sexta-feira, 31 de julho de 2015

SINTRA: AMANHÃ PASSE PELA QUINTA DA RIBAFRIA

Amanhã (Sábado) está previsto um dia de Sol limpo, com temperatura que rondará (na Quinta da Ribafria) os 25º, e algum vento.




Aproveite para passear numa Quinta Histórica de Sintra, propriedade da Câmara Municipal e que a disponibiliza gratuitamente a todos os visitantes.

Uma capela

Às 18,30 horas, cumprindo o Programa Verão 2015, poderá assistir à actuação do Grupo de Recriação Histórica da Associação Danças com História. 

Passe um bom Sábado, calmo e sem a confusão habitual de viaturas no Centro Histórico.


Desejamos que se sinta bem, tire umas fotos familiares e guarde recordações daquele espaço que esteve tantos anos fechado ao público.

Boa noite.


quarta-feira, 22 de julho de 2015

SINTRA: PENA E A ANARQUIA NOS ACESSOS À SERRA...

O recente incêndio no Parque Natural Sintra Cascais, que foi alastrando perto de Murches, constituiu um importante aviso para os perigos que podem suceder na nossa Serra. Pelo que se vê não haverá um plano de evacuação devidamente definido.


A imagem acima, tirada na semana passada, comprova a anarquia militante e cúmplice, entre todas as autoridades que, certamente, olham para o lado como é habitual.

Quatro (4) autocarros de grande turismo arrumados noutros tantos espaços; duas (2) filas de viaturas estacionadas lado a lado; um autocarro aguardando poder passar.


O desrespeito completa-se com a Cultura de visão da receita, do dinheiro que enche cofres sem abrir portas à Cultura. O problema é fora de muros...as mãos ficam limpas.


Mais abaixo, sem que possam ser sacudidas responsabilidades, automobilistas disputam um lugar, orientados por pessoa ostentando um colete com o logótipo da empresa.

Assim se acolhem visitantes, muitos leram belos textos promocionais a que a realidade das estruturas não corresponde, envergonhando...quem ainda é capaz de ter vergonha.

Um caso com contornos de CUMPLICIDADE COLECTIVA pela anarquia instituída.

Quem responderá pelo que possa suceder?

Como não podemos esperar que a protecção divina substitua a dos homens nas suas responsabilidades, aqui fica a acusação a todos aqueles que, por incúria e incompetência permitem que milhares de pessoas e bens corram riscos imensuráveis.

Qual o papel da UNESCO, ou indiferença, perante tudo isto? 

E falam sobre Sintra, babam-se com Sintra, exibem-se com Sintra, sem o sentido da responsabilidade que se lhe devia associar. Extremamente preocupante. 

De uma vez por todas acabe-se com o acesso livre e anárquico pela Serra acima, a que se segue o estacionamento sem regras, sem respeito, sem controlo.

Para quando o controlo rigoroso do tipo de viaturas que podem aceder à Serra, incluindo o controlo electrónico de lugares vagos em locais cuja segurança seja garantida? 

Há responsabilidades colectivas que não podem ser alijadas, precisando de ser claramente definidas para que um dia não se apontem a uns e outros. 

A Serra de Sintra, sendo de todos nós, não pode estar a ser assim gerida.

Sintra não merece tamanho desprestígio.




terça-feira, 21 de julho de 2015

SINTRA: DO POVO QUE LAVAVA NO RIO...

História de um povo

São curiosas as alusões, nesta Sintra milenar, a figuras com suposto gabarito, algumas a que o mau senso não deixa que se refiram os beija-mão com as devidas vénias.

Não há gente grada que escape. "Foram os Senhores Dons...", alguns até Bi Dons, fruto da enxertia de castas seleccionadas, tipo Dom do Senhor pai e Dom da Senhora mãe.

Este o terreno da petulância exibicionista, da cartola mesmo sebenta de tanto lustro, em que as questões fundamentais se ocultam: a história do povo é feita pelo povo.

