domingo, 30 de setembro de 2018

SOBRE UM MANTO DOCE DE GIRASSÓIS



Versejar, o quê a quem?
Na vida que tem reverso
Com o verso apagado.
Onde e porquê alguém,
 preferirá o inverso,
recordando o passado?

Versejar não arrepia
Sem segredos aos ouvidos
que fazem estremecer. 
Falta-lhe a alquimia
De sentirmos com sentidos
Como sonhar é viver.

Versejar acende luzes, 
faz piscar os pirilampos 
em circuitos muito lentos.
É como moitas de urzes
espalhadas pelos campos
Deitando cheiros aos ventos.

Arriscamos versejar,
Rever o não esquecido,
No bom e mau rebuscar.
Versejar é como dar, 
Nova cor ao colorido,
Sem nada modificar. 

Versejar é desquecer,
Alimenta-nos saudades
Feitas flores de jardim.
É mais com dor reviver
O que foram amizades
Que tiveram o seu fim.

Na vida, temos Outonos,
Mais tristes que os Invernos
Tão longes das Primaveras.
Sofrendo nos abandonos
Sem uns abraços fraternos,
Só vivemos de quimeras. 

Mas se abrirmos os braços,
Num abraço mui sentido
Tantas flores vão crescer.
Faremos molhos com laços
que apertam sem gemido,
Para nunca esquecer.

Crescem, então, girassóis,
Onde só sonhos floriram
Sem lembrar desilusões.
No bico de rouxinóis
Tantas sementes partiram,
Em busca de corações.

30.9.2018



Votos de Um Bom Domingo

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

SINTRA: SR. DR. BASÍLIO HORTA, ISTO É RESPOSTA TURÍSTICA?

O falhanço das alterações no trânsito

Pode haver outro nome que, por elegância, omitiremos. Bastará dizer que alterações no trânsito, sem pés nem cabeça, desplanificadas, lesaram e lesam Sintra. 

Desde 26 de Março Sua Excelência tem permitido a afronta a milhares de visitantes que sonharam um dia conhecer Sintra e foram (e são) literalmente sacudidos

Para milhares de visitantes, turistas ou munícipes, este é o ponto do...abalar 

Visitantes que desçam de Chão de Meninos, estão confinados a chegar aos Paços do Concelho, ver o belo edifício e darem, obrigatoriamente, a volta de regresso.

Se descerem pela Visconde de Monserrate sofrem igual atafulhanço com filas e autocarros chegando...demorarem...entupirem...partirem...e...voltarem...

Um ciclo infernal em épocas de Turismo e Sua Excelência parecendo indiferente às filas lentas para quem tem pressa, ao desperdício do tempo para turistas.

Isto é anti-turismo, um inferno inesperado para os visitantes, desrespeitados depois de darem a Sintra a preferência entre outros destinos pelo mundo. 


11,30 de dia 21 de Setembro de 2018

11,31 de dia 21 de Setembro de 2018

Trânsito atafulhado, parado, até uma viatura pesada que vem...de onde dizem que o trânsito era para ser retirado...mas continuamos a ver carros e carros.

Sua Excelência foi incapaz de pôr cobro a este problema, como lhe competia.

Que falhanço tem Sua Excelência para colocar no curriculum de autarca.

Isto é TURISMO? Reflecte os ensinamentos que teve noutros cargos?

🔃 

O terreiro da Cavaleira

Imaginamos Sua Excelência, na pele de vulgar turista, chegando a Sintra  e ansioso por ver paisagens citadas por Byron e replicadas por conselheiros dos novos dias. 

Transportando-se num discreto e popular Mercedes, sentado ao lado do motorista por modéstia ou humildade, quer integra-se - rapidamente - nas belezas anunciadas.

Buscará o Aviso, a indicação, a recomendação, algo que lhe garante estar em território ímpar, talvez veja algures "Património da Unesco"...estará atento. 

Chega ao local indicado para repousar da viatura e depara-se com um terreiro, do estilo para acampamentos em zonas inóspitas da Líbia, tout venant sem camelos... 

Como vai ficando o terreiro para estacionar viaturas 

É aqui que Sua Excelência vai deixar a sua viatura? Lá longe verá a "Bilheteira" que acaba de ser montada e uns contentores sanitários, além de pilaretes com cordas.

