quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

SINTRA: EM VEZ DE ESPERAR...VOU A LISBOA VER O ARCO...

Em Sintra, os adeptos de pequenas coisas, daquelas que se podem resolver facilmente sem elevados custos associados, continuarão sentados. Não valerá a pena, por agora, insistir noutras, porque as pequenas "encomendas" aguardam acções.

Desafiado pelo Turismo de Lisboa no site que o serve em primeiro lugar e Sintra surge em baixo, ainda sem entender como uma Lismarketing passou a gerir o turismo de Sintra em substituição de profissionais competentes, resolvi fugir para Lisboa.

Segui o ritual que muitos leitores deste espaço não arriscam, mas que continuo a recomendar sem reservas: - Um pastelinho de "bacalhau com ele", na antiga Casa Chinesa, por sinal ainda bem portuguesa, ali à entrada da Rua do Ouro:

Claro, sempre com a atenção da D. Arminda

Confortado, os passos levaram-me à Rua Augusta que àquela hora da manhã é calma e nos faz recordar o tempo em que o ardina ia retirando jornais da sacola, dobrava-os com um nó e os atirava - certeiro - para a varanda de um qualquer 5º. andar...

De súbito o "Arco Triunfal da Praça do Comércio" estava sobre mim, desafiando-me a ir lá ao alto, ver Lisboa como nunca tinha visto. E que maravilhas se podem ver de lá.

Adquirido o bilhete à Lismarketing (apesar de Lis, será a mesma de Sintra), a primeira parte da subida é de elevador, seguindo-se uma escadaria interessante, a Sala do Relógio onde se pode ler CULTURA e outra bela escadaria para o miradouro.

A belíssima escadaria do segundo lanço 

Bela imagem da Praça do Comércio, Cais das Colunas e Rio Tejo

Mecanismo do relógio e seu tac-tac

Os Correios e suas viaturas

Os edifícios não têm culpa do Ministério das Finanças se ter aqui instalado

Esculturas de Célestin Calmels: Glória, Génio e Valor  (hoje que contradição!)

Rua Augusta até ao Rossio e o casario da baixa lisboeta e suas águas-furtadas

Estive no miradouro algumas horas, recebendo amigos alemães que se sentiam como que voando num encantamento indescritível que os acompanhará até à tão bela cidade de Landsberg am Lech na Alta Baviera. 


À partida, um registo especial: o toque do sino, que acima está reproduzido.

Meus amigos. Não percam a visita ao Arco Triunfal da Praça do Comércio.



Nota: Foi-me pedido e tenho muito gosto em deixar a história do Relógio do Arco da Rua Augusta, incluindo a versão em alemão, que o Jürgens e a Frida aguardam para mostrar aos amigos e vizinhos.







sábado, 22 de fevereiro de 2014

UMA DEGRADANTE IMAGEM DA POLÍTICA

Apreciemos a baixeza da referência a quem tem sido vítima de autênticos roubos nos seus direitos, nos seus salários e nas suas pensões. 

Retenhamos a vergonhosa vontade de sorrir, o riso sarcástico.

Avaliemos o sorrir diabólico onde escorrega a ameaça. A pancada...


Quem mentiu ao seu Povo e só por ter mentido chegou ao poder, não pode ter lugar num país que se deseja seja melhor para os seus filhos.

Que vergonha.




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

SINTRA: POLÍTICOS A NÃO ESQUECER...

18 DE FEVEREIRO DE 2008 - DUAS MORTES EM BELAS



Na altura - recorde-se para que a memória não enferme da febre de figuras excepcionais - eram Presidente da Câmara Municipal de Sintra Fernando Seara e seu Vice-Presidente Marco Almeida. 


Duas senhoras africanas, uma delas a caminho do seu primeiro dia de trabalho, morreram no Rio Jamor, levadas pela enxurrada que atravessava a estrada onde seguiam na viatura de uma delas. Uma não mais apareceria.

Hoje, passados 6 anos sobre a tragédia, aqui recordada na parte conhecida da história ,os políticos estarão mais empenhados no esquecimento do ocorrido e da forma e atitudes tomadas perante tão trágicos momentos para aquelas famílias.

Pelo que se julga saber, no diálogo entre o novo Executivo Camarário e a Estradas de Portugal, estará para breve a reparação da Estrada Nacional 117, havendo quem diga que passará a existir uma zona pedonal ao longo da mesma.

2192 dias depois, não esqueçamos as vítimas e os políticos.


domingo, 16 de fevereiro de 2014

SINTRA, EM TEMPO DE SONHOS...


