segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

FONTANÁRIO ROUBADO EM SINTRA…HISTÓRIA INCRÍVEL

História para uma campanha eleitoral

Começou a ser contada em 31 de Maio de 2011, passados 1324 dias sobre a data em que foi retirada a maior parte do fontanário neo-manuelino da Estefânia, em Sintra.

Primeiro, em Outubro de 2007, uns gatunos, levaram a parte superior da fonte que estava no Largo Afonso de Albuquerque, sabe-se lá se por encomenda.

Poucos dias depois, segundo informação oficial de 27.9.2010, “(...) os serviços camarários recolheram toda a restante estrutura, aguardando-se a concepção da cantaria em falta, após o que será, instalada a fonte no seu local de origem”.

Até hoje, decorridos 1577 dias, nada mais se soube, ou antes, mais nebulosa ficou a história da fonte…uma peça centenária do património sintrense.

Para a devida avaliação dos leitores, direi que no Jornal de Sintra de 16 de Dezembro findo, sob o título “A fonte centenária continua em parte incerta”, a notícia dava conta do contacto havido com o presidente da Junta de Santa Maria e S. Miguel, Eduardo Casinhas, “que nos informou que a ocorrência tinha decorrido no decurso do anterior mandato presidido por José António Pinto Vasques”.

Ora, em 6 deste mês de Janeiro, no mesmo Jornal de Sintra, a filha do Senhor José António Pinto Vasques esclareceu: “o meu pai faleceu em 31.07.2005 (…) pelo que a informação prestada pelo actual presidente da Junta, Eduardo Casinhas ao Jornal de Sintra, não espelha a veracidade dos factos” (…).

Não tendo sido desmentida a notícia do JS, é incrível como o bom nome e a memória de Pinto Vasques, um ilustre e dedicado sintrense falecido dois anos antes destas ocorrências, ainda foram envolvidos na história. Que feio!

Que mistérios envolverá a recolocação da fonte no seu devido lugar?

Ao fim de 1577 dias, os sintrenses continuam à espera do fontanário!


ALGUÉM VAI TER DE PRESTAR CONTAS…

sábado, 28 de janeiro de 2012

PARA A HISTÓRIA DO NOSSO POVO…MOLICEIROS

DA RIA DE AVEIRO E DO VIRA DE OVAR...AO DEUTSCHES MUSEUM

Tenho um gosto muito especial pelo Rio Isar, onde encontro tanto da minha pátria, longe dela que tão mal trata os seus filhos.

Na margem direita do Rio Isar, em Munique, há o Deutsches Museum da Tecnologia e Ciência, que é o maior do mundo. Um dia é pouco para vê-lo, mas vale sempre muito.

Ao percorrê-lo, a emoção silencia-nos quando vemos a nossa bandeira, lemos na língua pátria, apreciamos as cenas do mar, expressões de um povo humilde que trabalha. A arte, a beleza e a pausa das vidas, com o Vira em terra.

No Deutsches Museum os homens do mar e sua culturas são homenageados…hoje os moliceiros da Ria de Aveiro…
  







Dispensa comentários. Bem hajam homens e mulheres que deram vida a este barco.

Assim se guarda a história dos povos.


Nota: Esta manhã o ISAR estava assim:






terça-feira, 24 de janeiro de 2012

SENHOR PRESIDENTE, CUIDE DE SI!

Escrevo-lhe quase despedaçado. Quando muitas almas estariam prontas para o peditório – com caixinha pendurada – que atenuaria as Suas baixas reformas, alguém apareceu a dizer que V. Exa. foi “subentendido”, talvez por lhe ler o pensamento.

Apesar disso, outros caridosos Chefes de Estado dos 27 e figuras régias, poderão organizar quermesses para auxílios pecuniários, alimentares ou outros.

Fiquei preocupado pela ênfase pública que deu à pensão da Caixa Geral de Aposentações sem se lembrar da outra, ou da última Declaração de Rendimentos.

