terça-feira, 20 de novembro de 2018

MUNIQUE, MERCADOS DE NATAL UMA TRADIÇÃO

Tudo a postos para os Mercados de Natal (Christkindlmarkt)

Manhã de 19.11.2018 (já nevou esta noite) 

Com o rigor habitual, 14 dias antes da Inauguração Oficial dos Mercados de Natal em Munique, foi montada a Árvore de Natal na Marienplatz, frente ao edifício da Rathaus.

No próximo dia 27, pelas 17 horas, o Ober Burgomestre de Munique, Dieter Reiter, fará da varanda da Rathaus uma saudação aos presentes e inaugurará os Mercados.

Farchant, Município Honrado este ano

Este ano a Árvore de Natal foi oferecida pelo município de Farchant, tem 25 metros de altura, pesa 4,5 toneladas e contará com 3.000 lâmpadas à sua volta.

Farchant é um município integrado no distrito de Garmisch-Partenkirchen e a sua população não chega aos 5.000 habitantes. É das mais belas regiões da Baviera.

Por perto, tem a Abadia de Ettal, o Linderhof Schloss e a montanha Zugspitz.

Abadia de Ettal

Linderhof Schloss

Zugspitz (o ponto mais alto)

Zugspitz

comboio de cremalheira em parte do percurso

O município de Farchant, com a escolha para oferecer a Árvore de Natal, foi motivo de  grande honra para seus habitantes, tendo direito a espaço no pátio da Rathaus.

Pátio interior da Rathaus (visto da Torre principal)

Durante os Mercados de Natal, o município de Farchant promoverá a sua região nos aspectos turisticos, culturais e gastronómicos, entre outros.

Tradição todos os anos renovada

Os Mercados de Natal têm um grande peso nas receitas de centenas de pequenos comerciantes pois neles se movimentam muitos milhões de euros. 

Além disso, é uma tradição Cultural que remonta ao Século XIV.

Lá teremos o Glühwein (vinho quente em canecas coleccionáveis), espetadas de fruta com chocolate e uma variedade fantástica de decorações natalícias.

Diariamente, na varanda da Rathaus poderemos apreciar música ao vivo.

Neste momento, os vários stands estão a encher-se de produtos que serão postos à venda logo que os Mercados sejam oficialmente Abertos.

Desejamos, desde já, um Natal Feliz para todos e que bons tempos se avizinhem nas suas (nossas) vidas. 



Nota: embora não seja benfiquista, sabemos que dia 27 muitos adeptos do Benfica estarão em Munique (onde o clube joga) pelo que não deixem de aproveitar a sua estadia para assistir a muitos dos eventos ligados com a Cerimónia de Abertura dos Mercados que será às 17 horas. Que levem boas recordações de Munique. 





segunda-feira, 19 de novembro de 2018

SINTRA: CONGRESSO COM "IDEIAS" REQUENTADAS...

Chamaram-lhe, recentemente, Congresso Economia Sintra 20/30, um nome pomposo que foi enriquecido com o fantástico qualificativo de "histórico".

Decorre da democracia a facilidade com que se classifica de fantástico ou de histórico qualquer facto, como muleta que ajude a subir ao pináculo.   

Provavelmente, quem o disse, pouco saberia da "história" e caracterização do nosso concelho para alternativas de futuro, mas foi bonito no palavreado político.

Pena que o moderador - político consagrado - agora também ligado ao segmento da queijaria, fosse arrancado de cena quando lembrava esquecidas debilidades...

E as "Conclusões" que sempre são retiradas destes eventos, evaporaram-se...

Recolha triplicada...

Partimos do princípio de que, na politica, quem for minimamente capaz, pode alterar frases, recolhas ou conclusões de forma a parecerem diferentes...sendo o mesmo. 

Pode dizer-se, sem receio de desmentido, que quase tudo que agora foi dito (e "histórico") já constava com mais explanação e soluções, em anteriores estudos. 

Com efeito, no Plano de Desenvolvimento Estratégico do Concelho de Sintra "Sintra 2015" havia propostas concretas que superavam as agora abordadas.


Levantamento efectuado em 2005

Não se estranhe, já que o anterior Presidente (Professor Fernando Seara) recorreu à equipa de Braga de Macedo que agora surge como "Conselheiro" da Cultura.

A Braga de Macedo bastaria mostrar o estudo que fez em 2015, pouco havendo a acrescentar à caracterização do concelho e soluções preconizadas.  

