quinta-feira, 30 de junho de 2022

SINTRA: SE BEM ME LEMBRO...FOI HÁ 22 ANOS...

 Ilustre política e "fantasia"...

"A Pena" edição de 8.6.2000 

De cada vez que vejo na TV a ilustre Política que ascendeu a funções elevadas, perpassa-me a emoção por realizações prometidas e nunca cumpridas. 

Não vamos lembrar o "Hospital" que, diga-se em abono da verdade, teve a gentileza de não alcunhar de "de proximidade", mas nos iludiu com a primeira pedra.

Nem lembrar o "Dia Sem Carros" de 22 de Setembro de 2000, em que autarcas se converteram em ciclistas...e depois não abdicaram de viaturas com motorista.

22 de Setembro de 2000 - Dia Sem Carros, ladeada por José Sócrates e Paiva Nunes

Podíamos lembrar - de anúncios e promessas - o "Quartel da GNR - Abrunheira", que apoiantes da ilustre Senhora anunciaram pela certa com o seu beneplácito.


Apoiantes da Sua candidatura, até nos iludiram: "Custo da Obra: 748.195,50€ - 150.000.000$00", sem zeros a menos, "Início da Obra 1º. Trimestre 2002".

Tal obra nunca se realizou nestes 21 anos, causticando os moradores na Abrunheira com um Placard falso, manipulador, que ajudou na ascensão de carreiras políticas.

Apercebemo-nos, agora, que pessoas que estimamos, que se envolveram nesta mentirola, parecem tê-la esquecido sem acautelar louvações em página do Facebook.

Optámos pela "fantasia em Sintra"...

A bombástica notícia, fazia-nos crescer água na boca com a "fantasia que se torna realidade", e a Cameron Hall exploraria puxando o mundo para cá.

Não era Dia das Mentiras, daquelas a que os dentes não resistem. Era o dia 6 de Junho de 2000 e a Ilustre Política, com o ministro Castro Caldas, faziam história. 

Os sintrenses exultariam com tanta alegria e felicidade à porta. Com eleições autárquicas em Dezembro de 2001, "ainda este ano, vão arrancar as obras no terreno". 

Eram as ligações ao Centro da Vila de Sintra por transporte não poluente", viriam "unidades hoteleiras" - "complexo desportivo"...até um Campus Universitário.

Está por apurar-se até que ponto alguém beneficiou com este curriculum.

Neste dia 6 de Junho de 2022, completaram-se 22 anos de tão lustrosa fantasia. 

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Quando apreciamos a quase involução da vida e das condições de vida em Sintra, fica-nos a indignação pelas carreiras políticas que aqui se têm feito...

Tantos anos depois, quase se torna trágico os abandonos que vemos, ruas esburacadas, regressão nos transportes públicos, milhões usados como propaganda.

Continuam as AUGI, continua a desregulação dos transportes rodoviários e ferroviários, continuam - volta não volta - as frases, as promessas e seu vácuo. 

Todos somos culpados pelas nossas opções de confiança.  

 

sábado, 25 de junho de 2022

SINTRA: TRÊS TEMPOS DA TRISTE IMAGEM DO TURISMO

Introdução...os pelouros de Sua Excelência

O quadro acima espalha por todo o planeta os Pelouros de Sua Excelência Basílio Adolfo Horta, que se completa com o dito cargo de presidente da Câmara.

Primeiro tempo...Parque da Liberdade

Questões de turismo e gestão do território responsabilizam S.Exa., pela obrigação de cuidar do território e, por razões específicas, da Vila Histórica tão visitada.

Tais cuidados - que a maioria do território mereceria e não tem - deveriam refletir-se, pelo menos, na respeitabilidade que merecem os visitantes que nos escolheram.

Uma das maiores provas da indiferença, inacreditável para o cargo que desempenha, é o abandono do Parque da Liberdade, outrora joia sintrense amada por gerações. 


Muitos visitantes estrangeiros e nacionais, entram pelos vários portões, convictos das maravilhas que desfrutarão num jardim histórico e é com isto que se deparam.


