sexta-feira, 23 de agosto de 2019

SINTRA: ESPELHO DE (MAUS) POLÍTICOS EM "TRANSITO"....

Livrem-nos de políticos destes...


Espelho de "soluções" no trânsito 

Para melhor entendimento, respigamos algumas passagens do estranho documento posto em Discussão Pública por Basílio Adolfo Horta que transita por cá há 6 anos.

Tal responsável, por obrigação, quando bem intencionado, tem de cuidar da utilização de palavras unívocas na vida política e usar as que quiser na vida privada. 

Ora, no Preâmbulo do que chamou Projecto de Revisão do Regulamento de Trânsito e Estacionamento de Sintra, há palavras pouco (ou muito?) esclarecidas:

Vejamos, então, palavras e filosofias que Sua Excelência assumiu e subscreveu: 

"As questões associadas à mobilidade têm assumido um papel cada vez mais
preponderante na qualidade de vida dos residentes, trabalhadores e visitantes"

"Sendo atribuição do Município a garantia das condições de acessibilidade, mobilidade
e segurança da população e visitantes (...)"

"A mobilidade é transversal a todas as atividades, sendo no espaço público que se
cumpre a dinâmica comunitária e se promove a multifuncionalidade das atividades."

"O Município tem, assim, um papel fundamental na gestão do tráfego rodoviário,
podendo tomar medidas que favoreçam as deslocações em transportes públicos
coletivos e em veículos não motorizados, em detrimento da utilização do automóvel
particular ou de outros veículos a motor."

A vida é mais que jogos de palavras...

A recente greve de Motoristas de Matérias Perigosas trouxe a nu um problema sintrense por resolver, envolvendo a transportadora rodoviária Scotturb.

A transportadora sediada em Cascais, que na carreira da Pena cobra milhões em Sintra (6,90€ ou 3,90€ se um só sentido) resolveu ajustar-se à greve existente.

A pretexto da greve, nessa semana reduziu carreiras (não a da Pena...) aplicando horários de Sábado, causando incómodos à esmagadora maioria dos seus utentes.

Da Câmara, ao que se sabe, nem uma palavra junto de tal transportadora para exigir o cumprimento rigoroso dos horários estabelecidos para dias de semana. 

Sua Excelência é enganado ou está desenquadrado?

Onde tem intervindo tal autarca nas "Questões associadas à mobilidade" que "têm assumido um papel cada vez mais preponderante na qualidade de vida (...)"?

Como interioriza que é "atribuição do Município a garantia das condições de acessibilidade, mobilidade e segurança da população e visitantes"?

E fala que a "Mobilidade""é transversal a todas as atividades" com o "espaço público" a cumprir a "dinâmica comunitária" e a promover "a multifuncionalidade"... 

Magistral, até, o Município ser "fundamental na gestão do tráfego rodoviários, podendo (falhou o devendo...) tomar medidas que favoreçam transportes públicos...

...e "veículos não motorizados, em detrimento da utilização do automóvel particular ou de outros veículos a motor"....

Puxa, a coisa está feia. Receamos pela compulsiva utilização daquelas pasteleiras verde-cinza usadas na segunda grande guerra, protegidos com capacete adequado.

Sua Excelência, lamentamos dizê-lo, talvez esteja totalmente desenquadrado da vida sintrense e insensível ao regime democrático que vigora desde 1974.

Vítimas das alterações impostas em 26 de Março de 2018

Todos nós - munícipes, trabalhadores e visitantes - passámos a ser vítimas das medidas impostas em Março de 2018, com motivações pouco percebidas.

Logo surgiu a Cavaleira numa Proposta "Urgente" (em Maio) porque vinha aí o Verão, com custos elevadíssimos...sem uso prático em 2018 e o mesmo em 2019...

O dinheiro dos munícipes a pagar rendas a senhorios que tinham o terreno abandonado, dinheiro que Sua Excelência talvez não gastasse se fosse Seu...

Temos o trânsito mais caótico, mas Sua Excelência viajando em carro que munícipes suportam, enquanto os pagantes devem usar "veículos não motorizados"..

