quinta-feira, 2 de novembro de 2023

RETALHOS-DE-SINTRA...FIM DE UMA ÉPOCA!

"Tão sintrense como os que vivem entre Casal de Cambra e Cabo da Roca ou entre São João das Lampas e o Barrunchal.Ser-se sintrense é um estado de espírito, de amor a esta terra bafejada por riquezas naturais,tantas vezes desrespeitadas.O mais importante em Sintra é procurar que a grande maioria das 500 mil pessoas(*) que por cá vivem possam ter melhores condições de vida, ofertas culturais e justiça social. É com esses que me preocupo. (*)Não é verdade. Somos 377.835 pelo Census 2011. Alguns políticos sintrenses é que diziam 500 mil...eles saberão porquê". 

(Assim começou no dia 8 de Março de 2011 e assim se manteve até hoje)

(Ainda há espaço)

Um dia para despedidas!

Hoje é um dia difícil para nós! Este blogue despede-se dos Amigos que nos visitaram e criaram opinião sobre quem vinga à custa de falsas ideologias.

Foram 12 anos de caminhada desde 8 de Março de 2011, 1262 mensagens, 983 comentários e, por publicar, ainda ficam guardados 116 artigos. 649305 visitas.

Julgamos que a nossa mensagem original foi cumprida, espelhando verdades ocultadas, jogos de poder e "vanguardas" defensoras que nos traíram.

Deplorámos a teia do servilismo bacoco "cheirando" ao regime fascista com alvissareiros e louvadores em busca de recompensas, prémios ou vaidades pessoais.

(Na teia)

Fomos de Sintra e dos sintrenses, dos que pouco ou nada têm, dos que trabalham para que uns tantos gozem de benefícios e tenham carreiras que suportamos.

Por vezes fomos cicerones de viagens a locais históricos e culturas díspares,  provámos que o mundo é muito mais que o umbigo da maior parte dos políticos.

Em 12 anos fizemos um pouco da nossa história de Povo, do sofrimento à indiferença, sem procurarmos mordomias, viagens, negócios ou cargos oferecidos.

Falámos do quadro da União Nacional fascista que se faz da "geração de abril" e lutador "pela liberdade", unido aos que gritavam "Povo não quer fascistas no poder".

Não esquecemos o alvissareiro "bem informado" que em 2018 nos mentiu ao anunciar a reposição da pedonal sobre a Via Férrea, que fora desmontada em 2011.

Lembrámos o Museu do Brinquedo tirado às crianças, o Netto dito para Pousada mas vendido e a Pousada que pagámos e agora tem aquisição recomendada.

Citámos o campeão do "Me congratulo" no Parque da Cavaleira e do "Concordo" na Pousada, com os reflexos conhecidos no dinheiro dos munícipes.

Com o pretexto de "fruição coletiva" e "intervenção cultural do município" comprámos a Mont Fleuri por 2.800.000€ mas lá não entramos e passou a uso quase exclusivo. 

Iludem-se 400.000 habitantes com um dito "Hospital" que se configura como Unidade Local de Saúde, sem Banco de Urgências 24 horas por dia e camas para externos.

De tudo isto, que benefícios redundaram para os municipes? Qual a relação entre a receita dos impostos e a aplicação homogénea a que TODOS temos direito?

Políticos que almejam votos alhearam-se de, no corredor Cacém-Queluz, a maior movimentação diária ser no sentido oposto a Sintra...desde que votem.

Neste "figurino" de gestão, vimos o edil sintrense no Metro de Lisboa em campanha eleitoral mas não exige que o mesmo venha servir o populoso Concelho de Sintra.

Porquê? Porque tal iria conduzir a movimentos para a criação de outro concelho na parte oriental deste vasto território sintrense, gerido por outra comunidade.

🔚

Vive-se da política das mentirolas, do licenciado que o não é, do "vai fazer-se" e não se faz, de tolices misturadas com patetices que se esvaziam com o tempo.

Na política de Tachos e Tachados, tal como cogumelos, os "empregados do poder" multiplicam-se enquanto o Povo que trabalha se sacrifica e os suporta. 

Criámos uma sociedade em que, de quatro em quatro anos, não escolhemos quem nos governe bem mas quem irá ter mordomias e usufruto de cargos.

As vaidades de Sintra omitem que há quem viva num autocarro, quem use caminhos de lama e buracos e de tudo os responsáveis se finjam  "desconhecedores". 

A responsabilidade é de todos nós, a degradação é tão pronunciada que trai pequenos e grandes sonhos de Abril, perdendo-se o espírito de cidadãos.

As sociedades apodrecem quando haja benesses caso a caso, prémios e mordomias para quem tenha qualidades de venerador, grato e obrigado.

Tal estado de coisas apenas serve para quem viva pelo poder, que a tudo recorra para se exibir, se mostrar influente, quando a prática tudo pode desmentir. 

A despedida...

Em primeiro lugar para os 147 seguidores que se identificaram na nossa página e nos honraram com o seu nome, que sentimos sempre ao nosso lado. Obrigado.

