quarta-feira, 28 de junho de 2017

SINTRA: LEMBRAR AS PERAS CARAPINHEIRAS...

Cada vez há mais pessoas que desconhecem os sabores antigos de algumas frutas, nomeadamente de algumas variedades de peras, entre elas a carapinheira.


São peras mais pequenas, redondas, muito suculentas e de sabor tão delicioso que constitui um néctar com que anualmente nos deliciamos.


Rigorosamente pura, sem qualquer tipo de química, este é o aspecto da minha pereira carapinheira, que plantei há mais de 20 anos e preservo com o maior cuidado.

Daqui por uns dias, ela irá retribuir tudo, tornando os seus frutos com a coloração ligeiramente amarela que é a sua forma de nos avisar que "está na hora".

Confesso que é, de todas as minhas árvores, a mais fiel. A que garante sempre mais peças de deliciosa degustação, de boa qualidade, em quantidade apreciável.

Face aos ventos que nesta época começam a aparecer, são precisas medidas para que nenhum dos frutos se estrague ao cair, pelo que foi montada uma rede à sua volta.

Felizmente, ainda é possível recordar-se estes pitéus de outros tempos, numa época em que toda a fruta é pulverizada, calibrada e de produção intensiva. 

Esta é uma pereira antiga...nos tempos modernos. 

É a minha pereira. Estou obrigado a preservá-la. 

E a saudá-la, enquanto agradeço. 




  

segunda-feira, 26 de junho de 2017

SINTRA, SENHOR PRESIDENTE, UM MISTÉRIO COM 922 DIAS...

Centro Histórico é Património da Humanidade


Antes da chegada de Basílio Horta à Câmara Municipal de Sintra 

Sua Excelência não se ofenderá se lhe dissermos que o Centro Histórico de Sintra também é Património da Humanidade. Quem diria, não é verdade?

Foi em 1995 que uma Senhora, ocupando o lugar de Presidente da Câmara Municipal de Sintra (como Sua Excelência agora) teve a honra de O celebrar com a UNESCO.

A Honra que a Senhora Doutora Edite Estrela, com uma valiosa e qualificada equipa de Técnicos, conseguiu para Sintra, tornou os Sintrenses muito mais respeitados.

A Honra trouxe compromissos: Recuperar e Preservar o Património Edificado, bem como Políticas de Defesa do Ambiente, obrigando-nos para com a Humanidade.

HUMANIDADE que seremos nós, porque se trata de um respeito pela natureza humana, da qual, creio, fazemos parte e não conseguiremos fugir às responsabilidades.

Os Sintrenses amam-na. Forasteiros vivem a calcorrear os seus caminhos. Gente menos culta até aprecia os seus azulejos antigos. É a herança para futuras gerações. 

Nestas condições, o respeito pelo Património Histórico não é uma opção descartável, um laivo de cultura mais ou menos defeituoso, mas uma OBRIGAÇÃO INALIENÁVEL. 

Estrutura do Central: mistério não desfeito... 


Com a estrutura montada em Dezembro de 2014

Agora que, de forma simples e julgamos compreensível, ajudámos Sua Excelência nos conhecimentos sobre Sintra, insistimos na estrutura que foi montada no Central.

Recordar-se-à que, há 922 dias, os azulejos da frontaria do Hotel Central (Património Protegido pela Unesco) foram danificados com a montagem de uma estrutura.


Ao longo de quase 20 metros. Palavras para quê? 

Alertámos de imediato, convictos da actuação de Sua Excelência.  Pela certa inteirou-se mas - infelizmente - quando fez um despacho...a estrutura estava acabada.

Isto passou-se no dia 18 de Dezembro de 2014, e estamos certos que Sua Excelência ficará de boca aberta ao dizermos que 922 dias depois...tudo está na mesma.

Ainda insistimos em 13 de Maio de 2016, mas de nada nos apercebemos.

Em 28 de Setembro de 2016, salientámos os 650 dias. Tudo como no primeiro dia.

Senhor Presidente, que devemos pensar sobre o mistério que envolverá a manutenção da estrutura que, naturalmente, se esperaria fosse retirada e feita a reparação?

Como Sua Excelência parece ser homem de acção...um inquérito vinha a calhar.

