sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

SINTRA 2007/2011 - 1546 DIAS À ESPERA DO FONTANÁRIO

1546 dias à espera...mas nada!!!

É inacreditável! É uma vergonha para Sintra! É o espelho do que temos!

Chegámos ao final de 2011 sem que o fontanário manuelino tenha sido reposto no seu devido lugar: - Largo Afonso Albuquerque, na Estefânia, Sintra.

Recordemos a peça que faz parte da riqueza histórica de Sintra, do nosso património, tão falado por alguns mas que não passam de ridículas palavras de circunstância:

Foto também centenária, talvez do acto inaugural do fontanário

Não nos vamos calar e continuaremos a contar os dias...

Também o Jornal de Sintra, na edição do passado dia 16, sob o título "A fonte centenária continua em parte incerta", deu conhecimento de terem chegado ao jornal "algumas inquietações e até angústias pelo desvio deste patrimonio (...)".

A peça jornalística ao não referir terem existido dois tempos, o do roubo da parte superior (que terá sido comunicado à Polícia Judiciária)  e a posterior retirada das cubas e peanha por parte de serviços municipais, pode ter iludido muitos leitores. 

A notícia do JS não destaca preocupações da Junta (um Serviço da República!) relacionadas com a estrutura retirada do local, alegadamente para recuperação.

Os esclarecimentos do Presidente da Junta de Santa Maria divulgados pelo JS desviam - na sua totalidade - as responsabilidades para a Polícia Judiciária, fazendo recear que se pretenda ocultar o ocorrido com as partes não roubadas.

A Junta e a Câmara Municipal terão de prestar informações sobre o fontanário, onde se encontra, fase da recuperação e quando será recolocada no local a parte original.

Ao contrário do que o JS deixa entreaberto, não queremos uma cópia.

Pelas imprecisões pouco admissíveis, escrevi ao Jornal de Sintra o seguinte:

"No Jornal de Sintra do passado dia 16 do corrente, página 4, esse Jornal aborda a preocupação existente sobre a fonte centenária que foi retirada do Largo Afonso Albuquerque.

Desde há vários meses que, no meu blogue http://retalhos-de-sintra.blogspot.com/2011/11/sintra-20072011-1516-dias-espera-do.html, tenho vindo a contar os dias desde a retirada da fonte, sem que os responsáveis autárquicos manifestem - no mínimo - a responsabilidade de esclarecer os munícipes sobre o que se passa.

Ora, independentemente da acuidade da peça jornalística, as preocupações foram conduzidas, de forma ínvia, para outro patamar de responsabilidades, alijando as correspondentes às autarquias envolvidas: Câmara Municipal de Sintra e Junta de Freguesia de Santa Maria e São Miguel.

Como se sabe, o roubo envolveu apenas a parte superior da fonte,  pelo que só essa terá sido objecto de queixa às auroridades.

O que ficou no local (pedestal e cubas) foi poucos dias depois retirado por serviços camarários, certamente depois de ordem ou autorização nesse sentido. Rapidamente o chão foi pavimentado.

A Junta de Freguesia, pelas responsabilidades territoriais, deveria ser a primeira entidade a estar ávida de saber desse património, não só o roubado mas, especialmente, o que ficou, exigindo a sua rápida recuperação e recolocação.

Quando a Junta de Freguesia de Santa Maria e São Miguel chama à colação o saudoso Amigo de Sintra de seu nome José António Pinto Vasques, está a desviar-se das obrigações que tem em apurar do local onde se encontra o que restou e como está a sua recuperação.

Se a Junta não sabia, deveria estar a par da retirada daquela peça histórica do seu território que constituía um bem público do qual se deveria honrar, pela história e pelo património.

O teor da Vossa peça, certamente sem ser essa a intenção, acaba por veicular para a Polícia Judiciária as responsabilidades por um todo, quando apenas foi roubada uma parte. Que se saiba, por agora...

Mas será que a Junta não sabe o que se passou com a parte restante do fontanário? E da Câmara quem assume a responsabilidade por ter mandado retirá-lo?

Neste quadro, nesta triste realidade do que é o poder local ligado pela Dedicação, o que é exigível saber é onde pára a estrutura que foi retirada pelos serviços camarários, alegadamente para recuperação, e que, passados mais de 1500 dias, não voltou ao local.

As informações prestadas e apelo à participação dos munícipes não pode passar de fait divers como facilmente se conclui, nomeadamente pela ausência de uma posição durante os últimos quatro anos."

Em resposta, o JS deu conhecimento de ter reencaminhado o meu escrito "para a Junta de Freguesia de Sta. Maria e S. Miguel e para o GAMA - Gabinete de Apoio ao Munícipe, a fim de tomarem conhecimento do seu conteúdo".

