domingo, 24 de novembro de 2019

SINTRA: SR. PRESIDENTE, "CONFORTOU" D. BENVINDA...

Sonho de D. Benvinda: promessa em 2021 de helicópteros entre Sintra e Terreiro do Paço

D. Benvinda Rosa, vive na União de Freguesias de Sintra e, não sendo mulher de lástimas tem vivido indignada pelos falhanços nos transportes para o trabalho.

Não é tão jovem como queria mas, nos seus mais de sessenta, continua a caminhar e correr diariamente para o mesmo posto de trabalho de há 43 anos...

Antes das 7 da manhã lá vai ela para a carreira 446 que é a primeira a partir de Chão de Meninos mas que, por qualquer enguiço, ou se atrasa ou não aparece.

Em dias de sorte, D. Benvinda consegue apanhar o comboio das 7:16 (em Sintra) para Oriente, esperando a ligação ao que parte de Meleças às 7:35 para o Rossio. 

Não consegue apanhar o anterior comboio que vai para o Rossio e parte às 7,10 porque não há ligações rodoviárias mais cedo para a estação dos caminhos de ferro. 

Se tudo funcionasse como devia, chegaria ao seu posto de trabalho cerca das 8:30, horas em que autarcas disciplinadores já estarão a pedalar a caminho de Sintra. 

D. Benvinda, observadora, não consegue lobrigar ciclovias junto à linha férrea ou ao longo do IC19, numa fixação quase doentia pelas pedaladas dos políticos. 

Acresce que, desde muito nova, nunca se equilibrou sobre uma bicicleta e, medrosa, nem saberia onde colocar a mala ou pegar no guarda-chuva em dias agrestes.

Já pensou consultar os autarcas-ciclistas, incentivadores do recurso à bicicleta, para saber como resolveram essas questões embora julgue que não lhe responderiam.

As desditas nos transportes

No dia 19 foi a carreira 446 que circulava com grande atraso obrigando a D. Benvinda (sem bicicleta) a andar cerca de 500 metros quase às escuras para outra paragem;

No dia 20 o comboio de Meleças não se realizou, obrigando-a a ficar parada ao frio na estação do Cacém e depois seguir em pé com um amontoado de pessoas.

No dia 21 foi o surgir do comboio que "não se efectuava" e que, partindo de Sintra, não teria horário previsto, confundindo os passageiros que esperavam.

Era ainda noite no dia 22 e a iluminação já apagada, a chuva era torrencial, mas D. Benvinda para ir trabalhar não teve outra alternativa que meter-se ao caminho. 

Na paragem, distante, bem agasalhada e de gorro na cabeça, a Carolina - ao colo da mãe - mordia a chucha com o incómodo dos dentes a romper antes dos 2 anos.

Por sorte - há dias de sorte - o autocarro apareceu a horas e lá foram todos a caminho da estação da CP, naquela incerteza diária de haver ou não transporte.

O Paulo, a Ruth, a Vera e o Igor, a D. Manuela apoiada numa canadiana que não ajudava a cumprir a sugestão de ser ciclista, todo um mundo de trabalhadores. 

Eram pessoas. Muitas pessoas. Numa luta de todos os dias com os problemas não resolvidos dos transportes que não afectam o presidente da Câmara...

A essa hora, ainda um trabalhador camarário, conduzindo carro de topo de gama, não se dirigiria a Lisboa para ir buscar Sua Excelência e trazê-lo para Sintra.

Benvinda, a "confortada" munícipe

Se D. Benvinda andava desconfortada com os transportes públicos, ficou siderada quando lhe disseram que a Base Aérea de Sintra podia ser transferida para Beja...

"Isso não...é demais", gritou em silêncio a D. Benvinda, porque ansiava, mais dia menos dia, que o Presidente da Câmara prometesse mobilidade em helicópteros.

Seguia D. Benvinda desconfortada, no ar sem pés no chão, entalada entre duas passageiras fortes, quando um grito soou no comboio: "A Base não vai para Beja".

