segunda-feira, 31 de julho de 2023

SINTRA...TRÂNSITO, RANHOLAS E SOLUÇÕES PERIFÉRICAS (4)

 Estória incompleta

De cada vez que se fala em soluções efetivas para consolidar o prestígio turístico que Sintra em tempos alcançou, apenas ficamos encantados com o palavreado.

Há mais de 20 anos o encanto escolhido foi um silo para estacionamentos com entrada e saída pela Volta do Duche, projeto gorado devido a forte contestação.

Teve razões justas a contestação do silo, mas foi estranha a indiferença dos "lutadores" quando a via da Volta do Duche se tornou zona de estacionamento pago.

A história tem destas coisas e, magicando no que levou a uma e a outra, apesar do tempo decorrido que pena alguém mais conhecedor não dar o seu contributo.

Do trânsito

Hoje em dia, só com batedores ou pirilampos, os privilegiados institucionais, em carros de luxo com vidros escuros e motorista, passam rápido, enfiados nos bancos.

Despidos da pele de vítimas, sem horários ou cortes salariais, têm estacionamento grátis e falam sobre trânsito, mobilidade e estacionamentos sempre livres.

Por isso, nos últimos anos, ao invés de soluções, o trânsito em Sintra aproxima-se do paroxismo da desordem pela falência das devidas decisões autárquicas.

A degradação de regras passou a ser norma, vendo-se que qualquer espaço disponível, mesmo interdito, se destina a ser ocupado por viaturas de toda a espécie.

Voltemos à Volta do Duche

Perante a dessincronia de ditos nos últimos dias, somos levados a recear que corresponda mais a uma fase de fazer qualquer coisa para tudo ficar na mesma.

Estejamos atentos e contabilizando os felizes utentes do Centro Histórico que beneficiam de um dístico ou viatura autorizada, admirar-nos-emos da quantidade.

Todavia, a 20 metros, a Volta do Duche, continua a ser devassada por uma caterva de autocarros de turismo (duas vezes), carros, caravanas e tuk-tuks.

Para quê os responsáveis exultarem com o feito no Centro Histórico se lhes passar ao lado o excesso de circulações na Volta do Duche que não pode ser dissociado? 

Primum, na Volta do Duche nenhum espaço devia ser apelativo à permanência de viaturas, secundo só passível de utilização por shuttles e pessoas.

Temos a marca "Sintra" desvalida com políticos alheios ao Centro Histórico distar 600 metros da Estação e os visitantes a verem o trânsito numa volta de 5 quilómetros.

A linha municipal com 4 viaturas shuttle em rotação permanente entre a Estação e o Largo Dr. Gregório de Almeida ajudaria as visitas a Sintra. (Por favor clique

Periféricos

Iremos falar só Parque do Ramalhão, considerando o que hoje está térreo e não implica abate de árvores (embora sejam eucaliptos periodicamente abatidos).

Tomando por base a implantação em cerca de 8500m2, qual a capacidade? 

Depois de retidas áreas de apoio (café, provável restaurante, casas de banho e, eventualmente, um pequena sala de projeções de locais a visitar): 

- Aberta, só com estrutura básica, estacionariam cerca de 600 carros em cada Piso 1 e 2, enquanto no piso 0, os autocarros rondariam os 170 lugares;

- Fechada, com mais um piso abaixo do solo para automóveis, os ligeiros disporiam de mais 600 lugares, mantendo os autocarros os cerca de 170 lugares.

Haveria shuttles ligando rápido ao Centro da Vila com vias libertas e, para interesse do comércio local, os visitantes permaneceriam mais tempo a conhecer-nos.


Complementarmente, o acesso ao Parque far-se-ia ligando a Rotunda junto ao quartel dos Bombeiros de S. Pedro de Sintra ao IC16, já ligado ao IC19.

Dessa forma, o trânsito vindo de Cascais entraria no IC19 por essa via, tal como a saída de Sintra, reduzindo consideravelmente a circulação rodoviária em Ranholas.

Este seria, talvez, # o tal caminho muito prometido. 

Fica uma modesta sugestão.


quarta-feira, 26 de julho de 2023

SINTRA...TRÂNSITO, RANHOLAS E SOLUÇÕES PERIFÉRICAS (3)

 "O cão queria morder a cauda, mas a cauda fugia e ele andava à roda, rodava, ficava tonto, até as gentes à volta tonteavam". Ivan Katiuska in "Que terra é esta?"