É esta a situação a que Sintra chegou, o desencanto rotulado de "Dedicação".



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

PASSOS COELHO PODIA TER-NOS EVITADO O ENXOVALHO

Curvarmo-nos aos que se julgam poderosos, em vez de respeito gera enxovalhos.

Sempre que o Primeiro-Ministro diz qualquer coisa, olho sempre em redor para confirmar se não anda mosca por perto. Criei esse hábito…pois quando diz algo doirado, salta o medo pelo que virá a seguir.

Passo Coelho tem estado longe das qualidades exigíveis a quem governe um País. Diz coisas pouco consentâneas com o que seria expectável num político, promovendo incertezas sobre a vida de um povo.

Seria estultícia a citação das várias mentiras eleitorais a que deu ares de verdade.

Um Primeiro-Ministro está obrigado a prevenir a boa imagem dos portugueses.

Respeitar os habitantes deste País e a sua gloriosa história é o mínimo que se pode exigir a um Primeiro-Ministro. E a uns tantos que o rodeiam.

A ligeireza, para não dizer falta de senso, com que Passos Coelho sugeriu a professores que abalassem para o estrangeiro em busca do que por cá não lhes procura satisfazer, é uma ignóbil e inadmissível provocação social.

As respostas, tão rápidas, ofenderam-nos a todos: O Governo brasileiro (Dilma Rousseff esquecida do que por cá disse em Março) respondeu que não estava “importando” professores. Angola que garantia colocação e futuro mas aos seus.

A inabilidade do Senhor Passos Coelho, talvez a simbiose de curvaturas perante políticos estrangeiros com o estilo pseudo desenvolto e bem penteadinho, tê-lo-á convencido de que – à falta de empenho nas soluções internas do País – seriam os lá de fora a criar postos de trabalho e a desenvolverem a (nossa) economia.

Passos Coelho definiu a classe média e os reformados como os estratos sociais a abater – e conseguiu-o – fazendo inverter a pirâmide a favor dos que acumulam subsídios, isenções e fugas aos impostos e ao trabalho.

O PM abre-nos a cova e ainda nos ameaça em cada dia com piores condições de vida, aplicando medidas de desigualdade sobre quem trabalha e produz.

Não admira que, perante práticas de índole caridosa em vez de postos de trabalho, o regime se vá agravando para níveis altamente preocupantes.

Por reflexo das (más) políticas seguidas, a perseguição à classe média leva-a a restrições responsáveis na natalidade, desequilibrando o aspecto demográfico, já que não tem correspondência nos que são mantidos com os sacrifícios da classe média.

Está o Senhor Primeiro-Ministro a dar passos muito perigosos para o nosso futuro colectivo, porque aos enxovalhos da sua governação não correspondem medidas para responsabilizar quem ganhou e contribuiu para a crise actual.

Que ousadia a de Passos Coelho aparecer agora a falar em “sociedade de confiança” quando foi precisamente ele que a quebrou ao desrespeitar o que – para captar votos – prometeu em campanha aos portugueses.


domingo, 25 de dezembro de 2011

CURIOSIDADES...

Um Presépio de Natal...mas sem Gaspar!

Museu da Baviera, Munique, Alemanha


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PAI NATAL...VÍTIMA DA CRISE

Não foi agora. Foi há uns anos que observei atentamente o dia de um Pai Natal.

Para quem é utente dos comboios e passa pela estação do Rossio, direi que a seguir àqueles dois lanços de escada da Calçada do Carmo havia uma porta velha e suja, penso que entrada para uma residencial. Foi nessa escada que encontrei o Pai Natal.

O choque foi imenso apesar dos meus talvez cinquenta anos. Talvez porque nos anos da guerra o Pai Natal era o único sonho de uma criança, talvez por momentos antes ter visto o mesmo Pai Natal a passear entre  a Rua Primeiro de Dezembro e a Praça D. Pedro IV rodeado de criança, envolvendo-as numa onda de alegria. Daí ter escrito...

COMO MUDASTE, PAI NATAL...

Pobre Pai Natal
Que estavas naquela escada escura,
suja e de passagem rápida.

Escada de pensão de zero estrelas,
com corpos sujos rápidos
na passagem.

Era a hora do almoço
para quantos ainda conseguem
comer, no meio da fome. E vi-te!

Não digas que é mentira!
Tinhas tirado as barbas
que nunca foram brancas,
nem no fabrico.

Teu corpo magro, sentado
Num primeiro degrau
E rosto sem sorriso.

Num pequeno tacho de alumínio
Trazias o magro almoço,
já tão frio.