Ficava a saber-se que Basílio Horta tinha falado com o ministro da Defesa (antes do 25 de Abril era da Guerra) e o dito pelo da Economia não se confirmava.

Abraçavam-se os passageiros, Sua Excelência não tinha falado com o Ministro dos Transportes, que alívio, como era confortável o momento.  

Na carruagem, em uníssono, os passageiros apertados, com pouco ar nos pulmões, ainda gritaram de contentamento: "Viva Basílio, #é este o caminho prometido".

D. Benvinda estava livre do "desconforto" da saída da Base e continuou a viagem de pé até Campolide, usufruindo dos últimos três minutos até ao Rossio.

Milhares, nesse dia, chegaram atrasados aos seus postos de trabalho, talvez até com cortes, mas notava-se a suprema felicidade pois "a base aérea não sai de Sintra".

Um "conforto" acrescido para D. Benvinda: os terrenos da Base, por agora, não serão  zona de "acolhimento" para resorts e unidades hoteleiras.  

Pessoa crédula, D. Benvinda promete votar no político/partido que em 2021 prometa ligações em helicóptero entre Sintra e o Terreiro do Paço.

Sintra terá mais um Prémio...agora do "conforto ilusionista". 


quinta-feira, 21 de novembro de 2019

SINTRA: DEPOIS DO PDM FAZ-SE O QUE NÃO FOI FEITO?

"c) Requalificação urbana e patrimonial do Centro Histórico de Sintra como ancora de identidade (população) e de competitividade ("marca Sintra") do Município". Página 45 da Proposta de Plano - Relatório

O excelente e completo trabalho exigido pela Proposta do Plano Director Municipal deixa-nos, mesmo em leitura rápida face à sua extensão, muitas preocupações.

O levantamento feito com dados maioritariamente de 2015 e anteriores, traça um quadro que, em termos gerais, não se afasta muito da realidade dos nossos dias. 

Torna-se, pois, um estudo preocupante, que mostra as grandes assimetrias territoriais e a desconformidade com padrões de evolução local e de programas europeus.

A ênfase no Centro Histórico de Sintra "como âncora de identidade" pode trazer amargos aos aceitantes do abandono actual por Sintra não ser só a Volta do Duche.

Claro que, depois de bem elucidados, não deixarão de aplaudir o novo PDM.

A culpa é do PDM?

Entre fantasias propaladas, realizações por realizar e coisas do arco da velha que servem de propaganda, voltamos ao abandono do Centro Histórico.

Sabemos ser incómodo, mas a nossa vocação não é sermos cómodos ou andarmos pela arreata perante o poder politico que não presta mas se exibe arrogante.

Mostramos a foto do antigo Centro Histórico, onde agora se encontra o Café Paris:

Vê-se a escada de acesso ao edifício, passando sobre a Rua dos Arcos

Em 30 de Outubro de 2013, quase um mês depois da eleição de Basílio Horta ter sido comemorada no Hotel Central, a frente do Café Paris estava assim:

Destacamos a verdejante tília do lado esquerdo, cujo tronco é visível

Mas, há sempre um mas, entrava água para aquele espaço que se foi transformando em cozinha ambulante e era preciso vender uns crepes e mais acepipes. 

Então, sem que Presidente da Câmara visse ao entrar, outros autarcas ou fiscais camarários com responsabilidades se apercebessem, embrulhou-se a árvore. 

"Apóstolos" e "louvadores" da gestão autárquica foram cúmplices deste gesto de carinho...envolvente...que "cortou" a água à árvore

Ontem a árvore lá estava, vergonhosamente seca, um bibelot que faria envergonhar essas figurinhas de retórica a que a Volta do Duche faz dizer disparates sem nexo.

A tília da nossa indignação 

A culpa é do PDM? Não, a culpa é da incapacidade de gestão de um território que tem todas as condições para evoluir de forma sustentada...mas serve de sustento...

PDM não é panaceia contra vontades

O PDM não sendo um documento restritivo, não pode servir para justificar o relaxe de Autarcas que, vinculados a defender a Instituição, procedam à sua vontade. 