Em segundo lugar a especial gratidão ao Movimento Defensor dos Sintrenses que nas suas páginas sempre nos acolheu e nas quais nos ligámos aos leitores.

Aos Leitores que, pesem eventuais divergências, comungaram as preocupações para se atingir uma sociedade mais justa, expressamos o nosso apreço.

Perdemos Amigos mas nunca deixámos de sê-lo. Comungando nos objetivos do melhor para Sintra e Suas Gentes, entendemos que a vida não lhes será é fácil.

Em 12 anos, só num executivo a "Oposição Não Submissa" se manifestou, sendo a quase indiferença de outros o melhor "serviço" ao alheamento.

Neste cenário de indiferença não nos revemos.

Um abraço fraterno

Fernando Castelo

2.11.2023




Permitam que cite: 

"Mas a verdade é que ninguém sabia qual era o aspecto de um nazi até ser tarde de mais", (página 146 do livro "SHYLOCK É O MEU NOME", de Howard Jacobson)


sexta-feira, 20 de outubro de 2023

SINTRA: VOLTEMOS AO PUZZLE DA POUSADA DE JUVENTUDE

 

1.329.200,00 + IVA 

"(...) foi formulada recomendação junto do Presidente da Câmara Municipal de Sintra, no sentido de concluir as diligências encetadas visando a aquisição da propriedade do imóvel, assegurando a efetiva integração de todo o investimento realizado no património autárquico". (Ofício nº. 2023/3569, da IGF, datado de 2023.09.27  16:18:08 + 01' 00'

Da Ata à Des(ata)...

Caro e atento visitante, aqui estamos a cumprir o prometido sobre a dita Pousada de Juventude que agora, dizem-me, se chama de "Jovens".  

A ter seguido o nosso convite, nunca as Atas das Sessões de Câmara foram tão visitadas o que, só por si, é de uma riqueza cultural impagável nos dias de hoje.

Dizemo-lo com parcial satisfação, pois ao migrar-se pelo site camarário a riqueza informativa completa-se com as paredes de vidro de que se orgulha certa Oposição. 

Somos do tempo em que a Oposição fazia críticas numa revista camarária, onde se podiam ler exemplos de firmeza que não a tornavam subserviente.

Voltemos à Ata e à Proposta 274-P/2016

Sobre a Pousada, antes de chegar à página 065 da Ata, espreitou na página 052 e leu a "dificuldade que foi" "fazer ali uma coisa útil investindo 660 mil euros"...

Ainda a Proposta não tinha sido esclarecida pelo Proponente e já um Vereador o esvaziava desse orgulho declarando "Concordo com a proposta apresentada".

A partir da página 65, o leitor terá ficado siderado com as seis (6) páginas que se seguiram, em que só numa um Vereador teve dúvidas sobre Proposta apresentada.

Por certo não deixou de fazer o que se poderá chamar Tour do Orgulho Camarário, cheio de obras do Casal de Cambra à "Ocupa" ou Quinta da Fidalga a Pero Pinheiro.

No Tour, que ocupou tempo em prejuízo de perguntas sobre questões financeiras a ponderar sobre a Pousada, só dois Vereadores da maioria não entraram.

Esses, merecedores da maior confiança e com formação mais consentânea com a Proposta, ao não partilharem o tour ter-se-ão remetido à omissão participativa.

"Patinho feio" da Discussão foi...

Movimento Sintrenses com Marco Almeida, quando o Vereador José Pedro Matias declarou: "Assim,  abster-nos-emos na votação desta proposta"..

É óbvio que os contornos da Proposta 274-P/2016, com os Termos do "Contrato de Subconcessão 23/16/CM/IPP" entre fotos, enriqueceriam com a Unanimidade.

O Longo Tour da discussão acabou num menor esclarecimento do proposto.

Novo apelo ao leitor

É nossa convicção que o paciente leitor, lendo que a Proposta estava nas Fls. 270 a Fls.295 que lhe eram anexas, quis saber o que tinha sido aprovado e...

Num salto para o segredo, lá foi páginas abaixo...só encontrando as Fls. 270 e 271, enquanto as seguintes (que fazem parte do mesmo) estão ocultadas. 

Que raio, o que não se deveria saber publicamente?

Ficou a saber que na Fl. 270 se falava em "Subconcessão e demolição do edificado existente de modo a substituí-lo por um novo e único edifício". 

Suportando o "demolir" estava "o valor dos dois imóveis é inferior a 530.000,00€ (...) "pelo que compete à Câmara Municipal aprovar a sua subconcessão".

Para construir "um novo e único edifício" em terreno alheio, qual o custo?

Relendo a Ata, o estimado leitor não vê que algum dos Vereadores que aprovaram a Proposta tenha cuidado de saber a estimativa do custo do edifício a construir.

Assim se demoliu património alheio e se construiu uma Pousada no mesmo terreno, com rendas a pagar durante 20 anos...

FINALMENTE COMEÇA A SABER-SE...

