sábado, 30 de janeiro de 2021

SINTRA: BASÍLIO HORTA, O FALHANÇO DE UM FACEBOOKIANO

Imagem que vale por mil palavras


No meio da tragédia que vivemos, ocultando aos sintrenses números de Óbitos, Infectados e Surtos activos, Sua Excelência optou por se mostrar no facebook.

A imagem de mão no bolso, publicada pelo autarca-facebookiano, é o símbolo mais ajustado a um político que desespera na ânsia de se promover a todo o custo.

Ficará na História de Sintra como um ferrete no sentido negativo do que deve ser o Poder Local Democrático e ao serviço das populações e suas carências.

De qualquer forma, de costas voltadas, sem mostrar a cara, mão no bolso, passa uma mensagem deplorável de quem quer parecer político mas não se ajusta. 

Como na política também se pode ser humanista, permitimo-nos sugerir que, junto de Jorge Coelho, esse sim especialista em marketing político, lhe peça umas lições.  

Eram 17:58 horas de 18 de Janeiro de 2021, nesse dia a "Incidência Cumulativa" até 12.1.2021 (mesmo ocultando o número real de infectados) foi de 942...

A imagem é uma ofensa a todos os sintrenses, uma vergonha para o Partido Socialista que escolheu tal político para gerir um concelho com 400.000 pessoas. 

Sem acção não passaremos da cepa-torta

A preocupação das vítimas não nos inibe de repudiar os post's de cariz manipulador que anunciam como de hoje o que ainda virá e que ontem não foi prevenido.

A mais oportunista promoção política tem sido praticada pelo utilizador Basílio Horta, que ora "está em Sintra", ora "está em Câmara Municipal" ou noutra companhia.


Com tantos e tão graves problemas que estão envolvendo os sintrenses - a exigirem esforço e dedicação sem limites - onde ocupa tanto tempo o político? 

- Entre 23 de Junho e 31 de Outubro (130 dias), cerca de 150 post's;
- Entre 01 de Novembro e 29 de Janeiro (92 dias), cerca de 94 post's.

Sem contabilizar as respostas que dá a alguns munícipes que a ele se dirigem.  

Claro que Sua Excelência exultará com mensagens bonitas de quem o acredite ou lhe deva gratidões nem sempre compreendidas ou por influências partidárias. 

Seria um político de mão no bolso que os Sintrenses queriam para resolver os seus problemas e apontar caminhos para o futuro? Evidentemente que não. 

E muito menos um autarca cujo #caminho é a utilização do Facebook.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

SINTRA: PARQUE DA CAVALEIRA, NEM CONTRA A COVID SERVIU

Exemplo da onerosa utilização do parque da Cavaleira (dia 14.1.2021)

O ilusionismo dos "clones"

Devemos dizer aos nossos leitores que não acreditamos em "clones", mas que eles existem, estamos certos de que existem mesmo. 

Ainda há pouco tempo, numa Sessão qualquer que era seguida através do facebook, uma voz que nos induzia a "clone"  de politico pouco confiável...prometia...

Por má audição e sem paciência para o "clone", só fixámos algo sobre o parque da Cavaleira que, sem uso, poderia servir para estrutura de apoio à luta contra a Covid.

Saltou-nos à mente que Sua Excelência, a ter um eco do dito pelo "clone", logo anunciaria uma tenda hospitalar para servir os sintrenses vítimas da pandemia.

A focalização de surtos de contágio em Lares permitiu ocultar o alheamento pelas concentrações nos transportes e nalgumas grandes superfícies do concelho.

Também a ocultação de Óbitos, Infectados e Localização dos Surtos nas diferentes freguesias do 2º. maior concelho do país, serviu para nos iludir sobre os riscos.

Enquanto Sua Excelência exultava "num parque romântico, contemplativo", milhares de sintrenses, trabalhadores, eram infectados em transportes públicos.

Pretendendo justificar-se com um "não alarmismo", o presidente da Câmara de Sintra não cumpriu o sagrado dever de bem informar, sensibilizar e defender-nos.