Num sentido lato, o PDM estabelece balizas onde depois vão entrando os golos segundo a capacidade real dos intervenientes e interesses colectivos. 

Daí que haja um Enquadramento Regional, Relatório Ambiental e de Execução, Plantas e Mapas, ocupação de Solos, Ruídos, Ponderação e Discussão Pública.

Determinantes no PDM são os Planos de Financiamento para investimentos de bem colectivo e nunca enquadrados em indirectos financiamentos da Banca.

O PDM é uma ferramenta que está bem estruturada para o bem geral mas corre sempre o risco de, com certas habilidades, servir outros gostos e interesses pessoais.

Vamos estar atentos...há sempre tanta coisa por aí...até excepções...


quarta-feira, 13 de novembro de 2019

CHEIRA A NATAL EM MUNIQUE

Cumprindo o habitual rigor na Calendário, ontem ao fim da tarde chegou à Marienplatz, em Munique, mesmo em frente à Rathaus, a árvore de Natal 2019.

Foi imediatamente colocada no local onde ficará até ao último dia dos Mercados de Natal, que este ano serão inaugurados a 27 de Novembro, pelas 17 horas.

Agora mesmo a árvore imponente com quase 15 metros, já satisfaz a ansiedade por estes dias tão festivos, de encontro de Amigos e partilha de momentos felizes.

Há momentos era grande a azáfama 

Está a ser decorada com 3000 lâmpadas e, dia 27, o respeitado Burgomestre Dieter Reiter, na Varanda da Câmara, fará breve intervenção e acenderá a Árvore. 

A honra de oferecer a árvore coube ao distrito de Freyung Grafenau, cujas florestas fazem fronteira com a República Checa. Tem quase 1000 km2 e 80.000 habitantes.

Até ao Natal serão centenas de milhar as pessoas que passam pela Marienplatz, que compram recordações e adornos da Natal para as suas casas.


Milhares - debaixo de chuva ou neve - esperam pelo Carrilhão representar a História de Munique desde 1568 com o casamento de Gulherme V e Renata de Lorraine. 

São dias de festa, onde se bebe glühwein ou as crianças bebem Kinder-Punsch sem álcool  e feito com sumo de uva um ginja.

Os comerciantes fazem nessa época uma significativa receita financeira, que os ajuda no resto do ano.

Como sempre, sem ilusionismos, cumprindo os 14 dias antes da Inauguração, a árvore é o símbolo da sociedade organizada que se preocupa com Pessoas.

Cheira a Natal em Munique. Que maravilha. 




terça-feira, 12 de novembro de 2019

SINTRA: BASÍLIO HORTA VIRÁ A PROMETER BICICLETAS?

De uma página deste blogue, publicada em 9 de Fevereiro de 2018 (por favor clique para rever)  retirámos um pedaço, suficiente para conhecermos Sua Excelência. 

"
A "opção" bicicleta ao gosto de Basílio Horta

Se não bastasse quanto sofremos, ainda Sua Excelência, que se desloca para e de Sintra em confortável viatura, parece recomendar, por afirmações, o uso da bicicleta.

Mas uso para quê e para quem? 

Vejamos um curioso uso autárquico em Sintra, fora do preconizado que não satisfará os desejos de Sua Excelência: - Lúdicos, mobilidade saudável e económica.


A pé ou de bicicleta pela Volta do Duche...a cinza pelo Parque da Liberdade

Neste belo trajecto, a pé ou de bicicleta, Sua Excelência e seus Acompanhantes teriam 500 metros de saudável e arejado convívio, experiência inolvidável, visitando e vendo o estado em que se encontram os Parques da Liberdade e dos Castanheiros.

Seria mais. Seria a passagem à prática das recomendações ciclísticas...

O tempo - sabemos que precioso para Sua Excelência - não constituiria uma assim tão grande preocupação, já que poderia cumprimentar alguns artistas locais. 

Em contradição - sabemos que nos perdoará - porque permite Sua Excelência um trajecto com mais de 2 quilómetros para acessos - em viatura - ao Valenças?