Ali mesmo nas barbas das instalações da UNESCO, a reparação seria a mínima despedida de mais um político para quem o Centro Histórico pouco tem representado. 

A História dos Locais e a Cultura de um Povo não podem assim ser ofendidas.

Sintra não merece isto.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

SINTRA, UM "HOSPITAL" QUE É UM CASO SÉRIO...

As últimas cenas sobre um equívoco "Hospital" (verdadeiro, é preciso...) transformaram algo muito sério numa caterva de confusões que não abonam os intervenientes.

Na realidade, os panos de fundo, substituindo cartazes com a promessa do Paraíso, trazem-nos o ZERO como resposta a uma carência com dezenas de anos,

Qual a pressa da Câmara - cedente do terreno - investir mais de duas dezenas de milhões de euros (nossos) num projecto que, à vista, servirá mais o Ministério da Saúde?

Com a palavrinha hospital para Sintra deslumbrar (e votar?) os internamentos não são para doentes lá assistidos, antes para libertar camas no Hospital Fernando da Fonseca.

Aguardemos, no futuro próximo, se tão nobre gesto com o dinheiro dos sintrenses será devidamente reconhecido e, sabe-se lá, premiado.

Os defensores - tão acérrimos - desta solução, que não o esqueçam, porque a vida não deixará de um dia os vir a responsabilizar pelas ilusões criadas.   

Demasiado sério para trocadilhos
O Ministro diz: “não é um novo hospital, como o senhor presidente da Câmara de Sintra referiu”; O Presidente do Hospital Fernando da Fonseca diz: "Um Polo é melhor porque depende à mesma do HFF, e podemos evitar que as pessoas venham aqui à urgência". "(...)ter meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica e camas de convalescença" 
As personalidades acima, tendo em comum objectivos rigorosos sobre capacidade de respostas, foram muito claras e o que fuja disso só por deturpação intencional. 

Infelizmente, em vez de ser o Presidente Camarário a convocar uma Sessão de Câmara Extraordinária sobre o "Hospital de Proximidade de Sintra", seria um Sintrense - sabedor das carências de Sintra desde os mandatos da Dra. Edite Estrela - a fazê-lo.

O que é que isto quer dizer? Que política hospitalar é esta? Responda quem souber.

Inequivocamente, teremos (se tivermos...) uma estrutura ao nível de Urgência Básica Especializada (UBE), nunca correspondendo ao conceito de cobertura Hospitalar.

Por sinal, na mesma freguesia já há uma Urgência Básica como Extensão do Hospital Fernando da Fonseca, sobre cujas limitações a Câmara se tem silenciado.

A Urgência Básica de Mem Martins será encerrada? Os serviços não disponibilizados  já podem sê-lo na prometida para 2021? E porque não melhorar a actual?

Alguém já explicou as razões porque (já que lhe chamam "Hospital de Proximidade") tal Unidade não tem autonomia de gestão...ficando dependente do HFF?

Por outro lado, há dúvidas que, já deviam ter sido esclarecidas. A Unidade (que não tem internamento) terá Banco de Urgências como é básico num Hospital?

Os meios de socorro (Ambulâncias e INEM) recorrem em primeira urgência a esta UBE ou seguem IC19 fora até ao Hospital/Sede que é o Fernando da Fonseca?

Além disso, pela tipologia propagandeada, os doentes acedem à UBE directamente (esvaziando os Centros de Saúde Primários) ou são enviados depois de triagem? 

Na verdade, tudo indica que a questão de fundo é fazer um serviço ao Hospital Fernando da Fonseca, recebendo e mantendo à distância as camas de convalescença.

O Presidente da Câmara, em quarto ano de mandato, ao aludir a "400.000 pessoas necessitadas" apenas dá a entender que pouco conhece de Sintra.  

O que é "proximidade"? Casal de Cambra a 20 quilómetros; até ao Cacém há distâncias maiores que os 10 quilómetros. Perto continuará o Hospital Fernando da Fonseca.