Quem lavava no Rio do Porto?



No Largo do Rio do Porto o belo chafariz está abandonado, de chafariz só o nome, a água não corre...as bilhas de barro e os cântaros faltam lá, assim ocultando a história.

Por detrás, os tanques onde se lavava...onde muitas lavadeiras esfregavam com força a roupa que iam buscar às residências e depois punham a corar ao Sol. 

Quando a roupa era apanhada, bem seca e rija, estava livre de contaminações. 


Abandono a 100 metros dos Paços do Concelho

As imagens mostram como está aquele local que, noutras paragens, estaria como era no seu tempo. Talvez até com lavadeiras para que os turistas vissem a nossa história.

O Rio do Porto, que corre sempre com razoável caudal, foi desviado dos tanques, passando ao lado e deixando-os secos. Quem decidiu isso? Que falta de senso...

Como seria bom podermos falar - hoje - com uma dessas mulheres da história.

Romantismo rodeado de lixo

Neste quadro, devemos louvar a anónima romântica que, rodeada de lixo, ainda conseguiu ter coragem para expressar sentimentos. Se ao menos assinasse...

            Sejam o nevoeiro quando calmos, e o mar quando bravos, se serena apago-me no horizonte, se me exalto afundo-me no mar 

Tivesse por ali passado alguma figuraça, espirrado uma qualquer baboseira erudita e teria espaço nos anais das citações, dos factos da classe dominante e erudita.

No Rio do Porto havia pessoas, havia mulheres que trabalhavam duro, que se enchiam de suor, que corriam a subir as Escadinhas do Hospital para preparar as roupas.

Eram lavadeiras mas, especialmente, Mulheres do Povo. 


sábado, 18 de julho de 2015

SINTRA: VIVALDI, HOJE NA QUINTA DA RIBAFRIA

Se tem tempo livre ao fim do dia, não deixa de ouvir a Orquestra de Câmara de Sintra interpretando "As Quatro Estações de Vivaldi. 


Faz parte do Programa Cultural VERÃO 2015 oferecido (é mesmo oferecido, porque a entrada é gratuita...) pela Câmara Municipal de Sintra.

Salienta-se que a entrada é gratuita para TODOS, sejam ou não munícipes, pelo que não será preciso apresentar provas de ter residência em Sintra.

Passem um bom final do dia.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

SINTRA: NA PENA, A OBRA DE GREGÓRIO LOURENÇO...

Depois da visita ao Palácio da Pena, poucas pessoas se aperceberão que, a menos de 100 metros mais abaixo, há um património histórico completamente desrespeitado.

Precisamente no local onde a Parques de Sintra - Monte da Lua, por certo ao mais alto nível, entendeu disponibilizar um "ULTIMO PARQUE" de estacionamento automóvel.

"Último parque" - "Last parking"

Facilmente se admite (e conclui) tratar-se de território gerido pela PS-ML.

"Parque de estacionamento", até dormitório, em plena Serra de Sintra. Pouco prestigiante...

O estado de abandono a que tem sido votado este património

A construção desta presa data de 1878, portanto pouco mais nova que o Palácio Nacional da Pena. Está rodeada de pó, terra e...mais que tudo, de falta de respeito.

Sobre a entrada, duas lápides - nenhum conselheiro terá sugerido a limpeza - uma registando a construção por Mestre Pedreiro Gregório Lourenço, Técnico da época e Homem de trabalho; outra, aparenta-se como sendo a confirmação da obra.

Completamente ilegível. Foi a tacto que se procurou desvendar o escrito 

Como que uma chancela a confirmar a veracidade da obra, o dono e o autor

Aludissem a uma Alteza, Senhores Conde ou Marquês ou Senhora Duquesa e seriam bem esfregadas, enceradas e polidas com a verve de virtuosos historiadores.

