quinta-feira, 26 de abril de 2018

SINTRA: SR. PRESIDENTE...ESCUTE A DEPUTADA ELZA PAIS


Certamente Sua Excelência, por razões institucionais e de cravo na lapela, não escutou a intervenção da Senhora Deputada Elza Pais, na Assembleia da Republica.

Foi um momento alto naquele Órgão de Soberania, com a Senhora Deputada do Partido Socialista a rever como o regime fascistas tratava as mulheres progressistas.

Nós, nascidos 35 anos antes de Abril, com que alegria e emoção escutámos a intervenção da Ilustre Deputada, porque foi ao esquecimento buscar duras memórias.

De rosa vestida e cravo legitimado ao peito, lembrou como o regime fascista perseguia  e escondia as mulheres progressistas que lutavam pela liberdade. 

Citou - entre outras lutadoras - Carolina Beatriz Ângelo, a primeiro Mulher que conquistou o direito a votar, o que fez na Assembleia Constituinte de Maio de 2011.

A intervenção teve, para nós, uma falha: - A Deputada não deveria ter  conseguido chegar ao fim com o controlo da comoção tão expressa no rosto, na voz e nos olhos.

Teria sido um momento ainda mais sublime, de entrosamento com os sentimentos, único e de beleza histórica impressionante, que não esqueceremos.

A nossa gratidão à Senhora Deputada Elza Pais.  

Que dizer da Câmara Municipal de Sintra?

Escutávamos e víamos a Senhora Deputada, enquanto meditávamos na forma como a Câmara Municipal de Sintra homenageou Carolina Beatriz Ângelo.  

Com a indispensável aprovação do Presidente da Câmara, é num dos recantos mais escondidos do Parque da Liberdade que Sintra diz homenagear Beatriz Ângelo.

Assim se mantinha hoje em Sintra, num local distante e quase escondido, a homenagem à Mulher que ontem foi citada na Assembleia da República, com as maiores honras para uma cidadã


Já o tinhamos feito antes em Abril de 2015,  refizemo-lo em Outubro de 2016 (clique para rever). Sua Excelência ou um atento cuidador...não cuidaram...

Nem queremos classificar esta contradição, entre o Átrio da Liberdade onde se saúda um lutadora exemplar e um Parque da Liberdade que a confina ao alheamento.

É como os cravos, há Cravos de Abril e simples cravos na lapela. 

Sintra e os Sintrenses não merecem isto. 


quarta-feira, 25 de abril de 2018

25 DE ABRIL...QUANTOS DE CRAVO AO PEITO PARA SEU JEITO?

"Mas a verdade é que ninguém sabia qual era o aspecto de um nazi até ser tarde de mais", (página 146 do livro "SHYLOCK É O MEU NOME", de Howard Jacobson)


Moeda comemorativa do 10º aniversário do 25 de Abril

As sociedades não estão imunizadas para evitar que eles apareçam.

Usam-se os mais variados artifícios, beijos para aqui e para ali, crianças acarinhadas se fotógrafos e reportagens estiverem por perto, numa indescritível hipocrisia. 

Às vezes, nem se lhes fale da Constituição, mas, se preciso "estão com ela", com a Liberdade e as crianças, Meu Deus, os pais..são o voto. 

Arranjam quem lhes consiga umas crianças à volta, flash de repórter capta. Umas festinhas a uma menina de preferência de raça não caucasiana que TV capte.

Perante olhares embevecidos, até são capazes de falar em cultura (repórter capta) e ficam imagens de arquivo para um vídeo promocional de futura campanha eleitoral.

Às populações carentes promete-se tudo: hospitais, melhores transportes, desporto, cultura e tanta coisa mais sem que o resultado final seja o cumprimento da verdade.

Aos jovens, a Cultura a que deveriam ter direito gratuitamente, só fica acessível se tiverem poder económico para pagarem quantas vezes elevados preços de entrada.

Assiste-se, frequentemente, à ausência de pudor quando se mente com ou sem dentes, se foge às responsabilidades, quando se iludem populações e gerações.

Partidos convertidos em empresas de voto, de isenções e benefícios, de profissionais da política que só dela vivem e dos seus meandros, desviados do sonho de Abril.