Era desta incerteza que os Sintrenses queriam?

segunda-feira, 19 de junho de 2017

SINTRA...POLO HOSPITALAR ENTRE MINISTRO E EXAGEROS

"A futura unidade de saúde – que “não é um novo hospital, como o senhor presidente da Câmara de Sintra referiu” – será “um polo do Hospital Amadora/Sintra [Hospital Fernando da Fonseca], sem internamentos (...), afirmou o ministro".
"Um Polo é melhor porque depende à mesma do HFF, e podemos evitar que as pessoas venham aqui à urgência. Lá vamos fazer cirurgia de ambulatório, consultas externas, ter meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica e camas de convalescença", afirmou presidente do Hospital Fernando da Fonseca". 
Na política, tal como na vida, é preciso ter cautelas na gestão dos exageros, pelo que não ficaria mal ao Presidente da Câmara recorrer a quem o possa ajudar para os evitar. 

Seria estultícia a citação dos, quanto a nós, variados exageros. Daqui por uns tempos, quando outra personalidade tiver de assumir os compromissos, veremos. 

No entanto, a propósito do tal Hospital que o poder sintrense chama agora de Proximidade, mas a Tutela diz POLO,  as declarações conhecidas são mais exageradas. 

Vejamos então, segundo as palavras utilizadas:

"Hospital" = "Estabelecimento onde se recebem e tratam doentes". 

"Proximidade" = "Lugar próximo", "cercanias". "vizinhança".

Exageros por convicção ou para ilusão eleitoral? 

Segundo o SintraNotícias, a propósito do "acordo" que foi submetido a aprovação Camarária, Basílio Horta suportou o compromisso “na melhoria das condições de vida de mais de 400 mil pessoas”. Nitidamente exagerando. 

Será que os que vivem entre Casal de Cambra e Massamá, Queluz e Belas, passam a ser encaminhados para a "proximidade" agora anunciada? Deixarão de estar em ligação directa com o Hospital Fernando da Fonseca, só lá chegando depois da triagem no Polo

Bem, se excluirmos as freguesias que estão mais próximas do Hospital Fernando da Fonseca, as tais "400 mil pessoas" ficam substancialmente reduzidas...

Ora, se a Unidade agora promovida entre Polo e Proximidade, não tem as grandes valência hospitalares (blocos de grande cirurgia e equipas de cirurgiões, recobro, etc.) não está em condições de assistir casos de urgência por acidentes ou doença súbita.

Andarão os doentes de um lado para o outro? Depois de ali chegarem...serem enviados para o HFF, onde estão as polivalências? Estas coisas são muito melindrosas. 

Será que os Bombeiros e o Inem, em primeiros socorros a casos graves, querem correr o risco de recorrer a uma Unidade que sabem, à partida, estar limitada? 

Neste contexto, a referência a "uma necessidade com mais de 20 anos"...paradoxalmente continuará a ser uma necessidade pela insuficiência da resposta aprovada.  

Em tese, por favor, use-se da realidade completa e fale-se a verdade aos sintrenses, completa, sem habilidades de palavreado, porque já cansa.

Que "Hospital de Proximidade"? Qual a amplitude de "Proximidade"?  

Os sintrenses não merecem disto. 


sexta-feira, 16 de junho de 2017

SINTRA, DEAMBULAÇÕES À VOLTA DE UM (NÃO) HOSPITAL

Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra, permita que aborde com Sua Excelência os encantos e desencantos com que os sintrenses se vão debatendo. 

Estávamos na Volta do Duche, emocionados com o barulho que Sua Excelência conseguiu para Sintra - o vídeo que segue atesta e comoverá pessoas débeis - quando alguém passou e disse: "Segunda, Reunião Extraordinária de Câmara". Fomos ver...

59 segundos verdadeiramente promocionais do ruído (a medalhar incertos...)

Vamos adiar o tema do ruído gratuito, quem sabe se ligado a fantásticas e duras lutas, ansiosos para que mãos alheias não se adiantem na exaltação da obra.

Polo, Hospital de Proximidade ou lá o que é?

Antes de lermos o Edital Nº. 172/2017, pensámos que Basílio Horta iria confirmar o  que disse sobre aumentar um piso no Hospital de Cascais e os milhões afectos a tal obra. Gorou-se o entusiasmo, nós que contabilizamos os milhões todos...em euros. 

Depois - com muita satisfação - vimos que o Edital foi subscrito pelo Vice-Presidente da Câmara, o que é um bom sintoma e sabe-se lá se um sinal de ser o cabeça de lista às próximas eleições autárquicas, depois de seis mandatos como Vereador.