ARREPIANTE!

Não digas que é mentira!
Comias em sorvos largos
para rapidamente voltares
à rua das tuas crianças.


Ali, encostado ao lancil,
nada tinhas dos sonhos
que criaste em nossa infância.

Como eu sonhei com Pai Natal
gordo. Cheio de fartura,
rodeado de amor e de riqueza.

Foste o final da minha ilusão,
Pano de um palco, rasgado
A quem foi tão inocente.

Deixei de te ver como nos sonhos,
Passei a ver-te, triste, como gente.


In "Em pedaços vos digo"


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

SINTRA E ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

OS ESFORÇOS PARA DEBELAR A CRISE...

Recebi o e-mail onde uma jovem se indignava pelo Orçamento da Assembleia da República para 2012 destinar 42.522,00 euros a uma Associação dos Ex-Deputados. Comentava: “Cortes? Só para alguns”!!!
Antes que ficasse obcecada com tal verba, notei-lhe a tão meritória gente da Associação. Tentei acalmá-la dizendo que só para um 2º. relvado sintético (inaugurado há dias) a Câmara Municipal de Sintra tinha comparticipado com 140.000 euros. E que ao mesmo clube, em 28.1.2009, deu um “apoio financeiro” de 200.000 euros…
Não desarmou e, respondendo, manifestou o seu desagrado pela “Casa da Democracia” (palavras dela) ir pagar 14.510.941,00 euros como Subvenção aos Partidos e Forças Politicas Representadas, sem que alguns “revolucionários” recebedores contestassem.
Voltei a animá-la, informando que, dia 22, na Assembleia Municipal de Sintra, serão votados mais dois empréstimos bancários de 25 e 8 milhões de euros, ou seja, mais do dobro da verba anterior, agravando a já elevada dívida camarária.
“Então a Troika não responsabiliza ninguém? Só exige cortes nos ordenados?” ripostou-me ela, talvez julgando que eu estava feito com o poder constituído, com esses políticos deprimentes que aconselham os filhos de um país a…abandoná-lo.
Resolvi, então, usar a mesma táctica do Primeiro-Ministro, isto é, faltar à verdade, o que é bem diferente de mentir. Que a Troika não era omnipresente e tinha dado instruções para os tribunais julgarem os culpados pela situação que vivemos.
Para remate, resolvi pregar-lhe outra peta de mestre: "Em 2015 os nossos salários e pensões serão nivelados pela média da Europa".
Receio que o Primeiro-Ministro venha a dizer o mesmo na campanha eleitoral desse ano.
Assim vamos debelando a crise...

domingo, 18 de dezembro de 2011

BOM NATAL PARA TODOS...

Hoje, por ser domingo, contrario o hábito de apresentar “CURIOSIDADES” para saudar, com amizade, todos os meus Amigos.

Os sentimentos que nos unem, mesmo com visões divergentes, serão sempre determinantes para o objectivo comum de uma Pátria mais próspera e digna da sua história.


Contem comigo,

Fernando Castelo  

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

“UM PASSO ATRÁS PARA DAR DOIS À FRENTE” ?

A expressão “os portugueses sabem…” passou a ser a marca dos enganos.

O Presidente da República, incentivando à adivinhação, vai um pouco mais longe e garante que “os portugueses sabem bem aquilo que eu penso (…)”.

O Primeiro-Ministro, que nos vendeu gato por lebre, salta como gato sobre as brasas governativas e dá meias respostas com “os portugueses sabem…”.

Alguns deputados da maioria, engolidos pela frase emblemática, superam as dificuldades dialécticas com um autêntico foguetório de “os portugueses sabem…”.

Nenhum diz saber para onde foi o nosso dinheiro, culpados e beneficiados.

Os portugueses sabem o quê?

Que a coragem governativa assenta na perseguição aos que vivem dos seus rendimentos de trabalho ou de pensões adquiridas com décadas de descontos.

Que a veia empresarial do Primeiro-Ministro corre para os patrões, oferecendo-lhes duplas reduções nos salários – directa e por mais horas de trabalho – despedimentos fáceis e indemnizações drasticamente reduzidas.

Que Passos Coelho chegou a Primeiro-Ministro por erros de expressão na língua pátria: - O que prometeu e dizia não fazer foi exactamente o que fez.

Este pequeno excerto (clique, p.f.) ajudará a conhecê-lo. Num vulgar dicionário encontram-se vários epítetos ajustáveis.

Que passos faltarão ainda a Passos?

À facilidade com que mete as mãos nos bolsos dos que trabalham, não correspondem medidas de combate à economia paralela, onde encontraria fortunas cujos detentores, muitas vezes, estão isentos de impostos…por falta de meios de subsistência!