Quantos há 44 anos desfilando de braço dado esperavam a progressiva destruição dos sonhos, a corrupção e seus agentes libertos, todos de "consciência limpa"?

É vê-los...ver esses patifes...essa estirpe que o 25 de Abril quis acabar.

Hoje, quantos se mostrarão de cravo ao peito, cravos que murcharão de vergonha. . 

Continuarão os Sonhos...mas a sociedade sonhada todos os dias é adiada.

Que o 25 de Abril continue forte nos sentimentos e na luta por um Portugal Melhor.

Cada vez mais o 25 de Abril será um dia de luta.

Que todos passem um bom dia.





sexta-feira, 20 de abril de 2018

SINTRA: ALTERAÇÕES NO TRÂNSITO, QUE SE APRENDEU?

O actual presidente da Câmara de Sintra, até ao dia de arranque das alterações de trânsito, já tinha, pelo menos, 1518 dias de fantásticos conhecimentos de Sintra.

Seu vice-presidente, não andará longe dos 7300 dias de valiosa dinâmica autárquica, correspondentes a cerca de 20 anos de conhecimentos sintrenses.

Teremos de imaginar - desculpar-nos-ão se assim não for - que as alterações no trânsito em Sintra, testadas em 26 de Março, foram fruto de alongados estudos. 

Ora, o que se vê em termos de circulação rodoviária, decorridos mais de 20 dias, não é de molde a abonar a continuação do sistema posto em prático pelas duas figuras.


Ainda hoje, retivemos frente aos Paços do Concelho este pedaço de se andar à roda, que Suas Excelências não terão podido desfrutar por estarem ausentes do local.

Mas como andar à volta é quando um homem quiser, fujamos para apreciar alguma sinalização que continuamos a ter disponíveis e que ajuda a compreender.

Na Rua Bernardim Ribeiro, junto ao Largo Sousa Brandão, onde ainda há pouco tempo se anunciava o Museu do Brinquedo, há uma nova sinaléctica: 


Com fundo branco, no mesmo sentido do Castelo dos Mouros, Pena, Monserrate e Capuchos, indica-se Lisboa, Cascais e S. Pedro (que já se encontra atrás). 

Pretensamente, essas duas placas seriam para indicar aos automobilistas que, voltando à esquerda, conseguiriam voltar para trás, contornando o Largo. 

Como está, lá vão todos seguindo em frente, metendo-se em confusões de onde não saberão como sair, sendo a Rampa da Pena a via mais curta e expedita.

Mas, como nestas coisas é sempre bom dar um mote de confusão (a confusão abona sempre as más decisões) um pouco mais à frente a situação complica-se:


Na profusão de sinais - setas, largura e comprimento de veículos...e Regaleira - agarrada ao poste (fizemos um circulo vermelho) uma seta indica: SINTRA-centro;

Receamos que seja agora uma nova figura sintrense de virtuosismo artesanal.

Não queremos acabar sem irmos ao Centro Histórico...onde alguém disse que não haveriam carros mas que continuamos a ver subir e descer apesar da sinalização:


Sinal de sentido proibido diz: "Excepto trens e bicicletas". Curiosamente há elementos da Policia Municipal junto aos Paços do Concelhos...aqui não. Porque será?

Continuando este roteiro de incapacidades estruturais na implantação, vamos mostrar uma última foto das muitas que temos e que abonam sobremaneira.

   
Largo Dr. Gregório de Almeida (no Centro Histórico): Proibido estacionar e máquina de "estacionamento pago" onde não há estacionamento; paragem embrulhada.

Depois de tantos dias de pensamentos, contactos, agora até há conselhos e conselheiros, como foi possível um plano de alterações sem alternativas efectivas?

E as consequências? O que sucederá se alguns operadores deixarem de visitar Sintra, porque o tempo perdido pelos turistas é demasiado valioso para este risco? 

Passados mais de 20 dias tudo deveria ter sido repensado e atribuídas firmes responsabilidades para que situações como estas não se repitam.

Suas Excelências imaginarão que Sintra merece isto? 

