quarta-feira, 28 de outubro de 2020

SINTRA: NENHUM "CONSELHEIRO" AVISA SUA EXCELÊNCIA?

Que conselheiros?

Devemos confessar que, mesmo sendo 1/400,000 da população sintrense, por vezes nos incomodam as pseudo "conversas em família" a que Sua Excelência recorre.

A deste dia 26 é uma delas (por favor reveja) e leva-nos a duvidar das horas a que foi feita, talvez a horas de grande cansaço, muito imperfeita para propaganda.

Que grandes "notícias" ou "protocolos" sobre o Covid estarão na forja?

Se estivermos atentos às afirmações sobre a Covid, notaremos a frequência com que horas antes ou pela mesma altura, a Ministra da Saúde presta informações.

Basílio Horta, incapaz de organizar a Câmara sem recurso a técnicos americanos, entra na Área da Ministra como se ele tivesse a solução sanitária para o País.

Só nos faltava um político em busca de notoriedade mas que refinados conselheiros (mesmo cooptados de ocasião) não conseguirão avisá-lo na escolha dos momentos.

Conversa desajustada

Como uma conversa dá nisto...

Se Sua Excelência, quando fez esta peça, não estava cansado, ainda ficamos mais preocupados com a razão da mesma e para que fins deu à estampa...

Disse: "Tínhamos seis equipas pluridisciplinares...seis. uma para cada freguesia". Sintra, onde este Senhor é Presidente de Câmara, tem 11 freguesias!

Mais: "Depois passámos a sete...agora temos oito equipas pluridisciplinares". Então, há freguesias com duas ou há três sem equipas multidisciplinares? 

A "cerejinha": "Se for necessário mais...serão mais (...) portanto, temos nove equipas pluridisciplinares". Isto é um exemplo de equipas acrescentadas...

Aqui chegados, não podemos deixar de mostrar mais um pedaço, penoso sabemos ser para Sua Excelência, mas que pretende ajudá-lo a levantar o ego:


Desta feita vamos apreciar a gestão dos números, sabendo-se que Sua Excelência também não é forte em tal campo, situação em que os Zeros se confundem. 

Disse: "Até ao momento, cerca de 3000 pessoas infetadas foram contatadas", mais "cerca de 6000""familiares e amigos dessas pessoas infetadas"

Sua Excelência, nesta parte, não disse que são menos de 50% do total indicado pela DGS, números que em 26 de Outubro ascendiam aos 7454 infectados. 

Mais uma vez, os "conselheiros" não ajudaram. 

Não omitir aos munícipes

Torna-se penoso termos de escutar conversas saltitantes, quando as questões nucleares da pandemia têm sido ocultadas sistematicamente por Sua Excelência.

Dizem os cientistas que o combate à Covid deve ser feito freguesia a freguesia, com conhecimento dos surtos locais para maior sensibilidade de população.

Todavia Basílio Horta, que de cientista terá pouco, fingirá não os escutar, guardando os dados que lhe são transmitidos no portefólio de acesso privilegiado.

Encobrindo as freguesias e localização dos surtos, só se sabe que - entre 28.9 e 26.10 - em Sintra houve (pelo menos) 2013 infectados, estando agora com 7454.

Sabe-se que o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças fixou o "Patamar de Risco" em 240 por 100.000 habitantes e Sintra apresenta 340...

Por isso, ao tapar as incidências de surtos por locais e freguesias, tem impedido a prevenção colectiva e apuramento das causas, entre elas os transportes públicos.

Em tese, 

Sua Excelência precisava - à pressa - de fazer prova de vida, mostrando números que atenuem a falta de capacidade demonstrada ao longo da pandemia.

Era preciso, para em breve poder exaltar um ou outro Protocolo de Colaboração com entidades ligadas à Saúde Pública, surgindo na foto dos celebrantes.

Vejamos o que por aí se anuncia nos próximos dias. 

E SINTRA VIVE NO MEIO DISTO. ATÉ QUANDO?


segunda-feira, 26 de outubro de 2020

SINTRA: BASÍLIO HORTA E O RESPEITO DEVIDO A MUNÍCIPES

"O Presidente da Câmara assumirá a responsabilidade pela coordenação geral do processo da inscrição", Assim consta do site da Câmara sobre participação de Cidadãos em Sessões de Câmara. 