Ora, uma Reunião Extraordinária só se convoca em casos de relevante interesse municipal, surgido de súbito, corda na garganta, falando no "Hospital de Proximidade de Sintra", antes falado em Polo e - ao que se sabe - uma Urgência Básica Alargada.


Será que agora já passam a existir internamentos de doentes que a ele recorram? Passa a ter valência hospitalares em tratamentos, cirurgias, blocos operatórios, salas de recobro, elementos completos de diagnósticos e equipas cirúrgicas polivalentes?

Então o Presidente do Hospital Fernando da Fonseca deu uma reviravolta tão completa que em Sintra vai haver um verdadeiro hospital?

Ou o Amadora-Sintra, está cada vez mais necessitado de instalar fora das suas instalações hospitalares os doentes que lá permanecem por razões sociais?

A citação de "Hospital de Proximidade" não soa bem...parece qualquer coisa, palavreado, que contraria aquilo que os sintrenses há dezenas de anos reivindicam. 

Até porque já se fala que, a curto prazo, uma entidade particular parece estar muito empenhada na construção de um verdadeiro hospital privado.

Tudo indica - e em breve se confirmará - que não é mais que uma Urgência Básica Alargada, talvez mais operacional que a tão limitada de Mem Martins.

Como os objectivos do HFF passam por instalar os seus convalescentes, pode suceder que alguém esteja pronto para essa serviço...de os manter fora mas na proximidade.

Não chamem é um Hospital ao que não é um Hospital...


terça-feira, 13 de junho de 2017

SINTRA: REFLEXÃO SÉRIA SOBRE CANDIDATOS E IDEOLOGIAS

Reflexão de um cidadão eleitor

Quando, há cerca de um mês, um quadro partidário achava ser "muito urgente clarificar as posições dos candidatos" à governabilidade de Sintra, apenas preocupado com a casa alheia, convenceu-nos que o seu partidos estaria por horas na indigitação do seu.   

Perguntava, após vários "porque" ("me interesso", "vivo", "se está a decidir pelo futuro do concelho de Sintra"): "quem é o candidato oficial à presidência da C.M. de Sintra pela Coligação PSD/CDS-PP para as eleições autárquicas de 1 de Outubro de 2017?". 

Resguardou-se sobre ideologia, não fosse o diabo tecê-las e a mesma ser pervertida: "Porque quem se candidata" "para além do seu pensamento ideológico tem enquadramento dos que o apoiam" e os eleitores têm o direito de o saber.

O "para além do seu pensamento ideológico" será a ausência dele se a matriz ideológica de um partido estiver dependente ou dominada por quem a tenha noutro lado. 

A vida vai mostrando que a venda ao diabo das matrizes ideológicas tem levado pela Europa fora a grandes derrotas e perdas de eleitorado pelos partidos que o fazem.

Até hoje, com ideologia ou não, o seu partido é que está falhando no "interesse sobre o futuro de Sintra", ao não concretizar o seu candidato às eleições de Outubro.

Empurrões estratégicos  
   
Às vezes, certas pessoas, talvez sem conhecimento de Basílio Horta, imbuídas do espírito do empurrão, propalam que será ele o candidato pelo PS a novo mandato.

Tal Senhor, sem a garantia de ser Vencedor, aproveita para aumentar o cardápio de obras, promessas e afins com milhões sobre milhões, fazendo campanha até onde a corda permitir, quando deixou passar três anos sem resolver os grandes problemas.  

Se Basílio Horta andasse a pé em Sintra, junto à Alameda Combatentes da Grande Guerra...

...ou se fosse ao Centro Histórico ver como se "vende" turismo...veria a Rua dos Arcos

A Basílio Horta falta tempo para se anunciar candidato: Uma roda viva de prémios, estacionamentos novos e já velhos, foguetes sobre uma eventual parceria de transportes eléctricos com a Parques de Sintra...empresa cujos estatutos não prevêem.

Ora, na Parques de Sintra é Administrador um elevado quadro do CDS; ao que se fala, para a Empresa de Transportes Eléctricos que seria formada com a Parques de Sintra, também um outro conhecido quadro do CDS seria nomeado Administrador. 