Ou, melhor, será que "#é este o caminho" de que falavam? 




NOTA:

Como facilmente se entenderá, as fotos (com ausência de pessoas...) foram conseguidas bem cedo. 

Algum tempo depois já o trânsito começava a sentir-se,,,




quinta-feira, 19 de abril de 2018

SINTRA: UMA MALDADE NAS ALTERAÇÕES DE TRÂNSITO

Até nos transportes públicos se falhou

Razoavelmente, a termos envolvimento de personalidades competentes, esperar-se-ia que os transportes públicos fossem dos meios próprios para alterações no trânsito.

Até nesse determinante segmento o falhanço foi total, sabendo-se do deficiente serviço que a mesma rodoviária presta a Sintra, bem pior do que garante em Cascais.

Parece, no entanto, que a transportadora - face a declarações do Presidente da Câmara - se sentirá confortável com a garantia da mina que é a carreira da Pena.

Daí que, com o objectivo de responder às alterações no trânsito em Sintra, os transportes públicos devessem assumir mais responsabilidades do que as actuais. 

Até nisso as alterações no trânsito foram um falhanço...o que é inaceitável. 

Castigo para utentes de transportes públicos

Ao invés de serem criadas condições para se exigirem melhores e mais transportes públicos, nada foi resolvido nesse sentido, denotando mais uma indiferença.     

Daí, serem castigados os utentes da carreira 467 da Scotturb, linha que há mais de 20 anos era garantida pela Stagecoach para se aceder à Estação da CP em Sintra.

Foi a única eliminada da Estação da CP em Sintra, aquela que mais idosos e pessoas com dificuldades de locomoção usam para ir ao seu Centro de Saúde.

Uma maldade a toda a prova, uma indigna decisão de marginalização cuja história mais completa vamos de seguida relatar:

No balcão da Scotturb (Sintra) disseram-nos que seria gratuita a ligação a Sintra pela  carreira 433 e se dentro de 90 minutos após a validação na carreira 467.

Com no site da Scotturb nada ainda se informava, solicitámos um esclarecimento à Sede da transportadora, que nos escreveria em 16 de Abril pelas 11:00 horas:
Associada a estas alterações, e de modo a minimizar qualquer desconforto não prejudicando financeiramente os nossos clientes a Scotturb dispõe de forma gratuita o título de transporte nas carreiras 417, 418 e 433 da Portela a Sintra. 
 Não batia certa a resposta. Fizemos um pedido de esclarecimento, desta vez:

  • Para que carreiras era extensível a validade do bilhete adquirido na 467;
  • Se para Bilhetes Pré-Comprados funcionava o mesmo princípio de validação;
  • Se, para aceder à Estação de Sintra, era possível aplicar o mesmo princípio de validação horária, utilizando a 446 até Chão de Meninos e depois (tal como na 467) fazer o transbordo para a 417 ou a 418.
  • A resposta que veio foi desta vez claraA tarifa adquirida na carreira 467 poderá ser utilizada nos 90 minutos seguintes na carreira 433.

Vejamos o que viria a ser divulgado no site da Scotturb:

Carreira 433: A partir de 27 de Março de 2018 o terminal desta carreira passa a ser no Terminal Norte da Portela (linha de baixo)

Carreira 467: a partir do dia 27 de Março de 2018 a carreira (...) passa a realizar terminal na estação da Portela de Sintra - Sul.

Ou seja, mais incómodos para os passageiros, mudando de um Terminal para outro (do Sul para o Norte) e mais custos se utilizarem as carreiras 417 ou 418.

Como isto decorreu das alterações de trânsito, mereceu um estudo sério? Ou foi uma forma ligeira de desconsiderar populações tão abandonadas pelos Autarcas?

Concluindo

O responsável por este projecto, nitidamente falhado, só conseguiu minimizar os graves problemas do trânsito e acessibilidades desviando a carreira 467 de Sintra...

Nem lhe pesou, certamente, a constituição do universo dos lesados, vítimas de transportes caríssimos, mas com a única ligação directa ao seu Centro de Saúde. 

Insistimos Senhor Presidente da Câmara: QUE MALDADE. 

