terça-feira, 23 de agosto de 2022

SINTRA: DOIS PRESIDENTES QUE SE COMPLEMENTEM

Equilíbrio no poder...

Doravante, para evitar eventuais ciúmes políticos pela não resolução de problemas, iremos considerar Presidentes de Câmara e de União de Freguesias ao mesmo nível.

Se Sua Excelência (da Câmara) descansa com o que não realiza, o seu par (da  União de Freguesias de Sintra) deve ajudá-lo na defesa de fregueses e munícipes. .
 
Com tal conceito, aguardamos há demasiado tempo acções que resolvam o problema de transportes e acessibilidades em Sintra e União de Freguesias de Sintra.

Na peça da Lusa, publicada no DN de 30.8.2013, o então candidato Basílio Horta falava em "planificação em rede" e "mobilidade interna é a primeira prioridade".

Nove anos passados sobre eruditas "planificação" e "mobilidade interna", a pouca fiabilidade do dito por Sua Excelência redundou numa visível vitória...dos tuk-tuks.

Quiçá esquecido do dito, Sua Excelência (da Câmara) in "TRANSPORTES em revista" de 4.3.2016, mostrou-se "satisfeito com a oferta de transportes no concelho"

Temos, para nós, que a obrigatória complementaridade se desaproveitou, deixando sem evolução os transportes públicos no 2º. maior concelho populacional do País.

Passou-se em Sintra

Digam aos sintrenses quanto lhes custaram medidas falhadas como o desprestigiante Parque da Cavaleira (já extinto) e o recurso ao traço azul.

Sobre o Parque, lembremos aquele vereador que - sem camisola amarela - foi o primeiro e apressado concordante...e, até hoje, não pediu desculpa aos munícipes.

As "prioridades", "planificação" e "mobilidade" foram cobertas pelo manto diáfano do confortável esquecimento, tão útil a certos políticos de 4 em 4 anos.

A falta de Parques na periferia, devidamente adequados ao conforto de quem os procure, tem mostrado não só monstruosa incapacidade como negativa teimosia.  

Dará para acreditar?

Durante alguns meses as trombetas de uma só operadora em transportes nos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa criaram justificadas expectativas.

Porque ficou Sintra de fora quando se sabe que é um dos municípios da Área Metropolitana com elevado nível de insatisfação, sobejamente conhecidos?

A Scotturb, que tem a mina da carreira 434 (acesso à Serra) gozará do privilégio da satisfação expressa - sem razão, diga-se - por Sua Excelência (da Câmara)?

Este pequeno exemplo - que não é único - justificaria que serviços atentos alertassem Suas Excelências (da Câmara e União de Freguesias) para a devida atuação. 
 
Paragem na Rua do Centro Social (Coordenadas 38.76529, -9.35941)

Além desta paragem há ainda mais três (Coordenadas 38.76633, -9.35900 - Coordenadas 38.76834, -9.36003 e ainda 38.76805, - 9.360017).

Sucede que as paragens estão lá...mas a Scotturb não faz circulações por essa zona, como consta do horário no site...e ainda é o de "Inverno"...




Com transportes públicos pouco confiáveis, os residentes são empurrados para o uso de viaturas privadas, evitando quase 1000 metros a pé até à Estrada Nacional.

A arrastada realidade 

Muito se tem falado sobre a deficiente rede de transportes públicos em Sintra, situação anacrónica e desprestigiante para o segundo maior concelho populacional.

Em 2009, só no território de Sintra, a Scotturb fazia 479** circulações/dia que em 2022 se tornaram 475* (incluindo 125* incompletas) no "Horário de inverno".

Em 2009, entre Sintra e Cascais/Oeiras, a Scotturb fazia 341* circulações/dia que em 2022 passaram a 361* (incluindo 102* incompletas) no "Horário de inverno".

Estes números refletem uma realidade a que Autarcas de diversos patamares se deveriam debruçar com vista à responsável resposta quando falam em "mobilidade". 

Fica nas mãos de Suas Excelências (da Câmara e da União de Freguesias). 

SINTRA NÃO PODE CONTINUAR ADIADA. 
  

Notas
* Números sujeitos a ligeiras retificações;
** Número sujeito a ligeiras retificações. Não inclui 49 circulações da carreira 435 nem as da carreira 434, ambas ligadas a acessos turísticos.


domingo, 7 de agosto de 2022

SINTRA...COMO PEQUENAS COISAS NOS ALEGRAM...

Bom Domingo...

Há alguns meses, deixei de ver um falcão-peregrino que quase todos os dias me deliciava com os seus voos picados depois de planar para descobrir um alimento. 

Um dia deixei de o ver e, passando no local, estava um falcão morto na via, levando a admitir que, acabado de caçar, tivesse sido vítima de algum condutor distraído.

Senti, naquele trajeto, a falta da minha ave de rapina julgando-a morta.

Hoje, pela manhã, tive a alegria de a voltar a ver, linda, sobre o mesmo poste, abalando assim que parei para lha tirar uma foto que a passasse a identificar.

Foi parar perto, bem à vista, como se soubesse da minha alegria desta manhã.


No extremo de um ramo, lá pousou calmamente o falcão

São estas as alegrias da vida, que nos dão esperanças sobre a continuação das espécies, invejando-as pela liberdade com que ainda vivem.

Esta manhã...valeu a pena.