Enquadro na via do esquecimento o que disse a propósito da eliminação de subsídios a funcionários públicos e pensionistas, que classificou como “violação de um princípio de equidade fiscal”. Rapidamente esquecido, logo aprovou o diploma violador.

Meditava nestas desarmonias, quando surgiu Sua Excelência a dizer-se, qual profeta, “Provedor das incertezas, das angústias mas também das ambições do nosso povo”.

De que povo falava? Do que ganhou com o BPN e nada devolveu à sociedade? Do dos paraísos fiscais ou que vive da economia paralela? Bem, para com os que trabalham e produzem riqueza não se notam angústias pelas penalizações sofridas.

Tantas contradições, de figurino patológico, ajustam-se mal a elevados cargos. A idade, por vezes, cansa-nos, pelo que é necessário cuidarmo-nos.

Cuide-se. Vá de “supresa” a um Centro da Saúde onde não o façam esperar dois meses. Encontrará um raro médico que não emigrou e, se não estiver isento de taxa moderadora, pagará qualquer coisa menos que num consultório particular. Se utilizar viatura particular até gastará menos do que em transportes públicos.

Justifico as minhas preocupações com a Sua saúde porque nascemos no mesmo ano e atravessámos as dificuldades da Segunda Grande Guerra. Eu, no Alentejo, com tenros quatro anos, só com uma senha de racionamento conseguia pão, enquanto a minha mãe ia para a bicha do carvão.

Recorde-se que, no Sul do País, se trabalhava de sol a sol. Milhares de desempregados do Norte, a que ofensivamente chamavam “ratinhos”, migravam para Sul onde eram escravizados. Todos sujeitos aos poderes discricionários dos patrões.

O actual governo, sem que V.Exa. o impeça, está a levar-nos para essa sociedade.

Descontei dos 14 aos 65 anos, para ter uma só pensão, aos poucos extorquida.

Teve melhor sorte e somou, talvez com horários sobrepostos, 30 anos de descontos pelo Banco de Portugal mais 40 como professor e, ainda, como investigador da Fundação Calouste Gulbenkian. Daí ter várias pensões.

As afirmações sobre os rendimentos que aufere, incluindo as omissões, ofendem a maior parte do “povo trabalhador” que tão raras vezes chama ao discurso.

Será que Sua Excelência está assim tão afastado da realidade do povo português?

Sou contra emissores de demagogias adormecentes, destinadas a milhares de pessoas que sofrem na pele as consequências da má gestão pública.

Preferia que, como mais alta figura do Estado, cuidasse de moralizar a vida pública, promovesse a efectiva equidade fiscal e a defesa dos postos de trabalho, incentivando políticas de desenvolvimento. Deveria, sim, Incentivar a auto-estima de quem trabalha.

A caridade não faz desenvolver os povos.

A maior parte do povo anónimo não nasceu em berços de ouro, pelo que não me levará a mal que lamente a vida de muitos e não a Sua.

É que, Sr. Presidente, não é de si que tenho pena.



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

BURACOS E SUBSÍDIOS...MEIAS TINTAS

BURACOS...DE SINTRA

No passado dia 15 falou-se dos buracos e sua (má) gestão, com fotos e localização.
(http://retalhos-de-sintra.blogspot.com/2012/01/curiosidades_15.htmldos).

Registe-se que na Alameda dos Combatentes da Grande Guerra e Largo D. Manuel I, todos foram reparados.

Na Rua Afonso Costa, também foi feito um trabalho de reparações que deve destacar-se.

Infelizmente, na melhor pedra cai a nódoa: Na Av. Miguel Bombarda, ali a 50 metros dos Paços do Concelho, caminho habitual de peões e turistas, os buracos lá estavam esta manhã. Como este:


SUBSÍDIO ESPOLIADO...