Por detrás há mais em perspectiva...Sua Excelência entrou noutro mundo...

Uma provável extensão do terreiro...com outro terreiro ainda sem tout venant

Pensará que foi uma solução adequada...prestigiante...a recomendar Sintra como destino, motivo de orgulho, experiência a recomendar a amigos e conhecidos? 

Se sim, nada conhece do mundo e vamos ajudar a conhecer um pouco...

Falaremos a Sua Excelência de Orta de San Giulio. Vamos explicar devagarinho...

Um dos parques de estacionamento de Orta de San Giulio

Orta de San Giulio é um município que faz parte da Rede das Mais Belas Aldeias de Itália. Lá se encontra o Sacro Monte que é Património da Unesco, como Sintra. 

Sua Excelência aprecie um dos parques disponíveis em Orta de San Giulio e compare com o terreiro da Cavaleira. Não se sentirá constrangido? 

Nós sentimo-nos envergonhados, pois tinha obrigação de exigir propostas de solução adequadas à dignidade histórica de Sintra. Mesmo a médio prazo.

Dúvidas a esclarecer por Sua Excelência

Que direitos reserva aos munícipes?  Como o dinheiro dos municipes é que paga o arrendamento do terreiro da Cavaleira, são gratuitos os seus estacionamentos?

Por outro lado, como Sua Excelência tem sancionado um velho projecto de afastar os sintrenses da sua (nossa) Vila, os acessos rodoviários serão gratuitos? 

Seria interessante que Sua Excelência respondesse, uma prática pouco usual.

#Este é o descaminho" de Sintra, contrário ao que prometeu.


domingo, 23 de setembro de 2018

ISLÂNDIA, NOSSO REGRESSO DESTE DOMINGO

Neste nosso Planeta há contradições terríveis, de pessoas que tudo fazem para respeitar o ambiente e as espécies e de outras que vivem a destruí-lo. 

Vamos viajar até à Islândia, aquele tão belo e diferente país, onde ovelhas e carneiros são o dobro da população humana e vivem livremente nos campos até Outubro.

Também, estando já no final de Setembro, começam a surgir as primeiras neves lá nos pontos mais altos, e a temperatura ambiental vai baixando. 


A primeira recomendação é que se descalcem antes de pisar este musgo milenar. Uma jovem pediu-me para o não pisar com calçado, porque não voltaria a nascer.


A zona pedonal em Reykjavic é um exemplo de higiene, de respeito em sociedade, sem viaturas e seus reflexos ambientais no ruído e qualidade do ar. 


Na Islândia não se infringem as regras porque cada cidadão tem o máximo respeito pelos outros e o exemplo é dado pelos políticos e dirigentes do País. A residência oficial do Presidente é num edifício banal...sem precisar de guardas à porta. 


Todos os avisos são rigorosamente respeitados e, se alguém não cumpre, imediatamente outro cidadão chama a atenção para o seu cumprimento. 




Na Islândia veremos paisagens idílicas...




Nesta curta viagem ainda iremos ver como a Terra ferve no seu interior.


Terminamos com a imagem imperdível de campos de relva curta e suas casas. 


Foi com muito gostos que os levei por estas paragens.

Que passem um bom Domingo e tenham um óptimo regresso.


Justificam-se umas notas:

  • A Islândia não tem exército e a polícia é discreta mas operativa.
  • Se deixar o telemóvel ou a carteira sobre a mesa de um café não tenha preocupações...duas ou três horas depois pode lá voltar que está no mesmo sítio.
  • A alimentação tem razoável oferta. Mesmo nas zonas mais inóspitas há, pelo menos, onde se coma uma deliciosa sopa de carneiro, sempre diferentes de local para local;
  • Com a sopa de carneiro é sempre oferecido pão e manteiga à discrição;
  • A população é de cerca de 340.000 habitantes e os ovídeos são mais do dobro;
  • Os animais vivem livremente nas montanhas e só por volta de Outubro os donos os vão buscar para os estábulos onde se recolhem e alimentam durante o Inverno;  




sexta-feira, 21 de setembro de 2018

SINTRA: SENHOR PRESIDENTE...FRENTE AO PARIS

Centro Histórico tem donos: A Humanidade


É uma pena que Sua Excelência não nos dê sintomas de se preocupar com o Centro Histórico, talvez um problema da culpa de companhias e conselheiros.

