sábado, 29 de setembro de 2012

SINTRA: 2007/2012 - 1820 DIAS À ESPERA DO FONTANÁRIO...

Aproximam-se os 2000 dias sem sabermos quando o Centenário Fontanário Neo-Manuelino da Estefânia voltará ao Largo Afonso de Albuquerque, em Sintra, neste local:


A menos que, por segredados desabafos, alguns amigos do património sintrense o saibam - facto em que não se acredita - é estranha tanta despreocupação sobre o exigível regresso do nosso mais que Centenário Fontanário.

Como se pode constatar, nada no pavimento faz lembrar que, ali, existiu uma peça centenária, que faz parte do património histórico de Sintra, e por isso mesmo é público:


Ninguém presta quaisquer esclarecimentos sobre o Fontanário, onde efectivamente se encontra, se está recuperado, quando voltará a ser visto por todos nós.

Estranha-se, que figuras responsáveis consigam falar de Lord Byron, Herculano e outras figuras que passaram por Sintra e não clarifiquem - para nosso descanso - o que se passa com o Fontanário Neo-Manuelino.

Provavelmente, entregues a pesadíssimos estudos do passado e preocupados com a manifestação pública dos seus conhecimentos de antanho, ainda se encontram numa fase muito longínqua do presente, onde o Fontanário não tem cabimento.

Uma pergunta se justifica: Quem defende este património sintrense?

Os responsáveis podem investir nos silêncios, mas terão de prestar contas!

Esperemos!


domingo, 23 de setembro de 2012

FONTE DAS RÃS EM S.PEDRO DE SINTRA

MOVIMENTO PARA A RECUPERAÇÃO DA FONTE DAS RÃS

Os fregueses de S. Pedro de Sintra, na sua grande maioria, desejarão o regresso da Fonta das Rãs à Praça D. Fernando II (Largo da Feira), de onde foi retirada.

Foto gentilmente cedida por um SaoPedrino

Era uma das nossa referências históricas, mas um dia alguém a mandou retirar, por certo sem o acordo da população e sem respeito pelo patrimómio da nossa freguesia.

Para o regresso da fonte, sem recurso a uma réplica, seria bom saber-se onde se encontram muitas das peças que a compunham.

Daí que, enquanto se vai desenvolvendo o movimento para se recuperar a Fonte das Rãs, quem possa indicar onde se encontrem algumas peças (as fotos ajudam muito) por favor indique-nos. Faremos chegar as informações ao sítio certo.


Outra foto gentilmente cedida por um SaoPedrino

Quem sabe se, vendo estas fotos, alguns familiares destes "jovens" se sentirão felizes pelo regresso ao local e à nossa fonte.

Por favor, se sabe onde se possam encontrar algumas peças não hesite: Diga-nos.

Queremos a Fonte das Rãs de Volta...é nossa...faz parte do nosso rico património.

Pela recolocação da Fonte no local de onde nunca deveria ter saído.

Pele dignificação da Praça Dom Fernando II.

É património histórico a defender.





quarta-feira, 19 de setembro de 2012

SINTRA, FESTAS DA SENHORA DO CABO EM 2004

Hoje, comemoram-se oito anos sobre o desfile Medieval das Festas de Nossa Senhora do Cabo. Na véspera, a imagem foi confiada à Igreja de S. Martinho.

Nesse dia, milhares e milhares de pessoas, com o maior entusiasmo, fizeram em Sintra uma inesquecível jornada de convívio, partilha, unidade colectiva.

Grupos folclóricos, lavadeiras em actividade sobre um carro, os vinhateiros, associações de reformados, gente dos campos, até desfile de motos.  

Foi a Sintra Viva e das suas gentes. A que pulsa apesar dos desenganos. 

Recordo três gerações, curioso por saber como prosseguiram as suas vidas.

As crianças, as nossas belas crianças, o que fazem hoje?
  

A jovem que transportava a bandeira do Grupo de Bombos das Mercês que futuro se lhe seguiu? E os Bombos, que êxitos tiveram?


O "homem das castanhas", típica figura de Sintra no Centro Histórico, que tantos momentos de felicidade fomentou com meia dúzia de castanhas assadas, dentro de um saco de papel.

Sem se aperceber, este homem influenciou a vida de muita gente. Quantas pazes se fizeram graças ao provocante fumo do assador? Quantos amores se seguiram ao simples descascar de uma castanha assada? 

"Quentes e boas"...

Três gerações da Sintra que eu amo, de um povo simples. Livre.

Hoje, recordo aquele dia com saudade, na esperança de que volte a repetir-se.

Esta gente viva dá-nos esperança em cada hora.






domingo, 16 de setembro de 2012

"DESTEAPTA-TE"...DESPERTA...

O DESPERTAR...PORTUGUÊS!

Não conheço outro hino nacional com mais determinação na luta como o Romeno. As primeiras palavras são "Desteapta-te, Române", ou seja, "desperta-te, Romeno".

Criado em 1848, foi substituído no regime de Nicolae Ceaușescu e voltou a ser do povo depois de revolução de 1989.

O "Agora ou nunca" da letra, também consta de outros hinos nacionais; das vitórias gregas na maratona; na marselhesa.

Um hino atento, de unidade do povo por um desígnio nacional, para uma sociedade assente na igualdade entre os seus membros.

