domingo, 31 de janeiro de 2016

SINTRA: SENHOR PRESIDENTE, E A SEGUIR QUE TURISMO?

A notícia da Lusa (8.1.2016), reproduzida no Público, diz-nos que Sintra foi a "única localidade portuguesa presente na feira de turismo" ocorrida em Nova Iorque.

A peça, puxada à página pessoal do Presidente da Câmara no FB, seria menos banal se apontasse medidas em curso para receber bem os turistas esperados.

Cansa a sistemática alusão ao "destino turístico único e diferente", porque "únicos e diferentes", à sua maneira, são milhares de locais pelo mundo fora.

Ao mesmo tempo, exige-se rigor. Existindo dados oficiais sobre dormidas, não fará sentido dizer-se que "cerca de 15 a 20%" foram de norte-americanos.

Tal como aludirmos à "articulação com os operadores turísticos da região", sem identificarmos a região. Não ajuda a saber-se se são operadores de Sintra.

Mercados que exigem respostas de alta qualidade

Segundo as explicações dadas, pretender-se-à captar turistas norte-americanos e europeus de países mais ricos, onde o turismo é de alta qualidade.

Existem diferenças entre esses mercados: o dos EUA e Canadá é essencialmente de seniores exigentes, enquanto que os europeus são mistos.

Para captá-los, é preciso conhecer-se - concomitantemente - a qualidade da oferta interna nesses mercados e os hábitos criados nos seus turistas.

Para quê? Para que, após 10 ou mais horas de viagem, não se contentem com as esplanadas do Paris ou do Central, ou umas queijadas e travesseiros.

Não sendo visitantes com mochilas às costas, exigem comodidades médias e altas, ofertas museológicas e eventos culturais que os ocupem em Sintra.

Ao invés de alguns aristocratas locais que advogam os visitantes irem dormir a Cascais ou a Lisboa, Sintra não poderá chamar turistas...para cá não ficarem.

Sintra "atractiva" com "uma série de atracções invulgares"

Afigura-se-nos que a Câmara estará a promover o canal turístico que lhe cabe, já que outra parte - com receitas em monumentos - fará as suas promoções.

Da peça da Lusa, retiramos mais palavras do Presidente da Câmara: "(...) que Sintra seja atractiva(...) porque apresenta uma série de atracções invulgares". 


Será esta uma das "atracções invulgares" como garante o responsável?

Este espaço na Torre do Relógio (Centro Histórico) terá justificado que a Parques de Sintra enviasse para a Câmara 800 bilhetes de entradas


Como classificar este património Municipal, que há vários anos denunciamos. Será útil ao Turismo?

Quando se exaltam elevadas disponibilidades financeiras...que pensar?

Falemos um pouco de Turismo

Somos defensores do desenvolvimento do Turismo em Sintra, mas isso implica estruturas vocacionadas e decisões que abram as portas aos técnicos.

Como é possível falar-se em "destino turístico único e diferente" e depois termos um balcão na Estação da CP que ainda no passado dia 27 às 17,12 já estava fechado?

Aqui se vende Turismo "único e diferente"?

De guias turísticos locais credenciados ao Museu do Eléctrico

A notícia da Lusa, com explicações do Presidente da Câmara, pelo mesmo publicitada e omitindo eventuais medidas em curso, gerou grandes expectativas para breve.

A anarquia de ofertas ditas turísticas em Sintra é cada vez mais conhecida, com a indiferença de quem deveria promover regras e controlar a sua qualidade.

Ao invés, na maior parte dos destinos turísticos com História, só Guias Locais, devidamente formados e credenciados, podem acompanhar os visitantes.

Sintra não pode, em breve, oferecer aos visitantes norte-americanos aquelas imagens que todos os dias nos são oferecidas e que os responsáveis não vêem.

Será que o Presidente da Câmara já apanhou um autocarro da carreira 434 até à Pena, cheia de passageiros sentados e outros tantos de pé aos tombos serra acima?

E a deplorável concentração de viaturas no Centro Histórico de que os potenciais norte-americanos poderão ser vítimas incrédulas sem pisar a nossa terra?