Ou, o que é humanamente possível, tratar-se-à de um problema de visão.

Sua Excelência descanse. Hoje não lembraremos os dias passados desde a montagem daquela estrutura na frontaria do Hotel Central...que cresceu até ao Paris. 



  
Vamos falar, para conforto de Sua Excelência, da tília que se tornou parte integrante de uma clandestina cozinha e passou a ser apenas utilitária.

Se apreciar a primeira foto, além de fios, tem uma carinhosa envolvente, não fosse a árvore constipar-se com algumas gotas de água aquando de chuva. 

Por debaixo...isso conhecerá Sua Excelência quando por ali perto almoce. 

A entidade ocupante - Sua Excelência apurará saber se fornecedora de catering no Mont Fleuri - graças ao alheamento camarário terá ajudado à árvore secar.

E terá Sua Excelência conselheiros que lhe ocultam isto, coisa que não se faz. 

E agora, depois da árvore seca, continuará Sua Excelência a ignorar, mantendo aquela utilitária árvore de pé, fazendo parte do mobiliário daquela boutique alimentar?

Assim vive Sintra sob a gestão de Sua Excelência, com mais este falhanço.

Era este o caminho prometido? 

Sintra não merece isto. 


  

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

SINTRA: "CAPITAL" DOS PILARETES? TRÂNSITO E GANDARINHA

Obsessão por alterações no trânsito?

Poucas horas tinham decorrido sobre a retirada das Propostas apresentadas pelo Presidente da Câmara para Alterações no Trânsito e algo surgia como prova vital.

A notória obsessão por se fazer sem esperar que outras pessoas credíveis sustentem diferentes soluções para o trânsito na Vila de Sintra torna-se preocupante.

Com efeito, a primeira conclusão que se vai tirando de tanto afã é que a politica posta em prática se prende com a eliminação de espaços para estacionamento livre.

Veja-se as imagens seguintes, porque falam melhor que palavras.

Desde o início da Rua Bernardim Ribeiro, os pilaretes passaram a vedetas


Depois, na Visconde de Monserrate, há pilaretes para todos os gostos, como vemos:

Para baixo...

Para cima

Entenderão que seja para proteger e bem-estar dos peões? Ou terá sido para acabar com os poucos espaços onde alguns carros ainda estacionavam gratuitamente? 

Como caminham os peões? Com um pé em cima e outro em baixo? 

Mas, se a intenção era "proteger" peões, é curioso que tal desvelo termine aqui, precisamente onde é maior a circulação de viaturas numa bifurcação:


Em tese, pode dizer-se que os dois falhados Planos de Alterações no trânsito só conseguiram eliminar espaços gratuitos e prejudicar utentes de transportes.

Pode admitir-se, mesmo, que em breve surjam louvações e com pompa e orgulho de anuncie ser Sintra a primeira Vila sustentável em pilaretes... 

A zona de obras da Gandarinha

Do outro lado da Rua que dá acesso de veículos pesados às obras da Gandarinha, há poucos dias o muro sobre o Parque da Liberdade sofreu danos relevantes.

Os danos, ainda na Rua Luiz de Camões, poderão ser susceptíveis de fazer perigar pessoas, quer nessa Via quer no Parque, exigindo a rápida reparação:


Desconhecemos se alguém da Câmara apurou das condições em que estes danos foram causados e que providências se tomaram para a reparação? E Quem suporta?

O pouco falado silo automóvel da Gandarinha

No entusiasmo de alguns sobre as Alterações no Trânsito Não se fala no silo auto em construção na Gandarinha para mais de 100 carros e acesso público e pago. 

Isto é, além das remoções (a propósito para onde seguiram as pedras retiradas?) é em pleno Centro Histórico que vai haver um rentável silo de parqueamento público.

Tal silo fica mesmo dentro da Área Protegida pela Unesco, não fica ao lado como a Volta do Duche e sabemos do que se passou quando um silo auto esteve previsto.

Então sobre o silo na Gandarinha não se levantam vozes? As bandeiras da vitória na luta da Volta do Duche foram enroladas e guardadas para recordações periódicas?