"Melhor morrer na luta, mas cobertos de glória,
Que outras vez ser escravos em nossa própria terra!"

Uma jovem Romena com 25 anos explicou-me o seu hino, num português quase perfeito que aprendeu em Évora. Determinada em lutar pelo futuro do seu país.

Sibiu, a receita na via pública

A Roménia de hoje é um país muito diferente da imagem de ontem. 

Brasov, exposição no Centro Histórico

Não se notam pedintes nos semáforos. A Legislação de 2007 fixou obrigações para acesso a subsídios. "Nómadas"? - "Foram para Portugal", foi-me dito nesta crueza.

Boas estradas, campos cultivados, limpeza urbana, oferta turística de qualidade.

Cozia, Mosteiro

Tal como os portugueses também têm problemas. Nos últimos dias ocorreram grandes manifestações contra o governo do centro-direita que está de gatas perante o FMI. Os romenos confiam que irão vencer as dificuldades.

Despertaram. Continuam a luta.

Os portugueses, aqueles que vivem do seu trabalho e das reformas que tanto lhe custaram a ganhar, também despertam da letargia.

O nosso país será melhor para os seus filhos.

Despertar foi o mais difícil! Venceremos!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SINTRA, A EPOPEIA DOS 25 MILHÕES…

Ontem…

Em 12 de Dezembro de 2011, o Executivo Camarário decidiu submeter a contratação de um empréstimo de 25.000.000€ à Assembleia Municipal, que o aprovou na Sessão de 22 do mesmo mês, aquando da discussão do Orçamento de 2012.

Em tal Sessão, o Presidente Camarário pediu que – aprovado o empréstimo – o mesmo fosse imediatamente incorporado no Orçamento.

O Deputado Municipal Bruno Tavares (PS) ainda alertou com o Tribunal de Contas, mas a Assembleia, por certo bem informada e esclarecida, desvalorizou.

Agora…o resultado

O Tribunal de Contas, garantidamente nada distraído, devolveu à CMSintra o “empréstimo” que, em 8 de Fevereiro, lhe tinha sido enviado para visto.

Daí que, o mesmo Executivo Camarário, em 13 de Agosto de 2012 tenha decidido solicitar à Assembleia Municipal o contrário. Isto é, desta vez, para deliberar “autorizar” o “cancelamento do referido processo de empréstimo de 25.000.000€ (…)”.

Até porque “Não são previsíveis obras significativas por parte do Município no âmbito do referido contrato (…)".

Para os munícipes – e Deputados Municipais – é relevante conhecerem o teor integral do documento do TContas, peça de que alguns jornalistas de investigação também não deveriam abdicar.

Enfim, 25.000.000 € Aprovados e Cancelados. Que obra…

Em 2009, ano de eleições, outros 25.000.000 €…

A chapa dos 25 milhões não é original. Em 27 de Fevereiro de 2009, a AM de Sintra tinha aprovado outro empréstimo de 25.000.000 €, para financiar a construção e ampliação de equipamentos escolares da competência do Ministério da Educação.

Fez a Câmara as obras? Enviou em tempo útil os Autos de Medição das obras feitas para a DRELVT? Então, se tudo foi cumprido, responsabilize-se a DRELVT.

Não basta, no entanto, que agora se diga que, em 2009 e 2010 “não se registaram quaisquer transferências por parte da DRELVT”, pois isso não justificará o insucesso ocorrido. Diga-se, sem textos confusos, se as obras foram ou não feitas.

A clareza é indispensável para a avaliação pública.

O Tribunal de Contas…

Tudo indica que o Tribunal de Contas ligou os dois empréstimos e ficou com dúvidas. Admite-se, que, com a devolução, o TC tenha – antes – pedido esclarecimentos indispensáveis à decisão. Ou a devolução apenas se apoiava na recusa?

Em tese, cada vez é mais exigível conhecer-se o documento do Tribunal de Contas que acompanhou a devolução feita em 21 de Maio de 2012.

Para que os sintrenses saibam como é fácil gerir 25 milhões…em tempo de crise!



sábado, 8 de setembro de 2012

FASCISMO QUIMICAMENTE PURO...

No poder, pela via eleitoral...

Recomendo vivamente o livro HUMBERTO DELGADO - AS ELEIÇÕES DE 58.


Trata-se de revermos a história, procedimentos, quem nos governou na época, seus princípios e formas de conseguirem o poder.

A expressão "custe o que custar", agora tão usada por Passos Coelho, já é antiga e de uso pelos sectores salazaristas (p.ex. página 320).

Na realidade, pode ver-se que o objectivo é sempre chegar ao poder "custe o que custar", sem regras, sem compromissos de cumprir o que quer que seja. Sem respeito pela palavra dada.

Quem escutou as promessas de Passos Coelho, o tal que se fazia o mais africano dos candidatos (teve quem logo se lhe colasse...) e procedeu exactamento ao contrário logo que tomou posse, terá de admitir que "custe o que custar" foi a táctica para chegar ao poder.

Hoje, as medidas avulsas que vão sempre contra quem trabalha e a favor do grande capital e dos grandes exploradores, conduzem o país para níveis ainda piores do que antes do 25 de Abril.

Leiam o livro que recomendo e digam se tenho ou não razão.