A Caixa Nacional de Pensões já me enviou nova Declaração para efeitos de IRS. O saque passou a chamar-se "Sobretaxa Extraordinária".






domingo, 22 de janeiro de 2012

CURIOSIDADES...PRECIOSAS

Os postais que hoje apresento são, quanto a mim, verdadeiras peças históricas e de artesanato de uma época onde o tecido e os bordados se completavam.

Expedido pelo correio em 1962
  
Expedido pelo correio em 1966

Será que ainda vivem as donas das mãos que fizeram estas obras de arte?

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

TROIKA-TINTAS…

Toda a gente sabe que o acordo celebrado com a Troika não contempla muitas das medidas que o governo está a tomar, algumas delas transcendendo o que de pior existiu no tempo do fascismo.

Para Passos Coelho e ministros do seu governo, nomeadamente Álvaro Pereira e Victor Gaspar, alheios ao que foi a vida dos trabalhadores, é bom recordar-lhes alguns factos relevantes.

Há umas dezenas de anos, a eliminação do trabalho ao sábado para muitas profissões teve como contrapartida mais horas de trabalho nos restantes dias.

Na minha actividade, por volta de 1958/59, a manhã de sábado foi compensado com mais 30 minutos de segunda a sexta. Curiosamente, na recente delegação da UGT aparecia uma sombra dessa época, que o poderia ter dito.

Falar em mais horas de trabalho ou sábado é um embuste de quem, até hoje, pouco trabalhou…com qualquer dos horários.

Lay-off com férias compulsivas

Entre as várias ofertas que o governo fez aos patrões, uma das mais caricatas – mas altamente gravosa – prende-se com a possibilidade do patronato fechar os serviços em dias de ponte (para seu interesse na redução dos custos) obrigando os trabalhadores a dias de férias não desejadas…logo compulsivas.

Como somos enTROIKAdos

Infelizmente a Troika era indispensável para termos um cheirinho do “pântano” a que Guterres fugiu, sendo seguido por outro saltitão da política, de seu nome Durão Barroso. Com Constâncio, estão bem na vida, e nós andamos à nora.

Claro que a Troika, para garantir apoios financeiros, fez exigências. No entanto, não exigiu que se isentassem os responsáveis pela crise e castigassem em exclusividade os que produzem riqueza pelo trabalho.

A Troika alguma vez iria exigir que os corruptos fossem esquecidos? Ou que se passasse uma esponja sobre os que receberam avultadas quantias do BPN? Ou que os maus gestores públicos e autarcas continuassem a fazer o que sempre fizeram?

É hoje claro que a Troika é o bode expiatório das mentiras que suportam a desvalorização dos trabalhadores. O golpe contra os direitos de quem trabalha, transferindo-os para as mãos do patronato foi uma opção governamental.

Obviamente que, quem prometeu ao povo uma coisa e procede exactamente ao contrário, não passa de mentiroso compulsivo, capaz de o fazer em cada momento.

Por força do hábito, mentir mais ou menos é tão natural como os sorrisos exibidos.

Quando o governo de um país trata os seus filhos mais nobres – os trabalhadores – da forma como este o faz, ficará na história negra de Portugal.




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

SUBSÍDIO DE NATAL NÃO PAGO...INCLUÍDO PARA IRS

 Acabei de verificar na Declaração enviada pela Caixa Nacional de Pensões que, embora não me tenha sido paga parte do Subsídio de Natal de 2011, a mesma foi incluída nos rendimentos, portanto sujeita a IRS.

Em termos práticos, sucede que – ou por erro ou por mais um golpe de magia – embora não tenha recebido aquilo a que tinha direito por mais de 50 anos de descontos ininterruptos, ainda por cima se preparam para colectar em sede de IRS um valor não colocado à disposição do beneficiário.

Mas ao fim e ao cabo o que é isto? Já se começa a visionar não um Estado de Direita mas um Estado Burlesco, em que tudo vale desde que seja contra trabalhadores e reformados.

Que gente anda a governar este País e a proceder com este tipo de ética deprimente e ofensiva dos mínimos direitos a que neste momento podemos aceder?