Parecendo este Congresso ser sucedâneo da "Sintra 2015", pode dizer-se que - em alguns pontos - é um eco da ExpoSintra, realizada entre 3 e 7 de Outubro de 2001.

Que raio de coisas fomos encontrar...até frases quase iguais...embora - de forma alguma - pensemos ter-se tratado de plágio...mas que são tão parecidas...

A ExpoSintra de 2001




Este evento ocorreu entre 3 e 7 de Outubro de 2001 (Era presidente Edite Estrela e vereador Rui Pereira) nas antigas instalações da Messa, em Mem Martins.

Nessa altura, foi dito que "Sintra é o concelho que mais capacidade teve de atrair o investimento e onde foram criadas mais empresas e postos de trabalho".

Falou-se no "tecido", na "situação privilegiada que potencia o desenvolvimento turístico", "incrementar o investimento privado (...)", não esquecendo que "para um turismo de qualidade é necessário ter infra-estruturas de qualidade".

Estiveram representantes do Comércio e Industria, do Turismo, houve uma Feira do Livro e outra de Artesanato, também uma Exposição de Artes Plásticas.

Em tese...

Pode inferir-se - sem riscos - que o recente Congresso Economia Sintra 20/30 repescou conclusões antigas, foi o mesmo do mesmo, pouco tendo de "Histórico".

Na realidade pouco havia a inovar sobre as recolhas anteriores, bastando recorrer a algumas figuras com linguagem tecnocrática, o que é sempre de bom tom.

Um Quadro do Grupo José de Mello Saúde não falou sobre a saúde no concelho quando está para breve um hospital privado...que poderá contar com parcerias...

Outro, Presidente da CP, apresentou um cocktail de dados sem que deixasse qualquer indicação de que as ligações ferroviárias a Sintra seriam melhoradas.  

Restou, pois, os cumprimentos comuns nestas coisas, as altas considerações e estimas, a mostra de relacionamentos antigos...a qualquer coisa de disponibilidades.  

Foi bonito com o patrocínio oficial da Presidência da República.


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

SINTRA: OS PERIGOS DOS ALVISSAREIROS...

A "passagem pedonal" espelho de "promotores" descartados (hoje às 10:46:48)

A vida é como é e ninguém está imune a que, volta não volta, infelizmente mais frequentemente, a sintomatologia alvissareira salte do sarcófago dos servos.


Passados mais de sete (7) anos sobre a remoção, cinco (5) anos depois de Sua Excelência ter sido eleito pela primeira vez, a foto acima espelha a acção camarária. 

É aqui que entram as alvíssaras por quem se adapte ao servilismos de ser porta-voz de promessas de quejandos, espalhando na sociedade expectativas falsas. 

Razoavelmente, anunciar-se um facto visível, uma acção concretizada, entram no quadro da verdade insofismável, que será lida - e tomada - no seu valor absoluto.   

As más alvíssaras surgem como boas notícias mas muitas vezes enganam as populações, iludem pela não concretização temporal e podem nunca se realizar.

Diz-se, popularmente, que "não há almoços grátis", pelo que alvíssaras e louvações - salvo se de alguém com patologia compulsiva incontinente - esperam pagamento. 

O alvissareiro é, no mínimo, duplamente nefasto ao pretender retirar da boca dos responsáveis a novidade e enganando os seus concidadãos com as alvíssaras.

A passagem pedonal sobre a via férrea é exemplo de Alvíssaras "autorizadas".

Estamos quase no fim de 2018 e, da anunciada montagem da passagem aérea, nada se vislumbra, embora pelas alvíssaras muitas pessoas julgassem já estar montada. 

É sempre recomendado muito cuidado com os "alvissareiros"...


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

SINTRA E "DEVOTOS" AMIGOS DOS TRABALHADORES

Homenagem aos Trabalhadores 

Talvez pela proximidade da Quadra Natalícia ou por bondade intrínseca que possam ser apanágio do presidente da Câmara, recentemente falou de trabalhadores.

No Congresso 20/30, quantos assistentes (diz-se que muitos funcionários da Câmara...) terão ficado siderados ao ouvir - de viva voz - "nossos trabalhadores".

E mais: "Quem trabalha e vive do seu salário em Sintra tem de ter uma vida pessoal e familiar digna, digna da pessoa humana e do cidadão que é".