O princípio da roda

Em 2013 Sua Senhoria, por certo contando com especialistas em mobilidade interna, afirmou com ar sério e muito convincente que tal seria a "Primeira Prioridade".

O compromisso, dias antes das eleições, tinha um cunho de verdade tão forte que admitiu criar uma empresa municipal para garantir a "mobilidade dentro do concelho".

Em 16.6.2023, no Programa "Verão Seguro" para a Região de Lisboa, afirmou a sua  "importância para Sintra" pela ""relevância que o Turismo apresenta na Região".

Decorridos quase 10 anos entre as datas (agora até é o peloureiro de Turismo) é visível que a "mobilidade interna" aguarda melhores dias e "turismo" é o que se vê.

Não valerá muito andar-se à roda, aqui e ali no Plano, hoje é no Centro Histórico, amanhã é a Vila, depois qualquer coisa. Impõe-se a fixação de linhas e...estendê-las.

Plano sem plano?

Não mais "soluções" Cavaleira

De vez em quando surgem soluções de pouco crédito, sugerindo esgares de consciência se visionarmos calendários, promessas e o pouco cumprido em 10 anos.

Não é que seja impossível, sequer difícil, assim os intervenientes usassem os meios da exigência política como forma de negociar as implementações básicas. 

Como devemos pensar e dar o necessário crédito a declarações surgidas nos últimos dias, deixando no ar o estudo de qualquer Plano a resolver qualquer coisa?

Disse ao DN o Vice de Sua Senhoria: a "autarquia vai apresentar até final do ano o plano de mobilidade", "mais parques de estacionamento (...) e criação de transfers".

Na RTP (14.7.2023) a Senhora Chefe da DTRVCMS disse: "A autarquia está a analisar a possível criação de parques periféricos com transportes assegurados".

Entenda-se que, falhada mais uma resposta ao fluxo elevado de turistas no Verão, se desvia para o Inverno a análise de um Plano...que pela incerteza ninguém sabe.

Pela nossa parte, a Senhora Chefe da DTRVCMS teve uma meritória intervenção de solidariedade com declarações anteriores, sem a elas se vincular totalmente.

Há pois um problema nuclear que está plenamente identificado e não se sabe se existe algum objetivo final fixado e devidamente planificado para acabar com ele.  

Soluções "periféricas"

Embora o problema seja anterior à chegada de Sua Senhoria, a ele corresponde a esmagadora responsabilidade de Sintra estar há mais de 10 anos adiada.

Pergunte-se que Planeamento existe para as urgentes e exigíveis decisões?

Existirá algum "Tableau de Bord" rígido, definindo temporalmente as várias fases, quota-parte de cada execução, prazos e tempo estimado para cada uma?

E sobre localizações? Apontam algumas? Preveem-se tipos de transporte ajustados a cada uma delas? Que tipo de construção? Plana? Em altura?

Pela nossa parte, nestes 10 anos Sua Senhoria criou conhecimentos tão vastos e credíveis que, agora, a concretização será favas contadas.  

Só depois se confirmará se #é este o caminho".



domingo, 23 de julho de 2023

SINTRA...TRÂNSITO, RANHOLAS E SOLUÇÕES PERIFÉRICAS (2)

Dinâmica Camarária

Desta vez, para que conste, entendemos muito bem que a bagunça de viaturas com que o Centro Histórico tem sido agredido já há muito devia ter sido resolvida.

No entanto, talvez refletindo a incapacidade para outras medidas quer no dito Centro Histórico quer um pouco por aí, a fácil solução "pórtico" terá dias contados.

O grave problema que se arrasta com falhas de vária ordem, prende-se com a gestão à distância e que, de forma determinante, alimentam a circulação em Sintra.

Imagem que faz parte da rotina diária

Podem os "pórticos" isolar um pouco uma zona, mas nem acabarão as longas filas de viaturas nem deixará de confluir às portas da zona "interdita" muito trânsito.

Agora, só "pórticos" terão feito brilhar o Vice de Sua Senhoria que disse ao DN (28.6.2023): "Autarquia vai apresentar até final do ano o Plano de Mobilidade (...)".