Como foi possível chegarmos a este ponto da nossa vida colectiva?

Manifesto a minha repugnância e a maior indignação.



domingo, 15 de janeiro de 2012

CURIOSIDADES...

A (má) gestão dos buracos! 

Depois de terem sido arrancadas algumas árvores em Sintra, era suposto que seriam plantadas outras nos mesmos espaços. Pelo menos era o que se dizia...

Na Av. Barão de Almeida Santos, com celeridade inaudita (tal como no fontanário...) o pavimento foi logo tapado, talvez para esquecermos que lá existiam árvores: 

  

No entanto, a prestimosa actividade de tapar buracos não é tão anti-buracal como à primeira vista seria interpretada. Talvez por cansaço, talvez por qualquer outra coisa, na Alameda dos Combatentes da Grande Guerra pode ver-se: 


No Largo D. Manuel I, logo ali, temos:


A 50m dos Paços do Concelho, na Av. Miguel Bombarda, talvez porque os autarcas andem pouco a pé ou não pisem o mesmo passeio que os turistas, temos disto: 


Um interessante inventário a fazer nos circuitos pedonais...

Viver em Sintra, no seu pior!




quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

VIVER EM SINTRA...DÁ PARA VER!

É uma verdade que, quando interesses futuros estão em jogo, logo vemos o empenho de umas tantas almas – vindas de fora – que nos enchem o coração de encantos.

Sempre para o nosso bem, sem a mira de subsídios ou desinteressados apoios, ciclicamente alguém nos insinua que, desta vez, sim, é que é.

Oferecem-nos, sem custos adicionais, pavilhões auditivos onde do abastado ao pedinte todos serão escutados. Apresentam-se como veículos, veja-se bem, para a felicidade colectiva, livre de ideologias, crenças religiosas e outras profissões de fé.

Depois de 10 anos de privação do sentido de ouvir, aprovando as decisões que levaram ao mais brutal passivo exigível de que há memória, sem medidas de desenvolvimento que contrariassem o galopante aumento do desemprego, dá para ver que a caixinha de Pandora continuará a ser um mito.

Ciclovias virtuais, mais de 100 áreas clandestinas adiadas, transportes públicos desajustados, Centro Histórico e património por respeitar, são referências.

Terá sido por “culpa de outros”?

Dá para ver o caminheiro que nos aponta desinteressadamente o caminho da felicidade participativa da base à cúpula, com independência militante, escutando o que não foi escutado em 10 anos. Como é boa a intenção. Muito boa…

Dá para ver patrões e empregados mancomunados, políticos e protegidos, cortes estruturadas e quase hierarquizadas, actores pouco solidários com quantos se cruzam com eles no dia a dia, mas agora subitamente empenhados na contrição.

Chegámos à fase de preparo de campanhas, depois virá a altura da conversão de projectos em plataformas de apoiantes, fazendo augurar uma renhida luta pelos lugares disponíveis logo que no horizonte brilhe a estrelinha.

Sintra precisa de sintrenses com pensamento independente, descomprometidos e disponíveis para projectos de evolução e não para garantir clientelismos atrofiadores.

Terão de ser os sintrenses a escolher sintrenses com o perfil adequado a conduzir Sintra para um futuro de progresso, respeito efectivo pelas suas raízes, pelas suas gentes e pela melhoria da qualidade de vida.

De falsas dedicações já estamos fartos.

Dá para ver.



domingo, 8 de janeiro de 2012

CURIOSIDADES...

...como alerta!

E um dia, logo que julguem ter o poder absoluto, não hesitarão em mandar soltar os cães sobre os resistentes...





domingo, 1 de janeiro de 2012

CURIOSIDADES...COM SORTE

Para todos Vós, um fraterno abraço com votos de que este 2012 nos possa trazer alguma sorte, mesmo que para isso tenhamos de ter uma força leonina, hercúlea, capaz de resistir a todas as afrontas que se desenham no horizonte.


Vamos vencer, estou certo!