sexta-feira, 26 de agosto de 2016

SINTRA, A SILLY SEASON E AS OBRAS DO HOTEL NETTO

Mesmo quando estamos fora do País, temos Amigos e Amigas - que saudamos e a quem agradecemos - que nos enviam assuntos e fotos sintrenses do maior interesse.

Um deles, alertou-nos para o facto de, na Silly Season, algumas forças partidárias contarem com entertainers que rebatem as críticas em época de menor audiência, forma de  as esvaziar do impacto que teriam noutras épocas. E fazem o inventário das queixa.

Ao mesmo tempo confundem para desviar os temas e tentam isolar os críticos com epítetos ajustados a quem não diz o que querem ou não louva o que está mal.

Se o objectivo é calarem-nos, desiludam-se. Falaremos depois da Silly Season...    

Outro Amigo, nesta Terça-feira, enviou-nos fotos do Hotel Netto já com uma protecção e a entrada lateral fechada, eliminando os perigos de acessos indevidos.

Tínhamos razão quando, em tempos, chamámos a atenção dos responsáveis. 



Quem disse que as Obras do Netto iriam começar em Abril?

O amável leitor, lembrava que as obras do Netto foram anunciadas mais ou menos para Abril, que isso fazia parte do negócio, que havia um plano de recebimento do dinheiro por parte da Câmara e relacionado com a evolução das obras.

Acrescentava que, nestas coisa de negócios e venda de património, cada dia de protelamento do pagamento corresponde a prejuízo para quem aguarda pelo dinheiro (neste caso a Câmara) a menos que na transacção exista um Plano de Juros fixado. 

Provavelmente o meu Amigo, pessoa que sabe umas coisas e não diz outras, não estará bem dentro deste negócio e achou por bem manifestar as preocupações. 

Claro que, mesmo na Silly Season, a Câmara não deixará de prestar o devido esclarecimento por termos chegado ao fim de Agosto sem Obras no Netto. O que seria a confirmação de um salutar princípio. 

Se o não fizer, certamente podemos contar com os entertainers para que a Câmara - na sua agora fase esclarecedora - nos ajude a saber do que se passa com o Netto.

Obrigado Diogo, até à rentrée...


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

S.PEDRO E A DIGNIDADE DA PRAÇA D.FERNANDO II


"Parece que, decididamente,a Câmara Municipal não quer ouvir a população. Aquele espaço é, por excelência, a zona lúdica de São Pedro. O retorno da Fonte das Rãs seria um prémio para a memória de muitos e acrescentaria nobreza ao local. De base octogonal que suporta quatro rãs do mar jorrando agua pela boca, em forma de bica, teve projecto de Consiglieri Pedroso para ser colocada na Rotunda do Ramalhão, tal a beleza. Porque estamos em época de vacas magras comecem por fazer só a base, para completarem quando houver mais recursos. Mas caramba o ultimo orçamento, recente, foi de 75 mil euros!"Pedro Cansado  -  11/8/2016

A ameaça de um parque de estacionamento sem sentido na Praça D. Fernando II, em S. Pedro, tem justificado confusas opiniões de pessoas com responsabilidades políticas, misturando tudo, o que não abonará em futuras eleições.  

Sabe-se (até os próprios...) que os partidos politicos nem sempre escolhem os mais conhecedores da vida local, mas desiludimos-nos quando políticos que admiramos se deixam dominar por opiniões que não têm em conta pormenores históricos relevantes.

O comentário que acima reproduzimos, de um Pedro que notamos cansado, reflecte até certo ponto o cansaço que acaba por subsistir ao lermos certos comentários.

Com políticos a mostrar tal gabarito não admirará que as pessoas não votem. Para mal da sociedade, temos sim os desenquadrados da Vida Local. 

D. Fernando II - uma Praça com história para servir a História

Vítima de agressões nestes últimos anos, a Praça D. Fernando II é um espaço que as gentes amam, tal como era e é, sempre à espera de algo que a pudesse completar e recuperar de uma forma digna e adequada ao Homenageado.