Sobre esta restrita solução, em 14.7.2023 na RTP, escutámos uma Senhora, apresentada como "Chefe da Divisão de Trânsito e Rede Viária da CM de Sintra".

Dada a grandeza do nome e respeitando a amplitude da Divisão, doravante referi-la-emos como a "Senhora Chefe da DTRVCMS", certamente expert na matéria.

Além de referir as coisas boas nos campos da qualidade de vida, segurança e mobilidade, a Senhora Chefe da DTRVCCMS introduziu algo muito relevante: 

- (...) garantir "situações de emergência no acesso à Vila e ao Centro Histórico"

Pode dizer-se, como da mais elevada valia, que a Senhora Chefe da DTRVCCMS não se circunscreveu ao Centro Histórico, ampliando a acção na todo da Vila.

Agora, Ranholas

Com o trânsito e suas derivantes a exibirem a incapacidade dos Autarcas brilharem, as palavras da Senhora Chefe da DTRVCCMS mais do que esperança são de fé.

Com a devida vénia, julgamos que o Vice de Sua Senhoria e a Senhora Chefe da DTRVCCMS, solidariamente, com vasta equipa, estão a dar passos significativos.

Por certo - permitam a presunção - tal como nós, avaliaram a carga de tráfego que atravessa Ranholas nas 24 horas do dia e como afeta a vida dos residentes.

Em Ranholas, pior que no Centro Histórico, são 24 horas por dia que residentes não têm descanso, segurança e a qualidade de vida a que têm direito.

Por Ranholas passam veículos para Sintra, para a Zona Poente de Sintra, a zona Sul de Sintra e Cascais, de utentes do IC19.   

Em tese, a resolução dos problemas de trânsito em Sintra não poderá alhear-se da similitude dos residentes em Ranholas com os do Centro Histórico.


sexta-feira, 21 de julho de 2023

SINTRA...TRÂNSITO, RANHOLAS E SOLUÇÕES PERIFÉRICAS (1)

Turismo? Mais que "pórticos"...

Volta sobre volta, tal qual agulha rodando sobre disco danificado, surgem flashes ocasionais longe da solução definitiva dos problemas de trânsito e acessibilidades.

Quase sempre a pretensão de brilhar com soluções precárias, sem planificação global da implementação, desgarradas dos objetivos finais, sem tempo e termo fixo.

Desta feita, Sua Senhoria, por acaso Peloureiro do Turismo, que tanto tem falado de acessibilidades e ligações rápidas, terá optado por fazer brilhar o seu Vice.

Não se trata agora de quaisquer contornos de gratidão, mas sim de pôr em prática uma medida aprovada em 2018 e que, por razões várias, falhou rotundamente.

O Senhor Vice terá feito pesquisas e localizado pórticos até no Bairro Alto de Lisboa por certo sem lhe dizerem que, em Sintra, na Heliodoro Salgado, havia desativados.

Será agora altura de acordar estes pórticos? 

Apreciando a peça do DN de 28 de Junho findo (por favor clique) ficamos a saber pormenores sobre ativação de "pórticos" para acesso ao Centro Histórico.

O êxito justificava a mediatização e a RTP presente, ouviu opiniões com uma técnica a falar nas situações de emergência no acesso à "Vila e ao Centro Histórico".

Se, na sua modéstia, o novo Vice assumir lições antigas, recordaremos o tal silo Automóvel na Portela, que comprometeu - imerecidamente - um digno Vereador.

O experiente Vice, recordará a Proposta 352-P/2018, para um dito Parque na Cavaleira, com a qual o Vereador da CDU se "congratulou" de imediato. Falharam.

Seria estultice nossa admitir que o dinâmico e promitente Vice, nunca viu ou teve conhecimento daquele traço azul que apontava ao Parque da Cavaleira.

A história tem longas barbas e as promessas anteriores com obras e soluções fantásticas, custaram muito dinheiro dos munícipes...para se pagarem falhanços.

Se Sua Senhoria Vice brilhar no firmamento sintrense graças às lições anteriores, talvez Sua Senhoria apareça a falar sabiamente sobre o tema.

Falhado o Verão turístico, fala-se em apresentar um Plano no Inverno, mas a Técnica diz: "A autarquia está a analisar a possível criação de parques periféricos".

