quinta-feira, 27 de junho de 2019

SINTRA: DO "FADO" DO TRÂNSITO À "CRISE DOS PILARETES"...

A actual gestão municipal, no que concerne ao fracasso das imposições  (ou será um novo jogo?) do trânsito, têm tido a virtude de lembrar a minha já longínqua infância.

Os acontecimentos trágicos da sociedade mereciam cantorias de rua, com música de acordeão, vendendo-se os versos a dois ou três tostões para fins solidários.

Porque não, agora, o "Fado do Pilarete"? Depois de centenas deles colocados onde, sem causarem incómodos ou impedimentos, muitos pessoas deixavam os carros.



Rua Visconde de Monserrate, onde alguns carros estacionavam "abusivamente"
A onda pilarética chegou à Abrunheira...numa via onde nunca estacionavam carros...

Dessa forma, se bem se lembram, a maldade - logo servilmente louvada por quem a isso se rendeu - foi precursora de chutar muitos sintrenses para parques pagos.

E, ou alguma empresa tinha de obter receita fazendo pilaretes, ou a Câmara - magnânima - teria umas centenas de milhar de euros para distribuir a qualquer título.

As preocupações - veio a provar-se - não se confirmaram como sendo com o trânsito (que se manteve e por vezes aumentou) mas com mais estacionamento pago.

Caso o "Fado" do trânsito seja demasiado popular, então alguém poderá habilitar-se a curador de uma Ópera adequada ao meio, com uma boa soprano. 

De súbito uma crise nos Pilaretes?

Entretanto, gestores do trânsito falhado e a recordar pela obra pilareteira apontada para cima como na antiga Roma, desconhecerão o que vamos mostrar: 


Av. Raul Solnado, o susto que o peão teve quando a camioneta passou

Botão não funcional junto aos sinais verticais na mesma Avenida

Av. Raul Solnado, a utilização dos passeios...escandalosamente gratuita 

Será verdade que, aqui, os preciosos pilaretes não se aplicam? Para servir os clientes da nova unidade hospitalar e empresas vizinhas. Ou esgotaram-se?

Quem suportará, daqui a uns tempos, os danos causados pela frequente saída e entrada de viaturas, subindo e descendo os passeios, rolando por cima deles?

E tudo ainda sem fiscais da EMES devidamente reciclados para autoridade, "colegas" da dita polícia municipal, da verdadeira GNR ou de outra que possa surgir.

Que desconforto Sua Excelência sentirá com estas fotos...mas se o hospital apenas tem 47 lugares...e ainda por cima sujeitos a pagamento...


É quase certo que, desta vez, Sua Excelência dirá qualquer coisa...porque diz sempre qualquer coisa...mesmo que fique em coisa nenhuma.

Estando perto, Suas Excelências sigam 100 metros mais à frente da Rotunda da Condessa D'Edla (*) e pensem em criar mais uma autoridade para investigar isto:

 Frente ao Fontanário de 1781 erigido em Honra à Rainha D. Maria I Estava assim em 24 deste mês...
Está assim hoje...quem levou parte...e deixou outra parte?

A 20 metros outro depósito de lixo...

Como se sentirão Sua Excelências, tão preocupados com o trânsito e novos parques pagos em sete freguesias, sem mais uma autoridade que fiscalize isto?

Será #este o caminho" que Suas Excelências prometiam para Sintra?

É o "Fado" dos sintrenses que deveria ser tocado por Ruas e Vielas...




(*) - Estranhamente - ou pelo respeito devido à Condessa D'Edla por parte da Google, que não da Câmara - a pesquisa em nome da Ilustre e Respeitável Senhora não localiza a Rotunda. 


terça-feira, 25 de junho de 2019

SINTRA, TRÂNSITO: "O QUE FALTOU DIZER SOBRE A SERRA ?"


A forma como a situação foi gerida - e arrastada - pela Câmara, nomeadamente Presidente e Vice-Presidente, poderia ter evitado sequelas negativas para Sintra.