As regras e o respeito

Quem ler o site camarário (só ao serviço do poder) notará tão exigentes regras para intervir em Sessões de Câmara que pensará duas vezes antes da inscrição.

Essa velha "técnica", "justificável" com o conhecimento prévio da matéria envolvida, acaba por ser quase um sofisma desmobilizador com 42 horas de antecedência.

Perante tais regras, as responsabilidades do Presidente da Câmara como impositor implicam com a exigência do maior respeito pelos Munícipes cuja audição solicitam.

Nem a Sessão de Câmara e o seu Presidente, ou os Munícipes, se convertem em figuras  decorativas, prescindíveis na audição ou desconsideráveis na exposição. 

Há regras e quem as estabelece está obrigado ao respeito mútuo.

Sua Excelência tem obrigação política de escutar com respeito e atenção o que qualquer cidadão entenda - com a devida lhaneza - expor directamente ao Edil.

A última Sessão Pública de Câmara

Esta pandemia da Covid, entre tanta coisa má, ainda serve para que na política (os maus políticos) se tergiverse com os mais variados pretextos. 

A Sessão, limitando a presença de munícipes, era servida por algo semelhante a "reportagem em directo", mas volta não volta o som  faltava aos ouvintes.

Depois, quem estivesse atento, notava o tempo a arrastar-se com redundâncias oratórias, fazendo recear que o tempo reservado aos munícipes fosse apenas utopia.

Quando chegou a hora de escutar quem tinha cumprido todos os rigores que Sua Excelência impôs para a inscrição...ele já lá não estava...numa fuga desrespeitosa.

Foi uma atitude inamistosa de Sua Excelência, ele que na mensagem do 25 de Abril falava no "nosso povo aqui em frente da Câmara em íntima ligação connosco".

História do "crime que compensa"

Desde há uns anos (p.f.clique)  que neste blogue se alertava para a agressão que estava sendo feita a uma tília do espaço público, deveras incómoda para o Paris.

A árvore estava de boa saúde quando Sua Excelência pôr os pés em Sintra inchado de autarca e eleição celebrada no Central ali ao lado e do mesmo dono do Paris.


Com a indiferença de Sua Excelência e estranho à vontade do dono, duas agressões se consumaram : A estrutura no Central e a cozinha de campanha no Paris.


De vez em quando, denotando falta de visão, Sua Excelência passava pela cozinha de campanha para aceder ao restaurante Paris, sem ver a tília condenada.

A execução da incómoda tília estava em curso e a cegueira de Serviços Camarários impediu que vissem ter sido embrulhada para que não lhe chegasse água. SECOU.


Epílogo

Tornava-se evidente que, com a tília seca, a mesma deveria ser removida do local, para a devida retificação do espaço e o fim que estava em vista. 

Cortada a tília incomodativa, o local estava esta manhã como abaixo se mostra, tendo como maior desfaçatez dois pequenos ornamentos a sugerir amor por árvores.

Espaço onde estava a tília "executada"

Pergunta-se: Quem e sob que orientação, tão rapidamente procedeu à reparação do passeio, que está num espaço público e à responsabilidade camarária?

Onde era a "cozinha de campanha"

A cozinha de campanha desapareceu e Sua Excelência ainda terá quem o louve ou enalteça pela excelência do seu papel no embelezamento do local. 

Estas coisas na política têm nomes e os políticos também, não causando admiração que a celebração da eleição para segundo mandato tenha sido feita no Central...

Na última Sessão de Câmara,  quando um Grupo de Amigos das Árvores de Sintra interveio sobre árvores em Sintra, Sua Excelência já não estava na Sala.

Insistimos: Que enorme falta de respeito por respeitáveis munícipes. 