PROVOCANTES DIAS DA VIDA

Melhor que aquele dia,
                      apenas outro igual,

Onde as nossas vidas,
                      sejam mais livres,

Dia que continue pela noite fora,
                      sempre juntos.

Que comece na tarde radiosa,
                      de um sol quente,

Ou comece com chuva,
                      enquanto nos amamos.

Em que a força do mar,
                      nos dê a dureza,

Ou que a noite seguinte
                      não traga sofrimento.

Este será sempre,
                      o primeiro dia da nossa vida.

Teremos cascatas verdejantes,
                      jorrando prata,

Férteis relvados cor-de-rosa,   
                      sorrindo à passagem.

A chuva trará sempre o desejo,
                      de transformar em vida tod'a miragem.

Sem relógios de tempo,
                      e contratempos,

Não teremos mais lamentos,
                     por separação no fim dos sonhos.

(In "Em Pedaços vos digo")

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

SINTRA: RUA DOS ARCOS E HISTÓRIA DO LUGAR...

Tenho obrigação, por cortesia e agradecimento, de publicar uma foto muito antiga (anterior à República, segundo me foi escrito) do Hotel Central. Muito obrigado.

Alguém que não se identificou, ao seguir as imagens publicadas por este blogue sobre o estado lamentável da Rua dos Arcos, resolveu ajudar com uma preciosidade:

Hotel Central com a beleza de outrora

Em primeiro plano um arco com 4 degraus (agora o café Paris tem 6) seguido de espaço aberto. O arco seguinte era de acesso ao Hotel Central. A rua tinha três arcos.

Entrada para o Hotel Central vista de outro lado (foto obtida na Sintriana, Biblioteca Municipal de Sintra

A esplanada do Central ocupou a zona tapada e avançou para dentro do antigo Paço

Ao ser tapada a Rua, o espaço aberto - que era público - viria a ser ocupado pela esplanada e, como o passeio era estreito, para que tivesse mais espaço, também os candeeiros avançaram sobre a zona do Paço. 

Dois dos três arcos. O da entrada está nas costas do fotógrafo

Apesar de muitos alertas feitos durante o último executivo, a Rua dos Arcos, pela omissão dos responsáveis, tornou-se num túnel imundo cuja imagem deve continuar a envergonhar quem a manteve sem as medidas respeitadoras do Centro Histórico.

Envergonha mais as auto convencidas elites, quantas vezes submissas ao poder.

Uma imagem degradante, a que a montagem da esplanada por cima da rua não é alheia

Tudo isto não pode continuar assim, pois há soluções possíveis.

Há técnicos camarários sobejamente conhecedores da história local, dos monumentos a respeitar - uns antigos e outros nem tanto - pelo que a Câmara deve recorrer a esses, certamente ansiosos de serem chamados a servir Sintra.

Estamos fartos de estudos estratégicos. De entidades externas. De onerosas encomendas com belas conclusões que ficam embrulhadas no papel.

Sintra precisa de recuperar dos últimos anos, sem elevados custos.

SINTRA E O SEU PATRIMÓNIO MERECEM RESPEITO!


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

SINTRA: HOTEL NETTO, CENTRO HISTÓRICO E SRU...

Na edição do Jornal de Sintra de 7 deste mês, em seis colunas, é dada à estampa a opinião que o Dr. Hermínio Santos, prestigiada figura sintrense, apresentou em recente debate sobre o "Centro Histórico de Sintra" promovido pela Alagamares.

Antigo Hotel Netto, importante é acabar esta imagem degradante

Pelo que se lê, a intervenção centrou-se, praticamente, na aquisição do Hotel Netto pela Câmara Municipal (direito de preferência), estribada numa ampla manifestação de patamares técnicos e orçamentais e futurologia sobre a utilização do imóvel.
  
Antigo Vereador Municipal, o Dr. Hermínio Santos tem conhecimentos acrescidos, pelo que, de uma penada, logo terá assustado alguns presentes com os quatro milhões e meio de euros que apontou – sem "exagerar" - de custo final da aquisição.

Em cinco das seis colunas, as múltiplas alusões à Empresa Parques de Sintra – Monte da Lua justificaram a opinião de que esta poderia ter assumido o “elevado dispêndio com a recuperação do Hotel Neto” (no texto do jornal só com um t).

Identificando as prioridades definidas pela CMS para 2014-2017, alertou: “pode concluir-se que  o Centro Histórico de Sintra, durante os próximos quatro anos, não irá beneficiar de qualquer significativa e muito urgente intervenção, excepto a dispendiosa reconstrução do Hotel Neto” (no texto do jornal só com um t).