As penalizações previstas para quem precise de aceder a cuidados médicos atiram para as calendas os direitos constitucionais e voltam a atingir os mesmos que tiveram reduções salariais e cortes nos subsídios.

No entanto, no sector público autárquico, os endividamentos sucedem-se sem que sejam conhecidas medidas punitivas para os esbanjadores dos dinheiros públicos.

Passos e Gaspar, outra vez Coimbra e Finanças na vida dos portugueses, fazem recordar outros tempos e são um mau presságio para o nosso futuro colectivo.

A frente de luta de Passos e Gaspar é outra. Não abarca estímulos à produção interna nem limita importações, porque isso prejudicaria os poderosos da Europa.

A meta desses Senhores, pelo que se vai vendo, aponta para a subversão da Constituição, ajustando-a aos poucos até alterar o regime. O limite para o deficit é uma pequena gazua para amanhã falar no excesso de liberdades e depois limitar as estruturas democráticas que os contestam, nomeadamente as sindicais.

De Passos em passos, a pretexto da Troika, assim se faz um golpe constitucional.

Prometer para 2015 o fim dos sacrifícios, mais do que malabarice é uma pinoquice.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

SINTRA DOS MILHÕES…MAS O QUE É ISTO? *

Casa das Selecções! Um puzzle…

“A Câmara (de Sintra) ficou de nos dar uma contrapartida financeira de dois milhões e meio de euros no arranque das obras (…) sem essa contrapartida financeira nós não arrancávamos com as obras”, palavras certeiras de Gilberto Madaíl em vésperas de eleições na Federação Portuguesa de Futebol.

Num acordo celebrado em 1999 foram cedidos à FPF, por 90 anos, 95.000 metros quadrados de terreno (30.000 da CMS e 65.000 da Junta de Almargem do Bispo), prevendo que a CMSintra fizesse as obras de acessibilidade.

Mesmo assim, a Câmara, magnânima nestas coisas do futebol, celebrou em 2006 um contrato-programa para apoio financeiro de 3,5 milhões de euros (ver DN de 27.9.2009).

Uns dias antes das Autárquicas de 2009, o executivo da Junta, por terem decorrido 10 anos sem obras, pretendia a reversão da parcela de 65.000 m2. Estranhamente, a sua própria maioria na Assembleia de Freguesia chumbou a pretensão, falando-se na altura em pressões externas…

O presidente da Junta, eleito nas listas da Coligação Mais Sintra, tinha sido preterido para o acto eleitoral de 2009, dando lugar a outro candidato da mesma Coligação, por sinal futebolista convidado pelo presidente da Câmara…e que não logrou vencer.

E na Câmara? Um Vereador da Coligação Mais Sintra (agora também é director de futebol de um clube lisboeta) passou a ser responsável pela Casa das Selecções...

Neste quadro, quando os votos para os órgãos da Federação se posicionavam – numa lista aparecia um nome Fernando Seara – Madaíl serviu a frio a promessa não cumprida pela Câmara de Sintra, isto é, lembrou os milhões que não entraram na FPF.

Mas o que é isto? O dinheiro dos munícipes metido no meio do futebol? Financiamentos e interesses cruzados?

A Federação de Futebol, cujas remunerações e prémios nem vale a pena citar, ainda contou com o prestimoso compromisso da Câmara de Sintra para – com o dinheiro dos nossos impostos – lhe dar uma “contrapartida financeira” de milhões.

O contrato-programa ainda não foi cumprido (o que não admira) mas só o facto de se contratualizar a saída desse dinheiro, mostra até onde vão os interesses.

Sintra, ao longo dos últimos anos, tem mostrado carências estruturais que afectam o seu desenvolvimento. O desemprego aumenta. O concelho parou no tempo. Mesmo assim o passivo é enorme e pergunta-se: PARA ONDE TEM IDO O DINHEIRO?.

Até quando Sintra gastará dinheiro desta forma?



(*) Na Sessão de Câmara de 23.11. foi decidido submeter a deliberação da Assembleia Municipal a solicitação de condições para uma linha de crédito até 25.000.000 de euros, por três anos.

Também foi autorizada a HPEM a contratar um empréstimo de 2.000.000 de euros para reestruturação do endividamento bancário de curto prazo da Empresa.



domingo, 11 de dezembro de 2011

CURIOSIDADES...

Castelo de Montezuma, um monumento muito especial...

Castelo de Montezuma, Arizona, USA

Declarado Monumento Nacional em 1906, o Castelo de Montezuma foi habitado por cerca de 50 índios da tribo Sinagua.


domingo, 4 de dezembro de 2011

CURIOSIDADES...

