terça-feira, 8 de março de 2022

UCRÂNIA E A "SOLIDARIEDADE ENTRE OS POVOS"...

 Imagens dramáticas





Vemos crianças a chorar, outras nascendo com assistência em bunkers, idosos cujo rosto nos marcará, mães e filhos fugindo, não se pode ficar indiferente.

Seres humanos fugindo em cadeira de rodas, até levados em maca, vê-se a humildade, trabalhadores, reformados, estudantes, o mundo dos desfavorecidos.

Uns fogem, outros que ainda não tiveram tempo, homens, mulheres e crianças, são mortos em suas casas ou na rua, em bombardeamentos que não poupam civis.

A brutalidade das imagens só não sensibilizará quantos, libertando Putin das responsabilidades, usam variada dialética com que culpam os outros. 

A realidade é esta: - Milhões de pessoas do povo trabalhador e proletário, são vítimas de uma invasão e de crimes que os faz viver - ou morrer - tragicamente.

O recurso a invocações históricas ou parciais, ou pretensa "independência" face ao que se está a passar ocorrido, não podem disfarçar o indireto apoio inicial.

Onde param - a que silêncio ruidoso se entregam os defensores da solidariedade internacionalista, da Classe Operária e de Todos os Trabalhadores.

Desilusões profundas

Ontem, no nosso núcleo de Amigos, a Iryna e a Natasha abraçavam-se como amigas, a primeira de nacionalidade ucraniana e a segunda de nacionalidade russa. 

Ambas falavam de grandes preocupações pelos seus idosos pais tão distantes e pela vida dos que por lá se manifestam sobre uma invasão sem sentido.

Nenhuma consegue encontrar argumentos para a indiferença - silenciada - perante o sofrimento de povos, homens e crianças com vidas destroçadas.   

Quem assim foge é gente humilde, que foi solidária noutros tempos, que fogem dos bombardeamentos, numa legítima fuga para manter suas vidas.

É de salvar vidas que se trata, de quilómetros sobre quilómetros a pé, empurrando carros com bebés, à espera de uma míngua de sopa quente para atenuar o frio.

Dizia-me Iryna que a questão da solidariedade política teria de ultrapassar as barreiras ideológicas e centrar-se na solidariedade aos povos vitimados.

Serão políticos sem netos? Sem filhos? Sem conjuges? Para que servem os cargos que desempenham, alegadamente para uma "sociedade mais justa"? 

Pela nossa parte estamos com todas as Natálias e Irynas, com os seus familiares, para que possam viver numa sociedade mais justa e sem políticos desta estirpe.

Nem uma palavra de solidariedade...com tantos milhões em fuga...

Um lembrete

Em 27 de Julho de 2013, Putin, com os presidentes da Ucrânia e Bielorrússia, esteve na comemoração dos 1025 anos da cristianização do Principado de Kiev. 

Hoje, é essa mesma Kiev que, aos poucos, vai destruindo. 

Recordamos a unidade e amor desse dia entre Ucranianos e outros Povos:


Para os Ucranianos, a saudação pelo Amor que têm à sua Pátria:

Monumento em Kiev à Mãe-Pátria

Por fim, a esperança de que, urgentemente, os canhões se calem e cedam lugar a esta imagem que representa tudo o que são sentimentos contra uma guerra:

Em Kiev, contra a guerra

A confiança na vitória do sacrificado Povo Ucraniano.