Obviamente que algo continua pouco visível nos intuitos finais, sendo estes comentários um pouco mais de luz mas que não eliminam a ofuscação

É conhecida a nossa opinião e estamos convictos de que, daqui a uns tempos, porque nada pode ser escondido muito tempo, a verdade virá ao de cima.

Depois das alterações no trânsito de 26 de Março de 2018, sem tuk-tuks...

Deixamos, pois, os comentários de quem vive dentro da situação criada:

David Fernandes disse...
O que se passa em Sintra é inaceitável, roça o dictatorial. Vivendo em democracia, tendo direito de opinião, estando a ser directamente afectado por isto, venho aqui expor a situação. Apesar de trabalhar na animação turística, vou tentar ser o mais isento possível, para também poder ser correcto, e acabar com alguns dogmas que muito se dizem, mas que não correspondem à verdade.

1- Sim, conduzo tuk tuks. Ao contrário do que se pensa, não estou ilegal nem fujo às autoridades. Tenho contrato de trabalho, tenho carta de condução, estou legal em Portugal (Sou Português), faço descontos e passo recibos dos serviços efetuados. Além disso, penso que tenho sentido de responsabilidade social. Ajudo quando é necessário as autoridades como posso (Seja por motivos de trânsito, de emergências, carteiristas ou outros que tal), tento evitar prejudicar o trânsito pois sei que não sou uma viatura rápida, e faço o possível pelos moradores da vila. No fundo, tendo fazer mais parte da solução que do problema.

2- Faço o que faço por gosto. Não porque não arranjo melhor, ou porque vivo de esquemas e sou um pária da sociedade ou ainda porque tenho vícios a sustentar. Tenho prazer em dar a conhecer às pessoas a história de Sintra e do seus monumentos, mas também as histórias e estórias da vila e os seus recantos mágicos. Como eu, há outros no meio de todos.

3- Ao contrário do que se diz, um tuk tuk não polui assustadoramente nem sequer é a dois tempos. São motores a quatro tempos com certificação para trabalhar na Europa, que cumprem a Euro III e Euro IV. Ou seja, em linha com o parque automóvel privado português que tem uma média de idade de 13 anos segundo as notícias. Os tuk tuks podem ter começado no Sudeste Asiático como uma alternativa mais acessível aos táxis, no entanto e ao contrário (também) do que tantos dizem, não existe apenas em Portugal. É uma tendência mundial, uma alternativa de turismo como tantas que apareceram nos últimos 20 anos nos países desenvolvidos. Serão poucas as cidades com potencial turístico que não têm tuk tuks a operar nelas: Paris, Madrid, Roma, Londres, Berlim, Amesterdão, etc etc etc.

4- Não há tuk tuks elétricos em Sintra não é porque não se quer, é sim porque a tecnologia ainda não é totalmente viável para a serra. Tive em testes com um da empresa onde trabalho, funcionou e será a aposta para o futuro, mas para além de ser um investimento alto, não é algo que se faça em alguns dias. Irá acontecer, mas não tão depressa como se desejaria.

5- Como em qualquer lugar, também neste ramo há funcionários responsáveis e funcionários irresponsáveis. Há quem tenha começado recentemente e faça asneiras de principiante, há quem anda cá há muito tempo e saiba que faz e há quem não esteja talhado para isto. Por isso peço para não meterem tudo no mesmo saco.

6- A CMS foi conivente com o que se passa com a Animação Turística em Sintra. Em 2017 quiseram impor um regulamento sem nos consultar e quando o mesmo foi impugnado, não se esforçaram para tentar chegar a entendimento nem com a associação que na altura colocou a providência cautelar, nem com a que actualmente está a defender os nossos direitos, nem com grupos que quiseram ajudar. Eu próprio estou a aguardar à um ano por uma reunião com o vereador de turismo da CMS (Processo 10840/2018), em que nunca me dão uma previsão de data nem me deixam pedir outra pois aquela ainda está pendente. Não é da competência da CMS a criação de RNAATs para as empresas, mas a CMS que não se escuse das suas culpas neste caso. Não tem sido por falta de vontade nossa que não se tratou deste assunto.