Ou com estes que foram pequenos lagos, com água cristalina, agora chumaçados com terra e algumas flores a que ervas e lixo ajudam ao toque do disfarce.


Que dizer aos visitantes que nos perguntam? Que há dinheiro a rodos e tanto se emocionou quando discursou no promocional  Jardim Romântico na Correnteza?

Esperemos que o Parque da Liberdade não esteja a degradar-se...para dar lugar a algum condomínio privado do outro lado da Gandarinha.

Segundo tempo...estacionamento

O falhanço completo das medidas sobre trânsito em Sintra, (com aquela "dureza" e ridículas "fagulhas") não acabou com a anarquia e nalguns casos ainda as agravou.


Quem passe a meio da manhã pelo Ramalhão poderá ver autocarros estacionados em todo o lado  e o trânsito caótico que, com pompa, afirmava que acabariam. 


Estas imagens mostram como alguns autocarros nacionais e estrangeiros aguardam por voltar ao Centro Histórico para recolher turistas numa segunda volta.... 

Até aquele traço azul (apagado ficou a ver-se melhor...lembrando o Palácio Foz antes de Abril) que apontava para um "Parque" que custou milhares aos munícipes.

Terceiro tempo...o site

(Há poucos minutos, já depois de almoço, Sua Excelência colocou uma foto no Facebook (ninguém o faria) que pode fazer delirar os 7910 seguidores registados)

Tão desinteressado grupo (não incluirá perfis falsos) e o titular da Conta, dedicam-se tanto ao Facebook que nem se lembram de dedicar uns minutos ao Site Camarário.. .

Por tão grave falha no apoio militante, logo na entrada a (des)informação surge:
"ESTACIONAR EM SINTRA PARKING IN SINTRA". Vejamos. 

Do site da Câmara - 25.06.2022 - 

Ao clicarmos depara-se-nos à cabeça um texto de tal forma enganador que Sua Excelência não poderá perder, a bem de Sintra e do respeito que merece. 

"Para planear a sua visita, Sintra dispõe de seis parques de estacionamento à sua disposição.

TRANSPORTE GRATUITO PARA A ESTAÇÃO DE SINTRA

São disponibilizados transfers gratuitos entre a estação de comboios de Sintra e os parques de estacionamento da Portela de Sintra e da Cavaleira, das 9 às 20 horas, com um intervalo de 7 minutos"

Logo a seguir, como se de cerejinha no bolo se tratasse, temos mais:

"Parque de Estacionamento da Cavaleira Algueirão e as Coordenadas do GPS para lá se chegar" - GPS: 38°48'17.0"N 9°21'22.0"W

Do site da Câmara - 25.06.2022

Depois lá está o local, devidamente marcado "Parque de Estacionamento"

Do site da Câmara - 25.06.2022 - (localização do Parque da Cavaleira)

Então o Parque da Cavaleira não foi desativado em finais de 2021, depois de tantos milhares de euros dos munícipes terem sido gastos sem, praticamente, veículos?

Nem vale a pena abordarmos os "7 minutos de intervalo" entre circulações que foi um falhanço absoluto como tivemos ocasião de ir relatando. 

Evidentemente que quem pretenda visitar Sintra, com a "ajuda" do site Camarário vai ficar estarrecido com a organização das respostas ao Turismo.

Será disto que Sua Excelência fala lá fora?

É OBRA


quinta-feira, 23 de junho de 2022

SINTRA: DEPOIS DA AGITAÇÃO FOMOS À HELIODORO SALGADO

Rede sem Aviso de Perigo

Conhecendo o local, não deixámos de estranhar o cabo elétrico que, atravessando a Heliodoro Salgado, descia até uma vulgar Caixa existente num edifício. 


É propriedade privada (julgamos ainda ser) e caminho de passagem, vendo-se onde foi feita a ligação, sabendo-se agora que foi para se ir buscar energia..

Ontem não nos aproximámos do trabalhador que estaria a fazer a ligação com carga elétrica elevada, julgando ser de entrada para a instalação do edifício.

