sexta-feira, 24 de maio de 2019

SINTRA: O CANDIDATO E AS VOLTAS COM O "POLITIQUÊS"

As voltas e o nevoeiro...

A recente passagem por Sintra de um candidato que, meses antes, foi um sofrível ministro, ficará na história do oportunismo político que promove a abstenção eleitoral.

Basílio Horta, cujas afirmações políticas por vezes oscilam segundo o vento sopra nos pontos cardeais, terá procurado salientar a sua aorta ascendente.

Sua Excelência, perante o visitante e acompanhantes, distanciou-se na primeira pessoa salientando o "compromisso do PS com a liberdade e a democracia".

O choque entre louvações

Em termos politicos, Basílio Horta não se sentiria muito à vontade com o candidato visitante, pois recentemente tinha louvado o seu substituto no Ministério.

Sem alternativas, sem poder levar o grupo  a passear de bicicleta ou trotineta, com o trânsito entupido pendurou-se nos comboios a que não ligou durante anos.

Foi desastroso: O candidato esteve-se nas tintas e mostrava um ar enfadado ao escutar ter sido "um grande ministro (...) por conseguir fazer o que fez sem dinheiro".


A manifesta "alegria" do candidato

Salvo mais astuta opinião, Sua Excelência falhou neste ponto por omissão de, ao invés, não lembrar que foi a Câmara (endinheirada) a investir no património alheio.

A cara do candidato aconselhou-o a não completar as queixas sobre comboios esquecendo a oferta patrimonial em curso para as Infraestruturas de Portugal.

São os munícipes a pagar esta oferta à entidade responsável pelas ferrovias

O dinheiro dos munícipes está suportando os custos desta Pousada de Juventude - que reverterá para as Infraestruturas - pagando renda ao mesmo tempo...

Como o candidato ficaria entusiasmado por poder levar para a Europa o orgulho de uma Câmara gastar assim 3,2 milhões de euros como Sua Excelência disse.    

Obviamente que o candidato desvalorizou as críticas de agora à gestão das ferrovias, lembrando-se que Sua Excelência há pouco tempo parecia estar "satisfeito". 

São as voltas do "Politiquês" neste cantinho tão ocidental em que o palavreado enganoso constitui mais uma rotina do que a confiança nos políticos gestores. 

Mais uma vez, Sintra não mereceu isto.


sábado, 18 de maio de 2019

18 DE MAIO DE 1996 - A MORTE NO ESTÁDIO NACIONAL

O dia estava bonito, o entusiasmo dos adeptos era imenso e, sentados nos espaços destinados aos adeptos de cada um dos clubes, confraternizava-se. 

Era um Dia de Festa, a final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Benfica. 

De súbito, talvez a menos de um metro, algo passa frente a mim e à minha filha que tanto gosto tive em a levar comigo para também sentir as emoções do futebol. 

Olhando para o lado, a dois ou três metros, via sangue e a agitação de adeptos sportinguistas que socorriam outro adepto...

Era a morte que chegava a alguém que, quase ao meu lado, queria viver a alegria de ver o seu clube jogar e poder ganhar uma Taça que faz parte da história do Futebol.

Um very light vindo do lado dos adeptos do Benfica levou a morte para dentro do Estádio Nacional, num dia que deveria ser de celebração ou convívio fraterno.

Desde esse dia, o autor destas linhas, que não perdia um jogo de futebol do seu Sporting, de dia ou noite, ao Sol ou  à chuva, não voltou a entrar em Estádios.

Tal como não se envolve hoje, nem participa,  em discussões estéreis de clubismos, por vezes tão doentias que não prestigiam os intervenientes.

Há desgostos que não se apagam e ensinam por serem demasiado tristes a recordar.

Hoje é um dia de respeito em nome do Desporto e Desportistas dignos.



sexta-feira, 17 de maio de 2019

SINTRA: SR, PRESIDENTE, SÓ AGORA SABE DE TRANSPORTES?

"No pantanal disseram ao hipopótamo que iam ser presos todos os animais com boca grande...logo ele se manifestou: "Coitados dos crocodilos"".. Youseef Fuad 

Não deixam de surpreender - agora - as declarações de Sua Excelência sobre a prestação de serviços pela CP, denotando preocupações pelas vítimas...os utentes.

Aliás, Sua Excelência, surpreende-nos frequentemente pela constância do que profere, justificando que o citemos numa ajuda que não agradece.

Torna-se até cativante que Sua Excelência aborde "as contas sérias à custa de sacrifícios enormes que se pedem às populações" (por favor clique para rever).  

Vejamos a situação com calma, face à eliminação de 20 circulações num só dia e recordemos como Sua Excelência estava satisfeito com a CP em 2016.

Por isso, o destino Sintra (serve população e turistas) passou de quatro ligações  directas por hora com o Rossio para duas, eliminando-se mais de 20 por dia. 

Agora, com o Ministro Pedro Nuno Santos em ascensão, torna-se relevante tão forte manifestação de solidariedade...contra o quase usurário Ministro "Tio Patinhas".

Ficámos em choque ao ler aquelas preocupações de Sua Excelência com as "contas sérias à custa de sacrifícios enormes que se pedem às populações". 