7- O regulamento em consulta pública vai acabar com centenas de postos de trabalho. Não só os óbvios de Sintra, mas também com as economias ligadas à animação turística, quer a nível descendente como ascendente. Haverá uma quebra de serviços igualmente em empresas que vêm de fora apresentar Sintra aos turistas. Os passeios de dia inteiro para Sintra, Cascais e Estoril, os grupos que constantemente almoçam nos mais diversos restaurantes de Sintra e arredores, os veraneantes que decidem comprar artigos na vila, persuadidos pelos guias que apresentam estas lojas como vendendo as verdadeiras peças artesanais, as fábricas de queijadas menos conhecidas mas também históricas da zona, as caves de Colares onde muitos ficam a conhecer que aqui também é zona de (bom) vinho...

8- Os trabalhadores da vila passarão a ser obrigados a ir a pé para e dos seus postos de trabalho. Sim, haverá autocarros para a vila. Mas quando? A CMS teve um mini bus em testes que rapidamente desapareceu. Isto foi há quase um ano e desde aí não houve novidades, parece assunto tabu. Entretanto, paga-se o estacionamento para ir trabalhar? Deixa-se as viaturas na Portela para depois se ir fazendo o aquecimento em marcha até ao posto de trabalho, e na volta fazem-se os alongamentos?

9- A aprovação do regulamento dá carta branca à CMS para replicar os fechos e cortes a todo o concelho. Não é só à vila que isto diz respeito. Já imaginaram o Cacém ter a Avenida dos Bons Amigos fechada sem ouvir os munícipes ou a própria junta? Limitar o acesso à zona do Cruzeiro em Mem Martins para evitar congestionamentos de uma semana para a outra? Em Massamá alterarem-se sentidos de trânsito para escoar os engarrafamentos?

10- A EMES passa a ter poderes para bloquear e multar viaturas. Ou seja, uma empresa municipal pode fazer o mesmo que as autoridades competentes para tal, como a PM ou a GNR.

11- A vila de Sintra passa a estar ainda mais isolada para os residentes. A serra de Sintra fica à mercê de um monopólio, pois passa a haver apenas duas escolhas para chegar aos monumentos: a pé ou através de um único prestador de serviços. Tudo se afunila para os monumentos, se quiser visitar Tholos do Monge, Adrenunes ou outros que tais, é bom que não tenha problemas de locomoção, pois só assim...

12- O trânsito, essa grande falácia... Nós, que trabalhamos o ano todo, é que somos os grandes culpados do trânsito em Sintra. Mas só no Verão é que criamos o “complô” para atrapalhar a vida de todos, nós incluídos. No inverno deixamos fluir tudo normalmente. Pois bem, uma mentira repetida várias vezes não se torna verdade. O trânsito é criado sim, por turistas que têm demasiada facilidade em alugar uma viatura em Portugal. Turistas que seguem GPS e páram a meio de bifurcações para perceber para onde vão e recusam ajuda. GPS desactualizados e viaturas em contra mão. Viaturas de aluguer a bloquear a passagem de autocarros ou mesmo a sua paragem obrigando a ScoTTUrb a descarregar e a carregar no meio da rua em estradas de uma só via. Autocarros em dupla e tripla fila a descarregar os seus grupos na vila sem consideração pelo trânsito causado. Monstros de 13 metros que tentam subir para o Palácio da Pena, ou a rua João de Deus, ignorando a sinalização vertical. TVDE's que param a seu bel-prazer, ignorando a autoridade. Sem sinalização de advertência, sem encostar onde não faria trânsito, sem respeito por quem vai atrás. Infelizmente um triciclo chama mais a atenção que estas situações todas...