Já lá estacionam carros? Sem dúvida. Isso não justifica que se invente um Plano para reconverter o espaço num atentatório parque de estacionamento.  

Se é certo que se recorda a Fonte das Rãs, como prémio às memórias, também no seu largo ficaria bem - muito bem, mesmo - um coreto ajustado à História do lugar.


Até nos antípodas há coretos e que belos coretos (Auckland, Nova Zelândia)

Por esse mundo fora, onde a nova religião de parques de estacionamento não vigora, vemos coretos lindos, que ajudam ao desenvolvimento Cultural e Musical.

Aproveite-se a Praça D. Fernando II para um Polo Cultural ao ar livre. Faça-se lá o Ponto de Encontro para visitas pedestres até Santa Eufémia, para se subir à Pena, para se caminhar até uma zona tão preciosa de se conhecer como é Santa Maria. 

Recupere-se a vida na Praça, fugindo do bulício da circulação automóvel. Tem todas as condições para receber visitantes, sintrenses ou não, durante todo o ano. 

Um pseudo-projecto, para fazer da Praça D. Fernando II um parque de estacionamento disfarçado, a caminho de ficar vocacionado para umas receitas, NÃO!

Claro que, tal como no Centro Histórico, é preciso arranjar alternativas de transportes.

Dizem que há milhões disponíveis...então apliquem alguns na questão nuclear de Sintra - Parques Periféricos Dissuasores - com transportes de ligação e circulações frequentes, garantindo horários alargados para incentivar a permanência de visitantes. .

E, se assim acontecer, se o Centro Histórico de Sintra e a sua Serra se projectarem como defendidos de tão elevada carga poluente de viaturas e de tantos riscos de segurança, cá estaremos para enaltecer os decisores. 

O que não concedemos é benefícios de dúvidas, quando se exaltam pequenas coisinhas e as mais urgentes ficam para quem vier atrás...

...um Sintrense que escute os seus representados e mereça ser reconduzido.

domingo, 21 de agosto de 2016

SINTRA: A "INCULTURA" DOS RECORDES...

A caminho dos 4.000.000 de pés nos nossos Palácios

A notícia ainda não galvanizou, mas não deixará de ser usada pelos historiadores de folhetos. Nem por mentalidades estreitas sobre o que é respeitar o património. 

Aguardemos que um destes dias, ao mais alto nível, os números sejam promovidos e logo uma chusma de seguidores fará as saudações do costume. 

No primeiro semestre deste anos (sem incluir o Parque e Palácio de Queluz), pelo menos 2.020.000 pés pisaram livremente o nosso património Histórico.

Melhor. O Palácio Nacional de Sintra, Casa de Reis, teve - pelo menos - 514 mil pés a pisar as suas salas. Felizes, com ténis ou sapatos, saltos altos ou baixos não importa.

O Palácio da Pena, onde D. Fernando viveu tão feliz o seu amor privado, não deve ter sido agredido por muito menos que Um Milhão e 58 mil solas de vários tipos.

Tudo, pelo que se lê, entusiasmante, com o objectivo de "crescer de forma sustentada, atraindo cada vez mais visitantes (...)", afirmou o presidente da Parques de Sintra.

Património que deveria ser salvaguardado

É estranho que a Administração da Parques de Sintra, face ao elevado número de visitantes, não tenha posto em prática medidas para a salvaguarda do património.

É frequente, noutros patrimónios de relevante valor, que - pelo menos nalgumas zonas - as visitas só possam ser feitas com protecções específicas ou descartáveis.  




Obviamente que o Grau de Cultura também se mede pelos cuidados a ter na preservação do património, mas isso é coisa para os zeladores de outras paragens.

Desta ameaça ao Património Histórico, com a Câmara representada na Administração, resta-nos aguardar pelas consequências futuras...à custa do dinheirinho de hoje.