Eleitos destes não devem manter-se nos cargos. 


segunda-feira, 16 de abril de 2018

SINTRA: CARREIRA 467, UMA DESCONSIDERAÇÃO AUTÁRQUICA

MANIFESTAÇÃO DE PRINCÍPIOS

Os visitantes deste blogue, gostem ou não dele, merecem-nos todo o respeito.

Não somos porta-voz de políticos, fazemos a nossa politica.

Não temos notícias "privilegiadas" pois são do foro dos políticos.

Não faremos o serviço de "poder anunciar" aquilo que só a eles compete. 

Não somos falsos independentes, termos opiniões torna-nos dependentes. 

Mostramos o que vemos e estamos atentos.

Contamos com Amigos que nos alertam e connosco partilham. 

Procuramos ser indesmentíveis.

É isto que os nossos visitantes - cuja visita agradecemos - merecem. 

⟺ 

Políticos devem responder

As confusões e paraconfusões resultantes das alterações no trânsito em Sintra,  criticadas por várias sensibilidades e quadrantes políticos, mereceriam reflexão.

Há incidências e consequências de que os munícipes, os cidadãos e até os visitantes se tornam vítimas, face às dificuldades que encontram diariamente.


Esta manhã, frente aos Paços do Concelho...que vergonha sentimos

Tudo sem se conhecer o nexo ou a visão do mais alto responsável, sem que o mesmo apareça a público justificando as medidas tomadas e como as irá continuar.


Também esta manhã junto ao Centro Histórico

Apesar do que se vai vendo - sem explicações do responsável - emerge quem "esteja em posição" de anunciar isto e aquilo, como um serviço de voz lateral.

(Custa-nos rever a nossa página de 14.5.2017 sobre Pavagaios e Agapornis)

Só os políticos que no Executivo tomaram as decisões postas em prática estão obrigados a explicar, detalhadamente, o que está em curso e o que se segue.

Carreira 467 "solução" de trânsito...com castigo

As recente decisão de alterar o trânsito em Sintra deveria merecer de eventuais branqueadores alguma ponderação nos gostosos exageros da aprovação.

A carreira 467 foi "empurrada" da CP em Sintra para o Terminal da Portela, causando incómodos, transbordos, perdas de tempo e, em certos casos, mais custos.

No Posto Scotturb de Sintra dizem que há ligação gratuita só pela carreira 433 durante 90 minutos a partir da compra do bilhete e a Sede dá informação diferente.  

O que se passou com a carreira 467 será mais um desrespeito por utentes que, circulando na parte Sul do território, precisam de aceder à zona Central da Vila.

Moradores e trabalhadores dum território que começa para lá de Albarraque, inclui a Abrunheira e Mem Martins, e só têm acesso directo a Sintra pela 467.

Junto da estação da CP ficam o Centro de Saúde da maioria dos residentes, o GAM a que recorrem frequentemente e mais perto do Centro Histórico onde trabalham.

Foram os utentes da carreira 467 a ser desconsiderados pelo triunvirato composto pela Câmara Municipal, pela indiferente União de Freguesias e pela Scotturb.

Enquanto isso, as carreiras que ligam a Cascais pela Beloura ou Linhó (417 e 418) continuam (e bem) a terminar na Estação da CP em Sintra, mas a 467...zás. 

Hoje a carreira 467 da Scotturb (neste período só circularia de hora a hora) não contribuiu para esta imagem, uma amostra com contornos incapacitantes. 


Frente ao Gabinete de Apoio ao Munícipe, novo local de horas perdidas

Carreira 467...volta a deixar Sintra por decisão do PS

Em final de mandato (2001) um Membro do Executivo do PS liderado por Edite Estrela, decidiu que as carreiras 417-418 e 467 passariam a terminar na Portela.

Derrotado o PS, as carreiras regressaram à Estação de Sintra, por decisão da Vereadora Guadalupe Gonçalves  que nesse altura detinha o Pelouro do Trânsito.

Há mais de 20 anos,a 467 ligava-nos à Junta de Freguesia de S.Pedro e, desviada para a Estrada de Chão de Meninos, tornou-se útil a doentes que iam à Fisioterapia.