Com isto tudo revolto-me. A CMS não procura soluções nem atingir o que os munícipes querem. Limita-se a tecer ordens e editais ditatoriais onde, ou é como a CMS quer, ou não é. As alterações de trânsito foram como eles quiseram, mesmo quando podiam ter sido feitas muito melhor. Faz sentido fazer 12kms da Quinta da Regaleira ao parque da Liberdade, quando uma sinalização luminosa resolveria o problema da Barbosa do Bocage? Faz sentido vedar toda a zona histórica, quando nós que andamos aqui diariamente sabemos que os sinais não são cumpridos? Ainda hoje os erros cometidos lá continuam porque é assim que a CMS quer, e não faz como seria melhor à população. Por isso mesmo infelizmente não acredito que a CMS vá sem pressão pública alterar uma única vírgula ao projecto que apresentou, não interessa o quanto lesa as pessoas. Só interessa sim os desígnios deste edil. Como tal, peço-vos para assinar a petição que será entregue à CMS para parar este absurdo e para que falem com todos os interessados, não apenas os que lhes interessam. Assinem, validem no vosso email a assinatura, e partilhem com os vossos contactos. Não é apenas pelo meu emprego e de quem gosta do que faz, mas pelo próprio concelho e munícipes. É por uma Sintra melhor, para os munícipes e com os munícipes em vista, e nada mais. Algum esclarecimento que queiram, estou disponível para responder nos comentários de modo construtivo. Lembrem-se, há quem trabalhe aqui por gosto e o queira continuar a fazer. E quer ainda fazer parte das soluções, e não dos problemas...
25 de junho de 2019 às 00:19
 Eliminar

segunda-feira, 24 de junho de 2019

SINTRA: CP E QUE PAPEL O DO PRESIDENTE DA CÂMARA?

Nova confusão criada pela CP

Com a entrada em vigor a 23 deste mês (ontem) de novos horários, a CP agravou ainda mais as condições de deslocação de milhares de pessoas na Linha de Sintra.

Hoje, as tão difíceis condições de deslocação que existiam foram agravadas pela eliminação (em horários) de quase metade das circulações de Meleças.


Foi um quase pandemónio que atingiu, esta manhã, milhares de trabalhadores que se viram privados dos que eram mesmo assim péssimos serviços da CP. 

A família Mira-Sintra/Meleças, mesmo num mau serviço, garantia, até ontem, 72 circulações diárias  (nos dois sentidos) para o Rossio.

A partir de ontem, aos dia de Semana, passaram a existir 43 circulações diárias, sendo 21 a partir de Mira-Sintra/Meleças e 22 com partida do Rossio para Meleças.

Tão significativa redução, sem aumento das circulações de Sintra para o Rossio ou de sentido inverso, redundou num agravamento significativo para os utentes. 

Hoje, mais uma vez, quantos se dirigiam ao seu trabalho, bem cedo se confrontaram com significativos atrasos e falta de resposta, aumentando a lotação das circulações.

Pese o anterior incómodo de transbordos a partir do Cacém para ligações ao Rossio, com as eliminações agravou-se, a certas horas, a vida aos passageiros.

Quantos chegaram hoje atrasados aos seus locais de trabalho? 

Então Sua Excelência não teve conhecimento prévio das reduções que a CP pretendia introduzir a partir de 23 de Junho de 2019 nos comboios de Meleças? 

E nenhum dos tão fiéis "conselheiros" lhe deu indicações das consequências da redução de quase 50% das circulações? 

Os sintrenses que todos os dias têm de se deslocar para a sua vida profissional utilizando os transporte públicos, entre eles os comboios, estão fartos.

Fartos de palavras de Sua Excelência que nada resolvem e a que, pelo que se constata, pouca importância é atribuída pelas Entidades Oficiais.

E andam Sua Excelência e o Vice de Sua Excelência tão atarefados com planos de trânsito e estacionamento para o consequente amealhar dos parquímetros. 

Hoje houve quem levasse quase duas horas em transportes entre Sintra e local de trabalho  em Lisboa, numa canseira desadequada à mobilidade. 

E Suas Excelências sem passarem por tais (más) experiências...

O papel de Sua Excelência é intervir...não é falar...falar ou falar. 

Sem acção não passaremos da cepa-torta...

Sintra não merece tais políticos. 


domingo, 23 de junho de 2019

MALTA, A NOSSA VIAGEM DESTE DOMINGO...

"A vida é uma viagem, com rios doces e montanhas agrestes, com momentos de sonhos e sonhos sem momentos", Jordan Mota

Para este Domingo reservo-lhes uma visita a Malta, aquele conjunto de pequenas ilhas, no meio do Mediterrâneo, com o Norte de África ali tão perto.