Por último, talvez por nos ser ainda mais caro: O Histórico eléctrico, que os norte-americanos devem saber só funcionar em metade da semana. Há alternativa:

- Constitua-se, na Ribeira de Sintra, o Museu do Eléctrico. Leve-se a Linha até à Estação e, depois, promova-se a visita ao Museu ligando-o diariamente por eléctrico.

Tudo isto exige que Sintra controle o seu Turismo.

Turismo e capacidades de resposta devem ser levados muito a sério.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

SINTRA: A CÂMARA E O MISTERIOSO SINAL CMS 685/08

O sinal que abaixo se reproduz em quase duplicado, está assim há anos. 

Tem sido chamada a atenção para ele, os perigos no local são evidentes já que está num entroncamento sem traço contínuo e muito automobilistas encurtam a circulação fazendo perigar quem queira entrar na via mais longa.

Certamente as fotos (quase duplicadas) deveriam estar ao lado uma da outra, permitindo que um olho mais débil fosse superado por outro com mais acuidade. 

Entretanto, duas intituladas Presidências Abertas estiveram bem longe do local, onde personalidades com altos cargos poderiam desfrutar de momentos inesquecíveis.



Pela certa, algum mistério envolverá o sinal CMS 685/08, num entroncamento onde as altas personalidades não passam, mas poderão fazer uma terceira Presidência Aberta.

Para conforto dos Autarcas, ao que consta os residentes são colectados da forma habitual, não existindo dúvidas sobre o pagamento dos seus impostos municipais. 

Qual será, então, o mistério do Sinal CMS 685/08?



domingo, 17 de janeiro de 2016

"O FIM dos SEGREDOS", DE LEITURA OBRIGATÓRIA...

"O Fim dos Segredos" dá-nos a conhecer, de forma mesmo reduzida, as sociedades paralelas e invisíveis que nos cercam com interesses marginais à vida colectiva.

livro, bem escrito e organizado de forma a poder compreender-se, assusta-nos na viagem a meandros de organizações que, por algum fito, se pretendem secretas.


Não se trata de estruturas para convívios entre pessoas, digamos que para beber uns copos e conversar, para simples debates ou tertúlias inócuas. O oculto marca-as.

Não se trata de militantes de partidos políticos, estudando e discutindo programas para que os cidadãos possam votar e fazer escolhas para a sua representação institucional.

Somos levados a recordar a série Belphegor que a TV transmitiu nos anos 60, passada no Museu do Louvre e nos deixava sempre inquietos.  

Jogos de influência, células que - mais do que polvos - se multiplicam em esquisitas misturas de políticos, espiões e gente de altos negócios, salvaguardadas em segredo.

Milhões em patrimónios. Fundações. Personalidades que em público parecem guerrear-se mas depois se reúnem debaixo dos mesmos tectos em unidade fraterna.

Nomes conhecidos são pontas de icebergues.  

Que estrutura política se desenha?

Lendo cada página do livro crescem os receios sobre uma sociedade futura dominada por forças ocultas...se não existirem projectos democráticos alternativos.

"O FIM dos SEGREDOS" é uma fonte de desassossego, porque nos alerta para perigos diversos num País onde a maioria dos habitantes quer viver com transparência.

E como é bonito exibir-se ou louvar-se a transparência...consoante os interesses.

A leitura do livro "O FIM dos SEGREDOS" é determinante para nos precavermos.

Parabéns à Catarina Guerreiro pela coragem.

Boa leitura a quem aceitar este convite.




sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

SINTRA: ERRO GROSSEIRO NA TOPONÍMIA

A preocupação tem alguns anos e, manifestada em reservada conversa, duas horas depois já era exibida publicamente pelo escutante que a apresentava como sua.

Não esquecendo a atitude, esperámos a concretização do empenho...falhado.

Passada a repulsa, perguntamos: - Quem propôs e fundamentou à Câmara a atribuição do nome da Condessa D'Edla a uma Rotunda da antiga Estrada de Sintra?

Figura da nossa História, casada com D. Fernando II e com ele partilhando o Parque da Pena, com honras de Estado quando da sua morte, como foi possível a Câmara Municipal de Sintra dar o seu nome a uma Rotunda completamente desenquadrada?