1

A Proposta 274-P/2016 foi aprovada em 5.4.2016; 

2

Em 11.9.2018 foi feito um pedido de esclarecimento à IGF

3

Sem acusação de receção

Insistimos em 4.12.2018 sem resposta

5

Voltámos a insistir em 1.4.2019 sem resposta

6

Em 29.6.2019 expusemos o assunto ao Senhor Primeiro-Ministro

7

Em 10.7.2019 o Gabinete do Senhor Ministro das Finanças informou "da necessidade de recolher elementos adicionais junto da Câmara Municipal de Sintra, os quais se aguardam para proceder à reapreciação do processo"

8

Sem resposta

9

Em 29.8.2023 (mais de sete (7) anos sobre a decisão tomada em Reunião de Câmara de 5.4.2016 e cinco (5) sobre o pedido de esclarecimento e quatro (4) sobre a "reapreciação" anunciada, , insistimos junto do Senhor Primeiro-Ministro

10 

Em 27.9.2023, recebemos da IGF-Autoridade de Auditoria, um Ofício em que informa - em 7 Pontos e citação de 18 artigos do "arquivamento do processo".

11

E, fora dos 7 Pontos da sustentação,  que,

"Mais se informa que, em consonância com o ponto 6., Foi formulada recomendação junto do Presidente da Câmara Municipal de Sintra, no sentido de concluir as diligências encetadas visando a aquisição da propriedade do imóvel, assegurando a efetiva integração de todo o investimento realizado no património autárquico". 

12

Como o Ofício não indica a data da "recomendação junto do Presidente da Câmara Municipal de Sintra" fica-nos a dúvida de quando será cumprida.

13

Quem irá suportar os eventuais" custos da aquisição da Pousada pela Câmara, cuja construção suportou? E das rendas negociadas por 20 anos?

Por último, do Contrato de Subconcessão estabelecido:

"Cláusula Quinta - 5.

"Todas as Obras ou Benfeitorias efetuadas pelo SUBCONCESSIONÁRIO no local subconcessionado poderão ingressar gratuitamente no domínio público ferroviário à medida da sua execução não tendo o SUBCONCESSIONÁRIO direito a qualquer indemnização nem podendo exercer direito de retenção". 


sábado, 7 de outubro de 2023

SINTRA: FAÇAMOS O PUZZLE DA POUSADA DE JUVENTUDE (1)

O desafio...

Pois meus Amigos leitores (que aos outros também interessa) desta vez não vamos fazer críticas ao que quer que seja, vamos entretê-los até que consigam descobrir.


 Este é o Título da que será famosa Proposta relacionada com a Pousada da Juventude de Sintra, a que poderão aceder através do site camarário, ata 7 de 2016. 

Busque a página 65 da Ata e notará que a Proposta, subscrita pelo "Sr. Presidente", está "anexa à presente Ata (de fls. 270 a 295") e dela faz parte integrante".

Boa! Então...

Qualquer cidadão menos informado não deixaria de respeitar a ética das regras, aguardando que o Proponente apresentasse o objetivo de tal proposta.

Que pode ler? Antes do Presidente defender (ou ajudar ao seu enquadramento) logo um Vereador mostrou a veia colaboracionista com um estridente "Concordo".

Previamente combinado? De forma alguma tal tenha ocorrido, tão pouco a ambição de, adiantando-se ao pelotão (no caso a toda a Vereação) ganhar o amarelo.  

(Recorde-se que o mesmo "concordante" repetiria essa ética mais tarde na discussão sobre o Parque da Cavaleira, que teve desastrosos resultados financeiros).

Aqui chegados, por certo já se deliciou com a riqueza da discussão da Proposta subscrita por Sua Senhoria e apreciado a superior qualidade das intervenções.

Destaque - com o devido respeito - para o Senhor Vereador José Pedro Matias, eleito num Movimento Eleitoral, que colocou questões importantes...logo diluídas.

Tergiversou-se sobre o tema, até se falou no Neto (!!!) e Casal de S. Domingos, parecendo que o fundamental da Proposta não carecia de análise aprofundada.

Da leitura da Ata, quantos leitores recolherão ensinamentos e avaliarão o exercício do Poder Local Democrático., consignado na Constituição de Abril.

Entusiasmo...frustrado

Com grande clareza, na ATA podem ler que a Proposta se anexa à Ata "de fls.270 a fls. 295", ficando os leitores ansiosos por saber do que tinha sido aprovado.

O visitante, sentirá um vazio frustrante: As Fls.270 e 271 lá estão com a Proposta de Subconcessão (pela IP-Património) de dois edifícios habitacionais.

A desilusão prende-o (não é para prender ninguém...) ao facto das Fls. 272 a FLS. 295, NÃO CONSTAREM, ficando um buraco que impede a sua leitura.   

Por hoje, interrompemos esta análise, devendo referir-se que a IP-Património tinha a CONCESSÃO de exploração, daí a CM de Sintra ser Subconcessionária. 

PARA A HISTÓRIA

Não deveremos ocultar quem aprovou o negócio:


Até breve...não perca a segunda parte deste emocionante puzzle!


sexta-feira, 22 de setembro de 2023

SINTRA: "RETALHOS" DO FALHADO PP DA ABRUNHEIRA NORTE

Puxemos pela "memória"

Alguns políticos, sacrificados por lautas refeições institucionais e nulas locomoções pedonais (que outras afeções não referiremos) perdem muitas vezes a memória.