Trajecto Paços do Concelho ao Palácio de Valenças por automóvel

Com a dinâmica ciclista de Sua Excelência (por favor clique) todos pedalavam para o trabalho, pela Várzea serra acima, com imagens correndo mundo, convergindo a Sintra milhões de bicicletas, tornando-nos o Reino das Mesmas...ainda sem Rei.

Jovens ou mais idosos, debaixo de chuva ou ao frio, sujeitos às intempéries, diariamente, dia ou noite, antes ou depois de um dia de trabalho, teriam a suprema realização de pedalar - e suar - subindo ou descendo os caminhos de Sintra.

E se Sua Excelência, na viatura que o transporta, os lobrigasse, não deixaria de lhes dar a salvação, o estímulo para pedalarem cada vez mais pela vida fora.

Percebe-se, então, como se torna difícil resolver os problemas da mobilidade e acessibilidades dentro do concelho de Sintra. 

Principalmente, porque as sociedade evoluem, a vida moderna é mais exigente, os períodos laborais são mais largos, mas tudo vai ficando na mesma. 

Ao menos que os responsáveis se sintam bem. Que pedalem... 

Talvez estejamos perante uma crise de pedais, permitindo que se fala em "passes metropolitanos" por um lado e bicicletas por outro...sem soluções.

Ora bolas! 


Sintra não merece isto."

 🔃

A pequenez autárquica com ciclovias na cartola

Não caros leitores, não estamos a falar de anões, estamos a falar do ilusionismo pensante, da tentativa de manipulação, da prática dos educadores.

Prometem-se pedaços de ciclovias para "incrementar a mobilidade e a segurança rodoviárias" e "acesso pedonal" para "atravessar o IC19" e nos meterem no Alegro.

O mesmo político que há vários anos não consegue recolocar a passagem pedonal sobre a linha férrea e que ligaria a Rua Heliodoro Salgado ao parque da Portela.

Enquanto vai cicloviando a candidatura para 2021, Basílio Horta - utente do Metro de Lisboa na campanha eleitoral - alheia-se dos transportes em Sintra.

São evidentes as poucas preocupações com os incómodos por que passam os utentes dos transportes públicos, pois se as tivesse já teria resolvido. 

Um só exemplo na mais populosa freguesia sintrense, onde pessoas - insistimos pessoas - desesperam à espera de transportes, desprotegidas das intempéries.

 Mem Martins: Junto à estação da CP, às vezes uma hora de pé, à chuva, ao vento

Os responsáveis pelos transportes em Sintra, por respeito pelas pessoas, já deviam ter resolvido, há muitos anos, este incómodo junto à estação de Mem Martins.

AS soluções de mobilidade das populações não se resolvem com bicicletas...

Solução urgente para os transportes...

Vítimas da sentida indiferença dos autarcas responsáveis pelos maus transportes que servem Sintra, outros castigos vão surgindo aos utentes. 

Com razoável frequência, os comboios atrasam-se ao longo do trajecto porque alguns revisores, em vez de darem a partida, continuam fiscalizando os bilhetes.

Sucede, então, que a longa espera dos maquinistas, se reflecte na chegada atrasada às estações, implicando que às vezes se percam ligações a autocarros. 

Por sua vez, ao contrário do que seria razoável, como os horários dos transportes rodoviários não são ajustados aos comboios, os utente são disso vítimas.

Pior, contra tudo o que é praticado pela Europa fora, não são conhecidas situações em que os motoristas (vendo o comboio) fiquem à espera de passageiros...não...

...É vê-los arrancarem à pressa, não vá alguém ainda correr para o apanhar....

E tudo isto se passa e agrava no dia a dia, sem que políticos competentes assumam de uma vez por todas a defesa da efectiva mobilidade das populações.

Depois, ciclicamente, inventam-se ciclovias...boas obras para quem as faz...

Ficamos à espera de, por altura das eleições, se prometerem bicicletas...

Até quando Sintra se manterá assim?


sexta-feira, 8 de novembro de 2019

SINTRA E A EMBUSTICE COM FÍFIAS ALVISSAREIRAS

Às 7:19:45 h de hoje estava assim o local...qual ponte?