A mesma Administração (senta-se lá a Câmara) que não isenta de entradas jovens com menos de 18 anos (é certo que não votam...) para acederem à Cultura da sua Pátria.

A mesma Administração (que conta com o Presidente da Câmara) que não manifesta preocupações com a perigosíssima carga combustível em carros pela Serra acima.  

Bater-se-ão, certamente, outros recordes, por exemplo de receitas mesmo que de menor influência na economia sintrense, mas é a cultura do nosso dinheirinho. 

Um destes dias, talvez se contem, com orgulho, os milhares de carros que atravessam o Centro Histórico sem que os passageiros o visitem. Tudo no mesmo caminho. 

Parece ser disto que certas figuras gostam.

Um sintrense para Sintra é cada vez mais uma exigência. 

Bom Domingo.  


terça-feira, 16 de agosto de 2016

SINTRA: UMA SÓ CAMISOLA


A Única camisola: "Sintra. Um sonho em cada lugar"


Está quase a fazer 20 anos que esta é a nossa camisola, registada na devida instituição para protecção da imagem.

Certamente será pobre, não obedece a padrões de marketing, mas nela temos a Serra, o Mar, o Castelo e os Palácios. A Lua e o Sol segundo os gostos.  

Sentimo-nos felizes, tal como no primeiro dia, temos o maior orgulho em tê-la e, aos poucos a fomos oferecendo a quem - em nossa opinião - justifica a oferta. 

Hoje já quase não existem exemplares.

Quase 20 anos depois, o símbolo representa o mesmo, sem tirar nem pôr, continuando o orgulho por vivermos tão junto, por acordarmos todos os dias vendo a Pena e o Gigante, apenas termos deixado de ver a Cruz Alta agora tapada por arvoredo. 

A realidade histórica implica resolver problemas 

Tal como sempre dissemos, Sintra é imensa, vai de Casal de Cambra ao Barrunchal ou de S. João das Lampas ao fim de Rio de Mouro, onde os munícipes têm exactamente o mesmo direito dos que moram no Centro Histórico. 

Não regateamos uma vírgula, pelo que não aceitamos que alguém - declaradamente, ou não - pretenda criar a divisão entre Vila de Sintra e o resto.

Quer queiramos, quer não, o fluxo de visitantes à Vila de a Sintra resulta de ser apelativa em termos da natureza, Património da Unesco, Palácios e sua Serra. 

Só por disparate, alguém imaginaria que campanhas turísticas de Sintra envolvessem Manique, Barrunchal ou Casal de Cambra, localidades respeitáveis mas fora do que se convenciona como destino turístico. Figuras Históricas comprovam-no. 

É nessa perspectiva que são exigíveis soluções para se receberem condignamente os convidados em campanhas publicitárias. A menos que estejamos enganados...

Perigo de muitas camisolas amarelas

Como não sobrevivemos da vida política nem precisamos de nos mostrar ou destacar para futuras escolhas, a nossa camisola é suficientemente nossa para sermos felizes. 

Parece, no entanto, que já anda por aí muito folclore, com várias camisolas amarelas dentro do mesmo pelotão, à espera que o seleccionador goste do seu pedalar.

Em coisas da política, às vezes uma camisola amarela pode dar jeito...ao ciclista...mas os eleitores podem não ficar tão bem servidos. 

Opinião de quem não corre em equipa nenhuma nem utiliza ciclovias.  

Sintra precisa, sim, de um Sintrense que saiba rolar pedalar para todos. 



domingo, 14 de agosto de 2016

HOJE, DOMINGO...FUJA DO STRESS DE SINTRA...VÁ A CASCAIS


Sintra tem espaços maravilhosos mas, respeitando os caros visitantes deste blogue, recomendaria que não optem por filas intermináveis de carros, esperarem por ar puro e terem poluição ambiental, quererem momentos felizes e terem frustrações. 