Que sorte a nossa por, há muitos anos, nos termos afastados de tal vida, já que sempre entendemos não dever viver da política mas, antes, partilhar a política séria.

A memória...25 anos depois!

O Plano de Pormenor da Abrunheira Norte, foi deliberado na Reunião de Câmara de 27 de Maio de 1998, sendo, ao tempo, Edite Estrela presidente da Câmara.

Só dois anos depois (4.12.2000) a Vereadora Paula Alves subscreveria o AVISO sobre o Plano, por sua vez publicado em 18 de Janeiro de 2001 para fins legais.

Muito claramente - e louve-se isso - no AVISO constavam objectivos relevantes que serviriam Sintra e as suas populações. respeitando a história do local.

Constava, expressamente do AVISO: "Adequação da mobilidade e acessibilidades aos setores territoriais e de atividades múltiplas da Abrunheira".

Claramente se escreveu: "Assegurar direito à utência de equipamentos coletivos, obter extensão da qualidade paisagística e cenarização da Serra de Sintra.

O AVISO do deliberado na Sessão de Câmara de 28.1.1998, consubstanciava o reconhecimento da Área da Abrunheira e sua inequívoca inclusão.

No final desse ano (16.12.2001) seriam as Eleições Autárquicas.

Nascia...para memória futura...Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte.

 

Anúncio publicado no Jornal "A Pena" de 18.01.2001

Usando do direito de participação, em 25.1.2001 (7 dias depois da publicação) dois munícipes sintrenses entregaram na Câmara sugestões de interesse coletivo.
 
Documento entregue na CMS em 25.01.2001 com comprovativo da entrega

Território Protegido pelo Plano de Urbanização de Sintra (PUS)

Para quem ignore ou assim se mostre, mostramos o Mapa dos Limites da Zona Rural de Protecção de Sintra, assinado por Étienne De Gröer em 1949.
 
Abrunheira, inequivocamente dentro da Zona de Protecção de Sintra

À Abrunheira, inequivocamente dentro da Zona de Protecção de Sintra, aplicar-se-iam condicionantes, entre elas a altura de edificações para evitar a expansão imobiliária. 

Arquivamento do Plano de Pormenor da Abrunheira Norte

Perdidas as eleições de 2001 por Edite Estrela, o sucessor Fernando Seara deu seguimento ao Plano mas, julga-se saber, respeitando o previsto no Plano De Gröer.

Técnicos Camarários elaboraram o Plano com as restrições previstas, o qual não terá agradado ao grupo económico de então, ficando em standby por longos anos.

Sem evolução por parte dos então proprietários do terreno durante quase 10 anos, na Sessão de câmara de 29.10.2010 foi decidido o seu "Arquivamento».

O ressuscitar do Plano - Cidade SONAE

A eleição de Basílio Horta em 29.9.2013 terá ajudado ao ressuscitar do Plano da Abrunheira a que não terá sido alheia a mudança do proprietário do terreno.

Foi um êxito para Basílio que, tomando posse em 23.10.2013, nem de três meses precisou para saber e resolver o imbróglio que levou ao "Arquivamento" do Plano.

Daí que, logo em 21.1.2014 (cf. Ata 24/14), se mostrasse galvanizado pelo Plano:

"O investimento global previsto é na ordem dos mil milhões de euros e cria 600 postos de trabalho".

De "Arquivado" o Plano passou a Ressuscitado: - Era a "Cidade Sonae" "um dos investimentos mais importantes que Sintra teve"...era dinheiro brotando.

Imaginável o orgulho de Sua Senhoria que, ao apresentar na Sessão de Câmara de  21.10.2014 a Proposta 728-P/2014, a enriqueceu com mais mil milhões:

"Na Abrunheira/Norte, com este Plano, nasce uma cidade. O investimento global previsto é na ordem dos dois mil milhões de euros e cria 600 postos de trabalho directos"

Que sintrense ficaria indiferente lendo que, entre 21.1.2014 e 21.10.2014, Basílio Horta conseguira aumentar o "Investimento" de mil milhões para dois mil milhões?

Uma peça de ilusionismo

Criaram-se expectativas sobre o que se teria modificado no Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte que tão facilmente convencesse os novos donos (Sonae).

Soube-se de 2 equipas de Coordenação e 40 nomes de grande gabarito em várias áreas, entre elas Urbanismo, Ambiente, Património e Mobilidade e Transportes. 

Todavia a Abrunheira, dentro da Zona de Protecção de Sintra, comprometia o Plano que Sua Senhoria tinha descoberto como gerador de milhões que serviriam Sintra.  

Plano De Gröer limitava a altura de edifícios e o novo Plano de Pormenor brindava-nos com um edifício com 15 metros de altura, outro de 12 e 15 com 9 metros.