Surgir um "clone" a iludir-nos sobre uma estrutura de apoio a sintrenses por falta de capacidade do Amadora-Sintra, certamente que criou expectativas falsas.    

O parque da Cavaleira - oneroso falhanço de estacionamento e insinuadora estrutura de apoio a sintrenses vítimas da Covid - continuou sem utilidade. 

O Hospital Fernando da Fonseca, num esforço tremendo dos seus profissionais para salvar vidas e assistir doentes, é obrigado a enviá-los para longe de onde vivem. 

A estrutura inventada pelo "clone" para servir os sintrenses esvaziou-se, era conversa fiada de alguém que fará da criação de ilusões o pior caminho que devemos seguir.  

Todavia o "clone" - tal um ser deambulante - cumpriu o seu ilusionismo: Mentiu! 

Fim do Parque da Cavaleira 

Na Sessão de Câmara de 2 de Dezembro de 2020, en passant, como gato sobre brasas, Basílio Adolfo Horta disse: "(...) enviei uma carta a acabar com o contrato. Portanto, no final deste ano acaba o contrato". Tão claro que não disse o ano (*).

"Portanto, no final deste ano, acaba o contrato" (Basílio Horta, Sessão de Câmara 2.12.2020)

O parque da Cavaleira foi uma Proposta de Sua Excelência em 15.5.2018: "Extra-Ordem porque é urgente (...) fazer ali o parque de estacionamento".


Era o parque maravilha, de "agora será já para 1500 carros" "porque vem aí o verão e temos de ter estacionamento" a "há ruas e alamedas com árvores"..

Desbravou-se o terreno, criaram-se estruturas sanitárias, um pavilhão/receção da Parques de Sintra, carreiras que partiriam cheias a caminho de Sintra e da Pena...

Sem passageiros as ligações rodoviárias acabaram. Passariam a ir se alguém o pedisse na receção. E o espaço continuou deserto depois da receção estar fechada.

O parque da Cavaleira ficará na história de Sintra como um marco das teimosias políticas falhadas, sem planificação territorial e má aplicação de dinheiros públicos.

Exemplo da ligeireza nos "investimentos", quando medidas de fundo, bem estudadas e justificadas, deveriam ter previsto soluções para o futuro. 

Agora, pergunta-se: Como poderia o parque da Cavaleira ter a Estrutura de Apoio na luta à Covid se a Câmara previa acabar o contrato de arrendamento?  

FOI #O CAMINHO DO FALHANÇO, QUE OS SINTRENSES ESTÃO A PAGAR.




(*) - Consta por aí, pelo que carece de confirmação, que só encerrará em Outubro de 2021, o que - a ser verdade - não bate certo com o dito por Basílio Horta na Sessão de Câmara. 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

SINTRA: SR.DR. BASÍLIO HORTA, UMA NÚVEM SOBRE A COVID?

 


No dia 15 deste mês, perguntámos ao Sr. Dr. Basílio Horta (por favor clique para rever) se sabia ou não dados de dias anteriores à peça do SOL de 8.1.2021.

Sabíamos o que estávamos a perguntar, pois Sua Excelência, utilizador frequente do Facebook, teve ensejo de logo partilhar tal peça, num oportunismo inacreditável.

A uma Sexta-feira (8.1.2021) com dados fechados a 27.12.2020, era enganador o título "Sintra é o concelho com menor taxa de contágios da Grande Lisboa".

Atente-se no pormenor: "Da Grande Lisboa"...e não "da Região de Lisboa e Vale do Tejo", mesmo assim uma mentira pois Mafra e Cascais tinham menos infetados.

Nos dias anteriores, em Lisboa e Vale do Tejo, os dados reais indiciavam um acréscimo preocupante a conhecer em 11.1.2021, como veio a suceder.

Sua Excelência, que possuirá dados mais atualizado que os vulgares cidadãos permitiu-se  a um desaforo politiqueiro: "temos de continuar este caminho".