Erro nosso, pois serve para acesso à Rede, com portinhola em mau estado, sem indicação de tratar-se de um ponto de Eletricidade perigoso, facilmente acessível.
.  
Esta a amostra que cada um ajuizará

Ficámos a meditar em qual a intervenção da E-Redes num ponto de acesso à energia. 

Na realidade, apenas vimos funcionários com equipamento da Câmara Municipal de Sintra, certamente devidamente industriados para a ligação de um cabo à rede.

De qualquer forma, quando a E-Redes e a Erse impõem regras apertadíssimas aos consumidores domésticos, a Câmara passe esse crivo técnico. 

(Para um simples aumento de potência domiciliária exigem-se dados do técnico, projeto da instalação, Certificação  e só depois autorizam a alteração).

São facilidades concedidas em casos cuja segurança pessoal pode estar em causa, pelas razões acima indicadas. Sem AVISO, sabemos onde está Rede disponível.   

Ligação para Festejos de S. Pedro

Ontem julgávamos que seria para um fornecimento de energia, hoje pedimos desculpa pelo erro...pois trata-se precisamente do contrário: ir aceder à mesma.

Apreciando o cabo de Rede, o mesmo faz-nos chegar à Correnteza onde, certamente com pompa e circunstância, Sua Excelência surgirá rodeado de forças vivas.


Felizes, continuaremos este delicioso caminho...cheio de buracos. 


quarta-feira, 22 de junho de 2022

SINTRA: AGITAÇÃO NA RUA HELIODORO SALGADO...

Estranho...

Numa viatura com indicação da Câmara Municipal de Sintra, um grande rolo fornecia dezenas de metros de cabo de alta potência para ligação elétrica. 

Pensámos tratar-se das Festas de S. Pedro, Padroeiro de Sintra (sabemos que há autarcas que deliram e vivem ansiosos por se juntar ao povo e com ele conviver). 

Mas não. O cabo de alta calibragem, antes esticado pelo chão, depois fixado no alto de postes de iluminação, foi canalizado para a "Caixa de Entrada" de um edifício.

Ao que sabemos, o edifício que recebeu tão oneroso fornecimento não é propriedade municipal, situação tão estranha num município com honras de poupadinho.

Apreciámos o gesto Camarário para que os eletrões circulem sem aquecer, por certo tudo Projetado, aprovado por uma das 8 Entidades Inspetoras e pela ERSE.

Justifica-se uma pergunta: - Será prática futura para todos os munícipes?

A propósito...

Longe de nós pensarmos que esta prestação de serviços Camarária não foi aprovada, até decidida ao nível de Sua Excelência o presidente da Câmara. 

Por certo por razões fortes que de pequenas não se incomodará.

Ora, ao que nos fizeram constar, parece que Sua Excelência esteve na Abrunheira recentemente, tão discretamente que poucos residentes souberam. 

E que coisas teriam para lhe pedir: Um Centro de Saúde para os milhares de Utentes que se obrigam ao incómodo de ir a Sintra com os maus transportes que decidiu.

Saberá que a aldeia da Abrunheira é atravessada por dezenas de camiões, sem que a Câmara decida uma via periférica que garanta o bem estar dos residentes?

Um parado à espera...outro entrando num armazém

Se no caminho olhasse, tomaria medidas - estamos certos - para o arranjo do arruamento que mostramos e que há dezenas de anos vitima os residentes locais. 

Veja-se, a Câmara até deu nome de Rua a esta via

Uma pergunta singela

Sua Excelência poderá dizer aos munícipes os custos da ligação elétrica feita na Heliodoro Salgado e em quanto importa a pavimentação à entrada da Rua do Vale?

Ficamos ansiosos por saber. 

   

  

segunda-feira, 20 de junho de 2022

SINTRA: CÂMARA "AJUDOU-NOS" A REVIVER O PASSADO...

Horas felizes...

Liga-se para a Câmara, a voz masculina que não nos escuta insiste: "Se pretender falar para...marque x"..."se pretender falar para...marque y". Nem agradecemos...