As três principais ilhas de Malta têm uma área total de cerca de 387 quilómetros quadrados, sendo a de Malta a maior com 316 (menos que a área de Sintra).

Possui uma boa rede de transportes rodoviários públicos, afectada pela forte concentração de viaturas privadas nas principais cidades.

Embora pertencendo à Commonwealth a religião é Católica Apostólica Romana.

Garb - Santuário de Nossa Senhora de Tá'Pinu

Mosta - Igreja de Santa Maria que tem a 4ª. maior cúpula da Europa

Mdina - Órgão na Catedral 

É governada pelo Partido Laburista (social-democrata mas membro do Partido Socialista Europeu) deixando de ter uma ideologia eurocéptico.

Presidente da República não é eleito directamente, sendo escolhido pelo Primeiro-Ministro, facto que lhe retira alguns poderes de intervenção.

O Ordenado Mínimo Nacional é de cerca de 750 euros.

Uma história fortemente ligada aos portugueses

Três portugueses destacaram-se como governantes sendo Grão-Mestres da Ordem de Malta e estão sepultados na Igreja de S. João, em La Valletta.

São eles D. Frei Luís Mendes de Vasconcelos, D. Frei António Manoel de Vilhena e D. Frei Manoel Pinto da Fonseca.

Destacaram-se António Manoel de Vilhena que criou instituições sociais e de caridade e Manoel Pinto da Fonseca, pelo desenvolvimento cultural e urbanístico.


Mdina - Palácio de Vilhena, com lápide e texto em português


Curiosamente Pinto da Fonseca, de amado pelos malteses, viria a ser odiado porque - na época morrendo-se mais novo - tinha ultrapassado os 90 anos vivo.

Grande riqueza Histórica e Religiosa

São vários os sítios considerados pela Unesco como Património da Humanidade, devendo destacar-se os Templos Pré-Históricos de Hagar-Qim e Mnajdra:

Mnajdra - Templo Megalítico, com cerca de 6000 anos. Património da Unesco

Hagar-Qim reproduzido em moedas de 5, 2 e 1 cêntimo do euro

Hagar-Qim - Templo Megalítico com cerca de 5000 anos. Património UNESCO

Na Ilha de Gozo há o complexo Megalítico de Ggantija com cerca de 5500 anos que se pensa ser das mais antigas ligações humanas à religião. Património da Unesco.

Ggantija - Muros exteriores em pedras megalíticas. Património da Unesco

Ggantija - Interior do monumento. Património da Unesco

Vai longa esta nossa viagem e voltamos a La Valleta para retomarmos a nossa ligação tão profunda a Malta e que muitos portugueses desconhecem.

Quem entra no jardim de Barakka verá o Escudo Português em memória do Almirante Marquês de Nisa e dos marinheiros que morreram na defesa de Malta. 

"Em memória do Almirante Marquês de Niza e dos marinheiros portugueses sob o seu comando que morreram lutando lado a lado com os malteses durante a insurreição popular de 2 de Setembro de 1798 contra o domínio francês"

Antes, passámos pelo Albergue de Castilla - actual Residência do Primeiro-Ministro - com o Escudo Português ao alto e, a meio, o busto de Manoel Pinto da Fonseca.

O Escudo Português (ao alto à direita) e em baixo o busto do governador português

Terminaremos com a visita ao Palácio do Grão-Mestre, onde é o Gabinete do Presidente da República de Malta, George Vella. Talvez nos cruzemos com Ele. 



Saímos de Valletta pela extensa Rua da Repubblika, sempre apinhada de gente.

Rua da Repubblika, exclusivamente pedonal


Esperamos que tenham gostado.

Votos de bom regresso a Portugal. 

Uma Nota sobre Turismo:
Em Malta o turismo é uma actividade séria. 
Não é Guia Turístico quem aparece. Apenas quem legalmente credenciado,
Devendo exibir, bem visível, a identificação passada pela autoridade. 
Volta não volta, apercebemo-nos de fiscais civis que se dirigiam a Guias e fiscalizavam a identificação que exibiam.