Talvez por essa desconformidade, passámos a assistir com espanto e admiração pelos atores (verdadeiros artistas) à dança do sinal identificador da Localidade. 


Ao tempo da EN249, ao virar para a Abrunheira encontrava-se logo o sinal no Local que, ao  passar para o Local C excluiria do PPA-N o acesso à Zona Impala; 

Com o PPA-N em curso, do Local C passou para o Local D e, deste, saltou para E;

Era curto o passo de dança e, desta vez, passaria do Local E para B, seguindo-se o rodopio final, recordista de 406 metros, de B até F, onde estacionou por agora.

Aqui repousa agora o Sinal Indicador de Abrunheira. Até quando?

Como resultado dessa operação de grande gabarito, os limites da Abrunheira foram encurtados e o Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte fora dela.

Desconhecemos se foi feita alteração no cadastro, mas não duvidamos que Etiénne De Gröer e o Presidente de então - Carlos Santos - sabiam bem o que faziam.

Epílogo

O Plano ressuscitado por Proposta da Basílio Horta não poderia, tudo indica, alhear-se de regras muito influentes: - O Plano de Gröer e limites das edificações. 

Com alturas desproporcionadas, o PP da Abrunheira-Norte exorbitava em, pelo menos, duas vertentes: "qualidade paisagística" e "cenarização da Serra de Sintra".

Estava, assim, condenado ao fracasso o Plano de Pormenor que Basílio Horta tão rapidamente conheceu, em que tantos milhões o entusiasmaram.

Para nós, simples munícipes sintrenses, como seria relevante saber-se se Ressuscitar o Plano envolveu quaisquer outros compromissos não irrealizados.

Do dito por Basílio Horta em 21.10.2014 (há 9 anos), nem "Cidade da Sonae", nem os "dois milhões" de investimento, nem os "600 postos de trabalho".

Passados 25 anos, nem a subida visão de Sua Senhoria durante nove (9) anos ajudou a eliminar aquele matagal que se mantém como abaixo mostramos.


FOI OBRA!



quinta-feira, 14 de setembro de 2023

SINTRA: 136 ANOS DEPOIS A HISTÓRIA QUE NOS ENVERGONHA

Pandemónio...

Esta manhã, podia dizer-se que o habitual pandemónio do trânsito em Sintra estava no seu melhor, melhor no género e no espelhar da vocação dos responsáveis.

Ficámos mesmo preocupados pela hipótese de Sua Senhoria o Presidente ou o Vice de Sua Senhoria nao conseguirem chegar a horas aos seus postos de decisões.

Meditámos na "prudência e delicadeza" ligadas ao "objetivo de rigor e excelência" do Turismo de Sintra, capazes de envergonhar, pelo menos, quem as lê.

Esta manhã junto ao Centro Histórico

Um pouco mais atrás, aquela peça de arte e orgulho, copiada do Bairro Alto em Lisboa, estava em baixa levando a pensar que em similitude com a anunciante. 

De vários lados e conforme os gostos, apareciam carros, passavam carros, rindo-se daquele pórtico que parecei orgulho para o futuro do Vice de Sua Senhoria. 

Na verdade, desconhecendo-se outras grandes qualidades, os pórticos no trânsito mereciam que fossem "convidados" os mesmos órgãos que elevaram a colocação.

Pela nossa parte, para honra futura, logo que saibamos o nome do decisor dos pórticos, não deixaremos de o publicitar para recomendação de virtudes futuras.  

Recordemos 1887 em texto publicado no Jornal CidadeViva (23.6.2009)


VISIONÁRIOS EM SINTRA DO FAZ-DE-CONTA

Quando três comerciantes lisboetas requereram à Câmara de Sintra, em 1887, uma licença para a instalação de ascensores, não imaginavam que 122 anos depois tudo estaria na mesma. Estes visionários criaram na época grandes esperanças de que as novas acessibilidades iriam trazer inúmeras vantagens para os habitantes e para quem visitasse Sintra.

Com exploração privada durante 99 anos, findos os quais a concessão e todo o material reverteriam para o município, os elevadores serviriam – entre outros locais – o Rio do Porto, a estação do caminho-de-ferro, Portela, Quinta da Vigia, S. Pedro, Calçada da Pena, Estrada de Santa Maria e Bairro do Castelo.

Até o arquitecto Etienne De Gröer, em 1949, sugeriu no Plano de Urbanização de Sintra a instalação de elevadores, sendo um nas traseiras da igreja de S. Pedro para “aceder ao Monte Sereno” e outro junto à Mata Municipal para se ir “até ao Castelo dos Mouros”. Tudo em águas de bacalhau...

Políticas sem substância

Algumas vozes brandem amiúde o Plano de Urbanização de Sintra como Bíblia, fingindo não se aperceberem das sugestões positivas que o mesmo contém. Vivem desligadas do progresso enquanto deitam foguetes ao Éden, talvez na convicção de que Adão e Eva por cá viveram. Outras invocam o Glorioso, numa cadência ritmada a quatro anos, mas as benesses prometidas não caem do céu.