Aristocracia de primeira linha, exibicionista, perdeu os seus valores? Ou bastou um oportuno assento em vulgar conselho para calar o sentido crítico?

Foi uma pena neste caso da Gandarinha não haver pioneirismo na difusão, para orientar as massas gloriosamente resistentes e garantir o registo de mais uma vitória.

Sintra não merece isto



sábado, 15 de setembro de 2018

SINTRA: "O CURADOR ENSANDECEU", HISTÓRIA DE HOJE?

"Se o tigre não te ligar, caminha à sua volta e lambe-lhe as patas", palavras de Shian Tsé

A actividade "O Curador Ensandeceu" inserida na "Noite nos Museus" e dinamizada pelo MU.SA neste sábado (15.9) pelas 21,30 horas, faz lembrar outra história.


🔃


Arrastar de asas...

Passaram cinco (5) anos sobre o artigo aqui publicado a propósito da Colecção Bartolomeu dos Santos" a cujo texto se pode aceder clicando neste espaço.

O teor do Protocolo era vago, não fixava limites aos custos a suportar pelo Município de Sintra, tinha compromissos sem tecto e obrigações quase incalculáveis.

Na altura conheciam-se eruditas pressões, arrastavam-se asas, surgiria um Protocolo como resposta, porque o dinheiro a investir, esseseria dos cofres camarários.

Tal Protocolo, a ser celebrado, constituiria um compromisso municipal por quatro anos prorrogáveis, com cargos, remunerações e despesas diversas.

Haveria lugar para um Curador com remuneração equivalente a Director-Delegado e um Conselho da Tutela, com uma Presidente e seis Conselheiros (...um Conselho...).

A não celebração do Protocolo, decidida no 1º. Executivo de Basílio Horta, recusou compromissos municipais indeterminados e defendeu o dinheiro dos munícipes.

Ressaltava - para quem estava atento ao móbil das exaltações - que alguém tinha ensandecido, roçando as asas de contente, na miragem de uma escolha.

Peru que sonhe ser pavão, exagera sempre no abrir das asas.    

Supositícias ambições um poleiro ficaram por terra, mas ficou latente a espera por melhores dias em que tudo abrisse a um novo arrastar de asas...

"O Curador Ensandeceu" deu-nos este reviver...sem sabermos porquê!

Colecção valiosa em condições normais

Sendo a Colecção Bartolomeu dos Santos culturalmente valiosa, foi uma pena não ter  repetido os moldes de outras Exposições Individuais e Colectivas que teve.

Com efeito, esteve presente em vários municípios entre eles Olhão, Amadora, Seixal, Cascais, Vila Franca de Xira, Azambuja e Lisboa além de múltiplas no estrangeiro.

Pode dizer-se que a Exposição de obras do prestigiado Artista se comprometeu por  empurrões não claramente visíveis que transcenderiam a normal contratação.

Foi uma pena não termos tido acesso cultural à Colecção, apesar de - ao que tudo indica e por não termos conseguido confirmar - não existirem peças sobre Sintra.    

O surgimento do MU.SA

Surgiu, então, a excelente alternativa Cultural feita com património Sintrense. Em Maio de 2014 é então anunciado o MU.SA (por favor clique para rever).

O anúncio do MU.SA, inserido no Dia Internacional dos Museus e o lema: "As colecções criam conexões", abriu portas a valiosas peças que estavam armazenadas.


A deliciosa obra de Dorita Castel-Branco 

Passámos a poder apreciar temas sobre Sintra - de sintrenses e consagrados autores  - de Cristino da Silva, Júlio Pomar, Anjos Teixeira e Leal da Câmara, 

Ainda de Maria Almira Medina, Dorita Castel-Branco, Milly Possoz, Hoffmann, Alfredo Keil e José D'Ávila; Almada Negreiros e tantos outros de extensa lista.

Tudo isto com os custos normais da instalação, sem outras complexas e onerosas cláusulas, sem nomeação de cargos de destaque, sem vaidades satisfeitas. 

Reviravoltas...ou cambalhotas

Nestes cinco anos não esquecemos as entusiasmadas pressões que levariam a cargos e um leque de compromissos bem pagos com dinheiro público.
     
Afigura-se-nos que a difusão contínua de novidades com figurino de primus inter pares, ainda redundará num bico-de-obra para os destinatários.