No início de 2018, a aldrabice alvissareira anunciava - com a intimidade da autorização - que a ponte pedonal sobre a via férrea seria reposta "brevemente".  

E, de tal forma surgiam as "Alvissaras" (com foto da ponte que já não existia), que muitas pessoas julgavam já ter sido instalada naquela zona da Estefânia.

Tão imprópria e desonesta manipulação mereceu umas notas em 16.11.2018 (por favor clique) ficando-se à espera que alguma vergonha atingisse os anunciantes.

Infelizmente, a vida veio a mostrar que as regras de seriedade, da verdade e respeito pela palavra, da responsabilização colectiva pelo dito se arredam de muita gente.

O que leva alguma gente a tal? Entende-se mas nem se compreende nem se aceita, porque é um mau exemplo para os vindouros que devem saber da dignidade.

O que foi escrito acaba por nos envergonhar a todos, a todos os cidadãos que, gostem ou não dos políticos que nos governam, exigem um mínimo de seriedade.

Estamos em crer que o invocado autorizador não terá mesmo dito tal coisa pois isso exigiria a sua demissão por falsas declarações...

Mas "Fífias alvissareiras", na desafinação musical de especialistas são embuste.  

Fica o registo.

Ajustem entre eles quem aldrabou - com a devida intimidade da autorização.

SINTRA NÃO MERECE ISTO...NEM SE PODE VIVER NISTO!




Este é uma velha preocupação já aqui exposta em 17 de Dezembro de 2013 (por favor clique) e em 30 de Julho de 2019 (por favor clique) 





quarta-feira, 6 de novembro de 2019

SINTRA: BASÍLIO HORTA, A OBSESSÃO PELO "INVESTIMENTO"...

"Rigorosos, temos, no Turismo, um objectivo de rigor e excelência", Basílio Horta 

No lote de entrevistas que espalham virtudes do político Basílio Horta, fomos repescar uma de 6 de Agosto de 2018, pobre de seiva para a comunidade sintrense. 

Merece leitura a "Diplomatic Magazine" que conta "com um conjunto de colunistas e colaboradores de reconhecido mérito no mercado nacional e internacional".

Sem Ficha Técnica de suporte parece estar disponível para contactos...que não se conseguem, pois havia matéria que poderia clarificar o que foi escrito. 

CONTACTOS Para mais informações, preencha o formulário abaixo: 
([contact-form-7 id=”1950″ title=”Contact form 1″]

Todavia, o "formulário abaixo" não funciona para a indispensável ligação.  

As políticas de Basílio Horta

Numa revista com tal âmbito, Basílio Horta surge em foto sobreposta ao Palácio Nacional de Sintra (sem gestão ou responsabilidade camarária) e fala de investimentos e turismo. 

A peça "By VICTOR SALES GOMES" que terá sido de respostas escritas, surgiu a 6.8.2018,  quando Sua Excelência complicava a vida de sintrenses e turistas com más "soluções no trânsito".

Falou Sua Excelência de "prudência e delicadeza"(...)"adequadas à monumentalidade de Sintra"...e..."Rigorosos, temos, no Turismo, um objectivo de rigor e excelência".

Aludiu - sem citar suporte credível - à nacionalidade dos visitantes. Sabe dos que chegam de comboio? Dos trazidos por operadores? Dos que só vão à Serra?

A quem iludirá Sua Excelência?

A entrevista não apresenta contornos de espontaneidade já que Basílio Horta não diria tudo tão bem arrumadinho se um entrevistador fizesse perguntas pelo meio.

Teve, certamente, um objectivo de propaganda que, usando a imagem turística de Sintra, conduza a que investidores estrangeiros explorem o nosso território.

"Rigorosos, temos, no Turismo, um objectivo de rigor e excelência" escrito de Sua Excelência que não tem correspondência na vida real de Sintra.

Quatro (4) vezes falou em "Turismo residencial" sem explicar o que é, numa mistura com "resorts e unidades hoteleiras" "adequadas à monumentalidade de Sintra".

Falou também Sua Excelência em "Logística" sem indicar de que tipo.