O trânsito caótico que nos envergonha (aos que têm vergonha...) é não só ofensa à UNESCO por ter feito a distinção de Património Mundial como aos que, acreditando em promoções de Turismo sem pés nem cabeça, por cá aparecem confiantes. 

Aqui ao lado, tão perto, em Cascais, poderão ter Cultura em condições de grande acessibilidade e aproveitar o Sol, um passeio junto ao mar, encher o peito com ar puro.


Entre o Farol da Guia e o Museu de Castro Guimarães tem espaços onde não precisa de encher o mealheiro de nenhuma empresa exploradora de moedas. Tem ciclovias a sério, e poderá apreciar imagens paisagísticas de grande interesse. 

Sugerimos que visite a Casa de Santa Maria, junta do Farol de Santa Marta. Desenhada por Raul Lino, dentro pode ver-se a representação dos meses do ano por ele feita.

Farol de Santa Marta e Casa de Santa Maria - Raul Lino à direita


É maravilhoso poder apreciar-se o tecto de madeira pintado a óleo por Oliveira Bernardes e os maravilhosos azulejos do Século XVII.


Poderá ainda apreciar os vestidos mais emblemáticos da carreira da estilista espanhola Agatha Ruiz de La Prada, patentes até Outubro.  

Ao lado, o Farol de Santa Marta mostra-nos a evolução das formas de aviso ao mar.


Com um só bilhete de 8 euros, poderá visitar os 10  museus incluídos no Bairro dos Museus (crianças até aos 12 anos e pessoas com + de 65 anos têm entrada gratuita).

Ficam alguma imagens que julgamos sugestivas:




Votos de um bom Domingo, Cultural e cheio de ar puro. 


quarta-feira, 10 de agosto de 2016

SINTRA, CASO DO SINAL CMS 685/08 --------------»»»» RESOLVIDO

Apraz registar que menos de 24 horas depois, o sinal CMS 685/08, aqui ontem denunciado, já está resolvido. 


Em nome do prestígio e respeitabilidade das instituições e dos políticos responsáveis, haveria necessidade dos munícipes ou outros cidadãos passarem por incómodos?

Esperemos que a mesma equipa se tenha apercebido de um buraco no pavimento (não incluído no outro  nosso artigo de hoje) que está a menos de 10 metros. 



No local, tal como nos outros, também passa a carreira 446 da Scotturb.

É disto que Sintra precisa. De diálogo e consideração por obras de bem comum. 

Fica o reconhecimento pela solução. 


SINTRA, QUANDO ATÉ COISAS SIMPLES CORREM MAL...

Fará algum sentido?

O que hoje vamos mostrar insere-se, quase pela certa, numa política de desleixo que por aí grassa, da inequívoca responsabilidade dos gestores do território. 

Não venham quaisquer arautos minimizar, agora em que muitos perfis se apresentarão às graças de quem os possa escolher para qualquer coisita com futuro. 

Tenhamos ainda em conta que a responsabilidade não poderá ser assacada aos trabalhadores braçais, porque eles cumprem ordens de uma cadeia pesadíssima. 

Ontem (9 de Agosto de 2016) a principal rua de uma aldeia inserida na Vila de Sintra (Rua do Forno) teve a graça de lhe ser tapado um vetusto buraco no pavimento.

Ficou o buraco assim tapadinho, sem discutirmos a qualidade da obra

Sucede que, no interior da aldeia, a menos de 300 metros, outros idosos problemas no pavimento ficaram como estavam, por razões que a razão desconhece. 

Este na Rua da Liberdade
Mais este ao fundo da Rua da Liberdade, entroncamento com a Vasco Santana

A última foto até dá um ar da graça de manutenção de passeios, que nem servem para pessoas (aqui moram pessoas, Senhor Presidente da Câmara) nem para ciclovias.