Numa Zona que, agora, passou a ser nuclear em grandes superfícies para fins diversos, torna-se chocante o nome da Condessa D'Edla no meio delas... tão desadequado.

Deste lado um Hotel, Oficina de pneus e, até, um cartaz da Lotaria Clássica

Nas costas da placa toponímica, materiais de construção, "saldos", Decathlon e outras mais

Alternativas? Sim, há sempre alternativas...

Se o Executivo Camarário ficar chocado, pode corrigir a injustiça feita à memória da Condessa D'Edla, atribuindo o seu nome a um local devidamente adequado.

Obviamente que não poderá ser um local qualquer, tão pouco - como bóia de salvação - sugerir-se algo sem pés nem cabeça, pois há locais a respeitar e com história própria.

Daí que tenhamos optado por um espaço sem implicações administrativas, sem conotações religiosas, sem incómodos para residentes e respeitador da Senhora.

Largo em frente ao portão principal da Pena - um Largo sem Nome

Afigura-se-nos que o Largo fronteiro à entrada principal para o Parque da Pena seria o local ideal e honroso para a atribuição do nome de Condessa D' Edla.

Nesse Largo - sem nome - terminam a Estrada da Pena e a Calçada da Pena.

Para enriquecer o Local, seria instalado um busto da Condessa D'Edla, com uma breve referência à História do Local e ao Parque e Chalet que têm o seu nome.

Tal atribuição, já há largos meses pedida, poderá ser facilmente concretizada.

Estamos certos que a Câmara Municipal de Sintra tomará em consideração.

Aguardemos.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

SINTRA, CAMINHOS DA PENA E POLUIÇÃO AMBIENTAL

Um Novo Ano se iniciou e, com ele, como se transportasse um macaco às costas, o gravíssimo problema de viaturas de todas as espécies que demandam a Serra. 

Para quando medidas que limitem o anárquico acesso à Serra por automóveis e outras espécies em voga, quase todos em busca de um local para estacionar? 

Teoricamente, quem deve suportar o custo de soluções? 

A Câmara Municipal, por si só, não deverá suportar - com o nosso dinheiro - as soluções para o acesso à Serra e seus Monumentos, dos quais outra entidade aufere lucros.

Outra seria a responsabilidade da Câmara se gerisse esse Património, conjugando elevados investimentos com a defesa ambiental de benefício colectivo.

Ora, na Estrada da Pena, pode existir uma sobreposição de poderes, se a exploradora do Património da Serra proceder e decidir como se a Via Municipal fosse sua.

Da fixação de estacionamentos a regras de circulação e sinaléctica própria, tudo se pode observar ao longo de uma Via Municipal que não consta ter deixado de o ser.


Quem permite se indique aos visitantes Parques às vezes quase selvagens no meio de árvores?

A legitimidade de autorizar a circulação em sentido contrário foi transferida para a PSML?

Por detrás do sinal antes mostrado não há comprovante de aprovação/Registo Camarário

A Câmara Municipal, obrigada à defesa do ambiente e segurança no Município, incumbirá fixar as condições de acesso e definir que veículos podem circular na Serra.

Nem faria sentido o nosso dinheirinho suportar custos para garantir acessos ao produto que uma empresa vende e publicita com milhões de visitantes e elevadas receitas.

Digamos que a Parques de Sintra é que deveria investir em veículos para acederem ao património que gere, tomando os passageiros em zonas periféricas e na Vila.

Um problema nunca vem só...

Resolver o problema dos acessos à Serra acaba por resolver outro: - o da concentração de viaturas no Centro Histórico de Sintra cujos ocupantes não pisam o solo da Vila.

Infelizmente, de ano para ano, o crocodilo vai crescendo e, para Autarcas que vão surgindo por Sintra, é mais fácil falarem em ciclovias do que em parques periféricos.

Sintra é exemplo da incapacidade política para resolver tais problemas, porque há tantas experiências conhecidas que algumas poderiam ajudar os técnicos a resolver. 