Escolhida a Opção 9, dessa vez uma voz atenciosa, sem disco ou falsete, teve a amabilidade de nos escutar e passar a chamada aos serviços respetivos.

No atendimento seguinte, diga-se que com a máxima correção, ficou-nos a convicção de existirem dificuldades na resposta, levando ao recurso a uma Colega. 

Com a "ajuda" da orgânica camarária, o tempo voltou para trás pelo menos 50 anos.

O Passado...

Revisitámos a Repartição Pública, o funcionário que, com manguitos acetinados, protegia as mangas do casaco, não fosse a tinta de escrever ainda fresca, sujá-las.

Rosa, o mata-borrão de feitio e marca Tank e lixívia para comer a tinta derramada.

Na parede - destacadas - as fotos dos responsáveis máximos pelo atraso do Povo, em frente sentava-se o Chefe, tantas vezes por ser membro da União Nacional.  

A fornada dos fascistas em formação - que iriam vingar - cedo se destacava, exigindo que à sua passagem todos se levantassem e lhes abrissem portas de par em par.

Eram penas. A folha de papel azul, de 25 linhas, com que tinhamos de requerer a "Vossa Excelência" que autorizasse sermos Eleitor, subscrevendo "A Bem da Nação".

As dificuldades convertiam-se em braços abertos se envolvendo figuras da estrutura política  (Assembleia Nacional, Câmara Corporativa ou União Nacional). 

Era o trato reverencial, meio curvado: "Sua Excelência", "Vossa Excelência"  de que hoje, infelizmente, se lobrigam exigências e práticas.

Eram requerimentos e requerimentos. Folhas de Papel Selado (5 escudos), repetidas pois a burocracia não aceitava escritos fora das margens impressas no documento.

Para os Selos Fiscais havia, quase sempre, frascos com cola e pincel disponível - não fossem os selos fugir - e, sendo muitos, colavam-se no verso da Folha.

Selos Fiscais a que se chamava "Estampilha Fiscal" (tenho alguns)

Os Serviços Públicos geriam a burocracia ("não devia ter escrito"..."tem de fazer outro a pedir deferimento ao senhor Presidente"..." vou ter de perguntar ao meu Chefe").

Fartos dos tempos maus, com um clique voltámos ao "tempo novo", à "sociedade em construção" dinamizada com figuras que fizeram parte do passado descrito. 

Simplex versus Complex

Gastaram-se milhões em equipamentos, muitos vieram a ser monos residuais, mas nem por isso pensamos ser do Simplex a responsabilidade pelo "Complex".

Instalaram-se milhares de Terminais Informáticos, mas a vitória sorriu aos viventes da complicação, um disfarce da falta de dinâmica organizacional dos Serviços.

Profissionais esbarram com decisões obsoletas, utentes desanimam, mas para os altos responsáveis o estupidamente simples deve ser estupidamente complicado. 

Uma história...

Não sendo contumaz, um munícipe poderá ter - entre outros -  vínculos com os SMAS (braço da Câmara), EDP e Finanças para IMI ou IUC que a Câmara encaixará. 

Estas três entidades funcionam na base da Identificação Fiscal, havendo - nalguns casos - um código específico da localização e que serve de base de confiança.

Nos Ficheiros de Eleitores, constam também dados completos sobre os inscritos. Em cada voto, sem nos pedirem o que quer que seja, há um pecúlio a arrecadar. 

O Cartão de Cidadão, introduzido no leitor, disponibiliza informações variadas e, entre elas, de morada o que basta para entradas gratuitas na Parques de Sintra.

Até a Carta de Condução (documento oficial) tem lá a morada escarrapachada.

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Impedidos de aceder ou sair da garagem da nossa residência, procurámos obter - junto da Câmara Municipal - o dístico previsto no Art.º 50 do Código da Estrada.
 
O que fomos arranjar além de pagarmos e podermos adquirir o dístico. 
 
-  "Levar Planta da Localização";
-  "Caderneta Predial Atualizada";
-  "Habilitação de Herdeiros" por um dos membros da família ter falecido;
-  Depois de Pago ser-me-iam dadas indicações para adquirir o dístico. 
 