Infelizmente, ao não se identificarem intervenções ocorridas no Centro Histórico nos últimos 12 (doze) anos, tal facto é facilmente entendido por quem vive na realidade.

Falando de turismo: há quantos anos este problema está para ser resolvido?

Em tese, pode inferir-se que a CM de Sintra, gestora do Centro Histórico, deveria ter cedido à PS-ML o direito de compra do Hotel Netto, a qual suportaria (S.E.& O.) os quatro milhões e meio de euros da reconstrução, ditos dispendiosos para a Autarquia.

A propósito da recuperação do Centro Histórico

Divulgada a pormenorizada estimativa de custos para recuperar o Hotel Netto, perguntava-se se não seria mais lógico a Câmara Municipal fazer tal investimento no Programa Integrado de Reabilitação e Valorização do Centro Histórico.

Rua dos Arcos, em pleno Centro Histórico. Quantas vezes pedida intervenção nos últimos anos?

Falar-se do Programa para a Reabilitação, exigiria um dado precioso ao debate (e não fornecido): - A quanto ascenderam e como foram aplicadas no Centro Histórico as contrapartidas financeiras da Zona de Jogo do Estoril anteriores a 2009.

Ora, no Centro Histórico, há carências a que a Câmara terá de responder (redes de água, esgotos e iluminação) mas outras não lhe incumbe suportar por serem de operadores externos, como é o caso das redes de telecomunicações, gás e TV cabo.

Admitindo-se que só a limitação de tempo para as intervenções terá impedido uma mais ampla e enriquecedora opinião, foi uma pena que não tivessem sido abordadas, por quem conhece, outras situações de interesse para a vida sintrense.

Nomeadamente a indiferença perante a venda - no último mandato -  das casas pombalinas na Volta do Duche, quando os defensores do património sintrense poderiam ter defendido um solução como a agora sugerida para o Hotel Netto.

Lembre-se que, em 2011, a PS-ML adquiriu à Câmara de Sintra por 1.160.000€ (a pagar em 4 tranches) a Quinta da Amizade, que inclui a Vila Sasseti, tendo sido prevista a sua abertura em 2012, mas ainda sem sinais relevantes de recuperação.

Quinta da Amizade, há dias 

Para investidores privados - que não de capitais públicos - ainda há a Quinta do Relógio, que a Câmara Municipal (e muito bem) desistiu de comprar por cerca de 6.500.000€, com custos de reabilitação ou orçamentos nunca apresentados.

SRU, uma via de solução para o Centro Histórico

Devemos dizer que não somos adeptos da criação de uma Sociedade de Reabilitação Urbana, pois talvez se tornasse num outro pólo tão complicado como o podem ser empresas municipais ou de capitais públicos. Até por questões de custos e…IVA.

Na realidade, tendo a Câmara Municipal quadro técnicos sobejamente conhecedores de como se defende o Património e das medidas adequadas, dentro da própria autarquia há lugar para um Serviço de Reabilitação Urbana.

Tal serviço não se restringiria ao que hoje chamamos e confinamos como Centro Histórico, mas a uma área mais alargada e incluída nos estudos a efectuar.

O Centro Histórico exige soluções urgentes, não comportando no seu terreiro disputas sobre quem é melhor ou pior proprietário, antes quem resolva os problemas.

É nisso que confiamos...




quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

SINTRA: PEQUENAS OBRAS QUE VALEM COMO SINAL...

No Centro Histórico de Sintra não são precisos grandes gastos para se ajudar à melhoria da imagem que durante tantos anos se foi perdendo.

É justo que se destaquem algumas pequenas obras, indiciadoras de que há quem esteja mais atento e queira - sem rodeios - preocupar-se com a resolução.


Aqui, durante muitos anos, a acumulação de lixo em frente ao Hotel Lawrence's chocava passeantes e quantos se preocupam com a preservação dos lugares. Agora foi limpo apresentando o aspecto que se mostra. E não é um espaço qualquer.

Falando com João Rodil, um homem de cultura sintrense, ele lembrou-me Os Maias, onde Eça de Queiroz descreve este espaço: "No muro em frente ao Lawrence, preguiçavam dois burriqueiros à espera dos ingleses para os levar à Pena". 

O círculo indica a argola onde os burros eram atados.

Em baixo dois exemplos da solução para que os peões caminhem no passeio, pois as árvores, crescendo e com raízes, obrigavam a desvios para a via pública.