Não disse, ao citar "Projectos de Relevante Interesse Municipal", a quanto ascendem os benefícios já concedidos em impostos e que benefícios Sintra obteve.

Pode inferir-se que Sua Excelência parece obcecado em ceder Sintra aos retalhos pelo "investimento"(13 vezes dixit) e "custos de contexto" do "licenciamento".

Em 2014 (p.f.clique), dizia Basílio Horta do Plano da Abrunheira-Norte: "um dos investimentos mais importantes que Sintra teve, senão o mais importante".

"Segundo a autarquia, o investimento ronda os mil milhões de euros e serão criados 600 postos de trabalho"(Público de 23 de Outubro de 2014).  

Do habilidoso teve que nunca teve, aos dias de hoje, começou a ver-se o político.

É a politica do palavreado sem suporte, desajustado a projectos que não se vêem nem nos permitem ajuizar da compatibilização de intenções com a prática seguida.

Sua Excelência é o exemplo politico do lançador de foguetes para o ar antes de tempo sem que, ao menos, se vejam as canas cair ou as obras surgirem.

Passado este tempo é difícil iludir o que não  tem feito por Sintra e seu Turismo.

Turismo: Mais de um ano depois da entrevista

As alterações feitas no trânsito - segmento determinante - têm motivado alguns operadores turísticos a optarem por outros destinos acessíveis, que não Sintra. 

Pessoas singulares, chegam e abalam desiludidas com o pandemónio criado.

A inacreditável confusão existente na zona da Estação da CP desacredita Sintra, sem que Sua Excelência tome as medidas adequadas e que nos prestigiem. 

Como é possível falar em Turismo sem recuperar o Centro Histórico? Ou oferecendo aos visitantes instalações sanitárias insuficientes e desadequadas?

Instalações precárias em Zona de resguardo de trens
   
Será que Sua Excelência é frequentador destas instalações sanitárias públicas? Achará que são compatíveis com a respeitabilidade que o destino Sintra exige?

Era isto que Sua Excelência deveria ter dito à "Diplomatic Magazine" e o que ia fazer para adequar ao prestígio de Sintra a qualidade na recepção aos visitantes.

Deveria, ao invés, explicar porque investiu mais de 140 milhões de euros na banca em vez de os aplicar no bem estar e qualidade de vida dos donos: os munícipes.  

Sintra tem fortes razões para estar farta das promoções políticas de Sua Excelência.

Sintra não merece isto. 


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

SINTRA: BASÍLIO HORTA, AUTARCA NÃO FICARÁ NA HISTÓRIA

Foto de Sónia Caetano publicada no Correio de Sintra

A foto desta Terça-Feira podia ser de todos os dias (por favor clique). É a imagem do desespero que afecta utentes de comboios da CP na linha de Sintra.
  
As frequentes eliminações de comboios geram excessos de lotação que se reflectem em horários por cumprir e prejuízos para os utentes além de desconforto.

Hoje em dia, a nenhum passageiro está garantido que chegue ao seu destino a horas e são e salvo, situação que deveria preocupar os autarcas locais.

O que se passa nos comboios da Linha de Sintra ultrapassa o surreal pela falta do respeito devido aos passageiros desse determinante meio de transporte.

Casos como o que mostramos podem repetir-se e assumir proporções de difícil controlo,  que autarcas e governantes deveriam acautelar.

Enquanto Sua Excelência viaja comodamente em viatura de gama alta, com motorista, os munícipes (que suportam esse conforto),  são vítimas dos transportes.

Basílio ligado a piores mobilidades em Sintra

Ver-se Basílio Horta no Metro de Lisboa, em propaganda do PS sobre transportes, é um engano pela sua inabilidade em resolver - como devia - os transportes de Sintra.

Sua Excelência ficaria bem na função para que foi eleito se exigisse a urgente solução deste problema que afecta milhares de Pessoas, Munícipes e Visitantes.  

Com efeito, sem suporte credível, Não deixou de fazer afirmações desajustadas (por favor clique) à degradação dos transportes ferroviário e rodoviário em Sintra. 