Tudo uma questão de grugulejar...


quinta-feira, 13 de setembro de 2018

SINTRA: SR. PRESIDENTE, DA "LEBRE" AO TRÂNSITO FALHADO

Perigo das lebres difusoras...

Sua Excelência, pela certa, não deixará de retirar as devidas ilações pelo inêxito da segunda fase das alterações de trânsito que a Câmara quer impor em Sintra.

Antes, porém, numa atitude que - quanto a nós - Sua Excelência não merecerá de um munícipe, iremos alertar para os riscos de surgimento de eventuais "lebres". 

Coçadela em pé de orelha

Com efeito, correm-se riscos diversos quando, com nebulosas intenções, os projectos surgem em público muito antes dos seus normais decisores os avaliarem.

Antes de Vereadores conhecerem as Propostas que iriam à Sessão de Câmara de 11 deste mês, já eram públicas "novas medidas" no trânsito a partir de 22 de Setembro.

Obviamente que não se admitindo infiltrações, o dever de reserva pode ter sofrido um descuido, que uma lebre correu a difundir com ostentação imprópria.

Claro que, neste caso, a lebre perdeu o fôlego e passará de cabeça baixa pelos Paços do Concelho, mas receamos que este episódio não sirva para se repensar.

Como é possível, até neste campo, nos depararmos com situações destas?

Falhanço da segunda fase do trânsito

Estamos em crer que o episódio acima descrito acabou por ajudar ao falhanço, levando os munícipes não bajulantes repensarem mais e muito sobre o tema.

Esperávamos que Sua Excelência, face ao inêxito das alterações a partir de 26 de Março, as suspendesse como sinal de humildade que reverteria a favor da imagem.

Não o fazendo, deixou que o problema criado se arrastasse num manto acolhedor para os responsáveis directos pelos erros impostos e danos daí emergentes.

Ao invés, desviou o tema para a Cavaleira com um arrendamento urgente justificado por Sua Excelência com "porque vem aí o Verão", que falhou nos objectivos.

O Verão passou e os sintrenses andam boquiabertos sobre como foi possível tudo se ter passado em Sintra com as consequências tão negativas a vários níveis.

Para quando a solução devidamente planificada?

Se a primeira fase tinha sido, notoriamente, uma manifestação de Poder em que o nexo passou de lado, a Proposta de agora não fugia aos mesmos princípios.

Sem objectivo final e sequência de etapas a cumprir, sem Parques periféricos adequados e capacidade de transportar pessoas, a Proposta era inexequível.

Como é possível num destino histórico como Sintra, oferecerem-se estacionamentos pavimentados com tout venant e sem condições mínimas adequadas?

Cavaleira: é em "ofertas" deste tipo que se suporta o turismo sintrense? 

Para ajudar ao conhecimento de quem louva este "parque" da Cavaleira, mostramos um dos parques de estacionamento que servem o Neues Schloss em Bayreuth:


Depois temos os acessos: Se Sua Excelência subir à Serra nos autocarros actuais, em pé e aos tombos, perceberá que tal percurso exigirá só lugares sentados.

Por isso, carece de definição o tipo de viaturas licenciáveis e passíveis de aceder à Serra, capacidade e tamanho, para não se eliminarem algumas...e surgirem muitas.

O recurso de Sua Excelência ao adiamento das Alterações ao Trânsito (diz-se que até final do ano) talvez permita um Projecto lúcido e devidamente ponderado.

Tanta coisa há para repensar Senhor Presidente e depois apresente um Projecto de cima abaixo, com Objectivo Final e Planeamento das progressivas etapas.

É assim que se faz a gestão de tudo...inclusive do Turismo e Respostas a dar.





segunda-feira, 10 de setembro de 2018

SINTRA: A HISTÓRIA DO DIA - HOTEL NETTO

História de Hoje: Hotel Netto

Imagem de hoje do Hotel Netto...curiosamente sem qualquer placa de licenciamento afixada

Em Novembro de 2013, quando da compra por direito de preferência, a Câmara comunica a "sua transformação num "Hostel" dirigido essencialmente à juventude".

Todavia, em 10.3.2016, o site difusor de tantos êxitos, anunciava a venda para "hotel de charme" e que "o novo proprietário tem (...) 30 meses para a sua conclusão".  