Será que tão diversos empurrões fazem parte da ideologia do partido no poder em Sintra? Ou isso tem por fito esvaziar de conteúdo o Movimento Político que se lhe opõe?

Era aqui que os entertainers, distraídos na reflexão sobre a sua ideologia, deveriam meditar em vez de tentarem desviar a atenção dos eleitores para outras paragens...     

Perguntamos: Se Basílio concorrer e perder,  cumprirá o mandato de Vereador?

Obviamente que não poderá esperar-se tal coisa. 

É altura, isso sim, de um Sintrense, de alguém que ame Sintra, tomar em suas mãos a defesa dos nossos interesses, acabando com ambições pessoais externas.

Temos sintrenses prestigiados, até candidatos para a Assembleia da República e depois para gerir Sintra não os há? Ou há lóbis a quem um Sintrense não servirá? 

Temos políticos - partidários ou não - bem conhecedores da vida autárquica Sintrense, capazes de resolverem os problemas e dialogarem com a população. 

Não lhe faltaremos com todo o apoio que seja necessário para melhor vida colectiva.

Esta a grande reflexão a que não podemos ficar alheios.  

Desvalorização de políticos locais?

Vamos terminar com mais alguns pontos para reflexão.

Do ponto de vista orgânico - abonatório e prestigiante - seria expectável que um lider partidário surgisse como candidato, apresentando um Projecto digno de Sintra. 

Se assim não suceder, com opções partidárias a escolherem não sintrenses ainda por cima com visões pouco ajustáveis, podem gerar-se suposições e apreciações injustas.

Se Basílio Horta se fizer candidato e ganhar as eleições mas depois resignar, o seu substituto será credível por não ter sido escolhido para ser ele o candidato?

Começamos a recear aqui uma certa confusão política que deve ser evitada em nome da democracia e dos interesses inequívocos dos sintrenses e seu futuro.

Estamos convictos de que tudo se esclarecerá a bem da nossa vida colectiva.

Mas, por favor, para bem de Sintra, não deve demorar muito.

Não será este o Caminho que os sintrenses querem. 


domingo, 11 de junho de 2017

GRÉCIA, UM PAÍS QUE SERVE A CULTURA EUROPEIA (*)

Neste Domingo vamos falar da Grécia, um belo país nos Balcãs com verdejantes e espectaculares montanhas (algumas com mais de 2.500 metros de altitude).

É um País que sempre nos disse muito, que sempre constituiu o desejo de nele conhecermos algo mais nesta nossa passagem pela vida e pela Cultura dos Povos.



Quarenta e cinco anos separam estas duas fotos junto da Acrópole

Na Grécia a promoção da Cultura, privilegia com isenção de pagamento os cidadãos da União Europeia com menos de 18 anos e mais velhos que provem ser estudantes. 

Também os cidadãos com 65 anos ou mais pagam apenas  50% das entradas.    

O convívio fraterno com os seus cidadãos, leva-nos a dizer: -Que belo Povo. Povo orgulhoso da sua Pátria. Pessoas que convivem connosco...cantando... 

Na Grécia há o espírito de que a história dos Povos é sempre bela, mesmo que os escolhos existam, que oportunistas julguem ter garantido o poder absoluto.

A Grécia, agitada em Atenas, transforma-se na calma que se vive nas ilhas, onde os seus habitantes ainda recorrem a animais de trabalho mas confiantes no futuro. 


Ilha de Hydra, mercadorias que estão a ser desembarcadas

A Grécia Moderna tornou-se independente em 1832, depois da Revolução Grega em que se libertou do Império Turco Otomano, mas a sua história milenária está bem viva. 

A Grécia, uma vez e meia maior que Portugal, tem a mesma densidade populacional e um PIB ligeiramente mais baixo. Guarda muitas raízes do tempo da ocupação turca.

Grécia, enquadrada na Cultura Europeia

Na Grécia há um estímulo para que todos os seus membros sejam cultos e isso começa de pequenos, frequentando museus, parques históricos e arqueológicos.


Templo consagrado a Atena e Poseidon

Museu da Acrópole, figuras em terracota

A Grécia é e cumpre-se como Europa, melhor, como Comunidade Europeia.

Os mais históricos sítios arqueológicos, os museus, têm sempre preços acessíveis e benefícios para os cidadãos da União Europeia.