Ainda quisemos dizer que temos, em nosso nome, a "Licença de Habitação", mas tivemos medo que aumentassem os documentos pedidos;

Epílogo...

Na minha ignorância, nunca tinha imaginado o que poderia sofrer para adquirir um dístico que avisasse quem estaciona em falta, de que algo deveria respeitar.

Só queria licença (assim está disposto) para adquirir um dístico que pudesse ajudar-me a entrar ou sair da minha residência sem ter de procurar quem estacionou.

Desistimos sem esquecer as mangas de alpaca e como, em Junho de 2022, ainda não se passou da cepa-torta.


terça-feira, 14 de junho de 2022

SINTRA: CELEBRAÇÃO DOS DEZ ANOS DO CANDEEIRO-ESPIÃO

Foi em Junho de 2012

Assim ficou, completamente desenquadrado...

Julgamos não terem sido comemorados os dez anos do "Candeeiro-Espião", na época abrilhantada com a presença de um ou dois Vereadores de serviço.

O entusiasmo era notório, viam-se figuras ímpares da defesa histórica, forças vivas e moribundas, apreciadores de música erudita e olheiros conhecidos.

Em certa altura, como magia, o simples carregar num botão disponível, debitava música suficientemente alta que fazia lembrar um qualquer arraial popular.

A cada toque no botão voltava a musiquinha, o espanto coletivo com mais bocas abertas ficou ao saber-se que, além do arraial, o botão podia chamar a autoridade.

Com tamanhas virtudes, nem a Oposição que se dizia defender "o povo" teve a coragem de querer saber mais pormenores sobre a luminária e serviços associados.

Devidamente "cintada" a zona dos botões

Tanta música brotou que, a páginas tantas, uma cinta foi colocada para impedir o uso dos botões, defendendo os tímpanos dos presentes nos Paços de Conselho.

As maiores virtudes

A bolinha virtuosa...

Lá no alto, bem alto, uma bolinha espelhada não deixava que se vissem as câmaras com que os passeantes poderiam ser devidamente apreciados.  

Se fosse hoje, até serviria para chamar tuk-tuks e avisar a saída da viatura presidencial, assim se evitando gastos com agentes que dariam jeito noutros locais.

Tudo parecia correr pelo melhor, dizia-se que a bolinha virtuosa - com um comando à distância - ajudaria a visionar concentrações de cidadãos gratos à Câmara.

A pecha

Para funcionar, o candeeiro teria de se alimentar (não de pessoas) mas de energia elétrica e não dava jeito ligá-la à Câmara Municipal, ali tão perto e curiosa. 

Foi uma Tasca ali ao lado que, prestimosa e dedicada, se disponibilizou à aceitação de um contador que permitisse a futura faturação da energia consumida.

Assim chegava a "energia" ao candeeiro

Montaram-se tubos e, dentro deles, havia cabos que levavam energia à peça e iriam permitir que as sua funções fossem devidamente ajustadas às necessidades locais.

Era assim a noite...escuridão

Como não estava ligado à Rede Pública, à noite o particular "Candeeiro-Espião" ficava apagado, numa clara traição às 5 lâmpadas, à "bolinha virtuosa" e ao som.

Tal coisa, que o candeeiro não merecia, levou a que neste blogue se publicasse, com o devido sentir, um modesto poema:  (por favor clique)

Seara, deu ilusão
A uma obra de truz:
- Candeeiro espião,
Que à noite nem dá luz.
 
 De dia é espião?
Pergunta que fez sentido,
Mas logo dizem que não,
E que foi oferecido.
 
Oferecido por quem,
Se ninguém o recebeu?
Foi lá posto por alguém.
Garanto que não fui eu.
 
Candeeiro apagado,
Sem a função musical
E alerta nos botões.
É espião desligado
Sem poder cumprir funções:
FOI TRIPLAMENTE CASTRADO!