Neste caso, dificilmente poderão ser atribuídas culpas aos que estiveram na Câmara 12 anos, mas com uma pontinha de sorte uma Presidência Aberta vinha a calhar. 

Fará sentido que uma viatura especial vá a uma localidade, com custos de pessoal e de combustível, de materiais e desgaste, para regressar sem trabalho completo feito?

Infelizmente são várias as áreas onde podemos apresentar casos como este sem que se sintam preocupações por servir populações, por cumprir.

Aliás, ao contrário de personalidades vocacionadas para altos voos (perdão, custos...) nós preferidos soluções lógicas e práticas de custos reduzidos mas úteis. 

Justifica-se que seja um sintrense a apresentar-se em futuras eleições, que escute com atenção quem por cá vive e mora, que não faça de Sintra uma montra de vaidades.

Sintra merece mais. 


terça-feira, 9 de agosto de 2016

SINTRA, EXEMPLO DE EVOLUÇÃO NEGATIVA, SINAL CMS 685/08

Direito dos munícipes se pronunciarem

Quando há dias abordámos os cuidados a ter por militantes partidários, na defesa da gestão camarária, não pegámos em comentários feitos e, quanto a nós, desajustados.

Não quisemos polémicas com pessoas que têm responsabilidades políticas e autárquicas, até pela consideração que temos pelo seu trabalho.

No entanto, vamos identificar algumas dolorosas provas de incapacidade autárquica colocando a pergunta: - Será que se identificam com o que iremos mostrar?

Perguntaremos ainda, se admitiam estas situações nas suas Freguesias?

É que uma coisa são os actos de gestão no seu território e outra o que se passa noutros territórios, quer de responsabilidades de Freguesias quer da Câmara.

São situações que não justificam queixinhas pelos outros não terem resolvido, tanto mais que pagaram com a derrota. São sintomas graves de abandono e de indiferença.

Era o que faltava, se agora os munícipes metiam uma rolha na boca só porque a ausência de soluções em três anos tivesse como causa os 12 anos anteriores.

Sinal CMS 685/08, um espelho que espelha

Depois de várias vezes termos alertado, em 25 de Janeiro deste ano chamámos a atenção para o sinal CMS 685/08, convictos de que, finalmente, alguém se preocuparia.

O local constitui um perigo para os automobilistas...entroncamento com desvio para a esquerda que alguns apressados encurtam sem respeitar a segurança dos outros.

Depois, tivemos a consideração de solicitar ao Gabinete do Vereador responsável - em mail privado e em nome da segurança no local - a reposição de um novo sinal.

Silêncio, foi a atitude que nos deixou perplexos e que nunca esperaríamos.

Para Memória Futura, resta-nos mostrar a Evolução Negativa do Sinal CMS 685/08:

18 de Fevereiro de 2015
18 de Novembro de 2015
6 de Agosto de 2016

Esperamos que não tenha dado entrada nenhuma providência cautelar contra a substituição do sinal ou que este resíduo não seja considerado de utilidade pública.

Pelo menos esta é a história, a triste história do Sinal CMS 685/08.

São tantas as pequenas coisas com que nos deparamos e mostramos à evidência, que sabemos serem vistas e lidas...mas que "nem vale a pena ligar" porque não dão votos.

Ou será que "é este o caminho"?


domingo, 7 de agosto de 2016

PORQUE É DOMINGO: VIAGEM PELO MÓNACO E...O DISFARCE


Na nossa vida colectiva, ressalta-nos muitas vezes o disfarce militante, embuçado, de ajuste, consoante a previsão de futuro abra uma nesga de qualquer coisa. 

E, se agora há dias para tudo, também poderia - sem se ofender quem quer que seja - haver o Dia do Disfarce, a medalha do dito ou até uma Estátua em local nobre.

Um pouco da história do Mónaco

Conta-se que em 1297, em noite de tempestade, um encapuçado bateu à porta da Fortaleza do Mónaco pedindo guarida. As sentinelas abriram os portões e logo foram massacradas pelo falso frade e pelo exército de Francisco Grimaldi.