A entrada pata o fabuloso Sítio Arqueológico de Olympia custa 6 euros...sendo 3 euros para mais de 65 anos e gratuito para jovens de toda a União Europeia. 


Sítio Arqueológico de Olympia

Museu Arqueológico de Olympia

Seria longa a colecção de fotografias sobre Museus e Sítios Arqueológicos, pelo que teremos de ser gestores dessas ofertas culturais. Não poderíamos deixar de apresentar peças do Museu Arqueológico de Atenas, um dos maiores do mundo:




Quase a terminar, este jarrão do período do Neolítico, com um desenho gravado: 


AS cinco fotos acima foram tiradas no Museu Arqueológico de Atenas

Por último, imagens do tempo presente da Grécia, em Nafplio: 



Certamente foram despertados sentimentos para visitar a Grécia.

Todos os Museus e Sítios Arqueológicos que referimos são Património de Unesco. 

Vale sempre a pena. Hospitaleira. Os custos são praticamente iguais aos de Portugal.

Claro que, culturalmente, a oferta é incomparável.

Deixo-os com o Canal de Corinto:



Votos de que passem um Bom Domingo. 



(*) - Para alguns sintrenses que por aí vivem distraídos, ou a que as questões de Cultura dizem pouco. 

Aliás, o exemplo das dificuldades em saberem expressar o que é cultura, manifesta-se nas palavras que dizem. No Jornal de Negócios de 1 de Junho deste ano, Manuel Batista (Presidente da Parques de Sintra, empresa que gere Palácios e Parques e o Castelo dos Mouros em Sintra) afirmava que esta "é uma empresa cultural". 

Qual é o conceito de uma "empresa cultural", de capitais  exclusivamente públicos, ligada à UNESCO e inserida na União Europeia, que para Jovens com menos de 18 anos e cidadãos com 65 anos ou mais, pratica os seguintes preços: 

- Palácio Nacional da Pena            12,50 euros
- Palácio Nacional de Sintra            8,50 euros
- Palácio Nacional de Queluz          8,50 euros
- Castelo dos Mouros                       6,50 euros. 

Está espelhado o conceito de "empresa cultural". 


quinta-feira, 8 de junho de 2017

SINTRA, SENHOR PRESIDENTE...FRUSTRAÇÃO NÃO SE CALA...

Fonte do Plátano, ontem. Suja e sem água na sua bica tão histórica

Uma pessoa, no caso um munícipe, está fora e regressa cheio de expectativas sobre os mais variados assuntos de que é exigível a devida reparação...e nada.

É certo que a época é de promessas e Sua Excelência não deixa créditos para mãos alheias e, de certo jeito, até a Parques de Sintra parece estar na mesma onda.

Alguém, com certo humor, gracejava, dizendo que até às eleições serão oferecidas bicicletas a todos os munícipes para utilização nas próximas eleições...

Inacreditável incapacidade

Que imagem é esta? Que dignidade oferece aos visitantes?

Temos aqui alertado para a degradação do Parque da Liberdade, não no que concerne aos jardineiros, mas no que se liga à manutenção de pavimentos, limpeza de lápides, aqueles pequenos recantos, pequenos e românticos lagos. 

Os Sintrenses verdadeiros, têm de responsabilizar Sua Excelência pela inacreditável incapacidade na manutenção do Parque, tão íntimo para os visitantes, que gerações sobre gerações têm frequentado, que recordam, que o vivem.

A vida é feita destas pequenas coisas e Sua Excelência não tem dado mostras de se empenhar na exigível reparação do que tanto se tem degradado, numa indiferença que não poderá passar em claro, porque não duvidamos que tem conhecimento de tudo.

Fala Sua Excelência em milhões sobre milhões, situação que nunca tinha acontecido desde que o "Monteiro dos Milhões" - com dinheiro dele - comprou a Quinta da Regaleira.

Dos "milhões" (que são nossos) mas alude a miúdo não sobrarão uns tostões para, de uma vez por todas, dignificar o Parque da Liberdade, recuperando-o para que os seus visitantes o sintam bem arranjado e com a dignidade que merece? Até pelo nome...

Esteja certo Sua Excelência que a frustração não se cala...

Vamos continuar, porque não é este o caminho...