Mais recentemente, o percurso deixou de ser por Chão de Meninos e foi desviado pelo Cruzeiro, em Mem Martins, deixando de servir os utentes da Fisioterapia. 

Embora alterando em prejuízo de utentes - lamentavelmente com aceitação camarária - nunca deixou de ter como destino final a Estação da CP em Sintra.

Agora, deixando de ir à Estação da CP em Sintra, foi satisfeita a velha ambição de colocar os passageiros fora desse caminho, a pretexto das alterações no trânsito.

Nem vamos pensar que foi por revanche com 17 anos...

Pensamos que espelha, pelos resultados, a competência de intervenientes.

Sintra e os sintrenses não merecem isto.


sexta-feira, 13 de abril de 2018

SINTRA, FALHANÇO NUM DESTINO TURÍSTICO MÁGICO...

Turismo exige capacidade de gestão e respeito

A ver se compreendemos: - Como é possível que se promova Sintra e sua belezas pelo mundo e não exista um Pelouro exclusivamente dedicado ao Turismo?

Essa falha orgânica, certamente opcional, permite que en passant se exibam personalidades pouco conhecedoras do que é o Turismo nos dias de hoje.

Nos mais prestigiados destinos históricos só guias locais credenciados podem acompanhar grupos de visitantes, facto que Sintra parece desvalorizar.  

A falta de regras, permite que aos turistas desprevenidos se lhes ofereça um acompanhante que conte histórias fantasiosas ou adulteradas do passado.    

Há escolas vocacionadas para ensinar o que é Turismo e, daí, como honrar Sintra e a sua História, respeitando-a e respeitando quem a procura como destino.

Se não formos capazes de respeitar Sintra, como respeitaremos os Visitantes?

Alterações de trânsito

As recentes alterações de trânsito na Vila Histórica tornam-se estranhas quando eram esperadas soluções bem compreendidas pelos diferentes operadores.

Aparentemente o trânsito na Vila teve uma solução que não dizemos saloia porque os saloios são espertos e não deixam de sentir contornos preocupantes.

Só uns doces fariam esquecer que as novas regras de trânsito, além de praticadas no Centro Histórico, deveriam ter efeitos de Protecção Ambiental na nossa Serra.

Todavia, o alívio no trânsito da Praça da República viria a sobrecarregar a parte Alta da mesma Zona Histórica, empurrando viaturas para a Serra ou para longe...

Fomentou-se (sem ser explicito) o encaminhamento de carros para a Serra, podendo vir a justificar o alargamento ou aumento de espaços para estacionar.

Recentemente, em vez da recuperação ambiental pela restrição de acessos, os espaços  que existiam entre arvoredo foram empedrados...para estacionamentos.  

Espaço agora empedrado...será que para se ir "alargando"?

Isto não pode ser desinserido das alterações verificadas no trânsito, sabendo-se que a Câmara tem assento na Parques de Sintra e há grande intimidade institucional.

Desta forma, porque a Serra não comporta o tráfego transferido, a maior parte dos visitantes é encaminhada para a saída...sem verem Sintra e o seu Património.

Com esta solução, a Calçada da Pena tornou-se uma das principais vias de saída de Sintra para os destinos de Lisboa e Cascais sem ter quaisquer condições para tal.

No burgo interior de S. Pedro instalou-se ainda mais desassossego.

Podem pois os decisores e quem os louve (umas palmadinhas nas costas dão jeito) rever-se no brilhantismo da solução com sugestões de implementações mais vastas.

Sintra não merece tão desprestigiante solução desgarrada de um Plano Central.

Soluções que tardam 

Não é possível implementar soluções locais que não se liguem em rede a vários canais com opções para fluxos de transporte a montante e ofertas locais ajustadas.