Antes do Basilismo ainda tinhamos quatro (quatro) circulações ferroviárias por hora entre Sintra e Rossio...agora, com aumento de residentes e turistas, temos só duas.

Aceitou que a CP, a pretexto de Meleças, reduzisse para três as ligações directas ao Rossio e, a seguir - com nova alteração - passou a duas vezes por hora...

Já este ano (desde 23 de Junho) a CP eliminou mais circulações de Meleças sem que Sua Excelência exigisse a imediata reposição, vitimando mais os passageiros.

É "politica de ocasião" dizer-se que a Câmara "está satisfeita com os transportes" (2016) e depois ter afirmações nitidamente de oportunidade, a que a CP nada liga. 

Sintra com largos milhares de utentes e de turistas, justifica que se comparem as ligações que a CP oferece nas linhas Sintra/Rossio e Cascais/Cais do Sodré:

  • Sintra/Rossio - 39 ligações directas com 40 de regresso;
  • Cascais/Cais do Sodré - 70 ligações directas com 69 de regresso.
      Ligações intermédias nas Linhas de Sintra e de Cascais:
  • Meleças/Rossio - 21 ligações com 22 de regresso
  • Oeiras/Cais do Sodré - 33 ligações com 32 de regresso.

E as Ligações rodoviárias, entre o interior dos concelhos e a Sede do Município:

Dias de semana:
  • Em Cascais cerca de 566 circulações vão ao Centro da Vila.
  • Em Sintra cerca de 393 com ligação à zona da Portela.
(Não incluímos as carreiras 434 e 435 (turísticas) que não servem residentes).

Se Sua Excelência fizer contas certas, notará que em Sintra (área 3 vezes maior que Cascais) a operadora Scotturb só efectua diariamente 41% das suas carreiras.

Só a antítese do Poder Local permitiria o mau gosto de dar sinais de agrado aos (maus) transportadores, alheando-se do agravamento de serviços para os utentes. 

Trânsito e Estacionamento fazem parte da mobilidade

No quadro da mobilidade e transportes públicos é indispensável incluir "Trânsito e Estacionamento", porque tudo se liga em Projectos para soluções integradas.

As respostas da ferrovia, a que os transportes rodoviários devem ajustar-se, terão inegáveis incidências na fluidez do trânsito e recurso ao estacionamento.

Se assim fosse previsto e planificado, não precisariam muitos milhares de munícipes (além dos que por cá trabalham) de recorrer regularmente a viaturas próprias.

Todavia, isso teria um senão: - O porquinho que precisa de Zonas de Estacionamento pago nas Freguesias (está no limbo) não engordaria quem delas quer receitas.

Suporta esta opinião o facto de em 6 anos nem Sua Excelência nem o seu Vice providenciarem melhores transportes...mas impuseram "Estacionamentos" pagos.   

Não têm decidido a bem dos cidadãos como foi o caso das "Alterações" impostas em Março de 2018, em que os utentes de transportes públicos foram sacrificados:

- A carreira 467, deixou de ligar à estação da CP em Sintra e a 433, que era rápida e directa da CP ao Centro Histórico, passou a dar uma volta de quilómetros.

Pelo contrário, nada foi feito para acabar com o acesso em duplicado de autocarros de turismo ao Centro Histórico, aumentando a poluição...que dizem combater. 


Aspecto da Volta do Duche a qualquer hora do dia

O Projecto de Trânsito e Estacionamento que esteve em discussão mostrou a visão de aumento de receitas à custa da retirada do direito de parqueamento livre.

Aliás, seria estultice acreditar-se que Sua Excelência e seu Vice abdicariam de parques pagos nas freguesias, que suspenderam até uma nova oportunidade...

Claro que Sua Excelência não quererá ficar na história de Sintra, basta-lhe o conforto da cadeira autárquica que lhe abre portas...e prepara renovação de votos. 

Não é de políticos assim que os sintrenses querem e precisam, que criam "condições de acolhimento amáveis" para "investidores" esquecendo as populações.  

SINTRA E OS SINTRENSES MERECEM MAIS.