Os "30 meses para a sua conclusão" a contar da hasta pública esgotaram-se hoje, sem que os promotores da venda celebrassem as virtudes e êxito do decidido. 

Foto também de hoje...vendo-se o avanço das obras

Decorridos quase cinco (5) anos sobre a aquisição da Câmara para um prometido fim, ainda Sua Excelência - por exemplo - não explicou o fabuloso negócio.

Tão pouco pediu desculpa aos Munícipes por lhes criar ilusões não cumpridas.   

É uma peça a incluir na vasta pauta de êxitos e inêxitos sublimados.

Que reflexos este arrastamento tem no plano de pagamentos previstos, eventualmente sem juros e que teria sido uma normal medida cautelar? 
Não achará Sua Excelência que devia - em mais este caso - dar explicações?

Não se trata de questão menor, mas suporte ao crédito a dar a políticos depois de afirmarem, divulgarem ou aceitarem as divulgações feitas. 

Estamos confiantes que Sua Excelência não deixará de explicar tudo muito bem. 

Sintra e os seus Munícipes merecem  isso.


sexta-feira, 7 de setembro de 2018

SINTRA: SR. PRESIDENTE, UMAS QUESTÕES DE RESPEITO...

Sua Excelência, salvo se não tiver bons conselheiros, andará muito desviado de Sintra, das sua gentes, dos problemas colectivos e respostas que devem ser dadas.

É conceito quase universal - há excepções de opinião pouco honrosas - que em regime democrático os eleitos não o são para o Poder mas para a Responsabilidade.

Responsabilidade que, pela gestão, é o espelho mais transparente dos eleitos, mais que a transparência falada e que as promoções escrevinhadas por servidores.

Neste contexto - e fora dele - os munícipes, os visitantes turistas ou não, quantos em Sintra vivem, trabalham ou se deslocam exigem de Sua Excelência o maior respeito.

Falemos de higiene pública

Quando situações como as que iremos descrever se arrastam, a palavra "fantástica" que Sua Excelência por vezes usa carece de muitos suportes para se enquadrar.



As fotos acima, com entulhos que se arrastam há semanas, não constituem excepções, multiplicam-se pelo concelho, sem que a remoção seja providenciada.

Sua Excelência certamente não gostará das imagens. São de hoje e nelas os sintrenses podem ver as preocupações com a higiene pública e controlo de pragas.

Ou será que tudo isto, a degradação da higiene pública faz parte de um processo de acumulação de descontentamentos para obrigar a uma solução musculada?

Sintra não pode ser candidata a "Capital do Lixo". 

Falemos de Turismo

Sua Excelência pouco conhecerá do Centro Histórico para lá do Hotel Central ou do Paris (o antigo Hotel Netto já é mais escondido) daí não ver a Rua dos Arcos. 


Pode dizer-se (aqui com propriedade) que é fantástico Sua Excelência ainda não ter visto a Rua dos Arcos (por debaixo do Paris...) e que todos os turistas apreciam

Há anos que abordamos o nojo, a sujidade, os perigos e Sua Excelência, agora com tão elevado número de "conselheiros", sem saber...para medidas adequadas.

Também Sua Excelência merece umas breves palavras sobre as alterações no trânsito em tão má e desprogramada hora tomadas, mas muito louvadas por 1/400.000.


A imagem (de ontem) fala por Si, exactamente, fala por Sua Excelência que em Maio justificava um oneroso arrendamento porque, dizia, "(...) vem aí o Verão (...)".

Estamos a chegar ao Outono, visitantes e milhares de munícipes têm sido vítimas, e Sua Excelência ainda não pediu desculpa a ninguém, e já tarda.

Há muitas vítimas das alterações impostas. Passageiros de transportes públicos. Trabalhadores a caminho dos seus postos de trabalho. Gastos elevados.  

Sua Excelência não foi capaz de inverter a grave situação criada e o território passou a andar ao sabor do momento enquanto tem criado "conselhos" e "conselheiros".

Terá de compreender que residentes e visitantes, exigem o maior respeito porque vivem numa sociedade estruturada onde Sua Excelência é responsável. 

Sintra não merece isto...nem esta pode ser a sua imagem.