Houve tempo para o Planeamento e o falhanço está na não definição atempada das implementações tendo em conta os segmentos a considerar, entre eles:


  • Silo de Grau I (com Terminal Rodoviário) na principal entrada de Sintra (Ramalhão) com um piso subterrâneo, dois acima do solo para ligeiras e o térreo para autocarros. Eventualmente com ligação directa ao IC19;
  • Silo de Grau II (com ligação Rodoviária, incluindo Odrinhas) na Portela, piso térreo e um acima do solo com entrada directa para viaturas ligeiras;
  • Silo de Grau III (com ligação Rodoviária e Eléctrico Histórico até à Estação da CP) na Ribeira de Sintra, piso térreo e exclusivo a viaturas ligeiras;
  • Reactivação do Parque de Caravanismo da Praia das Maçãs (com ligação Rodoviária e Eléctrico Histórico até à Estação da CP);
  • Centro Histórico e Volta do Duche, exclusivamente para Residentes, Hóspedes de Hotelaria, Autoridades e Transportes Públicos de Ligações.
  • Aquisição e gestão de 20 viaturas Midibus de 35 lugares sentados (sem lugares em pé) para cómodas ligações em circulação até aos destinos;
  • Seriam assim criados Seis Grupos de Trabalho Autónomos dentro da Câmara, com prazos fixados para a apresentação pública e aprovação.

Cinco anos perdidos com anti-turismo

Quando falam alto sobre milhões acumulados, entra-nos a profunda tristeza pela incapacidade de os terem aplicado em soluções nucleares conhecidas.

Por vezes até se torna patético ou próprio de pensamentos desavindos, que se apresentem soluções montadas na vertente ciclística ou parques apressados... 

Imaginarão os responsáveis ao mais alto nível que por esse mundo fora se acede a Burgos Históricos ou Patrimónios da Unesco com a mesma confusão que em Sintra?

Quem difunde que Sintra foi eleita "um dos destinos mais sustentáveis do mundo" conhecerá, porventura, o que são estruturas públicas de resposta?

O problema - doloroso para quem ama Sintra e com ela sonha o melhor todos os dias - é que se vive de uns ditos para aqui, umas promessas para ali, mantendo o vazio.

Por outro lado, há muitos sopros de peito cheio...mas Sintra não é um balão. 

Sintra, a mágica Sintra, dos Reis e dos Pobres, dos Sonhos e Desenganos, não pode continuar assim.

Sintra não acabará...nem esqueceremos os intervenientes. 


domingo, 1 de abril de 2018

SINTRA: DIA DAS MENTIRAS ou O EMPECILHO DAS VERDADES?

Ao longo dos anos temos procurado publicar neste blogue uma ou outra mentira inócua, por vezes como que um alerta para situações menos próprias. 

Este ano desistimos de o fazer, porque o Dia das Mentiras vulgarizou-se, passou a ser "o caminho" de recurso frequente onde os incautos caem como passarinhos.

Ideologias sem crachá, juntam mentiras ou suas meias, palavras de ocasião, títulos que dependentes publicam, tudo numa sofisticação que Abril derrotou. 

Seriam exaustivas as citações, a aversão a tais práticas e recursos. 

Este ano não há mentiras, está dito. Pedimos clareza na verdade.

É, antes, o Dia dos Empecilhos que Afectam as Verdades...

A Estrutura montada no Hotel Central




Perfazem-se hoje 1200 dias desde que na frontaria do Hotel Central (p.f. clique) se começou a instalar a estrutura que danificou dezenas de azulejos antigos. 

Tratando-se de azulejos protegidos pela UNESCO os danos causados, responsabilizariam os autores e, certamente, exigiriam a correcta reparação. 

Apesar de ter sido dado conhecimento imediato, na verdade um Despacho do Presidente da Câmara só surgiria muitos dias depois, com tudo quase acabado.

Esperávamos que Basílio Horta, com a sua presença no Hotel Central em Celebração Eleitoral esclarecesse a verdade da estrutura ainda se manter.

Que dirá Sua Excelência aos Conselheiros que escolheu para esta matéria?

A Pousada da Juventude...para património alheio




O Presidente: "Mas 600 mil euros para uma Câmara que lucrou 27 milhões e meio não é nada para o impacto que tem uma Pousada da Juventude durante 25 anos".

Todavia, em 1 de Outubro de 2017, dia da reeleição, o investimento seria 3,2 milhões.