🔄

Nunca estivemos sozinhos. Em 27 de Julho de 2012, uma Ilustre e Saudosa figura sintrense - Arquiteto Diogo Lino Pimentel - também escreveu no Jornal de Sintra: 

"No centro de Sintra, junto ao edifício dos Paços do Concelho, nasceu um monumental candeeiro de iluminação pública. Porquê tamanho desperdício tão descabido e desproporcionado? Para iluminar? Porquê se o Largo estava suficientemente iluminado? E logo o candeeiro foi nascer à beirinha do passeio, a um lado do Largo, entalado entre as hortênsias e o lancil, - aquele "monumento" que alguém terá pensado para o centro de algum outro largo ou de uma rotunda grande, como hoje há tantas!
Claro que no centro do Largo Vergílio Horta não cabia, porque já lá está um chafariz (seco!). Por isso o "monumento" terá modestamente nascido no gaveto, ainda que não tenha dispensado um porte de gente grande e importante iluminando tudo à roda, seja parede de casa,  a meia dúzia de degraus que dão a volta ao gaveto, ou (menos) os asfaltos do fim da Volta do Duche e da mini-rotunda do Largo.
Em causa não está tanto que o desenho do candeeiro seja retrógrado, como é. É mais o dano da sua presença, a sua inadequação ao sítio, a manifesta desproporção das suas dimensões, o modo como foi implantado, o exagero da sua altura, e a desnecessidade da sua existência. O candeeiro-monumento recém-nascido é um excesso, alheio a qualquer razoabilidade. Não haverá musgo que nos valha ou nevoeiro que o esconda!

Nota: Alguém me disse que se carrega num botão e o candeeiro toca musica. Não quis acreditar, e também não quis experimentar, por medo que seja verdade!

Diogo Lino Pimentel (arquiteto)"


quarta-feira, 1 de junho de 2022

SINTRA: CMS TEM CONCURSO PARA CARGO DE DIRECÇÃO

Ainda haverá tempo? 


Ainda haverá tempo? 

Entre o dia 24 de Maio e 7 deste mês, os interessados que possuam "licenciatura adequada", talvez possam concorrer a um cargo de Direção na Câmara de Sintra.

Dizemos "talvez" porque é preciso que "reúnam seis anos de experiência profissional em funções, cargos, carreiras (...) em que seja exigível uma licenciatura".

Reforçamos o quadro da exigência que, eventuais concorrentes, terão de acautelar: "Seis anos de experiência (...), certamente nem cinco ou menos e sete ou mais.

Apreciando de forma atenta o conjunto de exigências, receamos que, como um puzzle, se esteja a criar um quebra-cabeças aos respeitáveis membros do Júri.

O Puzzle

Tomando em conta o elevado patamar de exigências da publicitação, não estamos perante um cargo de lana-caprina mas sim de elevado gabarito a respeitar. 

Aliás, diga-se já, face ao que se pode ler de condições para concorrer, ficamos na expectativa de se saber o nome e currículo da personalidade a contemplar.

Sendo certo que, num ponto, se alude a "unidades orgânicas flexíveis" (quem elaborou o documento publicitado saberá o que quer dizer) fixemo-nos no resto. 

O patamar de exigências incluirá Licenciatura em Turismo, envolvendo até o "Elétrico de Sintra", não se referindo se para o levar à Vila ou Estação da CP.

As Relações Internacionais, reconhecidas pelo melindre, não abdicarão da Licenciatura específica nessa área, sob risco de natural falhanço.

Já as Relações Públicas, que se enriquecerão com a especialidade de Recursos Humanos, não poderão abdicar de formação superior efetiva para a sua atuação.

O Quebra-cabeças

Tendo em conta o nível de exigências e seu completo cumprimento, a remuneração indicada de 3023,18€ acrescida de 314,95€ parece-nos pecar por defeito. 

Por outro lado, a falha de seis anos de experiência no conjunto ou em qualquer das exigências, a que decisão final poderá conduzir por desadequação?

Eventualmente, podem surgir situações de desistência por incompatibilidades entre tempos de experiências e sua repartição em diferentes Áreas Técnicas.

Ficamos a aguardar os próximos desenvolvimentos.