Turismo, fora de mão, invertendo o sentido em pleno Centro Histórico...só em Sintra!

Diariamente, milhares de carros param, andam e param, milhares de pessoas que não pisam o nosso solo. Tão perto e tão longe das ruas que os esperam.

Fechadas em carros, muitos sem ar condicionado. Desesperadas quando poderiam estar a avaliar a nossa beleza arquitectónica. A economia a vê-los através de vidros.

Sabe-se do atafulhamento de trânsito. A estrutura que, em condições normais, deveria programar-se para ajudar os automobilistas esperados em Agosto, terá dado prioridade a outras operações relevantes. O resultado vê-se nas imagens.

- Como reagem os nossos visitantes? Que imagem levam de Sintra? Que dirão aos amigos? Como recordarão o contacto com os sintrenses? Voltarão?

Duvida-se que estes visitantes voltem a Sintra. Um castigo que não merecemos.

Problema que não é de hoje e passaram 12 anos sem o resolver

Todos os dias me assaltam as inflamadas frases sobre Lord Byron e Herculano. Eça.  D. Manuel e Vasco da Gama a regressar da Índia (na verdade ficou nos Açores...). Os golos e futebol quase na hora, tudo oco à mistura com o Glorioso Éden.

Em 12 anos, do nosso bolso, pagámos - entre outros - um "Plano Estratégico do Concelho de Sintra face às Alterações Climáticas" e um "Plano de Desenvolvimento Estratégico "Sintra Ideal em 2015"". Tudo Estratégico. De trânsito nem periférico...

Ora, sendo o problema do trânsito em Sintra antigo, porque se esgotaram 12 anos com um mesmo Presidente de Câmara sem que uma só solução tenha sido testada? 

Haverá sempre soluções: preciso é estudá-las e aplicá-las

Para proteger a zona Património Cultural da UNESCO, justificam-se negociações entre a Câmara (Única Autoridade Administrativa) e Governo (MAI) para a construção de um grande silo automóvel na zona do Ramalhão. 

Tal Silo, envolvido por arvoredo, poderia ter dois pisos abaixo do solo para ligeiros, um ao nível do solo para autocarros e dois acima do solo para ligeiros. No local seria possível um parque periférico com capacidade para vários milhares de veículos.

A partir daí desenvolver-se-iam circulações frequentes e rápidas até às proximidades da Estação da CP ou da Câmara Municipal, eventualmente com preços incluídos no parqueamento. Este serviço seria independente da actual operadora.

Ressalva-se que qualquer ligação directa à Serra a partir do Parqueamento (funicular ou outra)  poderia ter efeitos negativos no fluxo turístico para a Vila de Sintra.

A Volta do Duche só seria utilizada por veículos prioritários e de transportes públicos, permitindo que os peões ganhassem espaço e o usassem de forma descontraída.

É assim que se passa em Centros Históricos prestigiados e bem diversificados (p.ex. Colmar, Annecy, Brugges e Varsóvia)  onde o trânsito automóvel foi abolido.

Outras alternativas, mais complexas, que poderiam passar por pequenas bolsas (antiga garagem da Estefânia, Casas em Ruínas da CP) não iriam resolver muito o problema e manteriam o fluxo automóvel em zonas a preservar. 

Claro que se imporia a rigorosa impossibilidade de estacionamento às viaturas que descendo a Rua Visconde de Monserrate teriam de seguir a E.N.375 até a uma zona devidamente definida. Até que um túnel evite a passagem pela Vila...

Da forma como hoje tudo se passa é que estamos limitados na oferta turística que se exige qualificada, a hotelaria e restauração sofrem impactos negativos e a economia do concelho fica estrangulada no seu desenvolvimento.

Ouve-se falar de projectos para o futuro e confia-se que terão seguimento. 

O nosso futuro tem muitos anos...espera-se pelo começo!




terça-feira, 12 de agosto de 2014

SINTRA: EXECUTIVO MUNICIPAL, CARAVANISMO E BUROCRACIA?

O homem gritava "quem quer pó para matar pulgas...ou isso" e a moradora do 5º. andar (sem elevador) ficou deslumbrada. O homem subiu e explicou "faz-se uma pequena pressão entre o polegar e o indicador para abrir a boca da pulga, põe-se uma pitada de pó, fecha-se-lhe a boca e logo cai para o lado". A senhora juntou as unhas dos dois polegares e, num gesto, perguntou se assim não era mais prático. "Ou isso" respondeu o homem.