Assim, três dias depois, o Boletim da DGS nº. 315, alterava a "Incidência Cumulativa" de Sintra para 473, num aumento significativo sobre os anteriores 317.

Passou-se e é criticável que se induza tantos milhares de pessoas a interpretações incorretas, suscetíveis de se refletirem de forma negativa na sociedade.

Acresce que, adeptos ou não das práticas politicas promocionais de Sua Excelência, o cargo que ocupa recomenda cautelas verbais a bem da protecção colectiva.

Neste momento difícil, com milhares de sintrenses obrigados a vários riscos nos transportes, de Sua Excelência não têm a mais pequena palavra de solidariedade.

Com Sintra hoje englobada no patamar mais alto da "Incidência Cumulativa a 14 dias", até ao momento nem uma palavra do seu Presidente de Câmara. 

Sua Excelência que tanto se dedica a atualizar o Facebook, ainda não apareceu - como fez em 8 deste mês - a pronunciar-se sobre o "Risco mais elevado" de hoje.

Diga-nos a verdade sobre os surtos e onde se localizam. 

Temos o direito de saber para nossa defesa colectiva.


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

SINTRA: GANDARINHA, PROCESSO QUE NÃO PODE MORRER...

O dito na Sessão de Câmara

Extrato da Ata de 24.11.2020 da Sessão de Câmara Municipal de Sintra

Na Sessão de Câmara de 24.11.1020, (Ata só recentemente publicada) a Vereadora Paula Simões quis saber do ponto da situação sobre as obras da Gandarinha:

"Parece-nos que é altura, qualquer que seja a solução, para se resolver definitivamente porque não deixa de ser um enorme problema (...) até em termos de impacto visual". 

Na resposta, quando a nós magistralmente confusa, Sua Excelência começou por se referir a uma "carta aberta da QSintra" a às "pessoas competentes que a assinam"...

...Pelo meio "uma lei que o governo de Passos Coelho publicou", falou em centenas de milhar de euros aparentemente relacionados com a Polis Cacém e uma escola.

Dissertou: "quem é que corre o risco de amanhã termos um processo de indemnização de 15 ou 20 milhões de euros?". "A DGPC tem que assumir a sua responsabilidade".

Disse mais: "(...) o projeto da DGPC não era o mesmo, pelo que impôs mudanças estruturais profundas no projeto. No estacionamento, na área toda (...)". 

Sua Excelência, antes de terminar, falando de novo em milhões, disse: "Acho espantoso o "QSintra" nunca se ter incomodado com o que estava ali, que era uma lixeira".

O não dito que é relevante


Estamos em crer que Sua Excelência não teve intenção de esconder o que disse e consta da Ata da Sessão de Câmara de 22.1.2019, apenas um ligeiro esquecimento.

A um respeitável Munícipe (RICARDO Manuel de Oliveira DUARTE) respondeu: "O parque de estacionamento foi uma exigência da Câmara quando o processo foi aprovado. Não há estacionamento na Vila por isso, se querem fazer o hotel, têm de garantir que há estacionamento para os hóspedes e outras pessoas, sem possibilidade de recusar".

Parece, assim, que em 22.1.2019 qualquer coisa saiu extemporaneamente a Sua Excelência, de difícil controlo como a qualquer mortal, de que agora não se lembra.

Perante tal sintoma de esquecimento, é natural aceitarmos que a DGPC seja a responsável por querer impor as correções devidas à monstruosidade da obra.

Pode dizer-se - dirá quem sabe - ou admitir-se, que tudo aquilo teve muitos dedos na mistura de temperos, contando com a Delegação da UNESCO silenciada.

A defesa do Património da Humanidade não pode tolerar situações destas. 

Os responsáveis serão apurados e marcados para sempre.

A Gandarinha terá de ser corrigida para bem do nome de Sintra. 


sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

SINTRA: SR. DR. BASÍLIO HORTA, SABIA OU NÃO?

Entrevista ou "para vista"?

No passado dia 8 o jornal SOL mostrava Sua Excelência sem máscara, sob o título "Sintra é o concelho com menor taxa de contágios da Grande Lisboa".