Quatro mulheres formidáveis, com outras formas de vidas...

Conheci-a na zona histórica de Sukhothai. Com 85 anos de idade, teve 15 filhos.

Aborígene malaya, conheci-a porque saiu da floresta, onde vive, para ver uma árvore que caiu sobre a estrada para Cameron Highlands.

Membro da tribo Karen.O colar metálico pesa mais de 3 quilos.

Vive na floresta e acaba de andar 6 quilómetros para chegar à tribo em festa, perto da fronteira da Birmânia (Myanmar) com a Tailândia. O colar protege contra o ataque das panteras.



 





quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SINTRA 2007/2011 - 1516 DIAS À ESPERA DO FONTANÁRIO

          "É, por isso, lícito que nos interroguemos qual o legado que vamos transmitir às gerações vindouras e quais as medidas que iremos, ou poderemos tomar para proteger um Património que é, afinal, de todos nós." (palavras do Presidente da Câmara Municipal de Sintra em recente Congresso)

Começa a justificar-se uma investigação...

Passados 1516 dias, sem que se saiba de forma garantida onde está a fonte manuelina retirada do Largo Afonso Albuquerque, em plena Estefânia de Sintra, estão criadas condições para que se façam os mais diversos cenários, suspeitas e receios.

Quem é responsável pela situação? Onde pára o fontanário (peanha e cubas) retirado, pelo que foi dito, para recuperação?

Da parte da Câmara Municipal e sua área do Ambiente nada se sabe.

Da Junta de Freguesia de Santa Maria e São Miguel, cujos autarcas não deveriam dormir até localizar o património desaparecido, também não são conhecidas reacções.

Talvez uma investigação séria, por profissional que não seja sensível a telefonemas de pressão ou subsídios, consiga apurar o que se passa com a peça histórica.

Como nestas coisas é necessária independência, sugiro o recurso a um detective credenciado como o que apresentamos:


A fonte, a nossa fonte, nosso património a defender, é esta:


Sendo sobejamente conhecida esta triste história de Sintra relacionada com um fontanário secular, é igualmente lícito que se pergunte em que parte do discurso oficial a mesma encontra enquadramento.







domingo, 27 de novembro de 2011

CURIOSIDADES...

Por esse mundo fora, os locais reconhecidos pela UNESCO como património mundial, estão quase sempre devidamente identificados à sua entrada, com a grandeza adequada ao orgulho local e à valorização da distinção.

Dois exemplos, dos muitos que conheço:


Cidade Histórica de Sukhothai, Thailand

e

Basílica de S. Francisco, Assis, Italy

Embora se tenha diluído no espaço informativo (a Lusa, talvez por erro, divulgou 145 países quando seriam 145 cidades...) o recente Congresso realizado em Sintra não terá possibilitado aos ilustres visitantes (que conhecem destas coisas...) tempo para apreciarem a simbologia sintrense adequada ao nosso património mundial.

Espera-se que um dia Sintra exiba, da forma adequada, o símbolo da UNESCO.



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

COMO CHEGÁMOS A ESTA SITUAÇÃO?

COM PROMISCUIDADE NA POLÍTICA

Quando os funcionários dos prestamistas, no caso conhecidos por TROIKA, aparecem, novos dados justificam sérias preocupações pelo que se avizinha.

Face ao regabofe interno, sem solução, era imperativa a intervenção externa.

Na última visita surgiu uma dúvida: - As opiniões expressas nas conferências de imprensa, não farão parte de uma encenação combinada nos gabinetes visitados?

É que os tais missionários de banqueiros lançam lebres (o tal mamífero roedor muito maior que o coelho) que servem intuitos governamentais, como o caso da redução dos salários nas empresas privadas. E os media agarraram logo…

Ao mesmo tempo, apesar de parangonas com avaliação positiva, apertaram o governo com medidas ainda não tomadas, como é o caso das autarquias.

E ninguém fala dos culpados, que caladinhos se escondem em boas tocas à espera que ninguém se lembre deles. O governo colabora, não exigindo responsabilidades.

Quase remetidos a profissões de fé, os que deveriam ser julgados pelos actos praticados e que nos endividaram, só aqui ou ali surgem em jogadas publicitárias.

Vendilhões, como lhes está no sangue, não conseguem estar muito tempo sem protagonismo, pelo que qualquer coisinha lhes serve para se pavonearem, mesmo que de forma subliminar. Não falam, porém, das dívidas que criaram.

Com postura cândida, os responsáveis pela tragédia quase sugerem que a desgraça caiu do céu e, por uma razão estranha, acertou neste pedaço tão pequeno da Europa.