Francisco Grimaldi ficaria conhecido na história como "o traiçoeiro". 

O Mónaco era utilizado pelos gregos desde o século II antes de Cristo e, no século XII depois de Cristo tinha sido oferecido à República de Génova. 

Com pirataria e assaltos às regiões vizinhas, Grimaldi conseguiu sobreviver. Hoje a família Grimaldi continua a viver e governar no Mónaco. 

A estátua que acima reproduzimos, uma homenagem ao disfarce, encontra-se no largo fronteiro ao Palácio Real, confirmando a história que se conta sobre o Mónaco.

Mónaco de hoje

Hoje, no Mónaco concentram-se das maiores fortunas mundiais. Monte Carlo é um local fantástico para quem deseje fazer gala dos seus dotes e exibicionismos.

  
Num espaço com menos de 20 x 20 metros esta concentração de bólides com os proprietários entregando as chaves aos porteiros...para os arrumarem







O famoso Café de Paris

O rochedo está interiormente aproveitado com vias rápidas, grandes espaços para estacionamento de viaturas (especialmente autocarros de turismo) e até construções sobrepostas para responderem às mais variadas solicitações.

O Casino e outras estruturas existentes e vocacionadas para o Jogo, estão permanentemente cheios de visitantes, garantindo receitas diárias de milhões.

Votos de um Domingo bem passado...


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

SINTRA: S.PEDRO, AMOR DAS "FALSAS VIRGENS" À HISTÓRIA

Em Novembro do ano passado (p.f. clique para rever)  fizemos nova tentativa para se recuperar a Fonte das Rãs, há anos removida da Praça D. Fernando II, em S.Pedro.

Sugeria-se a recuperação da história do local, levar de novo a dignidade àquele espaço e enquadrá-lo na sua História, dar-lhe o respeito adequado. 

A sugestão, a iniciativa, morreu, sem que se vislumbrassem entusiasmos, sem que surgissem empenhos de historiadores ou franjas de movimentos pré-eleitorais.

As ofensas não são de hoje...são antigas 

Vamos por partes. 

A Praça D. Fernando II não tem merecido nos últimos anos o devido respeito, quer pela História e o que foi a vida em S. Pedro, quer pelo seu património.

Em 2009, com elevado patrocínio, até lhe arrancaram os bancos de pedra...que viriam a aparecer - depois de muito procurarmos - a quase um quilómetro de distância. 

Exemplares arrancados

Mais recentemente, com o advento do auto-caravanismo selvagem em Sintra, a Praça D. Fernando II passou a servir  de dormitório para praticantes desse tipo de turismo, a que se acrescentam outros, com toalhas estendidas e instalações sanitárias por perto...


A Praça D. Fernando II assimilou então o que de negativo foi crescendo em Sintra,  completando - graças à compreensão de Edis - a oferta de espaços para pernoitar.

Por culpa de olhos turvos dos responsáveis autárquicos, a Praça D. Fernando II passou a servir para tudo...pelo que agora um parque de estacionamento dava muito jeito.

Em nenhuma das situações de desrespeito pela Praça D. Fernando II surgiram vozes incomodadas, tudo parecia correr sobre rodas em Sintra.

Sobre a gestão sintrense, lemos até algumas honrosas e calorosas missivas de apreço, trocadas no FB, com "fraternos abraços" enviados e retribuídos...

Parque de estacionamento sem sentido

Três anos depois da tomada de posse, tudo indica que, faltando medidas efectivas para desconcentrar de viaturas a zona histórica, temos o inusitado afã de se criarem bolsas e parques de estacionamento...mantendo tudo complicado e sem solução à vista. 

Em acessibilidades, transportes públicos e protecção ambiental o falhanço de Basílio Horta é notório fazendo recear pela ausência de medidas que evitem a concentração de carros na Serra e elevada carga combustível, perigos de que Castelo de Vide foi aviso.