Soava mal Sua Excelência falar sobre dados de 10 dias atrás, sem "Quando" foi feita a peça, "Onde", "Como", "Quem", "Para quê" e o "Porquê" da pressão. 

É que, dois dias antes (6.1.2021, como mostramos) a mesma personalidade, na sua vertente facebookiana, escrevia: "São 10.000 novos casos nas últimas 24 horas".

Página do Facebook de Basílio Horta em 6.1.2021

Acresce que em 8.1.2021, para a mesma página que o facebookiano Basílio Horta gere e ativamente frequenta, repescou a estória publicada no SOL.

Página do Facebook de Basílio Horta em 8.1.2021

Com dados nitidamente ultrapassados, Sua Excelência, que em 6.1. possuiria número de contágios alarmante, surge a dizer "temos de continuar este caminho".   

É relevante dizer-se que a publicação feita na edição do SOL de 8.1.2021, se baseou em dados de 4.1.2021 da DGS sobre o período de 14 a 27 de Dezembro de 2020.

Pronunciou-se o autarca sobre a "Incidência Cumulativa" de 10 dias antes, fórmula hábil das populações não conhecerem os números exatos de contágios na sua área.

Então Sua Excelência, que além de "uns ecos" tem informações para propor queixas judiciais, sabia ou não que a notícia de 8.1.não se adequava à realidade?   

Claro que apreciamos a veia facebookiana de Sua Excelência com 17 post's já este ano, facto que redundará em gritantes falhas na gestão política do território Sintrense.

Na realidade, o dia 8.1.2021 não passou de varandim "para vista" do político. 

Consequências

A modéstia de Sua Excelência quando refere uns ecos que lhe chegam não colhe, andará bem informado e - tudo indica - fará o uso adequado da omissão de dados.

Ao falar em 144 Óbitos na Sessão de Câmara de 10.11.2020, depois de nos ocultar dados de Contágios e Óbitos em nome do não "alarmismo" foi uma gritante falha.

Todavia, apesar disso, não teve a exaltação política e humana a que está obrigado pelas funções, de sobre o final do ano saudar respeitosamente vítimas e famílias.

Aparecer com números entre 14 e 27 de Dezembro de 2020, numa subtil promoção política, terá de ser interpretado como uma tentativa de anestesiar a verdade.

Tal anestesia, em conjunto com a ocultação do número de Óbitos, de Casos Ativos e Contágios diários, conduziram - certamente - ao relaxamento dos cidadãos. 

Ligar "Sintra é o concelho com menor taxa de contágios da Grande Lisboa" a "temos de continuar este caminho", configura responsabilidades sérias de manipulação.

Foi feio, muito feio, na política não vale tudo.

Temos o direito de saber, inequivocamente, a situação sanitária do concelho.

OS SINTRENSES NÃO MERECEM DISTO. 



sábado, 9 de janeiro de 2021

SINTRA: COMO SE CONSEGUE MANIPULAR A INFORMAÇÃO?

Notícia com foto de varandim

No passado dia 8 uma estranha peça foi publicada no Sol (por favor clique para rever)  mostrando Basílio Horta no varandim em figura majestática adequada.

Publicado em 8.1.2021 - Página do SOL

Na oportunidade, como grau de eficiência, Basílio Horta teria de ser escutado (consta que se torna sábio quando fala) para enriquecer o texto.

Disse então qualquer coisa de agradecimento aos que vivem e trabalham em Sintra, "sublinhando que temos de continuar este caminho". 

Se a memória não nos falha, o slogan da campanha eleitoral também foi #é este o caminho, que pela experiência está cheio de buracos e ilusões. 

A "décalage" manipuladora 

Quando a notícia do Sol surgiu sabia-se que nos três dias anteriores tinham ocorrido aumentos significativos de infectados e óbitos, merecedores de atenção. 