"Transitaria" perspectiva da capacidade de Sua Excelência

Sugestão para uma saída limpa...

Sua Excelência está a tempo de sair com menos danos à imagem politica de quem o admira e chamou, repensando que não tem poder para penalizar os cidadãos. 

O Projecto de Trânsito e Estacionamento que submeteu a discussão pública é um documento mal elaborado, desconexo, com objectivos pouco sustentáveis.

Ao Trânsito o que é do Trânsito; Ao Estacionamento o que é de Estacionamento.

Só a retirada integral do Projecto de Trânsito e Estacionamento ajudará a futuras soluções que possam ser aceitadas pelos munícipes e a bem de Sintra.

Entretanto, livrem-nos de políticos destes...estamos no limite...

Sintra não merece isto.


quarta-feira, 21 de agosto de 2019

SINTRA: SR. PRESIDENTE, DESPUDOR NO CENTRO HISTÓRICO

Todos os sintrenses são enxovalhados


Rua dos Arcos em 5 de Agosto de 2019

Em todos os dias do ano o enxovalho é sempre enxovalho, mas numa época turística em que Sintra é procurada por milhares de visitantes, a ênfase é maior. 

Como é possível que Sua Excelência e o peloureiro do Turismo consigam dormir descansados com o que - pela enésima vez - lhes iremos mostrar?

O admissível cansaço por mais de um ano de frustradas soluções no trânsito misturadas com Zonas de Estacionamento  desculpará a gestão inqualificável...

Todos os sintrenses são enxovalhados pela indiferença de Sua Excelência e seu Vice perante o nojo e a anarquia numa que era zona nobre de Sintra.

E como Sua Excelência e o seu Vice, que parece ser responsável pelo Turismo, se sentirão confortáveis pela Rua dos Arcos estar debaixo dos olhos da UNESCO... 

Rua dos Arcos, ontem de manhã

Porque não promovem Sua Excelências um evento no local? Chamarem os media habituais e convidarem as mais altas figuras que chamam noutras alturas?

Local ideal para um briefing com o News Museum (que ocupou o espaço do Museu do Brinquedo) a recordar para a posteridade todo o ambiente feliz. 

Ou juntarem as famílias, outros autarcas que vivem à volta, todos petiscando com acepipes colocados na plataforma que serve para turistas fazerem refeições...

Suas Excelências - que mantêm tudo isto sem preocupações - sentir-se-ão felizes enquanto aos sintrenses se reserva a vergonha pelos autarcas no poder. 

Mas temos mais para Sua Excelências, que parece viverem numa convergência militante em que cada um precisa mais do outro, sem se saber qual. 

O Parque dos Castanheiros, local que era de calma e bem estar, de fruição das belezas de Sintra, foi transformado numa lixeira que volta a envergonhar-nos. 

 
Parque dos Castanheiros ontem de manhã

Só Sua Excelências se sentirão bem neste local que, tantas gerações, apreciaram e tiveram o prazer de frequentar, famílias, crianças de ontem...

Certamente Suas Excelências gostam disto...levam os vossos familiares para lá, vossos filhos e filhas além de conjuges, desfrutam a higiene, a água, os WCs. 

Mas não obriguem os Sintrenses e os nossos visitantes a partilhar os Vossos gostos com aquilo a que, como autarcas, deveriam ser motivos de preocupação. 

Os Sintrenses que amam e se honram na riqueza histórica de Sintra só poderão sentir-se enxovalhados ao confrontarem-se com situações destas.

Por favor, façam uma pausa na criação de novos Estacionamentos e cuidem daquilo que mexe com o prestígio de Sintra e sua imagem com centenas de anos. 

Sintra não merece tanto desleixo...mas sim todo o respeito. 


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

SINTRA: OS PARQUÍMETROS DA NOSSA INDIGNAÇÃO...

História já antiga

Quando em 2001 se anunciou a segunda investida para a colocação de parquímetros na Portela, era tudo "para facilitar a vida às pessoas e não prejudicá-la".