Há uma pesada multa pela função de Guia Turístico sem estar legalmente credenciado.







sexta-feira, 21 de junho de 2019

SINTRA: SR. PRESIDENTE, PREOCUPE-SE COM AS PESSOAS...

Em recente Congresso cujo nome, pelo esvaziamento, já se perdeu, Sua Excelência - notoriamente afectado por milhões, acenaria com 160 deles disponíveis.

Não vamos agora perguntar o que fez deles, onde os aplicou para o bem estar colectivo dos sintrenses ou em que Banco estarão agasalhados em vez de investidos.

Sossegará pois Sua Excelência porque, por agora, não vamos por aí.

O que estará primeiro para Sua Excelência?

Mem Martins - Local de ligação de várias carreiras ao comboio 

Há mais de um ano que Sua Excelência e o Vice de Sua Excelência, a pretexto do trânsito, desenvolveram uma cruzada nitidamente contra pessoas.

Sem capacidade e vocação para medidas atempadas, viram-se perante falhanços sucessivos cuja limpeza de imagem se tornou recentemente desastrosa. 

Sua Excelência e o Vice de Sua Excelência terão de perceber quantos dizem que, sobre trânsito e mobilidade para os sintrenses, se estão borrifando nas soluções.

O castigo dos transportes públicos

Se Sua Excelência (por cá há quase 6 anos) e o Vice de Sua Excelência (há mais de 20 !!!) meditassem nas pessoas, nos munícipes, resolveriam o caos dos transportes.

Sem capacidade de brilhar com soluções, permitiu-se a dizer da satisfação com a oferta de transportes, uma afronta à população e visitantes que precisam deles.

Bem instalado na viatura suportada pelos munícipes, com motorista, Sua Excelência liga, porventura, aos incómodos sentidos diariamente por milhares de sintrenses?

Saberão Sua Excelência e o Vice de Sua Excelência o que são políticas de transportes públicos em que horários rodoviários e ferroviários se devem ajustar?

Será indiferente a Suas Excelências que um autocarro parta da paragem...no momento preciso em que um comboio entra numa estação...castigando os utentes?

O que importará a Sua Excelências - tão entusiasmados com parques pagos - que utentes de transportes públicos aguardem tempos infinitos debaixo de intempéries?

Repetimos, só a título de exemplo, a foto de Mem Martins:



Três paragens desconfortáveis, na primeira (completa) o recurso ao passeio, a segunda está completa e na terceira...a parede serve de descanso ao corpo.

Era um dia de Sol, mas Suas Excelências parem por lá (talvez em campanha eleitoral) nos dias frios ou de temporal e sentirão na pele o que castigam aos utentes.

Isto nem é questão de minutos, por vezes quase horas, ali, de pé, debaixo da agressividade climatérica, que Suas Excelências não sentem mas devem respeitar.

Que vergonha Senhores politicos que nada planificam para o bem estar generalizado e conforto das pessoas, aplicando as receitas em vez de as amealhar.

 A complacência de Suas Excelências

Quando havia quatro circulações de comboio por hora - directas ao Rossio, o maior trajecto - com a complacência de Suas Excelências passaram a ser duas. 

Na altura, a CP aumentou as circulações até Meleças, obrigando muitos passageiros das estações além do Cacém a fazerem transbordos para chegarem ao Rossio.

Tudo aceitado por Suas Excelências, talvez utentes só em campanhas eleitorais.

Aqui há uns tempos - no tal Congresso de que ninguém se lembra - ainda pairou a ameaça sobre o presidente da CP ter de prestar contas...mas volatizou-se...  

Agora, por novo horário a partir de 23 deste mês, a CP reduz as circulações para e de Meleças e não aumenta para Sintra, com efeitos negativos nos passageiros.

E chegámos hoje ao Verão, e haverão milhares de pessoas ávidas de visitarem Sintra (sem saberem como estão sendo recebidas...) sem a digna oferta de transportes.

É a vergonha que sentimos, às vezes levando connosco os visitante e pedindo-lhe desculpa...quando os deveríamos levar a Suas Excelências. 