São difíceis de ler, mas lêem-se! Só arrancando-as ficarão silenciadas:

Lápide Superior (A Obra)
A CONSTRUÇÃO DESTA PRESA QUE TEM CAPACIDADE PARA 1806,72 D'AGUA OU 4301 PIPAS E 18 ALMUDES MEDIDA DE LISBOA FOI ERIGIDA PELO MESTRE PEDREIRO GREGÓRIO LOURENÇO NATURAL DA FREGUEZIA DE RIO DE MOURO CONCELHO DE CINTRA RESIDENTE NO LUGAR DO LINHÓ DO MESMO CONCELHO TENDO COMEÇADO OS TRABALHOS EM MARÇO DE 1878 E FINDADO EM FEVEREIRO DE 1879. 
Lápide Inferior (Confirmação da Obra e Mestre construtor)
D.LUIZ DE
CASTRO
GUIMARÃES
1879
_________________

M.tre G.L.
(Mestre Gregório Lourenço)

De Mestre Gregório Lourenço, com pena, não conseguimos saber muito mais. 

De D. Luiz de Castro Guimarães conseguimos saber pormenores bem interessantes:

- No Registo Geral das Mercês do Reinado de D. Luís I, no Livro 2, Folha 133v, consta que em 18 de Novembro de 1862, foi nomeado Moço Fidalgo da Casa Real, honra que era atribuída a Moços Fidalgos em Exercício.

Por tal cargo - se não era dono da propriedade - acompanhou a Obra e Atestou-a.

D. Luiz de Castro Guimarães era um grande patriota. Fez parte da "Comissão Central 1º. de Dezembro de 1640 - Sociedade Histórica da Independência de Portugal".

Em 1861 tomou Posse nessa Comissão Central e assinou o Manifesto.

Em 1870 voltou a assinar outro Manifesto ao Povo Português.

D. Luiz foi Pai de D. Manuel Castro Guimarães (depois Conde de Castro Guimarães) - grande melómano - que ao adquirir o Palácio em Cascais (hoje Museu Condes de Castro Guimarães) mandou suprimir um piso para melhorar a acústica do Órgão.  

Perante isto, duas opiniões se podem expressar: a exuberância da defesa do património tem dias ou os especialistas...historiadores locais facilmente andam distraídos...

Que pena se não ligarem a este património que deveria ser preservado, ao menos por respeito a uma época e a personagens que enriqueceram Sintra.

Fica o registo, pelo menos para servir os vindouros.


Nota: O autor pouco percebe destas coisas. Mas, com vontade, enciclopédias razoáveis e algumas consultas, consegue-se atingir alguns dados de interesse. 

PLUTÃO, IMAGEM MAIS PRÓXIMA


A fotografia mais próxima tirada a Plutão pela sonda interplanetária da NASA. 

A sonda tinha partido a 19 de Janeiro de 2006 e só agora lá chegou. Grande viagem...

Tirada a cerca de 12.000 quilómetros de distância, é grande a nitidez.

À velocidade da luz no vácuo (+-300.000 kms por segundo) levou quatro horas e meia para chegar à Terra.

A beleza do planeta "anão" como lhe chamam deixa-nos as dúvidas sobre se há ou não vida noutros planetas...que vidas, de que forma, de que matéria. 

Chegados a este ponto do avanço científico, como nos tornamos tão pequenos.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

SINTRA, DA ESTRADA DA PENA AO PALÁCIO...

O mundo tem destas coisas, se o pedestal é alto de mais, a luminosidade e brilho podem ser afectados por ténues nevoeiros que, em baixo, obstipem  a visão da realidade.

Há uns 10 anos, na Estrada da Pena uma placa indicava ser "caminho particular".

Mais tarde, uma placa da Parques de Sintra - Monte da Lua chamava-lhe Calçada e informava tratar-se de um "caminho florestal". Agora já não existe nenhuma placa.



Certamente para melhor encaminhamento e não existirem dúvidas a condutores de todas as espécies de viaturas, a placa que existia sumiu,facilitando os acessos. 