Depois o crescimento "que combata a crescente concentração da riqueza" e que seja "por todos distribuída de acordo com o seu trabalho e as suas necessidades".

À cautela, contrapôs com uma "saudação especial para os nossos empresários", e falou  numa "política fiscal amiga de quem investe e cria riqueza para o país". 

Perante esta curiosa posição política, nenhum representante sindical ou defensor dos direitos dos trabalhadores solicitou a aclaração do dito por Sua Excelência.

Constando a CGTP e a UGT como integrando o Conselho Estratégico Empresarial, se presentes, deveriam ter intervido na defesa de milhares de trabalhadores.

Foi pena, já que algum diluído representante das vanguardas se silenciou, quando havia espaço para dar voz aos criadores da riqueza: - os trabalhadores.

Por tal falha, a atenta assistência ficou sem saber dos trabalhadores (de Sintra) que saem de casa antes das cinco da manhã ou a ela regressam depois das 24 horas.

Que alguns almoçam por volta das 10 horas da manhã e outros jantam às seis da tarde, conforme os turnos em que estão prestando a sua colaboração. 

Que muitos só trabalham quatro horas por dia, outros só aos Sábados e Domingos, e por força dos horários - sem transportes públicos - são obrigados a ter viatura.

Podemos garantir saber de casos em que mães, com certos turnos, não vêem filhos com menos de dois anos durante mais de 24 horas...

Em breve (com alheamento de estruturas sindicais e políticas?) uma superfície encerrará às 24 horas, saindo muitos trabalhadores por volta da Uma da manhã!

Sua Excelência, enquanto pedia "apoios claros às empresas", manifestava "confiança nos trabalhadores do concelho" felizmente sem dizer "Trabalhem...trabalhem..."  

Na selecta assistência - sem convites e assento para trabalhadores com a vida familiar desestruturada - até que ponto seria bocejante  conhecer-se a realidade?

Foram pois, assaz piedosas, as palavras de Sua Excelência no Congresso... 

Pela nossa parte entendemos perfeitamente.


terça-feira, 13 de novembro de 2018

SINTRA: CREDIBILIDADE OU ILUSIONISMO COMPULSIVO? (2)

Princípio da credibilidade descontinuada...

Personalidades que façam da vida política investimento para o futuro precisam do servilismo das vénias, de dependentes que louvem as boas e más opções.

O cumprir de promessas fica, muitas vezes, em segundo plano pois entenderão que o ilusionismo já constitui obra...para os que escutam...e para os esquecidos. 

Há outro segmento: Dos ambiciosos que, vendo a aceitação de louvações, se mostram como compráveis na ansiedade de uma qualquer nomeaçãozinha... 

Para políticos com vocação para o ilusionismo a descontinuidade é a principal qualidade, vivem a promover e despromover, anunciar e reajustar.   

Quando tal sucede, o Poder Local é traído nos seus tão dignos objectivos, naquilo que levou à exaltação do valor político aprovado na Constituição da República.

Reedição de promessas não cumpridas

7.11.2016 Publicidade "Patrocinada" no Facebook

Novembro de 2016: Basílio Horta, como Presidente da Câmara de Sintra, falou numa rede que passaria pelo "alargamento do Hospital de Cascais com mais um piso". 

Para crédulos locais, tal Hospital passaria a chamar-se "Hospital Cascais-Sintra".

Nada...nada...nada se verificou...

À mistura um Hospital Polo, iludindo-se com 60 camas não para doentes lá atendidos e a internar...mas de convalescença para transferidos do Amadora-Sintra. 

Omite-se - enfatizando que vai haver... - que não haverão grandes cirurgias e que a Unidade não passa de uma extensão do Hospital Fernando da Fonseca.

Fala-se em 400.000 utentes (população total de Sintra) sabendo-se que uma parte relevante vive na área do Hospital Fernando da Fonseca e com ele se liga.

Anunciou-se o "Novo Centro de Saúde de Algueirão Mem Martins", com a miragem de ter início em 2017 e custo de 2.083.490,57 €+IVA (veja-se a precisão...).

O "Novo Centro de Saúde de Algueirão Mem Martins"

Depois, descontinuada a promessa, há um salto significativo nos custos: 

Pelo prometido, já deveria ter sido inaugurado...!!!!

Sua Excelência disse mais: "Com as urgências do novo Polo Hospitalar de Sintra" "acaba a Urgência Básica de Algueirão Mem Martins"...e o "Novo Centro de Saúde"?