Maus samaritanos, usaram o humanismo de subsidiar na mira dos votos de agradecimento. Em vez de incentivarem o aumento de postos de trabalho – o que seria doloroso para subsidiodependentes – optaram por distribuir dinheiro, dar casas e outras coisas sempre com as mais nobres intenções e pretextos.

Graças a estas políticas, há gerações com avós que nunca trabalharam, filhos que se ajustaram à vida fácil e netos que, pelo exemplo, adquiriram o direito de não trabalhar.

Chegámos à miséria, com postos de trabalho recusados para se viver de subsídios, enquanto que quem trabalha e produz é estrangulado com impostos, cortes de salário e penalizações, suportando os outros, entre eles os viciados da política.

Ou temos capacidade para ajudar ao aparecimento de novos políticos – sem vícios, com princípios efectivos de moral cívica – ou a nossa vida colectiva está irremediavelmente comprometida.

Em cada dia virão roubar mais um bocadinho, até ao limite do suporte familiar.

E quando houver o estoiro, tudo acabará por se complicar para os culpados.


domingo, 13 de novembro de 2011

CURIOSIDADES

SAP LAKE, uma igreja flutuante, nos caminhos da fé...

Sap Lake, Siem Reap, Cambodia





quinta-feira, 10 de novembro de 2011

AUTARQUIAS: TRABALHADORES É QUE PAGAM AS DÍVIDAS…

A fórmula já era conhecida mas pouco divulgada e muito menos explorada pelos meios de comunicação: - os subsídios a retirar aos trabalhadores das autarquias reverterão a favor da respectiva câmara, para amortização das dívidas.

Ao jeito de quem governa mal, foi fácil converter em devedores os que trabalham e produzem, quando se esperaria que fossem os senhores autarcas a responder.

Dos autarcas, nem com binóculos se notam cortes nas "gorduras" da chusma de assessores, administradores, avençados e serviçais com chorudas recompensas.

Os mesmo autarcas que, enquanto recorriam ao crédito, promoviam Galas, Maratonas, Grandes Prémios, Medalhas à medida, Balizas e Dias disto e daquilo, sem rebuço por endividarem munícipes e a sociedade em geral.

Foram milhões sem visibilidade na comunidade. Protocolos, Subsídios (até para gestão corrente), relvados, iluminações ou árvores de Natal exuberantes.

Agora zás…os trabalhadores do quadro das autarquias, com um golpe-de-mão governamental a que os autarcas não terão sido alheios, passaram a ser, concomitantemente, vítimas e pagadores das benesses praticadas.

Em vez de receberem os subsídios a que têm direito, os trabalhadores serão espoliados da sua remuneração para amortizar dívidas de que nunca beneficiaram.

Por ironia, com este vergonhoso desvio, as autarquias ficarão com mais dinheiro disponível para esbanjamentos, clientelismos e novos eleitoralismos.

Às pinguinhas, hoje na Administração Local, amanhã nos Hospitais ou Escolas, as bem urdidas teias irão delapidar os magros rendimentos de quem trabalha.

 A este propósito, é sempre bom recordar o poema de Bertolt Brecht:

Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.

Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque eu não sou operário.

Depois prenderam os sindicalistas,
Mas eu não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez de alguns padres,
Mas como nunca fui religioso,
Também não liguei.

Agora levaram-me a mim,
E quando percebi,
Já era tarde.

Com esta casta de políticos, se não estivermos alerta para onde iremos?


terça-feira, 8 de novembro de 2011

VOLTAR A 1953? ISSO QUEREM ELES…

Há poucos dias, na RTP, foi apresentada uma reportagem que alguém, pela certa, terá encomendado, coincidindo com a grave crise que atravessamos.

Numa firma qualquer, o êxito terá sido alcançado graças aos colaboradores que, transformando – à hora de almoço – uma sala de reuniões em refeitório, passaram a levar comida de casa, à qual um microondas dá um toque de aquecimento.

Uma senhora com sotaque estrangeirado, parecendo ajustado ao novo acordo ortográfico, opinou sobre o encanto daquele convívio, não referindo, no entanto, se eram mais apetitosas as batatas fritas do A. ou a salada russa da B. ou mesmo se o Cachucho frito do C. cumpria as regras da tábua alimentar.

Passada a mensagem, seguiu-se a tão saudável convivência com os cigarros. 

Digamos que, salvo outra intenção ainda pior, a RTP fez-nos meditar se valia a pena irmos comer, livremente, a um qualquer lado, mesmo à pressa, usando a benéfica pausa no ambiente de trabalho.