E pronto, está passada uma esponja sobre as imagens que se depararam ontem aos visitantes que a Sintra chegaram, uma vergonha para os sintrenses: 

Largo D. Manuel I

Largo D. Manuel I - rotação

Volta do Duche 

Avenida Dr. Miguel Bombarda

Impressionou-nos aquele sobe e desce dos "pórticos" que, por perto, tinham agentes municipais a zelar pelo seu cumprimento, não fosse alguém passar ao lado.

Entretanto, ao longo da Praça da República, quase até ao Tivoli, muitos carros lá continuavam parados, apesar de já passar das 11 horas da manhã. 

Curiosamente, de estranho, nos últimos tempos não estarem à vista nesta zona militares da GNR, a autoridade local. Só viaturas a caminho do Comando.

Agora sim, os residentes passarão a dormir descansados.  


Breve Nota, com apelo ao Vice de Sua Senhoria: 

- Numa longa fila, junto à Pousada de Jovens, muitos cidadãos sentavam-se sem comodidade, alguns até com cartões dependurados. 

Não era fácil uma pessoa atarefada passar pelo passeio e outro grupo que com eles conversava via-se obrigado a estar dentro da parte de rodagem. 

Não sabemos, também, se Sua Senhoria, o Vice de Sua Senhoria, restantes membros do Executivo Camarário, Políticos Locais ou Nacionais por lá passam.    

Será possível lá instalarem uns bancos de jardim, para mais conforto?


quinta-feira, 13 de julho de 2023

SINTRA: A MENTIRA DO QUARTEL DA GNR NA ABRUNHEIRA

"Um povo que não tem memória dificilmente tem presente e raramente tem futuro" 
(Basílio Horta na comemoração do 25 de abril de 2020)

Povo com memória...

È imensurável a sensibilidade pelas fases e frases de Basílio Adolfo Horta, enquanto Presidente da Câmara Municipal de Sintra, sob honra do Partido Socialista.

São muitos os chavões, "memórias" que o introduzem na "geração de Abril", citar "os traumas do regime ditatorial" que serviu, certamente, em castidade.

Tenhamos memória, lembremos quando nas paredes da entrada em serviços públicos, havia fotos dos ditadores cujo "Partido Único"" era a União Nacional Fascista.

De tão profícuo político, é altura da maioria do PS na Câmara Municipal, com o fiel voto do eleito por um partido do "proletariado", mandar imprimir algo do género.

Quem sabe se, entre tantos seguidores, quantos teriam à cabeceira essa espécie de brochura para memória dos êxitos de Sua Senhoria ao passar por Sintra.

O "Quartel da GNR" na Abrunheira

Estamos em crer que Sua Senhoria, se conhecesse muitas histórias sintrenses, seria exuberante em diversas manifestações ligadas com a nossa vida coletiva. 

Contaremos um caso paradigmático que Sua Senhoria talvez honrasse se o conhecesse devidamente, compensando a população da Abrunheira. Vamos contar. 

Há muito mais de 20 anos que uma das maiores aspirações dos residentes na Abrunheira se liga com a segurança, já nessa altura muito relevante. 

Sua Senhoria ficará a saber que a Zona Sul do Concelho de Sintra depende do Quartel da GNR localizado em Sintra a muitos quilómetros de distância.   

Então, uns dias antes das Eleições Autárquicas de 2001, com Edite Estrela candidata a mais um mandato, a máquina eleitoral do PS estava naturalmente oleada.

Para surpresa dos habitantes, o empenho e a militância de alguns Socialistas levou-os à afixação do placard que mostramos e que todos entendemos como verdade.

 

Foi há 22 anos e, com a chancela do MAI, lá se dizia "Em Adjudicação", "Custo da Obra", "Início no 1º. Trimestre de 2002" e "Prazo de Construção-12 meses".

Talvez não se justifique agora um pedido de desculpa pela mentirola, já que vergonha, provavelmente, todos sentirão quando estão por perto de Sua Senhoria. 

Foi traída a boa fé dos habitantes da aldeia e hoje mais se anseia pela instalação da prestigiada força militar que é a GNR, distante cerca de 10 quilómetros.

Dupla mentira

Algum tempo depois, seria promovida outra mentira: Na Rua Ferreira de Castro um painel indicava o local onde viria a ser construído o Quartel:

  

Com que satisfação se olhava este painel, a coisa estava a andar, a GNR qualquer dia aqui seria instalada para que todos nós vivêssemos na segurança merecida.  