Na altura, a bondade camarária, íntima à empresa municipal que geria os parquímetros, previa o preço de 80 escudos por hora, que agora daria 40 cêntimos!!!

Assim se estendeu, para nosso bem, a rede do estacionamento pago no interface da Portela para toda a zona residencial circundante e hoje é o que sabemos.

Uma senhora, na altura gerente de uma lavandaria (Maria de Fátima Ribeiro) desabafava: "Não podemos estar a pôr moedas no parquímetro a toda a hora"...

Uma funcionária de repartição pública perguntava: "Será que nós, que trabalhamos aqui, também vamos ter de pagar para estacionar os nossos carros?"

A páginas tantas, os espaços disponíveis corriam o risco de ser absorvidos pelas excepções, para funcionários da câmara, repartições, residentes...etc.

Criou-se assim o conceito de, trabalhando na Vila de Sintra, se adquirir o direito a estacionamento reservado ou autorizado, enquanto outros não o podem ter.

Isto é, uns tantos cidadãos passaram a ter mais direitos locais que outros.

Solução para a contestação? Criar excepções...



No Jornal de Sintra (8 de Junho de 2001) abordámos o tema dos parquímetros, a tão velha ambição socialista, recordando as promessas do primeiro "Dia Sem Carros".

Pelo que era prometido, seriam construídos parques de estacionamento periféricos e melhoria dos transportes públicos com aumento da oferta. 

Na altura, como hoje, os cidadãos penalizados pelos transportes eram obrigados ao uso do automóvel embora - responsavelmente - desejassem evitar a opção do IC19.

Ora, a instalação de novos parquímetros na Portela correspondia a mais dificuldades no estacionamento, logo surgindo os mais variados pedidos de excepção. 

Quem, vindo de longe, queria estacionar, perdeu espaços para isso e, quem desenvolvia actividades profissionais na área reclamava "Cartões gratuitos".

Isto é, aquilo que seria justo ao reservar espaço para residentes...acabaria por ser para invocados não residentes que passariam a ter mais direitos que os outros.

Tal como agora, desviaram-se para a Portela as carreiras que chegavam à Estação de Sintra, até que Guadalupe Gonçalves (depois Vereadora do Trânsito) reverteu.

Inacreditável Câmara de vocação paratotalitária...

Hoje, deve dizer-se que, quando o comum dos municipes é perseguido pela imposição de limitações ao estacionamento (pagamento ou política pilarética)...

...a Câmara criou um local para funcionários estacionarem, sejam residentes ou não, o que, sendo justo, não deixa de ser oponível aos direitos de outros cidadãos.

O polvo foi reservando mais zonas a pagar, empurrando os munícipes (a maioria) para outras freguesias...hoje Mem Martins...amanhã Rio de Mouro...depois...

Portela, junto à estação, de semana em horário nobre...apenas reserva de espaço

Graças à vocação paratotalitária, já há quem residindo a menos de 4 kms do Centro Histórico prefira ir a Mem Martins e depois apanhar o comboio para a Vila.

Com a obsessão parquimétrica de alguns autarcas e milhões guardados na banca em vez de aplicados no território, justifica-se mais um negro prémio internacional.

Neste quadro, o Projecto de Trânsito e Estacionamento em discussão, torna-se obscuro, ambíguo e totalmente desadequado aos interesses da população sintrense.

A mistura de "Trânsito" num dito Projecto cujo verdadeiro móbil é o Estacionamento Pago, torna-se numa forma pouco académica de enganar os utentes dos espaços.

Só para munícipes sofrerem Basílio Horta terá apresentado o Projecto com Zonas de Estacionamento...dizendo que "não serão colocados novos parquímetros". 

É inacreditável que a notada falta de competência para se resolverem os problemas do Trânsito use este expediente para implementar agressivas fontes de receita.

A escalada programada em 2001 que tanto penalizou o PS foi recuperada em 2019 bem longe das próximas eleições autárquicas...hábil forma de diluir os efeitos.  

Esquecem os responsáveis que a indignação se vai acumulando e os sintrenses não se irão esquecer das várias vertentes do ilusionismo político.   