Neste cenário, foi patética a notícia de se estar “à espera do teleférico para o palácio”, dada por um dirigente clubista, até que um ano depois foi desmentida pelo mesmo numa 5.ª coluna Regional, onde uma entrevista ao mesmo – já vestido de autarca – dizia que o “projeto de ligar São Pedro de Sintra ao Palácio da Pena através de um teleférico” estava ““enterrado”.

Entre o dito e o desdito, o responsável máximo da Câmara calou-se sobre tal “segredo” quando poderia ter acumulado a sua realização com outras promessas de que se aguardam as concretizações.

Acesso à Pena 122 anos depois

Graças à inércia mantida, sem parques periféricos, o acesso à Pena agrava-se, atafulhado por carros e grandes autocarros de turismo, causando graves problemas à circulação e à qualidade ambiental.

Aos imutáveis localistas pouco interessam soluções que preservem o ambiente e o património, como as encontradas noutras partes (também da UNESCO). Funiculares ou elevadores podem ver-se na Colina de Likavitos em Atenas, em Bergen, Halstadt, Barcelona e aqui tão perto em Viseu.

Aos indefesos utentes, para subir à Pena (5 Kms) é imposto um Bilhete Único de Ida e Volta por 4,50 euros, que – veja-se – deixa de ser único na descida, existindo um Bilhete só de Volta por 2,50 euros.

Um apelo ao Senhor Presidente da Câmara

No sítio www.scotturb.com com o preço de 4,50 euros consta um Bilhete Diário Circuito da Pena, o que não é a mesma coisa que Bilhete Ida e Volta. Por sinal, o Bilhete só de VOLTA nem consta do preçário.

Enquanto consumidores, os passageiros que se dirigem à Pena estão sendo discriminados e impedidos de optar por um só trajeto, faculdade que é oferecida a quem efetue o trajeto inverso. Só por muita distração os serviços oficiais ainda não detetaram esta realidade que gera muitos desagrados.

Espera-se que, a bem do prestígio e bom-nome do turismo de Sintra, se corrija esta aparente anomalia.


Breves Notas: 

. Do escrito, só o preço dos bilhetes alterou. O que era 4,50€ passou a 7,60€ e o de 2,50€ passou a ser de 4,10€;

. Recentemente, a transportadora da Pena deixou de fazer outras carreiras em Sintra, sendo substituída pela MOOVIT;

. Estranhamente, as carreiras 434 e 435 (minas de receita) continuaram na anterior transportadora que não aceita passes da Moovit.  Porque terá sido?



domingo, 10 de setembro de 2023

SINTRA: CONHEÇA AS "BIOGRAFIAS" DOS POLÍTICOS LOCAIS

"Em Portugal a chamada geração de abril, que é a minha (...)" (Basílio Horta, discurso de 25 de Abril de 2023) 

 "Basílio Horta é fundador do regime democrático português" (Facebook, alguém que se apresentava como Presidente do Partido Socialista em Sintra)

Enquadramento

Ontem ouvimos as palavras do Senhor Presidente da República na Sessão Comemorativa dos 50 anos do MFA e seu enquadramento no regime do 25 de Abril.

A seriedade tê-lo-á levado a não se incluir na geração de Abril mas salientou com honra o facto de ter sido daqueles que aprovaram a Nova Constituição democrática. 

Foi bom tê-lo recordado aos Militares, foi bom lembrar-nos do longo caminho que a libertação dos povos tem de percorrer, foi bom destacar-se pelo Voto aprovador.

Como num relâmpago, acenderam-se luzes na memória, fazendo-nos recordar vicissitudes, omissões, mentiras e ilusões que nos criam falsos fazedores da história.

Falsa geração de Abril...

Depois de escutarmos o Presidente da Republica, fomos tentados a conhecer os cristalinos perfis de governantes sintrenses e suas Notas Biográficas curriculares.

Torna-se natural que, tanto munícipes como os mais ilustres visitantes de Sintra, gostem de conhecer previamente as "Notas Biográficas" de quem os recebe.

Em Sintra - e eles saberão porquê - os currículos dos Presidente e Vice-Presidente não se juntam aos brilhantes percursos de respeitáveis Vereadores da maioria.

Com efeito, como hoje ainda se poderá confirmar, nenhuma das principais figuras camarárias (Presidente e Vice-Presidente) disponibiliza o seu historial político.

A omissão desses dados fundamentais à verdade e apreciação pública, só redundará na visão negativa das figuras públicas, refletindo-se em notório desprestígio.

Queríamos conhecer do seu curriculum político passado e presente para os ligarmos à confiança que deveriam merecer sem o risco de omissões.

Todavia, o Presidente da Câmara, empobreceu as suas Notas Biográficas com a omissão de ter votado contra a Constituição e ter sido elevado quadro do fascismo.

Ao tomar posse em 1969 como elevada figura da "Comissão Administrativa Central da União Nacional" fascisante, são visíveis as expressões de êxito e convívio.

Aqui está, pois, um Ato da tomada de posse de serventuários, adeptos e ambiciosos membros da União Nacional, jurando, certamente, servir o regime fascista derrotado no 25 de Abril. 