Parece que, sobre a Estrada da Pena - território de Sintra - às vezes haverá dúvidas sobre a pertença: - É do Município ou da empresa que parece ser dona da Serra?

Qualquer que seja o pressuposto, ambas as entidades têm responsabilidades na recuperação do património, pelo que as heranças históricas devem ser bem tratadas.

Na nossa incerteza militante, sem dotes de alvissareiros, apenas podemos mostrar duas realidades que, estamos certos, qualquer elite conhece, com ou sem nevoeiros: 

Frente ao Portão dos Lagos, será esta a conservação merecida? Que respeito?

Também junto ao portão de entrada para o Palácio Nacional da Pena, uma pequena bica, além de seca, apresenta esta imagem a quem aguarda transporte:

Curioso aviso: "ÁGUA NÃO POTÁVEL" sem correr água. O resto deve fazer parte de algum estudo

E o Relógio do Palácio? Celebrará algum momento histórico?

Palácio da Pena...onde as horas e o tempo não passam...está assim há tanto tempo

Obviamente que haverá quem desvalorize estas coisas, se preciso teorizando sobre a riqueza do relógio "estar fora de horas" pois de historias somos mesmo ricos.

Ressalvada a nossa modesta participação, sem convívios fraternos com o poder...que resolve, fica-nos a esperança de que os alertas cheguem a quem se destinam.

Aguardemos pelo resultado...




sábado, 11 de julho de 2015

SINTRA: UM CASO DE PROTECÇÃO CIVIL

As "armadilhas" da Pena


Um parque de estacionamento da responsabilidade da Parques de Sintra. Que plano de fuga?

Não são de hoje as preocupações com a acumulação de viaturas no Parque da Pena e os riscos que possam advir em caso de perigo súbito que obrigue a evacuação.

O trânsito entope e os estacionamentos que a Parques de Sintra-Monte da Lua resolveu de forma expedita criar entre árvores (!!!) são armadilhas potenciais em caso de fuga.

Daí que o verificado na noite do passado sábado, com a larga difusão de visita gratuita e transportes oferecidos...exija o esclarecimento dos responsáveis pela Protecção Civil.

O ocorrido - de noite, carros entupindo vias e parques e pessoas a pé serra acima - só terá sucedido por não terem sido ouvidas a Câmara Municipal e a Protecção Civil.

Não se trata de um caso de somenos importância, para deixar esquecer, enquanto os aplausos pela iniciativa podem surgir...como as claques em certos espectáculos.

Pretextos e gratuitidades

A "iniciativa solidária", foi um bonito gesto promocional de duas entidades: A que acabou com entradas gratuitas para portugueses não residentes em Sintra e a que tem no circuito da Pena uma galinha de ovos de oiro, onde cobra 3 Euros em cada sentido...

Evidentemente que, para gestores com o coração cheio de solidariedade, em qualquer dia e hora as portas poderiam estar abertas, recebendo as contribuições populares.

A forma escolhida, pelo menos, acautelou as receitas da bilheteira nesse dia...

Quem garantiu a segurança dos presentes?

Com trânsito bloqueado, como se faz uma evacuação nocturna?

Ao que se sabe - saliente-se ter sido à noite - o fluxo de viaturas automóveis foi de tal ordem que, desde a entrada de Sintra, o acesso à Pena ficou quase interditado.

Uma realização destas, em que se previa "uma grande afluência de visitantes", exige medidas adequadas, prévias e bem estruturadas, para as respostas necessárias.

Claro que as pessoas ansiavam por juntar a sua participação solidária à perspectiva da visita nocturna do Palácio e Parque da Pena (gratuitas...), julgando estar seguras. 

Este o cerne da questão, para que em eventuais eventos deste tipo, existam medidas de segurança, equipas de bombeiros e outras que os técnicos considerem precisas.