Volta do Duche, junto ao Parque dos Castanheiros

Rua Consiglieri Pedroso

Uma nova postura virada para a imagem dignificante de Sintra? Confiemos que sim, pois nem sempre é preciso aludir a elevados custo para justificar o que não é feito. Com empenho dos técnicos e serviços, não é preciso muito dinheiro...só vontade.

Feitas as pequenas coisas, sobra mais dinheiro para as outras...trazendo satisfação a quem vê esses pequenos pormenores.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

SINTRA: MUSEU DO BRINQUEDO VIABILIZADO...

Através do TudosobreSintra, em artigo ontem publicado, ficamos a saber que a Fundação Montepio firmou (ontem) um "protocolo de cooperação com o Museu do Brinquedo que "garantirá a solvência financeira"".

Por seu turno, a administração deverá "angariar patrocinadores, visitantes e amigos" para garantir a sustentabilidade a médio e longo prazo".

Como contrapartida do apoio da Fundação Montepio, os associados do Montepio - Associação Mutualista e seus familiares terão condições preferenciais de acesso a exposições e actividades, tal como utentes de instituições de solidariedade social.

A notícia enche-nos de alegria, depois das preocupações aqui manifestadas em 1 de Junho de 2013 e que em baixo reproduzimos.

Obrigado à Fundação Montepio.

VISITE O MUSEU DO BRINQUEDO!

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Publicado em 1 de Junho de 2013

SINTRA: MUSEU DO BRINQUEDO, PATRIMÓNIO CULTURAL


Aguardo há três dias que um porta-voz camarário ou afim, aborde a postura da Câmara Municipal de Sintra relacionada com o Museu do Brinquedo, já que para uma   reportagem da RTP1 "ninguém se mostrou disponível" para o fazer.

No site camarário, sabe-se que o "Departamento de Cultura" (não da...) é do âmbito do Senhor Presidente da Câmara, pelo que a indisponibilidade foi ao mais alto nível.

Foi uma ingratidão "ninguém" se mostrar "disponível" para a RTP, tão dedicada a directos com alguns políticos de Sintra, recordando-se - entre outros - aquele passeio de trem em que o Eléctrico de Sintra foi convertido em "comboiozinho"...

O Museu do Brinquedo de Sintra não é uma questão de indisponibilidade. É um património mundialmente conhecido que honra Sintra e deve ser salvaguardado.


Compreende-se o imenso sofrimento da Senhora Directora do Museu, cujo marido construiu o sonho de deixar em Sintra um Museu para as futuras gerações.

Elegantemente, entre o temor da perda e a esperança por uma solução, a Sra. D. Ana Arbués Moreira enfatiza as responsabilidades do Governo, torneando as camarárias.

Na carta recebida do Presidente de Câmara - Sr. Dr. Fernando Seara - considera-se que "as instalações, espaços e equipamentos não são necessários para o Município".

Na mesma carta, que o Município não tem forma de providenciar "uma utilização e gestão similar à agora assegurada pela Fundação", "seja pela ausência de qualquer programação, seja, principalmente, pela falta de um acervo material equiparável".

Alude o Presidente da Câmara à "indisponibilidade dos meios financeiros, técnicos e humanos a alocar a uma tal realidade", deixando uma riqueza textual relevante:

"A par da inexistência da cultura procedimental e dos conhecimentos específicos habilitantes". (destacado nosso).

Mas o que é isto? Que falta de sensibilidade e enquadramento cultural permitem que um Museu (público ou privado) passe por momentos de incerteza como este, admitindo-se a sua deslocalização para outro município?

Já este ano a Câmara fez cedências de utilização de imóveis, suportou milhares de euros em apoios financeiros a entidades privadas, a danças, com protocolos de cedência e contratos-programa, e o Museu do Brinquedo é que está na corda bamba?

A realidade é outra: - O  Museu do Brinquedo não dá votos. É das crianças e dos adultos que gostam dele. Se desse votos, logo surgiria um qualquer Road Runner em viatura camarária, empenhado na "defesa desse património cultural de Sintra".

Ao fim de 12 anos do Sr. Dr. Fernando Seara como estando de presidente e do Dr. Marco Almeida estar como Vice-Presidente, só nos faltava mais uma preocupação, desta vez sobre a existência do Museu do Brinquedo.

Hoje, o Museu do Brinquedo é das crianças e do seu Dia Mundial. Amanhã será de nós todos, sintrenses e visitantes, homens e mulheres que nele se recordam, que por algumas das suas peças deixam cair umas lágrimas.

O Museu do Brinquedo não fechará porque os sintrenses NÃO DEIXARÃO.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

SINTRA, POR UMA NOVA DINÂMICA NO TURISMO...