Com efeito, a nível de Lisboa e Vale do Tejo, tinham-se verificado 1.552 casos em 5.1 (24 Óbitos), 3.333 em 6.1 (27 Óbitos) e 3.501 em 7.1. (38 Óbitos)  todos de 2021.

Qual o suporte da peça jornalística com foto? O Boletim 308 da DGS, de 4.1.2021, com dados da "Incidência Cumulativa"  entre 14 e 27.12.2020, na altura baixos.

A publicação desta notícia no Sol, pode dizer-se que, no mínimo, está desajustada à realidade temporal, passando mensagem de êxitos numa realidade oposta.

A manipulação em curso

Certamente muitos leitores se aperceberam que a divulgação rigorosa de infectados incomodava alguns políticos especializados a abafar questões negativas 

Quanto a Óbitos, a censura tem sido ainda mais restrita, ficando estupefactos por Sua Excelência (Sessão de Câmara de 10.11.2020) ter referido "144 mortos".

jornada manipuladora desenvolve-se até com títulos noticiosos muitas vezes contrariados no conteúdo das notícias, situação que se torna perigosa por alienante.

Para se avaliar da informação prestada pela DGS vejamos o seguinte:

  • Há fornecimento diário de dados confirmados até ao final do dia anterior;
  • Tais dados, com suporte informático, não são utilizados em ventilações periódicas por concelho, respeitando o princípio da não sobreposição.
  • Vejamos o que se está a passar nestes breves exemplos:
- Em 30.11.2020 (Boletim 273 da DGS) foram "Incidências" de 12.11 a 25.11.2020;
- Em 07.12.2020 (      "     280 da DGS) foram          "            "    19.11 a 02.12.2020;
- Em 14.12.2020 (      "     287 da DGS) foram          "            "    25.11 a 08.12.2020;
- Em 21.12.2020 (      "     294 da DGS) foram          "            "    04.12 a 17.12.2020;
- Em 28.12.2020 (      "     301 da DGS) foram          "            "    07.12 a 20.12.2020;
- Em 04.01.2021 (      "     308 da DGS) foram          "            "    14.12 a 27.12.2020;

O que decorre daqui? Há dias sobrepostos em períodos diferentes, ou seja, de uma primeira vez geraram uma "Incidência" e na segunda construíram outra. 

Também não há bitolas rigorosas de dias intermédios.

Esta prática, inacreditável perante a gravidade da situação, permite - a quem o queira - baixar coeficientes por se envolver dias com menos infectados. 

Por isso, Sua Excelência logo surgiu no varandim, mesmo que em foto de arquivo. 

Sintra assim vive...à espera de melhor futuro.   



quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

SINTRA: BASÍLIO HORTA e PARQUES DE SINTRA...OS DEVERES

Em jeito de balanço

Ao iniciar-se um Novo Ano, é nossa obrigação recordar factos ocorridos em 2020, para melhor conhecimento dos intervenientes e apreciarmos quanto ao futuro.

Justifica-se por afirmações políticas de Basílio Horta e porque o Relatório e Contas de 2019 da PS-ML foi tardiamente publicado no seu site, sem divulgação das razões.

Em nome do prestígio de Sintra, desejamos que em 2021 cada uma das entidades se orientem segundo o figurino institucional, com os deveres exigidos.  

Pequeno capital...grandes ambições

A Parques de Sintra Monte da Lua é uma empresa autónoma que, pelos Estatutos, se pode alargar como proprietária e gestora patrimonial de boa parte do concelho.

Pelos Estatutos, tem poderes exorbitantes de "entidade expropriante dos imóveis que sejam necessários à prossecução do seu escopo social" (Cf. Alínea a) do Art.º. 5º.).

Isso não impede que se reconheça funcional, prestigiada dentro e fora do País, com resultados financeiros que a tornam apetecível para quem ambicione poder.

Os Resultados Líquidos positivos (9.168.176,52€ em 2018 e 10.204.710,45€ em 2019) não passarão despercebidos a quem aprecie dinheiro como poder de investir.

É uma dedução fácil quando o presidente da Câmara Municipal de Sintra, acionista só com 15% do Capital Social, reclama que passe "rapidamente para a Câmara".