Será bom que a Parques de Sintra - se o não fez - passe a ouvir a Câmara Municipal, esta sim responsável pelo território e que responderá sempre pelos factos que ocorram.

Também a Empresa deveria pedir desculpa pelas desilusões decorrentes (diz-se que estariam inscritas cerca de 14.000 pessoas...mas só cerca de 7.000 conseguiram).

Esperemos que a Protecção Civil previna a segurança da Serra, não só em futuros eventos nocturnos como no dia a dia em que a carga combustível na Serra é elevadíssima.


sexta-feira, 10 de julho de 2015

SINTRA: Senhores autarcas...despertem por favor...

Senhores Autarcas da 
Câmara Municipal e União de Freguesias de Sintra

É difícil saber se V.Exas., cujos nome evitamos aqui citar, sabem onde fica a Rua Maria Eugénia Reis Ferreira Navarro, no Centro Histórico de Sintra.

Por certo, por razões culturais, conhecerão sim a EN375, assim facilitando a resposta ao problema...atribuindo as responsabilidades a outrem por ser Estrada Nacional.

Por favor liguem o Vosso GPS nas seguintes coordenadas:

38° 47' 43.783" N     9° 23' 32.847" W 



Esta é a Rua, perdão, Estrada Nacional, com maior carga de tráfego no Centro Histórico de Sintra, insiste-se Centro Histórico de Sintra, pois dá acesso à Serra e a Lisboa.

Será que nenhum de V. Exas., com responsabilidades bem definidas para o prestígio e manutenção da qualidade de vida no concelho, ainda não se apercebeu disto?

Sintra não merece disto...


quarta-feira, 8 de julho de 2015

SINTRA: QUE QUALIDADE DE VIDA?

Nas comemorações do Dia do Município, o Presidente da Câmara abordou, com um ou dois flashes,  a qualidade de vida no concelho, ficando no ar alguma curiosidade. 

Nesta sociedade em que vivemos, extrapolarmos alusões à sua qualidade é um caso sério, tantos são os factores a ter em conta e determinantes para as condições de vida.

Para avaliarmos, é preciso vestirmos as diversas peles, já que a boa qualidade para uns pode não corresponder da mesma forma para outros. Damos exemplos:



Viver-se assim num Centro Histórico é boa qualidade de vida ou má de quem devia resolver? 

A visão comum, servindo autarcas e munícipes, só será realidade se ambos pisarem os mesmos terrenos, evitando riscos de ilusões por conclusões pré-formatadas.

Como valorizar assimetrias no concelho de Sintra?

Num concelho tão heterogéneo, é melindroso tentar avaliar-se a qualidade de vida, a menos que os inquiridores se contextualizem segundo regras indicadas.

Uma pergunta nuclear: "Conhece a sede do Concelho"? Logo aqui, em virtude das deslocações pendulares, pelo menos no Cacém haverá uma fronteira por derrubar.

Nos cuidados de saúde primária e hospitalar, que padrões de igualdade existem entre os que residem a Norte, Sul e Poente do território e os que vivem na Zona Nascente?

E a população escolar? A bitola das prestações alimentares, desportivas e educativas é igual em todos os Agrupamentos? Do Ramalhão a Casal de Cambra?

De que estruturas desportivas e culturais dispõem os munícipes e como elas se repartem pelo território. Quais as facilidades e dificuldades nos seus acessos?

A vida é limitada pelos transportes públicos, maus nas necessidades do território para cá do Cacém e melhores para lá, envoltos nas Coroas da Área Metropolitana de Lisboa.

Que qualidade de vida terão tantos que, em cada sentido, gastam mais de hora e meia para chegarem aos seus postos de trabalho ou regressarem a casa?

O direito à Cultura, com trancas nas entradas...

Como avaliar o acesso à Cultura se uma empresa de capitais públicos, gestora quase omnipotente de espaços históricos, inibe a entrada gratuita a jovens até aos 17 anos?