Sintra não merece estar passando por isto...




sexta-feira, 16 de agosto de 2019

SCOTTURB: RETOMA HORÁRIO NORMAL A PARTIR DE 19.8.2019

A longa e desconfortável espera...

Sobre o final do dia de hoje, no site da Scotturb (não é escocesa, é sucessora da Stagecoach de Ian Manning) era colocada a seguinte notícia: 

PERTURBAÇÕES ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

Informamos os nossos estimados Clientes que, a partir do próximo dia 19.08.2019, segunda-feira, retomaremos o normal funcionamento em todas as carreiras.
Será que, de súbito, a transportadora passou a dispor do gasóleo que lhe faltaria uma semana antes, embora o Governo garantisse tal fornecimento em rede específica?

Ou foi obrigada à prestação dos serviços que assume, face a reclamações de muitos utentes que foram empurrados para viaturas próprias e com passes pagos?

No meio deste episódio, qual foi o papel da Câmara Municipal de Sintra a exigir a reposição imediata das carreiras normais de semana? 

Temos, para nós, que a Scotturb foi obrigada à reposição das carreiras.

Talvez um destes dias se saiba melhor o que sucedeu neste caso tão particular em que uma transportadora resolveu, sem indicar que instituição autorizou. 

Aguardemos.   

domingo, 11 de agosto de 2019

SCOTTURB...EMPURRA UTENTES PARA VIATURA PRIVADA


Empurrão a pretexto da greve dos motoristas de pesados

Quanto a nós, que há longos anos abordamos a deficiente cobertura dos transportes fornecidos pela Scotturb, mal pareceria se não houvesse aproveitamento da greve.

Com efeito, sabendo que milhares de pessoas, muitos trabalhadores têm de se deslocar, a transportadora acaba de colocar no seu site o seguinte aviso: 

  "PERTURBAÇÕES ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEL

Informamos os nossos estimados Clientes que, devido à greve dos motoristas de mercadorias e matérias perigosas, não temos garantido o normal abastecimento de gásoleo.
Assim, ativando o plano de contigência e de forma a garantir as reservas de combustível pelo maior período de tempo possível, realizaremos a partir de 12 de agosto, e até que a situação se encontre normalizada, horários de sábado em todas as carreiras.
Por todo e quaisquer transtornos causados, apresentamos desde já, as nossas mais sinceras desculpas".

Eliminação de serviços a prestar

Considerando a deficiente prestação em Sintra, a aplicação de "horário de sábado" penalizará muitos utentes nas ligações entre e para Sintra ou Estações da CP.

A Scotturb, que aos Sábados efectua menos 33,71% das circulações de semana, decidiu-se pela aplicação desse corte em dias de semana sob pretexto da greve.

Todavia, na carreira da Pena (434), uma autêntica mina pelos preços praticados e por não ser disponível para passes, não se aplica...pois é carreira de "todos os dias". 

Com a tomada de posição da Scotturb mais cidadãos são empurrados para o recurso à viatura particular, com mais consumo de combustíveis. 

Neste quadro, sendo obrigação dos Autarcas protegerem os cidadãos e munícipes, deve exigir-se que a Scotturb cumpra os horários de semana estabelecidos.

Aliás, estando garantidos pelo governo contingentes especiais, não faz sentido que, sem qualquer suporte, a Scotturb esteja já pondo em pratica tal sistema. 

Claro que isso se reflectirá na redução de custos, de que a empresa beneficiará...à custa de mais sacrifícios monetários e incómodos para os seus passageiros.

Aqui se verá a atitude dos Senhores Presidente e seu Vice, garantindo os direitos dos munícipes e exigindo os transporte públicos adequados à vida normal. 




sexta-feira, 9 de agosto de 2019

SINTRA: SR. PRESIDENTE, NÃO INVOQUE A UNESCO EM VÃO...

Postura caridosa dos municipes...

Confessamos que não é fácil, mas às vezes a democracia da cristandade exige-nos que ajudemos os políticos que, de opiniões perdidas, usam palavras de ocasião. 