Como Governo e Confederações Patronais estão solidariamente empenhados na involução social da sociedade portuguesa, não admirará que – a breve prazo – pretendam eliminar o direito ao subsídio de almoço, com oferta – e destaque na TV – de uma ou duas sandes por trabalhador, a consumir no local de trabalho.

Direi como era em 1953 (há 58 anos), quando comecei a trabalhar.

O almoço, preparado na véspera, incluía sempre sopa. A comida era posta em marmitas e muitas vezes embrulhada em folhas de jornal (para não arrefecer muito). Transportava-se em lancheiras, muitas delas de cabedal.

Pelo caminho, com os solavancos, metade da sopa ia por fora. Comia-se a restante, que era aquecida em lamparinas a álcool, sempre existentes nos refeitórios.

Como o País, em vez de evoluir, anda para trás, os governantes do PSD e CDS estão no caminho que idealizaram para recuperar a história deste povo.

Até os transportes públicos…quem nos valhe?

O Governo de Passos Coelho e uns tantos que têm delapidado as nossas finanças, gastando milhões em carros que utilizam nos mais diversos fins, desrespeitam mais os trabalhadores do que o anterior regime em que havia o “Bilhete-Operário”.

O “Bilhete-Operário”, tinha o custo de uma só viagem e era adquirido antes das 7,30 da manhã. Garantia a viagem de regresso, assegurada por carreiras até muito tarde.

O actual Governo, perdendo a noção das medidas contra os trabalhadores e insensível ao que se passa na Europa, além de querer impor horários de trabalho nunca vistos ainda pretende eliminar-lhes as capacidades de regresso.

O rótulo de se “viver em democracia” não passa – hoje – de um ofuscante guarda-chuva com que pretendem tapar a galopante destruição das estruturas democráticas.

REGRESSAR A 1953? NUNCA MAIS. ESTAMOS NO SÉCULO XXI.

domingo, 6 de novembro de 2011

CURIOSIDADES...

Aos domingos, como é belo subir o Rio do Perfume...

Hué - Vietnam


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

SINTO-ME ENVERGONHADO, SR. PRIMEIRO-MINISTRO

Digo-lhe publicamente que me chocou ter escolhido o Brasil e o Paraguai para divulgar factos da intimidade portuguesa, sem nos ter dado conhecimento prévio.

O Senhor, tão elegante frente aos media, mas que às pinguinhas me assoberba (diria oprime) economicamente, disse no estrangeiro – onde não governa – que o meu País – onde eu estava e o Senhor não – tem de mudar o “regime económico”!

Longe, não se acanhou em alargar o prazo do esbulho de subsídios a trabalhadores e reformados, com os quais muitos iriam resolver compromissos e dívidas familiares.

Desabafo-lhe: - Quando, para enlevar votantes, o Senhor disse ser “o mais africano de todos os candidatos”, passei a ter reservas sobre as intenções políticas subjacentes. Foi o mote logo oportunistamente aproveitado por bajuladores…

A partir daí, estou atento ao que diz um dia e altera no outro, ao que dizia não fazer e faz, na esperança de poder limpar a imagem que criei sobre as suas contradições.

Ao preconizar, quase de pantufas, a mudança de “regime económico”, as hostes saudosas do 24 exultaram, confiantes de que só falta mudar o “regime democrático”.

Os Primeiros-Ministros não têm lapsus linguae. As pinguinhas avulsas são sinais para que neófitos Ministros inventem medidas que – se tivessem êxito – nos conduziriam a uma vida pior do que a que tivemos no anterior regime de figurino fascista.

É por isso que, entre a pretensa clareza que exibe, não refere os salários médios praticados na zona Euro, do Luxemburgo à Grécia. Nem compara o que auferem políticos e gestores de lá, com as escandalosas recompensas de cá.

As medidas que, numa quase incontinência governativa, impõe a quem vive do seu trabalho, afectam a estabilidade familiar e o direito a uma vida digna. Cortar salários, férias e subsídios, facilitar despedimentos, anarquizar horários de trabalho e aumentar impostos, são medidas contrárias à evolução dos povos e únicas na Europa.

Os portugueses não podem ser geridos como lixo. Por Vossa Graça, trabalhadores e reformados estão a ser geridos para pagar aquilo de que nunca dispuseram.

Onde está o nosso dinheiro? Quem o amealhou em offshores? Campeões de lucros, como PT, EDP e Bancos anunciavam milhões para distribuir dividendos. Falava-se dos milhões ganhos por administradores e amigos. Até na TAP…

Poderia ter anunciado, lá fora, que ia promover a moral pública. Criar Leis contra a promiscuidade e corrupção. Tribunais Especiais para julgar quantos, abusando dos cargos, desbarataram e distribuíram o dinheiro público com interesses eleitorais.