Para a senhora, adepta de coisas simples, o homem apenas vendia burocracia. Era mesmo um qualificado perito a inventar a complexa teia de acabar com a pulga.

Esta história pretende salientar que a burocracia faz parte dos males que travam a evolução das sociedades, pela teia complexa de voltas e voltinhas, pareceres e "à consideração superior", coisas que emperram e adiam sem se saber até quando.

A burocracia faz parte da armadilha, com aliados esporádicos (a frequência dá muito nas vistas...) consegue paralisar a evolução da vida, deixando - quantas vezes - no ar que os seus agentes são Messias e só querem espalhar o bem...sem o conseguir.

Burocracia, um caminho sinuoso que pode levar ao boicote...

Repescamos a prática de caravanismo selvagem em Sintra. Ontem era assim:

Até o caminho pedonal foi ocupado. O sempre agradável pequeno-almoço em Sintra

Hoje, ainda cedo, evitava-se fazer barulho para estes "turistas" poderem descansar...

Ora, na Sessão Camarária de 1 de Abril deste ano (Proposta 214-LP/2014, do Senhor Vereador Luís Patrício) foi decidido aprovar sinalização no sentido de proibir Caravanismo no Parque do Rio do Porto, em pleno Centro Histórico.

Quatro meses passados sobre a decisão, a sinalética aprovada ou estará nalguma gaveta a ser estudada ou aguardará a feitura das placas. Suporte está lá, com uma placa desenquadrada que deveria ter sido retirada em Maio e não mereceu tal esforço.

Excluída a hipótese de andar por aqui algum boicote, resta-nos admitir que a burocracia pode estar a contribuir para só no fim da época estival as placas surgirem. 

Até à colocação dos sinais, seria suposto que um corpo municipal, prevenisse a anormalidade, tanto mais tratando-se de uma das preocupações do Senhor Presidente da Câmara. Mas não, nada se nota de presença ou agilização em conformidade.


Passados nove meses sobre a posse de um novo Executivo Camarário, em que medidas muito relevantes foram anunciadas logo no início, começa a ser preocupante a passagem do tempo com vazios deste género. 

Se é um problema estrutural, altere-se a estrutura. Se é de outro tipo, resolva-se da forma mais ajustada aos interesses de Sintra e dos seus Munícipes.

O que Sintra não pode é sujeitar-se a estes...adiamentos.

As imagens apresentadas envergonham o nosso Centro Histórico.




segunda-feira, 11 de agosto de 2014

SINTRA: UMA LIÇÃO...COM SUPORTE MUNICIPAL...

Tinha de acontecer um dia...foi hoje. Tinha de ser confrontado com as minhas deficiências em literacia e logo em plena pedonal da Heliodoro Salgado. 

Sem autoridades à vista, esforcei-me a ler os Avisos constante dos sinais colocados nos extremos dessa zona pedonal, quase permanentemente desrespeitados.

Julgava eu, bem entendido, que os Avisos eram claros...mas há excepções. Assim:



Julgava eu, nesta abusada inocência com mais de sete décadas, que no Regulamento de Sinalização Rodoviária, do Ministério da Administração Interna, este sinalinho redondo, branco no interior e vermelho à volta era o "C2 - Trânsito Proibido".

Por isso, quando às 11,25 horas de hoje vi uma viatura pintada com as cores municipais a entrar na Rua, descendo calmamente, notei ao condutor que, pela entidade envolvida, não "era o melhor exemplo" do cumprimento da sinalização.

Foi aí que o meu analfabetismo, que tanto procuro disfarçar, ficou totalmente as sabor do meu interlocutor que, com convicção, me assegurou (mais ou menos nestas palavras) que "estava a circular porque a proibição não se lhe aplicava".  

Claro que ainda notei que a sinalização era bem clara, que o regime de excepção invocado não estava lá previsto, mas fiquei quase sem fôlego e só queria fugir.

Como recordação, guardei uma foto "da excepção" no momento em que se preparava para estacionar um pouco mais abaixo.


Que mais poderei fazer?

Talvez pedir desculpa à Câmara Municipal, ao motorista em questão, louvar a sinalização existente por ser tão ampla, felicitar os desrespeitadores que colocam piscas e seguem em frente, porque - afinal - apenas eu não consigo ler os sinais.

Bem hajam...analfabeto sou eu!