Praticamente, a empresa Parques de Sintra-Monte da Lua fechou a serra - a nossa serra - ao usufruto colectivo, a um património que é nosso. 
  
Que qualidade? E onde?

Não será possível padronizar a qualidade de vida no concelho pela Volta do Duche (todos os dias varrida) ou pelas zonas verdes e jardins à volta do Centro Histórico. 

Bastará caminhar-se um ou dois quilómetros e as perspectivas de qualidade ambiental e residencial começam logo a comprometer-se a uma cadência assustadora. 

Os lixos, o abandono, o desrespeito pelas obrigações assumidas pelo poder local, nitidamente em confronto com o chamado democrático, espelham os autarcas.

As autoridades, com muito pessoal Volta do Duche acima e Largo do Palácio de Sintra abaixo, raras vezes surgem fora daí, com reflexos...na falta de segurança periférica.

Existirá uma Zona de Conforto?

É indesmentível que há. Dela nos preocupamos - gostamos de a mostrar a visitantes - mas é uma imagem contraditória a muito do que se passa na maior parte do concelho.

E em nome da equidade entre munícipes, os autarcas não podem olvidar que o grosso das receitas municipais provém de impostos gerados no restante território (IMI e IRS).

Neste quadro, será mais importante a resolução dos problemas, antes de se dar estampa a resultados estatísticos saídos de médias que misturam os factores.

Para se evitar que 10 ou 15% da população total do concelho com melhor qualidade de vida sirva de bitola para atenuar as carências dos outros 85%.


Nota: A este propósito, pode dizer-se que, entrando nos concelhos vizinhos de Oeiras e Cascais, temos uma visão alargada do que melhora em qualidade de vida. É uma pena que assim seja.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

"SR. GELADO", HERDEIRO DA GELADARIA "ROMA" NA JOÃO XXI

Lembrar os gelados da Av. João XXI, em Lisboa

Com o calor a recomeçar, não resistimos a recordar outros tempos em que ir a uma geladaria era um hábito, uma tradição de namorados e de famílias.

Quantos se lembrarão da esplanada da fábrica de gelados "Sibéria", no Arco do Cego, frente à escola Lusitânia Feminina e passagem de tantas alunas do Filipa?

A "Sibéria", depois de comprada pela Olá, foi perdendo aquela mística que nos levava a comer uma boa cassata...sentados na agradável esplanada. 

Nessa época, destacava-se outra geladaria na Av. João XXI, salvo erro a "Pinguim" e mais tarde "Roma", onde os gelados nos desafiavam...a belos e agradáveis momentos.

Subia-se a Guerra Junqueiro até à Mexicana, passava-se a Praça de Londres e era logo na geladaria da João XXI, que obrigatoriamente se comia um gelado. 

Outras vezes, à saída do cinema Londres, as pernas já conheciam o caminho...

Para lá do hábito, era o desejo, a qualidade dos gelados, o sabor de uma época.

Hoje, com prazer, convido-os a recuperar ou apreciar os antigos sabores.

No CascaisShopping, um bonito e estilizado carrinho do Sr. Gelado, leva-nos a essa viagem de recordações, ao apaladar de algo que nos faltava recordar. 

Gelados feitos à moda antiga

São as mesmas receitas passadas de geração para geração, de avô para neto, que hoje nos permitem fechar os olhos e, entre dois pedaços de gelado, sonharmos.

Quantos momentos belos da nossa vida passámos nas mesas daquela geladaria que um dia fechou? Quantos Verões ali passeámos na nossa juventude?

Ao recordarmos os sabores dos gelados de antigamente, podemos oferecer às nossas crianças um gelado totalmente diferente daqueles a que se habituaram.

Deliciados, olhamos o carro a pedais que percorria as ruas, vemos a espátula que raspando o gelado enche o copo ou o cone, só falta o pregão "gelado fresquinho".

Talvez lá nos encontremos desafiando memórias de outros tempos...com sabores.

Fica o convite.

Bom fim de semana.