Conversa fiada
A surpreendente "conversa em família" a que o Ocupante do Cargo de Presidente da Câmara de Sintra recorreu há dias, ficará na história do mais doentio ilusionismo.
O que leva o autarca centralizador, por vezes pouco elegante e de costas voltadas, a apelar aos munícipes que "partilhem com a Câmara essa responsabilização".
Aquelas expressões de "meus queridos amigos" e "caros amigos, estamos juntos" não podem ter surgido assim, de ânimo leve, como uma íntima preocupação connosco.
Temos para nós que a "conversa em família" foi recomendada por algum novel conselheiro, especialista nestas coisas de limpar a "imagem" de quem a tem má.
E apareceu, desgarrada, confusa, "sem alarmismos...sem alarmismos".
Do encobrimento ao falhanço
Melhor fora não falar sem dizer toda a verdade. Na véspera da conversa a contagem de infectados aumentara para +139 (tinham sido +102 na contagem anterior).
Posteriormente foram +207 (em 7/9), +264 (em 14/9) e +352 em 21/9.
A "Conversa em família" refletiu o falhanço das políticas de ilusionismo promocional, com um final desastrado, fazendo-nos recordar os velhos tempos do "papão".
E dos papões que aparecem pela nossa vida nunca se devem receber abraços.