Acresce que Suas Excelências, se decidissem, já tinham notificado para, nos acessos à Serra, por razões de segurança nenhum passageiro viajar de pé.

Há quem diga que Suas Excelências não foram formatados para estas situações, mas não podem deixar de conhecer como se deve gerir com justiça um território. 

Sintra é que não merece isto.


terça-feira, 18 de junho de 2019

SINTRA: TRÂNSITO...OU ESTACIONAMENTO? QUEM ESPERA?...

Problema de trânsito ou de estacionamento? 

Com a mistura de "Alterações no trânsito" e "Estacionamento" (que não será por acaso) visionam-se coisas fantásticas cuja defesa se espera emocionante.

Um dos pretextos é o acesso ao Centro Histórico e à Serra, mas na prática pouco poderá ser alterado enquanto não existirem alternativas em silos periféricos.

A bondade de quem está metido nisto é tanta que levou a eliminar o acesso a Sintra precisamente por uma carreira rodoviária que servia os residentes na periferia.  

Misturar-se a criação de parques de estacionamento pago ao longo do concelho com "alterações no trânsito" só pode ser um recurso enganoso a denunciar.

Na verdade, já hoje para nos dirigirmos a qualquer instituição no centro da Vila de Sintra, as dificuldades encontradas são de tal modo que ficamos impedidos.

Será disto que os políticos decisores estão desejosos? Veremos...

Que se "desenha" para o futuro?

O Projecto em discussão sugere uma continuada opção de dificultar a vida a milhares de sintrenses que, sem transportes públicos, precisam de utilizar comboios.

Aliás, há pouco tempo, alguém metido no meio autárquico e não utente de comboios, achava ser populismo recomendar a políticos o uso desse transporte público.

Ora, a criação de 7 (sete) novos parques de estacionamento pago noutras freguesias, terá implicações indeterminadas ao nível de Quadro de Pessoal e Logística.

Tal facto, que parece estar omisso na matéria a discutir, tem implicações que deverão ser acauteladas, para não se criar outra empresa municipal complexa.

Não admirará que haja quem esfregue as mãos de satisfação, até planeie a aprovação, porque nestas condições há sempre quem preveja - ou anseie - algo. 

De qualquer forma, pouco liga estacionamento com trânsito, nem resolverá o falhado problema criado no trânsito com as medidas de 26 de Março do ano passado.

É estranha a decisão de espalhar parques de estacionamento por todo o concelho, tomada por quem não tem sensibilidade para o que passam milhares de sintrenses.

Desenha-se o aumento de pessoas que tenham de recorrer ao IC19, pois a limitação de espaços de estacionamento livre é de tal forma que não têm outro recurso.

A ser um Projecto bem intencionado, em primeiro lugar estaria o planeamento de uma correcta cobertura do território por parte de operadoras rodoviárias. 

Todavia, se essa cobertura fosse garantida - percebe-se a indiferença camarária - também a receita dos parques periféricos se perderia e o negócio falhava...

Em tese, lendo e relendo tudo, daqui a uns tempos - aprovado que seja o Regulamento - até pode ser uma outra entidade a explorar os estacionamentos...

Esse é, quanto a nós, o efectivo motivo para a apresentação deste Projecto.

Quem estará à espera deste Projecto? Que contornos já o mesmo terá?

Não é deste tipo de gestão que Sintra precisa, mas sim de decisões completas, bem pensadas, que resolvam a capacidade de nos deslocarmos no território. 

Daqui por algum tempo compreenderemos melhor.

Sintra não merece isto. 




quinta-feira, 6 de junho de 2019

SINTRA: SR. PRESIDENTE,QUE FALTOU DIZER SOBRE A SERRA?

"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores 
da vida pública mais querem"  pensamento de Bertolt Brecht

As declarações do presidente da Câmara de Sintra, enquanto de âmbito político, já justificariam a prévia passagem por um crivo para não se fazerem conjecturas.

São muitas e, sem agora nos referirmos a todas (terão o seu tempo...), uma das últimas é de tal forma indiciadora que sentimos receios por Sua Excelência.