Sentimo-nos obrigados à auto-crítica por recearmos que Sua Excelência, ao assinar o Projecto de Trânsito e Estacionamento, desconhecia todo o seu conteúdo.

Isso, só por si, justificaria que Sua Excelência - devidamente aconselhado pelo Seu Vice-Presidente - retirasse de vez o Projecto de Discussão Pública.

Gestos destes dos munícipes não aparecem todos os dias, embora admitamos que Sua Excelência se sentirá realizado por loquazes elogios...

Um Projecto cheio de "nódoas" negras

"A declaração de Património Mundial UNESCO da Paisagem Cultural de Sintra implica compromissos de conservação e proteção do património, (...)" do Projecto em Discussão Pública subscrito por Basílio Horta
Temos aqui um primeiro sinal de desajuste entre o subscrito por Sua Excelência e a realidade a que não liga, apesar de sucessivas citações.


A imundice que é disponibilizada a visitantes de Património da Unesco

Na Rua dos Arcos, em pleno centro da Área incluída no Património da Unesco, Sua Excelência não toma medidas adequadas ao prestígio do local e higiene pública.

Há quem - loquaz - chame àquela zona o "casco", termo que ajudará Sua Excelência a reconhecer o local e quem com desinteressado préstimo o pretende louvar.

Experiência inolvidável: Sua Excelência almoçando aqui...com TV´s à volta

Sugerimos até - face ao arrastamento sem preocupações de maior - que Sua Excelência dê a primazia à refeição nestas condições em vez de em cima no Paris.

E cita Sua Excelência no Projecto...o Turismo? É esta imagem que deixa?

Uma cozinha abarracada...ambulante...

Sua Excelência, nunca atravessou esta cozinha que dá acesso ao Paris? Será que ainda não viu? Olha para o chão? Achará digno de um local Histórico?

Apesar das denúncias, públicas e directas, em que aquela árvore envolta em plásticos morreu porque deixou de ter água a alimentá-la, Sua Excelência não liga?

Para quando a intervenção da UNESCO?

Já é altura do representante da UNESCO (diz-se que a Parques de Sintra é que suporta tal representação) convocar Sua Excelência para prestar esclarecimentos. 

Que responderá? Que não sabe? Que não vê? Que ninguém lhe disse? Então não é ali ao lado que tem comemorado as vitórias eleitorais? 

Que estranho não é Senhor Presidente? Que imagem se pode recolher...

E anda Sua Excelência, mais uma ou outra figura, tão empenhado num estranho Projecto de Trânsito (falhado à partida) e de Estacionamentos à distância?

Senhor Presidente,

Sintra tem nome nobre em todo o mundo, pelas suas belezas Património da Humanidade, cujo acesso está a ser restringido aos sintrenses para que não vejam.

Quem nos visita, todos os dias se depara com isto e nem quer acreditar. 

Sintra não merece estar a passar por esta vergonha!

Esgotou-se o tempo de Sua Excelência em Sintra.


terça-feira, 6 de agosto de 2019

SINTRA: SR. PRESIDENTE...É ALTURA DE SABER A HISTÓRIA

Gerir Turismo desligado da História

São tantos os maus exemplos da forma como se gere o Turismo em Sintra que devemos perguntar aos responsáveis como é possível tão frequentes desleixos.

Em 29 de Junho de 2004 a Fonte da Sabuga foi totalmente recuperada, realizando-se uma cerimónia que foi um jorrar de cultura com Cardim Ribeiro e politicos da época.



Lá estiveram Cardoso Martins, Guadalupe Gonçalves e Lacerda Tavares que na época eram Vereadores da Câmara Municipal de Sintra. 

Foram enaltecidas as várias equipas que trabalharam na Fonte, a do Eng. Infante que coordenou a equipa de reconstrução da Fonte, da equipa de Arquitectura.

Destacada as equipas de Arqueologia, de Restauro e de Construção Civil.

O tanque - agora visível - estava cá mas ninguém dava por ele.