Actualmente, diz-se que o "Novo Centro de Mem Martins" será um "investimento de 4.000.000 de euros"...certamente valor a exibir até às próximas eleições. 

Tudo isto - e muito mais - assume foros de ilusionismo compulsivo, não abonando a credibilidade dos políticos envolvidos nestas histórias mal contadas.

Segundo conveniências cíclicas, as promessas descontinuadas...são recicladas, sendo o mesmo produto novamente anunciado para os devidos efeitos.

Trânsito: Do falhanço interno ao de Jorge Coelho

O louvado "êxito" das alterações no trânsito em 26 de Março (não se soube no Congresso se com "diagnóstico" externo) foi contra utentes de transportes públicos.

Sobre o mau serviço ferroviário, depois de Sua Excelência ter dito em Março de 2016, "o problema que tivemos com a CP foi resolvido (...) havia grandes expectativas.

Para Sua Excelência "resolvido" terá outra interpretação, pois as ligações directas de Sintra ao Rossio passaram a ser duas por hora quando dantes eram quatro.

Graças ao "problema" "resolvido" por Sua Excelência, muitos passageiros entre Cacém e Sintra são agora obrigados a transbordos para chegar a horas ao destino.

Quando, recentemente, Jorge Coelho denunciava o estado "trágico" da Linha de Sintra e "avisava" o presidente da CP para se preparar...tinhamos politico!

Todavia, a intervenção do presidente da CP foi um flop sem que Sua Excelência ou Jorge Coelho tenham exigido as explicações e soluções de que antes falavam.

Jorge Coelho e Basílio Horta, com trabalho de casa, saberiam que dos 416 comboios/dia metidos na Linha Sintra/Azambuja só 296 circulam De e Para Sintra.

Saberiam Suas Excelências que Entre e De Sintra para o Rossio há 78 circulações diárias; De e Para Oriente são 118; Meleças 72 e De e Para Alverca 28.

Corrigiriam o presidente da CP quando referiu - a fugir - comboios de 10 em 10 minutos na Linha de Sintra, ocultando que para o Rossio são de 30 e até 40 minutos.

Que a "montanha pariu um rato" poderia ter sido a Conclusão na Conferência. 

Como chega a (des)credibilidade

Foi penoso - para nós - ouvirmos Sua Excelência, num Congresso, citar o Parque da Cavaleira, um recurso em agregado britado de granulometria (vulgo gravilha).  


À atenta assistência não falou da urgente aprovação pela proximidade do Verão...que não teve uso...e que o dinheiro dos munícipes paga 10.000 euros mensais. 

Será que Sua Excelência se sente realizado com toda estas confusões que se têm criado nos munícipes de Sintra, nas imprecisões que tantas vezes ocorrem?

Já basta de Poder Local assim desempenhado.

Sintra não merece isto. 


domingo, 11 de novembro de 2018

UM MINUTO DE SILÊNCIOS PELOS MORTOS NAS GUERRAS

Nesta data em que se celebram 100 anos sobre a assinatura do Acordo de Paz que pôs termo à I Grande Guerra Mundial não deixaremos  de guardar Um Minuto de silêncio pelos mortos nessa guerra, muitos deles portugueses.

Às 11 horas mais não podemos fazer que saudar quantos morreram naquela terrível guerra e os que noutras zonas e palcos de guerra têm perdido as suas vidas. 

Todos serão homenageados e teremos, entre eles, um familiar que se encontra perpetuado no Monumento junto ao edifício da Câmara Municipal de Loures. 



O João Simões Castelo, nascido em Fanhões e que faleceu em França, onde quer que esteja merece estas palavras sentidas e o desejo de que Repouse em Paz.

Com todo o devido respeito.


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

SINTRA, CONGRESSO E POLÍTICAS OPONÍVEIS

Sintra em dia de nevoeiro

O recente Congresso sobre a economia de Sintra nos anos 20 a 30 teve pormenores curiosos de previsão eleitoral a que a ilustre assistência anuiu.

Era expectável que a promovida Conferência teria a leitura integral das Conclusões (para posterior divulgação pública) antes da retirada a ferros de Jorge Coelho.

Jorge Coelho acabara de alertar a Câmara Municipal para "algo que é generalizado", a "falta de Planos Estratégicos Sectoriais" e "simplificação do licenciamento"...

...mostrando conhecer bem melhor Sintra do que o presidente da Câmara. 