Que mais "estórias" de falta de respeito estarão reservadas a Sintra? 



quinta-feira, 15 de outubro de 2020

SINTRA: DO HOSPITAL CASCAIS-SINTRA À "TENDA ESPECÍFICA"

"Nós não devemos esquecer...nós não devemos esquecer", Afirmação de Sua Excelência em 25 de Abril de 2020" 


Trato por Sua Excelência

Recentemente fomos surpreendidos por uma "Mensagem" de Sua Excelência pretensamente "sem alarmismos...sem alarmismos", vazia de ações locais imediatas.

Pareceu-nos, antes, uma forma subliminar de se colocar no mesmo patamar político dos Chefes de Estado e de Governo com uma "Conversa em Família".

A conversa, para contrapor ao desagrado que alastra por todo o concelho, pode ter sido uma recomendação de algum especialista de imagem recentemente cooptado.

Por esse facto, fazendo jus às naturais ambições e ansiedades por se colocar num pavimento mais alto, retomaremos o trato por "Sua Excelência". 

O Hospital de Cascais

Certamente com visto de Sua Excelência, foi publicitado no Facebook em 7.11.2016 que o Hospital de Cascais "se passa a designar HOSPITAL CASCAIS/SINTRA".

Tal anúncio, no estilo típico do ilusionismo bacoco quando eleições se aproximam, até nos dizia que o referido Hospital seria "alargado" com mais um piso.

Passados 4 anos nada do anunciado se concretizou, o que leva a admitir-se que a Câmara mentiu aos sintrenses com vista a ganhos nas eleições que se avizinhavam.

Esta a caracterização do estilo pouco sério de se fazer política, típico de quantos ambicionam cargos a qualquer preço e depois, localmente, nada valem. 

Daí que, Sua Excelência, na pele de combatente à Covid, se tenha esquecido do "Hospital Cascais/Sintra" e optado por investir numa "Tenda" como alternativa. 

"Tenda específica" como está?

Na "conversa" de 1.9.2020 falou "sem alarmismos", "em doenças sazonais", "Covid que está controlado mas não erradicado"..."temos de aumentar as urgências".

Na "conversa" Sua Excelência anunciou - sem rigor - a disposição de investir cerca de 3,5 milhões de euros numa "Tenda Específica" destinada a "Urgência Alargada".

No entender de Sua Excelência será essa a solução para a assistência aos tais 400.000 habitantes (desta vez não referidos...) do nosso vasto território?

Enquanto isso, não dá mostras de ser receptivo às opiniões de especialistas que defendem o conhecimento público dos locais e freguesias onde há surtos activos.


Os Especialistas falam na vantagem de sabermos os riscos epidemiológicos por freguesias tendo em vista a sensibilidade das populações para medidas preventivas.

E o que se passa? Precisamente o contrário. Interesses políticos fazem pela ocultação das zonas com Surtos Activos, tal como não sabermos dos Óbitos no concelho. .

Claro que, face a políticos que pouco cumprem do que falam, a conversa passou ao lado das pessoas que se preocupam com a realidade dos locais onde vivem.

Daí estarmos parados perante os últimos números de infectados (6110), olhando uns para os outros, numa inação colectiva de que Sua Excelência é responsável.

A "Tenda Específica" a que Sua Excelência alude só pode ser um fait-divers para nos distrairmos do falhanço na organização de combates a esta pandemia.

"Nós não devemos esquecer" as tardias primeiras medidas, a que se seguiu um Conselho Municipal (órgão não deliberativo) para justificar o não decidido.

Com a proximidade de Eleições iremos ser bombardeados com as mais diversas promessas projetos virtuais, num estilo típico de quem se quer perpectuar.

Veremos se a "Tenda Específica" é como o "Hospital Cascais/Sintra". 


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

SINTRA: NEGÓCIO DO "HOTEL NETTO", EM QUE PONTO ESTÁ?

"Um povo que não tem memória dificilmente tem presente e raramente tem futuro" (Presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Adolfo Horta, em 25 de Abril de 2020) 

Uma frase curiosa, quando não há memórias da vida política de algumas figuras que transitaram do regime que foi derrotado no 25 de Abril de 1974.

"Memória" da compra do Hotel Netto

Imagem recolhida em 23.9.2020

Honrando a memória do Povo, leia-se a Acta da Sessão de Câmara de 26.11.2013 onde, entre promessas e confusões, o Presidente da Câmara, nos criou ilusões. 