Cardim Ribeiro recuou até ao Século XII, XIII e XIV para nos situar num rochedo do qual jorrava água, de que se vê uma parte se olharmos pela porta das grades.

Eram as pedras jorradias, existiam aqui e mais abaixo perto do Museu do Brinquedo num local conhecido como o poço do Romão.

Há pedras datadas de finais do século XV e descobertas em 1880, com desenho enviado a Possídónio da Silva, um dos arquitectos que construiu o Palácio da Pena.

Com D. Manuel, Sintra passou a ter carácter monumental e, por volta de 1510-1525 foi construído este tanque da Sabuga em pedra azulão de S. Pedro.

A Fonte da Sabuga passou a ser monumental no reinado de D. Manuel e o que se vê é parte do tanque, estando ocultada uma parte maior que está em mau estado. 

Sendo Presidente do Senado de Sintra Marcelino Fontes, a fonte foi reconstruída no seguimento do terramoto, pois ficou muito destruída. 



Foi uma lição de história dada por Cardim Ribeiro e o vídeo da cerimónia foi por nós oferecido à Biblioteca Municipal onde os interessados podem aceder à Cultura.

Foi um dia de alegria e orgulho, de felicidade pela recriação histórica da Fonte. 



Como está a Fonte da Sabuga nos dias de hoje?

Hoje, com a passagem diária de milhares de visitantes, o abandono do local envergonha os sintrenses sem que isso pareça incomodar os Autarcas responsáveis.

Se isso incomodasse, no meio de tanto palavreado sem valor prático, entre milhões (dos sintrenses...) de que não sabemos a conta, haveria medidas tomadas.

Este o aspecto desolador da Fonte da Sabuga, quando alguém por aí fala em turismo sem saber ao menos como se deve varrer uma casa...a nossa casa...Sintra.



Que vergonha nos envolve em cada dia, Senhor presidente da Câmara...

Como foi possível acreditar-se que #é este o caminho...

Só o desconhecimento da história de Sintra justifica imagens destas. 

Sintra não merece isto.


segunda-feira, 5 de agosto de 2019

SINTRA: GREVE NA PARQUES DE SINTRA E BASÍLIO HORTA

A justa luta dos trabalhadores



Esta manhã, frente ao Palácio Nacional de Sintra, um número elevado de trabalhadores da empresa Parques de Sintra lutavam por um Acordo de Empresa.

Os trabalhadores lutam por objectivos bem precisos, sem aumentos salariais há muitos anos, integração de trabalhadores a prazo e valorização profissional.

É uma luta justa que a Administração da Parques de Sintra tem de considerar porque se trata de quadros especializados e que prestigiam a empresa.

Por força da greve, uma vez que as visitas não encerraram, foi exigido um trabalho excepcional aos trabalhadores que estavam ao activo. 

A curiosa intervenção (ou golpe de rins?) de Basílio Horta

Numa jornada de luta que envolve trabalhadores e a Empresa Parques de Sintra, é estranho o surgimento de Basílio Horta (que não é Administrador da Empresa).

Esperar-se-ia que a Presidente da Administração (ex-Chefe de Gabinete de Basílio Horta) ou o Vogal nomeado pela CMS fossem contactados sobre o assunto.

Ao invés, quem surgiu a dizer umas coisas, foi Basílio Horta que tendo ambições sobre a Parques de Sintra não a vincula nem representa oficialmente. 

Tem assim pouco suporte a insistência no confronto com o Secretário de Estado do Tesouro a propósito do Estado ter vindo buscar parte dos lucros da Empresa.

Ora, em Abril pediu a demissão do Secretario de Estado alegando que os lucros entregues ao Estado, comprometiam a "protecção da Serra Património Mundial".  

Agora, Basílio Horta diz "que o problema já podia estar resolvido se o senhor Secretário de Estado do Tesouro" não tivesse cá vindo buscar a parte dos lucros...

Será que Sua Excelência sofre de perdas de memória frequentes? Ou confunde factos com frequência, dando-lhes versões diferentes segundo as ocasiões?

Terá a ver com eleições?

Nem Sintra nem os trabalhadores merecem isto...