O inesperado cortar da palavra ao Presidente do Conselho Estratégico Empresarial, que só pode ter tido um decisor ao mais alto nível, criou no ar um vazio sem sentido.

Pareceu-nos que a Ilustre a assistência, apesar de inibida de saber completamente das conclusões, não se incomodou pela antiética para com o moderador.

Ao que estamos destinados...

O Presidente da República, patrocinador do conclave, nesta (pelo menos) sua 5ª. visita não privada a Sintra, também não escutou o que Jorge Coelho teria para dizer.

Um ponto curioso...não tendo sida encerrada a Sessão anterior, seria "reaberta"  a Sessão com "autorização de Sua Excelência o Senhor Presidente da República".

O presidente da Câmara (mesmo com óculos pareceu com dificuldades de visão, curvando-se) fez agradecimentos e manifestou solidariedades a rodos. 

Manifestou solidariedade institucional e política devidas ao "mais alto Magistrado da Nação" "pela forma patriótica" com que desempenha o seu mandato"...

...seria suposto que poderia desempenhar o mandato de forma não patriótica?

Mostrou-se a António Costa: - Sintra "não hesita em substituir-se ao Estado Central" e abordou a economia nacional...e "política de consolidação orçamental".

Que vocação política ficou no ar, que palavras (mesmo roucas) nos enriqueceram. 

Mobilidade e Transportes

Este Painel trouxe-nos a surpresa (não temos difusões privilegiadas) de, desde 2017, uma empresa (Transitec) estar a elaborar  o Plano de Mobilidade e Transportes.

Fica-nos o desejo de se saber das razões porque, nesse contexto, avançaram as alterações feitas em 26 de Março de 2018 com tão negativos reflexos.

Quais os custos desse Plano? Quais as razões dos técnicos da Câmara, qualificados e conhecedores locais, cederem o Plano a uma entidade externa?

Como se sentiria o empenho por soluções se à ilustre assistência fosse feita uma pergunta: "Levante um braço quem aqui chegou usando transportes públicos?"

Citando o Património Cultural da Humanidade

Quando Sua Excelência fala destas coisas, "exigir preservação do património material e edificado", em que estará, realmente, pensando?


Há anos que abordamos esta agressiva imagem do Centro Histórico sem que Sua Excelência tenha manifestado preocupações para a sua rápida eliminação.


Isto passa ao lado de Sua Excelência? Nem se apercebe?

A estrutura montada na frontaria do Hotel Central, que Sua Excelência certamente já viu  pelo menos nas duas celebrações da vitória eleitoral, não é para resolver?

Políticas oponíveis

Se Sua Excelência, mesmo devagarinho, fosse dando execução ao que vai prometendo, já isto não seria mau de todo. Mas promete e o que aparece é polémico.

O gosto de Sua Excelência vira-se para "Apoios claros às empresas". A "saudação especial". "A política fiscal amiga de quem investe e cria riqueza para o País". 

Mal ficaria se não falasse e mostrasse "Confiança nos trabalhadores do concelho".

"Os trabalhadores que afincadamente enriquecem as empresas", dizemos nós.    

Nem um Marxista-Leninista, que estivesse na sala, se levantou...que ideologia. 

Ninguém abordou que, na concelho, milhares de trabalhadores, homens e mulheres, quantas vezes saem de casa às 4 horas da manhã para pegarem às 5 horas. 

Outros, saem à meia-noite, maridos e mulheres muitas vezes nem se encontram, os filhos não vêem os pais juntos, as famílias descontextualizam-se. 

Podemos garantir saber de casos em que no 1º. de Maio, com pais e mães trabalhando, houve quem pedisse a colegas para lhes ficarem com os filhos.

Sua Excelência ainda está equivocado, pois quem cria riqueza num país são os trabalhadores, vítimas de quem os explora.

Por isso, os trabalhadores não conseguem enriquecer e as suas magras poupanças - se as tiverem - não se multiplicam ao misterioso ritmo dos detentores do dinheiro.

Sintra ficou na mesma. 


sexta-feira, 2 de novembro de 2018

SINTRA: CONGRESSO E DESCONSIDERAÇÃO A JORGE COELHO

"Eu é que tenho de sair daqui? Oh diabo isso é que é pior. Já repararam que eu estava a dizer coisas importantes, mas tinham-me dado indicações para encher um bocadinho de tempo até ele chegar. Vejam lá ao que uma pessoa está destinada na vida" (Jorge Coelho quando teve de se retirar pela chegada do Presidente da República)

A respeitabilidade devida a Jorge Coelho

Independentemente das opiniões pessoais, Jorge Coelho não é um político qualquer. Foi Ministro e destacado militante do Partido Socialista e suas Estruturas. 