O pedaço de vídeo mostra o cheiro da naftalina fascista, o perfil elegante dos celebrantes que lhes serviria de exaltação do servilismo, para recomendação adequada.

Por certo esquecido, não deixaria de afirmar em 25 de Abril de 2020: - "Um povo que não tem memória dificilmente tem presente e raramente tem futuro" 

E com que coragem esta figura da política passada afirmou no 25 de Abril de 2023:  "Em Portugal a chamada geração de abril, que é a minha (...)"...

Que razões levaram Sua Senhoria a omitir o elevado cargo da UN nas "Notas Biográficas"? Quaisquer que sejam as razões, da "geração de abril" não é!

Da geração de Abril

É sempre estranha a omissão de dados fundamentais à avaliação da qualidade política, às vezes também da personalidade quando se trata de responsáveis políticos.

No caso do Vice-Presidente, decorridos alguns anos, estávamos longe de notar a omissão total da sua biografia, cujo esquecimento ou distração nos empobrece.

Ele que, virtuosamente, estaria longe de pensar que viria a ser Vice-Presidente, escrevia: "Basílio Horta foi fundador do regime democrático".

Longe de nós pensarmos que se tratou de um caso de gratidão, mas não deixou de surpreender a sua designação quando existiam outros experientes Vereadores.

Assim se gere Sintra. 

Que Basílio Adolfo Horta saiba que temos memória, presente e futuro.


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

CASULOS DA POLÍTICA OU POLÍTICAS DE CASULO ? (1)

"Era o que faltava o DOM, o departamento de Ambiente e o Departamento de Urbanismo não pegar na obra e não a fizessem". "O Monte da Lua já tem muito com que se entreter". (Basílio Horta in Ata 24/13 da CMSintra)

"Todos iguais"?

Ao fim de tantos anos com promessas e do "vamos fazer qualquer coisa"...que não será feita, devemos perguntar, com firmeza, qual o papel dos políticos locais?

Em época de eleições é um fartote de promessas, panfletos e linhas programáticas, tudo com a amizade de zelosos defensores dos munícipes e seus interesses.

(aparentemente, entenda-se, dos interesses dos munícipes) 

Após os actos eleitorais, os candidatos das diferentes forças políticas concorrentes, incluindo de Coligações, não se desvinculam do dito e prometido ao eleitorado.

Em tese, a verificar-se o síndroma da preeminência dos eleitos e o alheamento dos não eleitos, desprestigia-se a vida coletiva com reflexos altamente negativos.

Na verdade, ainda não compreendemos tais práticas e posicionamentos políticos, quando os intervenientes sabem que a vox populi os chancela de "todos iguais".

Os indicadores de desrespeito pelas palavras dadas sentem-se por não passarem para os eleitores o conhecimento de problemas, divergências ou incumprimentos.

Frequentemente, após eleições, há um este ou aquele que se "disponibiliza" a enfiar-se no casulo dos ganhadores, lá gerindo os interesses que "defende".

Em fotos ou cargos compensatórios, não é difícil lobrigar a entrada no casulo, tendo no horizonte a crisálida que garantirá a postura onerosa da sobrevivência.

Deste ciclo casular, os votantes não passam de alimento para o casulo onde poderosos procriam e outros se resguardam em nome do bem comum a que aludem.

Se os casulos da política escondem a vocação absolutista com reservas à prestação de contas, nas políticas de casulo, entram veneradores, gratos e obrigados. 

Pergunte-se: - Em Sintra, dos 123989 votos vinculados a partidos, 66.564 que sabem daqueles que escolheram? E os 57.485 votantes no PS e CDU que sabem?

O resultado destas práticas e princípios gera a desmobilização coletiva dos cidadãos, levando à "ABSTENÇÃO" como desinteresse nas escolhas partidárias.

Falemos das "Ruínas do Netto"

"Um povo que não tem memória dificilmente tem presente e raramente tem futuro" (Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Adolfo Horta, em 25 de Abril de 2020) 

Como Sua Senhoria se sentirá realizado por tantas vezes repetirmos as suas tão sábias e certeiras palavras, tão difíceis de encontrar nos defensores do povo.

O Netto em 01 de Setembro de 2023

Foi interessantíssima a história da aquisição das ruínas do Netto, cuja compra seria "hotel de Juventude que possa ter jovens de todo o mundo em Sintra" (1). 

Quem não sentiu com emoção o apego de Sua Senhoria a Sintra quando garantiu: - "é qualquer coisa que tem muito a ver com a própria Câmara Municipal".

O direito de opção invocado pela Câmara frustrou a compra pela Parques de Sintra, merecendo de BH o comentário: "Qualquer dia Sintra é Monte da Lua" (1).  

Tão sentidas, firmes e sentimentais foram as razões de Sua Senhoria para aquisição do Netto que, dois anos após (Sessão de Câmara de 22.9.2015) propôs a sua venda.

O mesmo autarca, defensor da compra para "um hotel de Juventude", propôs a venda porque "a Câmara não tem habilidade para gerir uma unidade hoteleira".