Aos poucos, era preciso esquecer e o painel tido como mentiroso foi sendo destruído e pronto para alguém retirar a estrutura do local...por sinal num terreno camarário.

Hoje em dia, o maior centro habitacional e empresarial da União de Freguesias de Sintra continua dependente da disponibilidade do Quartel da GNR em Sintra. 

Este um exemplo de que o Povo tem memória, esperando que Sua Senhoria a compense tomando em consideração os desejos de uma elevada população.

OS SINTRENSES ESPERAM POR ISSO.


segunda-feira, 10 de julho de 2023

SINTRA, NA SENDA DE VISITAS, INAUGURAÇÕES E MEDALHAS

"Um povo que não tem memória dificilmente tem presente e raramente tem futuro" 
25 de Abril de 2020
"Em Portugal a chamada geração de abril, que é a minha (...)"
"São homens e mulheres que não sofreram os traumas do regime ditatorial (...)"
25 de Abril de 2023

Reparação devida

Tomando como sentidos os pedaços da erudição brilhante de Basílio Adolfo Horta só por alarve "incompreensão" se pode associá-lo à figura grada do tal "regime ditatorial".

Desfizeram-se as dúvidas com recentes aparições e partilhas com o eleito de um partido que teve militantes presos e mortos por lutarem contra o tal "regime" derrotado em Abril.

Ficamos sensíveis ao reconhecimento da veia revolucionária tão íntima com a "geração de abril", merecendo que o "Povo", o tal sem futuro mas com memória, o desagrave.

E, se mais fosse preciso, o apertado e tão íntimo abraço do Primeiro-Ministro tirava, aos mais democratas, as dúvidas de estarmos perante um ex-membro da União Nacional.

Desta feita, isso sim, podemos regozijarmo-nos por estarmos seguros da firmeza militante, das ideologias reinantes, da visão tão progressista dos politicos portugueses. 


Mistérios de Sintra (*)

Há algum tempo que estranhávamos não haver por cá uma reunião do Conselho de Ministros, o Presidente da República a distribuir beijos, algo relevante.

Foi desta, os sintrenses devem ter-se sentido todos galvanizados mesmo sem verem as figuras de Estado bloqueadas no meio do trânsito que Sintra não resolve.

Foi uma visita de estadão, com foto de grupo tão completa, concretização da felicidade mais completa, não de um local mas de um país inteiro.

Não houve emplastros, nem professores, nem trabalhadores exigindo uma vida melhor, tudo bem reservado, talvez só sonhos de poder sobre a Parques de Sintra.

Escutámos...

"Deixemos a justiça funcionar", um slogan que se arrasta e repete sempre que um oryctolagus cuniculus saltou da toca ou está prestes a saltar.

Perdeu-se a ocasião de António Costa saber do Hotel Netto, quanto se gastou com o falhado Parque da Cavaleira ou custos da Pousada que construímos e não é nossa.

A grandeza do abraço pode indiciar a forte vocação socialista de ambos, com António Costa pedindo a Sua Senhoria que não abale de Sintra sem inaugurar tudo.

Perguntado ou dito?

António Costa, prudente, face ao trânsito, estaria curioso em saber como chegar ao dito Hospital de Sintra, para a eventualidade de qualquer emergência?

Ter-lhe-á sido dita a inauguração para breve, desta vez talvez pelo Presidente da República, com a figura única de "Hospital" onde não são internados doentes?

Explicou-se ao Ministro da Saúde que as usadas 400.000 pessoas de Sintra, ditas como carentes de um hospital não serão lá internadas?" Que coisa...

Há dias, Sua Senhoria até se viu obrigado a esvaziar o "Hospital", dizendo que "as 60 camas do novo hospital de Sintra não são para internamento".

Doirou o fracasso afirmando que o Novo Hospital, "sem internamentos"..."tem efeito no internamento" pelas 60 camas que são libertas do Fernando da Fonseca".

Sabemos que os caros visitantes estão repetindo a leitura do acima escrito, mas é mesmo assim, o Hospital de Proximidade de Sintra é uma falácia. 

Sem internamento de doentes diretos...será sim uma Unidade de Convalescença, que receberá acamados no Hospital Dr. Fernando da Fonseca.    