Sendo humanistas, teremos de desejar que Sua Excelência, se necessário, se ligue às faculdades que o terão recomendado para autarca...e diga sempre tudo e bem.

Quem terá dito a Sua Excelência que na Serra circulavam veículos emissores de "fagulhas" putativamente incendiárias, com tal credibilidade que decidiu denunciá-los?


Quem iria imaginar que algum autarca falasse em "fagulhas" de viaturas a dois tempos, como (pensamento) susceptíveis de pegar fogo à Serra de Sintra?

Poderiam dar a Sua Excelência uma resma de pretextos (debandada da águia-de-bonelli, falta de segurança, escapes poluentes, falta de alvarás) mas "fagulhas"? 

As várias corporações de Bombeiros certamente não regateariam esclarecimentos. A Protecção Civil ajudaria e a Polícia Municipal corroboraria o que antes dissessem.

Pareceu-nos mesmo, ao ver outras imagens da mesma agitação, que por perto estava alguém que o poderia ter ajudado sem custo visível, evitando o despiste.

Sua Excelência enche-nos de dúvidas

Todos sabemos que Sua Excelência não é ignorante (desculpar-nos-à a louvação...) e tudo o que declara é suportado em largos conhecimentos técnicos e afins.

Não terá, porventura, conselheiros que, volta não volta, lhe colocam umas pistas falsas para terem a certeza dos conhecimentos amplos e complexos que evidencia?

Neste contexto, não admiraria que alguém tenha dito a Sua Excelência que os tuk-tuk funcionam a vapor com caldeira e respectiva fornalha alimentada a hulha...


Exemplo de fornalha para locomoção

Como seria típico - e turisticamente apelativo - 'Tuk-tuk' parados na Serra e os condutores com pás a tirar hulha do tender e alimentar a fornalha...

Daí as fagulhas que tão correctamente citou. 

Com a denúncia das fagulhas dos tuk-tuk criou dúvidas sobre termodinâmica, pois os motores a dois tempos são de combustão interna com detonação dos gases.

O imbróglio do autarca-suave

Como não podemos ser tidos como promotores ou utentes dos 'tuk-tuk', antes temos alertado para as implicações, estamos perfeitamente à vontade para apreciar.  

Neste imbróglio que criaram a Sua Excelência, será que os tuk-tuks caíram do céu esta semana ou logo que surgiram a Câmara não tomou medidas organizativas?

O sucedido seria suavemente adoçado por um Vereador que ligou uma Providência Cautelar "à desorganização total da circulação dos 'tuk-tuk" na Serra".

Ainda Sintra não sonhava com os 'tuk-tuk' e já aqui se denunciavam os perigos da concentração anárquica de viaturas na Serra sem que os responsáveis ligassem.

Como é possível que só agora, depois de andar por Sintra há alguns anos, se tenha apercebido dos perigos a que a Serra dos Sintrenses está sujeita?

É relevante que fale em Património da Unesco, mas será compatível com o Centro Histórico quase abandonado e a exigência de um silo auto na Zona Protegida?

Mais recentemente, a Parques de Sintra deu indicadores de melhorar as zonas de estacionamento na Serra e, porventura a Câmara, contestou tal "oferta"?


Agora já com espaços marcados no chão


Exemplos do empenho na protecção ambiental e eliminação de carros na Serra... 

Pelo que julgamos saber, o Vereador responsável pela Protecção Civil - e bem - alertou para os perigos na Serra, mas os passos e decisões seguintes falharam...

Ao decidir-se medidas selectivas tal deveria cobrir-se do rigor credível, com todas as vias livres apenas para transporte rodoviário na carreira concessionada (434).

Desse falhanço, que não queremos admitir estar ligado com o Projecto de Alterações no Trânsito e Estacionamento em curso, surgiu a confusão e o falhanço. 

O recurso? As fagulhas dos tuk-tuk como palavras circunstanciais num dia quente.

Terá faltado dizer - ou é suposição nossa - que a Serra pode ser "privatizada",  criando-se espaços de estacionamento devidamente seleccionados e pagos?

Seria interessante saber-se mais pormenores...além das "fagulhas".