Sem planos conhecidos para Parques de Estacionamento Periféricos, o recurso a estas bolsas em meios urbanos só pode agravar a qualidade de vida das pessoas. 

Um parque de estacionamento na Praça D. Fernando II, além de uma aberração sem qualquer nexo, é um atentado ao bem estar de todo um núcleo populacional.

Amor de "falsas virgens"...

Para que não surjam dúvidas, insistimos que criar um parque de estacionamento na Praça D. Fernando II em S. Pedro de Sintra é uma aberração. Dizêmo-lo com a satisfação por não sermos candidatos a medalhas, abraços, mordomias ou a borlas.  

Claro que, entre residentes justamente indignados, que amam o lugar a preservar, também podem meter-se interesses pseudo-defensores da virgindade do local. 

Personalidades a que tem sido indiferente o abandono do território de S. Pedro, parece que agora se mostram, se movimentam no movimento, com vaidades ambições notórias.

Ora, até agora, têm-se alheado do desrespeito pela Praça D. Fernando II, como se tudo se resolvesse com umas queijadas e convívios mais ou menos ou semi eruditos.

A Praça servindo de parque de auto-caravanismo selvagem foi a cousa mais natural, justificando apreços e desabafos positivos perante Edis em consonância. 

Mas agora, alto lá, a coisa não vai ficar assim...adivinha-se uma luta feroz, é o que se lê.

O amor pela Praça surgiu tarde...mas falou alto e grosso...A honra será restaurada!!!

E se o retorno da virgindade puder castigar os violadores, teremos as trombetas a espalhar feitos, o deslocamento dos abraços, as fífias em novas pautas históricas. 

Mas enfim, cá estamos para ver como a congregação vai saber lidar com as novas virgens, ao que se nota quase todas unidas em volta de um esperado redentor. 

Sintra não merecia isto.







quarta-feira, 3 de agosto de 2016

IMAGINE-SE: GATUNAGEM DE FOLHAS DE PALMEIRA!!!

Há pouco mais de um mês, por ocasião de uns festejos, alguém furtivamente entrou no nosso jardim e zás: - roubou dez (10) das mais viçosas folhas (palmitos) da nossa palmeira, cortando-as pelo meio, castrando a árvore para sempre.




Roubo que se imagina não tenha sido para uma jarra em casa, tornando feliz qualquer pessoa com um palmito verde, viçoso e cheio de graças para bem aventurados. 

Certamente gatuno (ou gatuna) de baixo porte, aproveitando as folhas frondosas para se encobrir, não fosse ser conhecido (ou conhecida) em futuras passagens pelo local.

Foi feio, muito feio, que o 8º- Mandamento de Deus (não roubar) ou o 10º (não cobiçar a coisa alheia) se desrespeitassem com Ele lá em cima vendo. 

Fica o registo, com o desgosto profundo pela pessoa que desta forma procedeu. Que talvez nos dê a saudação...quando passa mirando o que possa roubar. 

Pode esta árvore durar 10 ou mais 100 anos, mas a marca do roubo continuará nela bem patente, em cada dia mais, para que o (os) autores sintam o crime que cometeram.

E lhes reste, se possível, algumas pontas de vergonha.

O arranjo deve ter ficado bonito...





segunda-feira, 1 de agosto de 2016

SINTRA...E NINGUÉM SE LEVANTA?

No distante ano de 2001, o Projecto de um parque de estacionamento na Volta do Duche justificou a contestação de munícipes e autarcas atentos, depois apoiados por cidadãos de variados sectores da sociedade portuguesa. 

Em nossa opinião, tal contestação viria a ter inegáveis reflexos no acto eleitoral em que o PS e Edite Estrela perderam a Câmara de Sintra a favor de Fernando Seara. 

