quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

SINTRA: LIÇÃO PARA "CANDIDATOS" A AUTARCAS

Devida saudação

O Jornal de Sintra, na edição de 17 deste mês, deu à estampa uma brilhante peça de Jorge Leão que repõe - a desconhecedores - a história de S. Pedro de Penaferrim.

Levando-nos a saber - até mais de 800 anos antes - a evolução toponímica, ajudou-nos com farta disponibilidade a identificar o que de mais nobre foi este território.

Como munícipe sintrense que na freguesia de S. Pedro de Penaferrim decidiu residir e nela viver, pela inapagável história recuperada envio a mais fraterna saudação.

Ignorância da história

Nos tempos que correm, quando figuras dúbias jogam tudo para botar figura de autarca e se aperaltam de "proximidade", a ignorância histórica deveria contê-los.

Antes de se colocarem em bicos de pés perante mais influentes, os putativos candidatos deveriam ser obrigados a prestar provas sobre a história do local.

É dura a dicotomia entre conhecer-se a cultura emergente da história e a manutenção de cargos - às vezes da vidinha - levando a alhearem-se de compromissos.

A não evolução local é sustentada e justificada não só pela ignorância dos escolhidos mas, mais grave, pelo estranho alheamento das carências da população.

Nenhuma vida coletiva evolui com falsas promessas, mentirolas de ocasião, práticas que ajudam ao arrastar de problemas por dias, meses e anos. 

Há uma panóplia de responsáveis pelo atrofiamento local ou políticos residentes que traem o lugar onde vivem para se aconchegarem em mordomias oferecidas.

Histórias na União de Freguesias de Sintra

Não queremos, aqui e agora, avaliar as caraterísticas dos territórios e histórias das outras duas freguesias que se integraram na agora União de Freguesias de Sintra.

Cada uma terá a sua bela história, as suas tipicidades de vida local, as vocações das populações e sua vida enquanto coletividade e com quem as consolidaram.

Cremos que a peça de Jorge Leão é preciosa ajuda tal como o Plano de Urbanização de Sintra, de De Gröer, mostra a história do mesmo território há mais de 70 anos.

Da nossa, realçamos que no ano de 1220 existia sancti Petri de sintria e em 1253 Canaferrim  passou a ser Paróquia de Sancti Petri de Cintra.

Hoje, a maior área territorial e mais populosa e mais empresarial e mais comercial da UFS é a mais carente de estruturas básicas como da Saúde, Segurança e Escolar.

O preço da incultura 

A incultura política ou a incapacidade de visão alargada para a igualdade da gestão territorial têm levado a um cada vez mais notório desequilíbrio na vida local. 

Daí que no território da Ex-freguesia de S. Pedro de Penaferrim, se sintam mais carências que obrigam a deslocações de quilómetros, onerosas e de difíceis acessos.

Neste quadro, tudo sugere que os políticos locais, se empenhados, se conhecessem bem a história dos locais e seus problemas, teriam largo campo para atuarem. 

Daí que, estranhamente, não tenham aproveitado as possibilidades da reversão de algumas Uniões de Freguesia, entre elas a tão justificada S. Pedro de Penaferrim.

A peça cultural de Jorge Leão, se conhecida meses antes, teria sido preciosa ajuda.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

SINTRA: SUA SENHORIA, APRESENTAÇÕES OU DESPEDIDAS?

 (Não nos apercebemos da indicação de publicidade institucional)

Recortes de edições do Jornal de Sintra (7.10.2022 e 17.2.2023)

A propósito da "Educação"...

Sendo sobejamente conhecida a educação de Sua Senhoria, torna-se estranho que as peças da "fonte CMS" (fotos e textos) sejam praticamente alinhadas. 

Perguntamos, excluída a intencional manipulação que Sua Senhoria, pela conhecida e provecta carreira política abominaria, o que está a tais peças subjacente?

Notório e merecedor de destaque, que em nenhuma das peças usando a Educação, sejam indicados os nomes dos membros da mesa nem mostrem a assistência.

É que, do Conselho Municipal de Educação de Sintra, fazem parte três Senhoras Professoras de Escolas Oficiais e um Senhor Professor de Colégio Privado.

Duplicados...

Em ambas as peças só duas figuras se duplicam: Uma ligada a anunciador de muitas obras por concretizar e outra com ar pensador, cujo perfil desconhecemos.

De qualquer forma, embora não saibamos de quem se trata, se licenciado verdadeiro ou não, será personalidade destacada, com dialética forte nos Conselhos.

Omissões estratégicas...

Continua omissa a quota de estudantes sintrenses com direito à frequência gratuita da Faculdade de Medicina da Católica em Sintra, face aos benefícios concedidos.

O mesmo se colocará com o natural direito a frequência do ISCTE em Sintra, como contrapartida aos custos suportados pela Câmara Municipal de Sintra.

De tudo o dito anteriormente, fica-nos a sugestão - por certo errada - de que o Conselho Municipal de Educação é um canal para apresentações do futuro.

Só esperamos - para ser desmentida esta nossa presunção - que a próxima Reunião do Conselho Municipal de Educação decorra na Escola Básica da Abrunheira.

Esta nossa sugestão, a ter êxito, seria excelente amostra da atuação camarária no ensino escolar e reforço dos objetivos do dito Conselho Municipal de Educação.

Ou estas reuniões inserem-se numa discreta programação da despedida?

Aguardemos pelos próximos passos de Sua Senhoria.



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

SINTRA: DA HISTÓRIA DA ANTIGA FREGUESIA DE S. PEDRO

Honras a um lugar escondido...

Confessamos que, perguntado nessas bandas se conheciam os autarcas de tal território, ninguém disse conhecê-los, antes desejam-nos longe para preservar a história.

Ainda perguntámos se sabiam o que foi feito ao Parque da Liberdade, junto ao Centro Histórico e percebemos que tinham medo desta maravilha ser destruída.

De vez em quando passamos por lá, gostamos de apreciar aquele pedaço da história original, ver aves à solta, escutar a água correndo.

Nos dias de hoje temos obrigação de defender os lugares, pois vai não vai, com diversos pretextos, o desrespeito pela história faz parte do cardápio das "virtudes". 

Temos como certo que os autores dos desmandos - se tal pudermos dizer - se fixam nos lugares mais apetecíveis e rentáveis, para que cimento destrua a história.

Não iremos dizer onde é, mas podemos adiantar que é na destruída, talvez mais justamente dita traída, freguesia de S. Pedro de Penaferrim.

Dá gosto ali pararmos, desfrutarmos do silêncio só quebrado pelo som da água cristalina, ver a natureza conforme ela era há 100 ou 200 anos atrás. 

 
 
Se disséssemos onde é trairíamos um lugar escondido, que ficaria sem defesa como a Fonte do Plátano, em que a solução para o desvio da água...foi aterra-la.
 
Era assim...

Está assim...

Onde tanta água corria...se enchiam garrafões...só por ódio. 
 
Não diremos, assim não verão algo mais para destruir na antiga Paróquia de S. Pedro.