Será apenas imprecisão? Baralhação? De 600 mil para 3,2 milhões? De dizer por 25 anos em Sessão de Câmara que aprovaria o Contrato 23/16/CM/IPP por 20 anos?

Porque, quem esteja esteja atento, fica baralhado ao ver na Obra um cartaz indicando o preço contratual de 1.329.200,00 € mais IVA, portante uma terceira verba.

Por outro lado, pela forma utilizada, a larguíssima maioria dos munícipes julga tratar-se de uma Obra Patrimonial de Sintra, desconhecendo que é uma Subconcessão. 

Desconhece-se, em grande escala, que a Pousada a edificar com dinheiros Camarários (dos munícipes) será propriedade das Infraestruturas de Portugal.  

Quando será que Sua Excelência, numa clareza indispensável em nome da verdade, dará um mais correcta informação sobre esta aplicação de dinheiros municipais?

A anulação da majoração do IMI em 30%

Na Ata 19/16 (de 27 de Setembro de 2016) foi chamada a atenção para as implicações resultantes da aplicação da majoração de 30% em imóveis degradados.

Sua Excelência ter-se-à convencido de ter posto o município a funcionar bem, pelo que a majoração veio a ser aplicada, originando fortes contestações. 

Face à contestação, diria à TSF em 13.4.2017 que tinha "decidido anular todos os processos de agravamento" e seria "levantado um processo interno". 

Estamos à beira de se completar 1 ano sobre as declarações feitas e, como transparência da gestão, os munícipes continuam à espera do resultado do inquérito. 

Aliás, da anulação de todos os processos, os que estavam justamente colectados beneficiaram de uma anulação que se reflectiu em menos receita camarária.

Não terá Sua Excelência umas palavras de verdade para dizer aos Munícipes?

As fabulosas promessas na Saúde

Vamos recuperar a página do Facebook (7.11.2016), patrocinada pela Câmara Municipal de Sintra, prometendo MAIS SAÚDE - melhor qualidade de vida.


Lá temos "noticias" que aguardam a verdade,  como a sobre o Hospital de Cascais ter mais um piso e começar a chamar-se Hospital Cascais/Sintra.

Sobre o "Novo Centro de Saúde de Algueirão-Mem Martins", que dizia iniciar-se em 2017", também havia boas notícias para os próximos seis meses, os do "Vão Ver"...


Com milhares de Utentes à espera de um Centro de Saúde adequado, seis meses depois está assim o "Novo Centro de Saúde de Algueirão-Mem Martins"...

Centro de Saúde de Algueirão-Mem Martins...está assim...seis meses depois

Mas a mais fantástica promessa na Saúde, assentou na chamada "Nova Unidade Hospitalar de Sintra", que, por sinal, não tem todas as valência hospitalares...

Será por dificuldades de expressão que se explora junto dos munícipes a ilusória imagem de um "Hospital", quando os responsáveis sabem não o ser?

Ou a complementaridade será feita numa Unidade Privada anunciada uns dias depois?

Torna-se até confusa a alusão a camas...quando os responsáveis sabem que serão camas de convalescença para acamados no Hospital Amadora/Sintra.

Mais uma situação em que Sua Excelência deveria explicar com mais ênfase aos munícipes, já que a maior parte deles julga que de um Hospital se trata.

Mais se justificando depois de assumir em nome dos munícipes compromissos superiores a 30 milhões de euros que deveriam ser assumidos pelo Estado Central.

Como seria útil o Senhor Presidente clarificar...

Compreenderá Sua Excelência que, só por este naipe de verdades incompletas, tudo justificará o esclarecimento cabal de todas as situações. 

Evidentemente que, com o entusiasmo de apresentar obras, há sempre o risco de se darem passos maiores do que as capacidades...mas que sejam verdades. 

Estamos certos de que Sua Excelência não invocará lapsus linguae para justificar estas diversas situações de verdades parcialmente ofuscadas ou omitidas.

Justificava-se que hoje falássemos em mentiras? Obviamente que não, pois no dia das mentiras é sempre bom contarmos com os empecilhos das verdades. 

Talvez em 2019 voltemos outra vez às mentiras...

Por agora basta-nos ficar à espera da verdade.