Tirar-lhe-ia o chapéu se anunciasse a redução da despesa pública com menos Deputados e em exclusividade para bem da transparência, menos viagens, menos dotações para partidos e subvenções. Mas não. Optou por castigar quem trabalha.

O Senhor, ao contrariar a evolução das sociedades, dá sinais de querer apenas duas castas: - A das barrigas fartas (Poderosos) e a das barrigas vazias (Trabalhadores).

Perceberá a minha vergonha pelo que disse lá fora.

Portugal não voltará ao século XIX.



domingo, 30 de outubro de 2011

SINTRA 2007/2011 - 1485 DIAS À ESPERA DO FONTANÁRIO

ADENSA-SE O MISTÉRIO: QUE É FEITO DO FONTANÁRIO?

Em cada dia que passa, aumenta a curiosidade sobre o que passa com o fontanário neo-manuelino que, num triste dia, foi levado por serviços municipais, ao que se julgava para ser restaurado.

Passados 1485 dias de ansiedade, nada se sabe, ninguém dá a cara, os responsáveis sentir-se-ão seres superiores e, estando bem com a vida graças aos nossos impostos, pensarão que não devem dar satisfações daquilo que fazem.

O fontanário não dá votos? Vamos a ver. Mas se desse, já estaria há muito tento recolocado no local, com figuras de proa  viradas para a objectiva do fotógrafo ou aperaltadas para a câmara de TV quer, certamente, apareceria no local sem saber de nada...

Na foto abaixo, vemos o aprumo e respeitabilidade dos presentes no acto que se presume ter sido da inauguração.



Perante o que está a suceder a este património histórico sintrense, quanta vergonha hoje sentiriam. Pergunta-se:

Como é possível que isto se passe em Sintra?

Vamos a ver como isto acaba...pois está ultrapassando todos os limites do admissível


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SUBVENÇÕES E SUBSÍDIOS...

ELES COMEM-NOS TUDO…

Os senhores (alguns) abdicaram do subsídio de apoio ao alojamento, dizendo que para evitar polémica, insistindo no direito. Que sérios, que patriotas, enquanto nada se sabia não tomaram tão digna atitude.

A imagem que fica pouco os dignifica, mas graças a Deus tudo legal.

As Leis foram feitas à medida certa, isto é, à medida dos seus elevados apetites.

Pouco dignos? Nada disso, eles são dignos, o País é que não é digno de estar entregue a gente com estes sentimentos.

Encontram-se em toda a parte, nas latitudes do direito e do torto. Os da direita comem, os da esquerda habilitam-se. Tudo legal e, na limpeza da consciência, até votam contra…por uma questão de bom-tom. Mas depois recebem...

Até subsídios para a Inserção na vida civil, quando deixam de ser deputados.

Empinam-se se cheira a umas massas, aproveitam as benesses, ocupam lugares.

Que indignidades se fazem nestes País?

Viveram e vivem do erário público, esbanjaram e esbanjam, ajudaram e ajudam à calamitosa situação que hoje vivemos.

Arranjaram, sabe-se lá porquê mas quase se adivinha, uns lugares de topo em empresas com as quais lidaram, mas ainda recebem umas “Subvenções” para os alfinetes, por eles mesmos pedidas. Bolas…a política é negócio.

Há dia, um antigo político cujo nome não me recordo mas de que não esqueço aquela história da revolução dos pregos, já classificava a “Subvenção” como “dádiva" pela dedicação (safa, outro a falar de dedicação) ao desempenho durante 20 anos. 

Diria que dedicação não tem preço. Não devia pagar impostos. Devia ser trabalho.

Claro que, para a casta política que nos rodeia, quem trabalhou ou irá trabalhar até aos 65 anos, quem descontou ou irá descontar durante 40 ou mais anos, é da mais elementar justiça patriótica levar cortes nas suas retribuições legais. Pensões não são “dádivas”.

São exemplares históricos de políticos que temos e tivemos, que fizeram e fazem os seus jogos, com bola ou sem bola, que arranjaram ou se preparam para arranjar uns lugares dos quais os valores acrescentados serão reais e reconfortantes.

Desta forma, é normal que surja o deputado-biscate, tão independente no elevado cargo da Nação, que se veja contristado ao receber apenas uma avença de uma empresa municipal, apesar de governamentalmente estar isento do saque decretado para os pensionistas.

Hoje não temos políticos entregues à causa pública e ao progresso de um povo.

Temos piranhas, comilões, gente sem sentimentos, onde o que conta são os seus próprios interesses e planos a longo prazo para ascensão.

Comem-nos tudo o que podem.

Até ao dia em que falte a comida, o que cada vez está mais próximo.