O hospital há tantos anos desejado pelos sintrenses continuará adiado. 

Como devemos apreciar e classificar estas práticas políticas?

E o Governo partiu de Monserrate...segue-se outra missão Itinerante. 



(*) - Temos esperado para dar razão ao quadro do PS de Sintra, ex-presidente de Junta de Freguesia, que em Agosto de 2021 respondeu assim a um munícipe:

"Falar num hospital para Sintra quando deixámos a rede de cuidados primários chegar ao estado a que chegou não é sequer sério do ponto de vista intelectual";

- "Não faz parte dos projetos dos políticos porque é neste momento absolutamente inviável olhando à rede de hospitais que rodeiam o concelho (...)". 

- Pressões sobre o Ministro da Saúde? "Mas pressionar como? Para quê? Para lhe pedir um hospital que depois ele não tem como preencher de recursos? Para ele construir um hospital que perdeu o seu sentido com Loures e Cascais?"




terça-feira, 4 de julho de 2023

SINTRA: TODOS "ENLAÇADOS" DE ORGULHO

 Conde diz à Marquesa: "rendo-me à Vossa beleza", esta responde: "Senhor Conde, eu não posso dizer o mesmo"...Conde lesto: "Senhora Marquesa, faça como eu...minta". (Heiko)

Laços da emoção...

Se acompanharmos as notícias do veículo informativo da Câmara Municipal de Sintra, os munícipes de Sintra estão "enlaçados" pelo orgulho das "obras feitas".

Não vamos recomendar aos co-munícipes que revejam o discurso de Sua Senhoria no 25 de Abril, pois "Sintra já não é mais um dormitório" só "obras" e "obras".

Entre anúncios de feitas, a fazer nunca feitas são tantas as "obras" que meditamos para que cargo Sua Senhoria se habilitará logo que deixe de brilhar em Sintra.  

Vai daí, sendo os pensamentos como as cerejas, acabamos a cotejar, palavra a palavra, obras sobre obras, neste concelho em que perdemos memória e dormimos.

Por nossa sorte ainda nos lembramos dos influencers ao melhor estilo dos jornais "A Voz" e "Diário da Manhã", depois "Época", que serviam a União Nacional.

Segunda dose...

Com tantos resultados plenos de obras e êxitos, à falta dos americanos desejados para organizar a Câmara, Sintra geminou com uma sociedade da família nuclear.    

Segundo o site camarário, esteve em Sintra o presidente da cidade de Yangsan onde, a alguns quilómetros, se situam o Templo e Mosteiro Budista de Tongdosa.

Imagem retirada do site da Câmara Municipal de Sintra

A geminação - pelo site - teve como objetivo "aprofundar laços no plano institucional" pois os dois municípios "detêm classificações de Património Mundial da Unesco".

Lê-se que o Sr. Dong-Yeon Na ficou "bastante comovido" com o Património de Sintra" e os "munícipes" "devem ser verdadeiramente orgulhosos da cultura que têm".

Admitimos que a comoção, quiçá lacrimejante, pode ter resultado da subida à Pena naqueles balanços de autocarro a rebentar de cheio ou no conforto dos tuk-tuk.

Terá sido dito ao visitante que a cultura - por cá - tem um preço alto? Que entrar no Palácio da Pena pode custar 14€ enquanto o Templo Tongdosa  só custa 2€?

Na assinatura do acordo, Basílio Horta falou em "parcerias" e, pela certa mandatado pelo Governo, expressou o "interesse nacional na realização deste protocolo".

Receamos que só pela emoção que o Senhor Dong-Yeon Na deu mostras, Sua Senhoria evitou levá-lo a visitar as antigas instalações que a Samsung abandonou.

O dito...e o efeito

Confessamos que esperávamos visitas do Senhor Dong-Yeon a outros espaços culturais e estruturas disponibilizadas ao povo, transportes, saúde, ensino.

Por vezes, por nossa sorte, é destas "parcerias" que resultam um melhor conhecimento do mundo em que vivemos, da limpeza de mentalidades. 

Deixamos já a nossa confiança no êxito da geminação, tal como a de Omura.

Ficou-nos a esperança de que, com tão profícuo acordo, Sua Senhoria mobilize uma equipa valerosa e parta em breve para Yangsan-Si (assim se chama).  

É O EFEITO...