Alguns exemplos

Em Bayreuth, o Altes Schloss Eremitage, que não é Património da Unesco, tem a sua própria estrada com cancela. O parque de estacionamento é a cerca de 1000 metros. 

Bayreuth: A amarelo o local de estacionamento que serve o Eremitage (cerca de 10.000m2)

Bayreuth: Estacionamento tão diferente do "selvagem" que a PSML indica na Pena

 Em Whitefish, no Glacier National Park (perto de Seattle), há soluções mistas: a esmagadora maioria dos visitantes são transportados em veículos movidos a gás.

Veículo movido a gás propano que transporta os visitantes até ao alto.

No entanto, mediante uma elevada portagem desmobilizadora e com controlo de unidades, é possível a veículos particulares acederem às estruturas existentes.

Sintra com "soluções" velhas, mas falha de decisões novas

De cada vez que se preconiza a eliminação de carros no Centro Histórico, logo surgem vozes que o contestam, como se os carros visitassem as lojas e comércio.

Sucede que, pouco os abonando, há autarcas que se retraem quando algumas figuras contestam as indispensáveis soluções, deixando correr o tempo e crescer o crocodilo.

A construção de parques na periferia (falamos há anos num grande silo no Ramalhão), até um Centro Rodoviário na zona da Abrunheira Norte, seriam determinantes.

Completar-se-ia com apoio rodoviário não poluente, em circulação permanente pelo Centro Histórico e com outro trajecto de saída a partir da Pena, talvez por Sta. Eufémia.

Assim, acabaria a carga rodoviária ao fundo da Calçada da Pena, vendo-se casas destruídas ou não habitadas. Quem gosta de ter milhares de viaturas a passar à porta? 

Calçada da Pena: Aqui passam milhares de carros em certos dias. À direita, nem o 7 escapou...

Aguardemos que, com a devida antecedência, sejam conhecidas medidas efectivas para evitar mais um ano de quilómetros de filas de carro com pessoas angustiadas.

Quando se realça a promoção turística de Sintra em Nova Iorque, será bom saber-se responder aos fluxos turísticos de forma adequada.

Aguardemos...


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

SINTRA: NA VÁRZEA, PROJECTO HOTELEIRO COM 15 ANOS

Segundo a Revista AMBITUR, a Vila Galé Hotéis está a procurar um parceiro na área da Saúde, para desenvolver um projecto de Turismo Médico e de Saúde na zona da Várzea. 


Para aceder à notícia mais completa, aqui fica o endereço:



quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

SINTRA, O MATEUS NASCEU...SEM MENSAGENS...

Os estimados visitantes deste blogue recordarão que no passado dia 13 de Novembro (por favor clique) falávamos de Gabriela, em final de gravidez a caminho do trabalho.

Há pouco, procurávamos no site da Câmara a Mensagem Presidencial saudando os Munícipes a propósito do Natal e Ano Novo, quando recebemos a bela notícia:
"O Mateus nasceu no dia 28, às 20,47 com 3.285g". Juntava fotos:
Que sonhos terá o Mateus?

A banhoca de um belo rapagão sintrense

Desistimos da pesquisa por razões óbvias, porque o Mateus estava em primeiro lugar.

Era esperado em Janeiro mas apressou-se e, não sendo apanhado na saudação, não será por isso que deixará de ser um bom sintrense, numa outra sociedade.

Daqui por uns dias, com o mesmo alheamento autárquico, O Mateus irá ao colo da Gabriela muitas centenas de metros para conseguir um transporte. 

Daqui por uns tempos, o Mateus, com uma mochila cheia de livros às costas, fará um quilómetro a pé até chegar à escola, às vezes de noite, como vejo tantos.

Em breve, Gabriela retomará o caminho que lhe ocupará quatro horas diárias (duas em cada sentido), numa complexa teia de transportes e custos que Autarcas não sentem.

A Gabriela está de parabéns pelo seu Mateus e a ambos desejamos longa vida.

Sintra, está muito mais rica pelo Mateus, mais um Munícipe meu estimado vizinho, que...

...não teve Saudação e nem Oficiais Votos de Bom Ano 2016.