Antes do 25 de Abril lutou contra o fascismo e depois não precisou de meter-se na democracia e andar à procura de onde lhe satisfizessem ambições pessoais.

Ao ser escolhido para Presidente do Conselho Estratégico Empresarial de Sintra destacou-se para as responsabilidades do cargo, justificando a maior consideração.

Ficará na história da deselegância política o que sucedeu na parte final do Congresso Sintra Economia 20/30 com a desastrada retirada de Jorge Coelho quando falava.


"Eu é que tenho de sair daqui?

A expressão de Jorge Coelho é elucidativa. Se a ilustre plateia em vez de bater palmas tivesse exigido saber das Conclusões do Congresso seria mais adequado.

Em nosso nome pessoal, como sintrense, o pedido de desculpas a Jorge Coelho pela forma pouco elegante como lhe fizeram terminar a participação no Congresso. 

Falhas que são mais que de ideologia

Basílio Horta, apesar da sua forte vocação para o tecido empresarial, teve a gentileza de uma ou duas vezes utilizar a palavra "trabalhadores", facto muito gratificante.

Falou em "nossos trabalhadores", "desenvolvimento inclusivo", até no combate à "crescente concentração da riqueza". Quem imaginaria...

Quando disse: "Que a riqueza nacional por todos criada seja por todos distribuída de acordo com o seu trabalho e as suas necessidades" terá lembrado - pelo menos a um assistente - a frase de Louis Blanc que depois foi usada por Karl Marx. 

Teve outro destaque: "quem trabalha e vive do seu salário em Sintra tem de ter uma vida pessoal e familiar digna, digna de pessoa humana e do cidadão que é".

Pela certa Sua Excelência conhecerá pessoas que não serão humanas... 

Apesar disso, constando a CGTP e a UGT como membros do Conselho Estratégico Empresarial, nenhum desses representantes dos trabalhadores esteve no painel.

Promessas com barbas e muito dinheiro

Não perderemos tempo com as novas visões anunciadas por Sua Excelência, algumas delas também anunciadas há anos e agora recuperadas para enchimento.

Recuperou o "novo hospital" (que não terá todas as valências de um hospital) e os "novos 5 centros de saúde", que já tinha anunciado anos antes. 

Destacou o parque da Cavaleira, "o último que já está en funcionamento".

Parque da Cavaleira "em funcionamento"...com a renda mensal de 10.000 euros 

Foi um rosário de milhões e mais milhões, 160 até 2021 (ano de eleições) para as mais variadas distribuições, acumulados sem aplicação desde 2013...

Apenas dois destaques

Valeu a intervenção de Joana Pascoal que colocou o Turismo na ordem do dia e citou especificamente a anarquia que a Câmara tem permitido junto à CP. 

Poderia, no entanto, ter citado que a passagem do Turismo de Sintra para Lisboa foi acordada com António Costa, agora Primeiro-Ministro e que estava presente. 

Pouco valeu a intervenção do presidente da CP. Certamente amedrontado com promessas do que teria de explicar, entrou no campo fácil de baralhar as respostas. 

Misturou - no desejado serviço a Sintra - as circulações de Alcântara-Terra para Castanheira do Ribatejo, ou de Azambuja que vão para Santa Apolónia. 

Falou em números...muitos números...sexos de utentes e idades...mas...

Omitiu que em Sintra só chegam diariamente 39 comboios vindos do Rossio; mais 59 vindos de Oriente e 14 de Alverca. E a Meleças chegam 37 vindos do Rossio. 

Talvez por não chegar a Sintra de comboio, o presidente da CP desconheceu que dantes havia 4 ligações por hora (directas ao Rossio) e agora só são feitas duas.

Neste quadro, falar-se de serviço ao turismo quando os passageiros são penalizados com tempos de espera, transbordos e comboios suprimidos é uma falácia. 

Desta vez, que coisa, nem Sua Excelência nem Jorge Coelho questionaram o presidente da CP depois do que disseram que teria de ser esclarecido no Congresso.

Assim se completou mais uma jornada de propaganda.