Não será, agora, a resenha do que de positivo ou negativo teve a gestão de Fernando Seara, que soube criar simpatias, usou o seu benfiquismo, pegou em figuras do desporto ou públicas, medalhou e teve inegáveis planeamentos eleitorais. 

Iremos recordar, isso sim, que foi ele que encerrou o Projecto do parque de estacionamento, acabando com as preocupações da população.

Ao levantamento público, Seara soube responder em conformidade. 

O adiar da esperança

Com o arquivamento do projecto da Volta do Duche, nenhuma das alternativas sugeridas resolveria o problema: - Nem o espaço das casas da CP; nem o Projecto para o Vale da Raposa (pelo menos acabaria com aquele vergonhoso lixo), nem a Portela.

Com o mecenato da Multi Developments, o Eléctrico Histórico ficou nos carris para voltar à estação da CP, podendo incentivar fluxos de visitantes não utilizadores de carro.

Nessa altura, já se falava em silos dissuasores na periferia, com capacidade para uns milhares de viaturas, incluindo autocarros de turismo. Os acessos à Vila e à Serra seriam por transportes adequados à circulação num Centro Histórico.

A concentração de viaturas no Centro Histórico e pela Serra era (e é) uma aberração, mas ainda havia quem pressionasse para se estacionar no Terreiro frente ao Palácio...

Seara passeou de trem na Volta do Duche, viajou no Eléctrico, deu entrevistas no Largo Rainha D. Amélia, andou a pé e, no seu (louvável) hábito falou com pessoas, conheceu os problemas, mas a solução - sempre adiada - continuou nas mãos dos técnicos.

Sintra, convertida em monstruoso parque de estacionamento

Hoje, Sintra parece sofrer de estranha virose: - Receita com estacionamentos.

Ou seja, quando se esperariam soluções periféricas (p.ex. no Ramalhão ou já mais distantes na zona da Samsung) para a redução drástica de viaturas no Centro Histórico e na Serra, promove-se o estacionamento pago, sem resolver o problema.

O Rio do Porto, depois do auto-caravanismo proibido com sinal de Caravanas, será em breve parque de estacionamento pago, com previsíveis reflexos no tráfego do sobe e desce a rua, ali às portas dos Paços do Concelho. 

Fala-se, agora, com insistência, da Praça D. Fernando II, em S. Pedro, passar a ser mais outro espaço para estacionamento...em vez de recuperada para nela se voltar a instalar uma fonte como a das Rãs, em tempos destruída.




Na passada sexta-feira, a Praça D. Fernando II, local tão histórico de S. Pedro e Sintra, já apresentava este aspecto desolador. Como eventual parque de estacionamento, como irá ficar? Como é possível que tudo se vá silenciando? 

Entretanto, carros e autocarros, continuarão Serra acima, descendo a Rampa da Pena naquele desconforto e perigos, desembocando onde as casas já estão abandonadas muitas delas por ser insuportável o incómodo ritmo de viaturas a passar. 

E ninguém se levanta contra?

Então, para os sintrenses, esta situação não é preocupante? Tal como era o Parque a construir na Volta do Duche? Serão desprezíveis os danos causados ao património edificado e ao meio ambiente? Até onde vai a aceitação de tudo isto?

Mas que personalidades por cá aparecem? Que visão têm do respeito pela História e dos lugares, até pelo bem-estar das populações e defesa dos seus espaços. 

A agressão colectiva que está sendo levada a cabo é tanto mais criticável quanto não resolve de forma efectiva nenhum dos problemas que Sintra enfrenta.

Como é possível um destino turístico que foi tão prestigiado, que desejamos respeitado, estar a converter-se numa monstruosa caixa de moedas, de dinheirinho tão valorizado, fazendo lembrar os tempos em que havia ouro e não havia mais nada. 

E depois há emissários para a propaganda, depois os serviçais que se querem destacar na defesa do que é indefensável...porque a miragem da recompensa está no horizonte. 

Sintra não merecia isto. 

Sintra precisa de um sintrense com amor à terra.