A venda das ruínas com projetos (?) por 1.000.000€ e sinal de 200.000€ parecia justificar um Plano de Pagamento até "Um ano após abertura da unidade hoteleira".

Tal Plano, quase das arábias, previa três tranches além do sinal: - Na Abertura do Hotel, 30%; Seis meses após Abertura, 25%; Um ano após Abertura, 25%.

Mais de sete (7) anos sobre o negócio e quase cinco (5) anos sobre a data limite da reconstrução (30.10.2018) o Hotel Netto apresenta a imagem acima.

Que eleitos perguntarão sobre tudo isto? Tudo pago? Por pagar? Data de Abertura?

Os eleitos locais, os políticos locais, têm aqui um papel fundamental no esclarecimento público de factos que são falados uma vez e caem no esquecimento. 

E povo que não tem memória...


(1) Repondo a verdade:

Há dias, chegou-nos à mãos um artigo (publicado em jornal local) em que o autor, com subtileza, foi "rebuscar" no passado, algo nitidamente desviacionista da verdade aqui relatada.

Fomos do tempo em que os serviçais atribuíam as culpas de tudo o que era mau aos que "rodeavam" o chefe de Governo de então.

Desta vez era sugerido que - para a compra - Basílio Horta deveria estar "tecnicamente bem aconselhado" "já que não pode, não tem de saber tudo".  A culpa terá sido dos técnicos...


sábado, 2 de setembro de 2023

SINTRA: ILUSIONISMOS...AGARREM OS PÓRTICOS...

 "Prudência e delicadeza"(...)"adequadas à monumentalidade de Sintra"...e..."Rigorosos, temos, no Turismo, um objetivo de rigor e excelência" (Basílio Horta, presidente dixit, 2018)

"a Câmara de Sintra optou pela solução de pórticos de acesso, à semelhança daquilo que acontece em bairros históricos de outros municípios do país, como por exemplo o Bairro Alto, em Lisboa"(Bruno Parreira, Vice presidente dixit, 2023)

Tradição ilusionista 

No passado dia 28 de junho, o DN punha na ribalta uma experiente figura autárquica em gestão territorial graças à colocação de "pórticos" na Vila Histórica.

O acontecimento era histórico, mesmo de pouca história, mas diziam-nos que no firmamento sintrenses algo tinha sido estudado com cabeça, tronco e membros.   

A Câmara de Sintra, optara "pela solução de pórticos" na Vila Histórica, copiando o "que acontece em bairros históricos de outros municípios do país".

Mesmo não se sabendo como o DN adivinhara o segredo da grande opção, as palavras do Vice Presidente camarário, tão perfeitas, chegaram longe.

Dias depois, a 14 de Julho, a RTP terá adivinhado a inovação, aparecendo por lá e ouvindo a "Chefe da Divisão de Trânsito e Rede Viária da CM de Sintra".

O êxito estava garantido, o mundo viria a saber por "fluidos cósmicos", que em Sintra a "monumentalidade" estava garantida e doravante o trânsito seria outro.

Que alegrias se anunciavam a caminho da solução. Que conforto!

Fomos ao local

Se na Heliodoro Salgado, tínhamos visto agentes da autoridade municipal, quantos estariam a garantir a segurança na zona mais nobre e visitada de Sintra? 

Lá fomos pois a caminho da Praça da República e Largo Dr. Gregório de Almeida ficando desolados porque aí não vimos qualquer farda de autoridades.

Era nossa intenção, se os encontrássemos como entidade habilitada, avisar que o "Pórtico" junto à saída para a Volta do Duche (uma solução) estava inoperativo.

Um habitante local teve a gentileza de nos dizer que teriam sido desativados devido a um qualquer problema que os levava a falhar fazendo perigar viaturas. 

Em boa verdade, já desconfiávamos de qualquer coisa, pois o Largo Dr. Gregório de Almeida estava servindo de zona de estacionamento para viagens turísticas. 

Um pouco à frente, o que se via era de uma delicadeza turística impressionante (não citada pelo Vice de Sua Senhoria) adequada ao rigor e excelência de Sintra. 

 

Em fuga...

Era melhor fugir, ir para um espaço onde descansar de mais uma visão ilusionista, encontrar algo ainda histórico que respondesse aos sonhos dos sintrenses.

O Museu do Brinquedo tinha sido ocupado por qualquer outra coisa, pelo que sem ele, as crianças não tinham um dos pontos mais atrativos para a sua cultura.

Foi então que nos lembrámos, estando em época estival, como seria bom recordar os belos momentos passados no Mirante dos Castanheiros, lanchando com a família. 


Pois é, há quantos anos fechado e abandonado! Naquele espaço fresco, com instalações sanitárias a recuperar, milhares de crianças brincaram e sentaram-se.

Passo a passo vamos perdendo a nossa identidade, o que não admirará muito se tomarmos em conta as múltiplas facetas ilusionistas de alguns políticos.

E como o Vice de Sua Senhoria poderia ter brilhado, mostrando as maiores capacidades para a solução de grandes coisas...logo isto com os "pórticos".  

Sintra não merece isto!