Que ansiará Sua Excelência? Não recupera património histórico como o Parque da Liberdade, reclama a Parques de Sintra e investe na Pousada e na Cavaleira (**)

Pérolas da linguagem: "almofada" e "desnatou"

Já aqui abordámos a estória da distribuição dos lucros da Parques de Sintra em 2018 (por favor clique para rever) muito difundida para ter cunhos de verdade.

A prudência política aconselharia cautelas na estória dos 6,8 milhões de euros retirados dos Lucros em 2018, que não seria confirmada no Relatório e Contas (*).

Basílio Horta não desistiu e na Sessão de 24.3.2020 recuperou: "Mais uma vez se verifica a necessidade da Parques de Sintra Monte da Lua vir rapidamente para a Câmara".

Disse mais: "Agora o Sr. Secretário de Estado do Tesouro é tão responsável, ou mais (...) porque foi lá buscar 80% dos lucros e a empresa ficou sem almofada nenhuma".

Quanto a nós sem a correção devida à Presidente da PSML, fez críticas sobre despedimentos que atenuou com o Secretário de Estado do Tesouro:

"O que ela me disse é que neste momento não tinha dinheiro para lhes pagar porque o Sr. Secretário de Estado do Tesouro foi lá buscar 80% dos lucros. Desnatou completamente a empresa".


"Ela" é a Senhora Dra. Sofia Cruz, Presidente da Administração da Parques de Sintra Monte da Lua, sua Ex-Chefe do Gabinete de Apoio à Presidência. 

Entre almofada e desnatou, Sua Excelência não datou as informações da Presidente da PS-ML, pois em 24.3.2020 já existiriam indicadores de Lucros em 2019.

Não se ajustaria a Presidente da Parques de Sintra dizer que "neste momento não tinha dinheiro" em 24.3.2020, quando elevados Lucros eram previsíveis. 

Resultados da PS-ML em 2019

Pessoas menos avisadas julgariam que Basílio Horta, antes de se pronunciar, solicitaria uma previsão de Resultados esperados pela Parques de Sintra em 2019.

Assim, antes da Sessão Camarária de 24.3.2020, poderia ter dados fiáveis sobre a gestão da PS-ML, cotejando "despedidos" com falta de "dinheiro para lhes pagar".  

Qualquer político experiente não usaria "O que ela me disse" mas sim que a gestão de 2019 teria Lucros (veio a ter 10.204.710,45€ e aplicados em Reservas Livres). 

Nem insistiria na Sessão de 11.5.2020: "(...) à Parques de Sintra Monte da Lua foram buscar 8 milhões de euros de dividendos, deixaram a tesouraria exangue (...)".
             Ata da Sessão d Câmara de 11-5-2020

Dos porquês, para quê e quem...

Esta estória de contornos estranhos leva-nos aos porquês de meia dúzia de e-mails dirigidos à Parques de Sintra - Monte da Lua e Administração não terem resposta.

Porquê o Relatório e Contas de 2019 se ter atrasado no conhecimento público?  

Para quê Relatórios e Contas de 2018 e anteriores temporariamente retirados do site da Empresa, retirando aos cidadãos o direito de acederem aos seus dados?

Finalmente, será que alguém interferiu para que os Relatórios e Contas da Parques de Sintra e seus Resultados não fossem tão acessíveis aos cidadãos? 

Assim se vive em Sintra...



(*) - Sobre esta matéria, na Sessão de Câmara de 10 de Novembro de 2020, um Vereador sem Pelouros, certamente desatualizado, repetia a alusão ao "Governo ter retirado 7 milhões da Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) no último exercício de Janeiro" (sic).  

(**) - Pousada da Juventude: Construída em terreno alheio será património das Infraestruturas de Portugal. Ainda paga Renda Mensal; "Investimento de 3 800 000,00 €". 
Parque de Estacionamento da Cavaleira: Arrendamento que poderá custar mais de 2.060.000€ sem utilização prática para os fins propostos;