As páginas 230 a 236 dessa Acta justificam, pela sua leitura, como nos devemos enquadrar nos objectivos da aquisição das ruínas do Netto e fins em vista.

Realcemos que, na época, pelas expressões, o Ocupante do Cargo de Presidente parecia desconhecer a Parques de Sintra, a ela se referindo como Monte da Lua.

"Qualquer dia Sintra é Monte da Lua", assim consta da Ata Nº. 24/13.

Falou-se do "Monte da Lua" e ruínas do Hotel Neto, misturou-se  o "antigo hospital": "pegar naquele antigo hospital e transformá-lo num hostel de juventude".

"Era o que faltava o DOM, o departamento de Ambiente e o Departamento de Urbanismo não pegar na obra e não a fizessem". "O Monte da Lua já tem muito com que se entreter".

Basílio Horta, enfatizou o direito de opção: "é um bom negócio para a Câmara ficar com o hotel" e "é qualquer coisa que tem muito a ver com a própria Câmara Municipal".

Talvez impressionando alguns presentes, disse ainda: "Um hotel de juventude que possa ter jovens de todo o mundo para animar o centro de Sintra".

Pode admitir-se que, nessa altura, as ruínas do Netto serviam de arranque para promessas vãs: "Faz-se o direito de opção para fazer do Hotel Neto um grande hotel".

Acrescentaria, para memória: "e ser um orgulho para os sintrenses ter aquele hotel".

Poderíamos continuar transcrições, mas estas bastam para se ter na devida conta a consideração pelos sintrenses, esquecendo-se do que na altura tinha dito.

"Memória" da venda do Netto - O exigível esclarecimento

Basílio Horta, em breve esqueceria ter dito que "a Câmara tem todo o direito de ter o Hotel Neto. Não para manter a ruína mas para fazer ali um bom hotel da juventude.".

Menos de 2 anos sobre a compra, na Sessão de Câmara de 22.9.2015, propôs a alienação do "Hotel Netto", fazendo cair o pano sobre o cenário antes montado.

Em 10.3.2016, desfez-se o "orgulho para os sintrenses" com a Câmara a vender por 1 milhão de euros as ruínas do "Netto", fixando-se a sua reconstrução em 30 meses.

Exaltou-se a mais valia de 400 mil euros, omitindo-se os custos internos dos projetos que técnicos camarários elaboraram, aliás classificados pelo "um excelente trabalho".

Se o pagamento fosse a pronto ainda haveria um bónus de 10% o que reduziria o preço para os 900 mil euros. Como não foi, estabeleceram-se regras de pagamento.

O pagamento seria em três fases: 20% quando da adjudicação, 30% quando da abertura do hotel, 25% seis meses depois e 25% um ano decorrido após abertura.  

Ora, os 30 meses previstos para a reconstrução esgotaram-se em Outubro de 2018 e o Hotel ainda não reabriu, sem se saber quando isso acontecerá.

Fazendo fé no que foi dito, só 200 mil euros terão entrado nos cofres da Câmara e, passados mais de 4 anos (faltarão 800 mil), não se sabe de outros pagamentos.

Também, ao que julgamos saber, não foram previstas penalizações (ou juros) pelo arrastar das obras e cautelares para evitar o alongamento do pagamento final. 

A termos razão, as virtudes negociais cabem exclusivamente aos compradores finais que, nesta fase, podem vender a propriedade com significativas mais valias.

A Câmara, usando o direito de opção com promessas que não se concretizaram, acabou por ser a plataforma de rotação que afastou a "Monte da Lua" da compra.

Falar em "Povo que não tem memória" e "que raramente tem futuro" talvez recomendassem alguma prudência de Sua Excelência, cautelas sobre o "presente". 

Orgulhosamente, os sintrenses podem considerar-se enganados pelo que foi dito pelo presidente da Câmara para conseguir a concretização da compra e da venda.

É urgente que Sua Excelência nos diga em que fase está este negócio. 

Sintra é demasiado importante para políticos com tais características.