Por força do protocolo de cooperação celebrado em Dezembro de 2008(*) com a Associação de Turismo de Lisboa, o turismo de Sintra passou a ser dirigido, praticamente, por uma entidade externa, facto que passou ao lado das elites locais.

Dessa forma, a parceria com a ATL, prevista para quatro anos, passou a contar ou foi alimentada com 1,2 milhões de euros, em fracções de 300.000 € anuais(***), dinheiro a que a Câmara de Sintra teria direito como contrapartidas da zona de jogo do Estoril.

A partir daí, uma entidade não sintrense passaria a fazer a concepção e coordenação da presença de Sintra na Bolsa de Turismo de Lisboa e implementar a marca "Sintra - Capital do Romantismo". Sintra feita generosa pagadora dos serviços.

Claro que nada disto se relacionou com as eleições que se aproximavam...

O Vereador do Turismo, respeitável sintrense, falando na "complementaridade entre Lisboa e Sintra"(**), preocupava-se com a "questão das dormidas" e "se trabalharmos em conjunto podemos captar mais turistas(...)". Não integrou o Executivo seguinte...

Mudaram-se as caras no turismo e como evoluiu?

Os Serviços camarários ligados ao Turismo, onde existiam profissionais altamente qualificados e que davam a cara por Sintra, nomeadamente no Posto do Turismo do Centro Histórico e Estação da CP., deram lugar a caras protocolizadas de fora.

Na Estação da CP, talvez a primeira porta de entrada em Sintra, os profissionais camarários garantiam um horário contínuo entre as 9 e 19 horas e, em certas épocas, até às 20 horas. Só encerrava quatro dias por ano.

Hoje, para ajudar à avaliação da qualidade com que se recebem visitas, podemos ver um cartaz suficientemente elucidativo sobre a evolução turística verificada:


 Por debaixo do mapa, à mão: "Lunch break from 12:20 - 14:30
The next  point can be found at the historic center, near Palácio da Vila. Thank you"


Outro Plano, desta vez "Plano Estratégico do Turismo" (PET)

Celebrado o PET, vieram as obras no Edifício do Turismo, surpreendendo muitos sintrenses uma viatura onde se fazia o atendimento dos visitantes da "Sintra - Capital do Romantismo". Havia quem lhe chamasse a carrinha das farturas.

Vieram as Autárquicas de 2009 e outro Vereador do Turismo que diria à revista Turisver (20.11.2010): "(...) um dos objectivos (...) é deixar de associar Sintra  a uma etapa num roteiro turístico para eleger o concelho a destino turístico assumido (...)".

Estava dado o mote para Sintra assumir o seu destino, mas o Vereador do Turismo tornar-se-ia também deputado na Assembleia da República em Junho de 2011.

Na verdade, comprovando a importância dada pelo Executivo Camarário ao Turismo de Sintra e sua implementação, tal Pelouro foi mantido sob responsabilidade de um Vereador que tinha por prioridade o cargo no Órgão máximo da República.

Neste quadro, valeu a dinâmica progressivamente assumida pela Parques de Sintra - Monte da Lua, empresa de capitais públicos com mérito na recuperação de palácios e parques, mesmo sem responsabilidades pelo turismo de Sintra.

Uma dinâmica própria para Sintra

Sem deixar de fazer parte de um arco turístico da região de Lisboa, parece justificar-se que seja Sintra a aplicar os seus fundos financeiros na promoção das atracções turísticas do seu território, incentivando mais estadias com maior número de camas.

Será que os actuais responsáveis pela gestão de Sintra estão a avaliar as relação entre as contrapartidas pagas e o benefício obtido com algumas publicações aqui e ali? Ou melhor seria uma gestão própria, devidamente focalizada nos mercados?

Sintra reúne todas as condições para - sem intermediários - recorrer à sua promoção externa, nomeadamente em mercados que já foram relevantes como o alemão e americano, mas sem a dependência de uma entidade gestora de concorrências.

Decorridos os quatro anos previstos para o PET, nada se sabe sobre a sua renovação ou revogação, e que é fundamental para uma nova visão promocional de Sintra.

Finalmente, ainda relacionado com as contrapartidas da zona de jogo do Estoril, sabendo-se como foram aplicadas as de 2009 e seguintes, seria do mais alto interesse saber-se como foram aplicadas as verbas dos anos anteriores.


(*)  - Publituris|Destinos - 09 de Janeiro 2009
(**) - (cidadeVIVA-07 de Julho 2009)
(***)- Especial|Publituris - 24 de Julho 2009