Bem haja Sua Excelência...  

Porque não exigiu em Setembro de 2018?

Depois da contestação feita em Cascais e pelo autarca Carlos Carreira, a CP viria a repor horários, exigência que não foi seguida - solidariamente - por Sua Excelência.

Essa teria sido mais uma ocasião para manifestar o "intolerável" nos incómodos que milhares de utentes (residentes, trabalhadores e turistas) passaram a viver. 

Decorre, vistas assim as coisas, que esta é altura de Sua Excelência se mostrar na solidariedade política e dar um cunho e pendor eleitoralista que o PS agradece.

Hoje, certamente bem confortado (e ar condicionado) na viatura que os munícipes suportam e com motorista, Sua Excelência ainda estará indignado como ontem? 

Se assim suceder, então não foram declarações de circunstância, prosseguindo na cruzada da exigência de transportes adequados a que temos direito.

Veremos se não passou de uma ocasião promocional...


quarta-feira, 15 de maio de 2019

SINTRA: SR. PRESIDENTE DA CÂMARA, COMO CONFIAR?

Um ano sobre a decisão do Parque da Cavaleira



Cumpre dizer a Sua Excelência que, pelo cargo político que exerce, exigimos rigor nas informações que profere, nomeadamente das oficialmente constantes em Acta.

Sob risco de, por este ou outros casos, haver sempre o receio de se confiar no que é dito, facto que, em política, terá nome pouco simpático para Sua Excelência.

Desta vez, falamos da Sessão de Câmara de 15 de Maio de 2018 onde apresentou uma Proposta, dita por Sua Excelência como "Extra-Ordem porque é urgente".

A decisão a tomar era a celebração de um contrato de arrendamento de uma parcela de terreno na Cavaleira para a construção de um parque de estacionamento.

Disse (assim consta da Acta) Sua Excelência: "Temos mesmo que fazer um parque de estacionamento porque vem aí o Verão e temos de ter estacionamento". 

Palavras de Sua Excelência: " Vamos pagar 100 mil euros este ano e 140 mil para um ano de arrendamento". Talvez melhor entendido se tivesse dito durante 14 anos...

O proferido, com aparentes contornos de credibilidade, até levou o vereador da CDU  a ser o primeiro a congratular-se com a "Proposta" dizendo: "É uma boa Proposta e o dinheiro que a Câmara está ali a investir é muito bem empregue (...)".

Acrescentaria o Vereador da CDU, certamente entusiasmado com o dito: "Porque para descomprimir o Centro Histórico é necessário tomar este tipo de medidas".

Passou-se o Verão que Sua Excelência referiu...vieram o Inverno e a Páscoa...a confusão na Serra nunca acabou...vem aí outro Verão e o Parque da Cavaleira vazio.

Um ano depois, a descompressão é nula e os quase 100 mil euros pagos, "que a Câmara está ali a investir e é muito bem empregue (...)" só servem os arrendatários.

Uma inacreditável ausência de planeamento prévio, indiciadora da incompetência ao mais alto nível para a resolução dos efectivos problemas de Sintra e seu turismo. 

Confessamos estar sem palavras...até pelos intervenientes.

Um ano passado, Sintra cada vez mais desprestigiada pelas decisões tomadas. 

Falhanço do Parque da Cavaleira e das "soluções" do trânsito

A viatura que se vê já lá está há algum tempo...será para se julgar que tem uso?

A foto que acima mostramos é de ontem mas podia ser de hoje e dela se pode inferir que a Proposta "Extra-Ordem porque é urgente" não tinha um suporte garantido.

Então Sua Excelência não estará obrigado a dar - pelo menos aos munícipes - informações credíveis? Ou seremos obrigados a viver no meio de tais imprecisões? 

Quantas pessoas - incluindo Vereadores - foram iludidos nos dados pegados à Proposta alvo de pressing para aprovação do arrendamento da Cavaleira?

Que devemos pensar sobre a urgência se, um ano depois, nem carros estacionados, nem carreiras ligando à Vila e à Pena, nem alamedas com árvores plantadas?

Entretanto, isso sim, cerca de 100 mil euros já terão sido pagos a quem tinha o terreno abandonado e talvez sujeito a majoração do IMI por tal facto.

Continua a confusão até à Pena

Ontem, à mesma hora em que o oneroso Parque da Cavaleira estava vazio, a Pena atafulhava-se de carros, de autocarros, com um esforço inglório das autoridades.


Ontem de manhã no Largo da Pena

Enquanto isso, dezenas de autocarros (que entupiram o acesso a Sintra e voltarão para novo entupimento) chegavam ao terreiro do Ramalhão para as esperas.


Buraco no pavimento a que a Câmara não liga e com consequências graves

A justa indignação dos munícipes

Têm os municipes de Sintra fortes razões para se indignarem com esta forma de gestão dos dinheiros municipais, enquanto espaços públicos estão abandonados.

Sua Excelência é o primeiro responsável por este estado de coisas e temos o direito de exigir fim a esta política de abandono...recheada de ilusórias promessas. 

Hoje é mais uma dolorosa efeméride num concelho cuja História é tão respeitável.

Sintra não merece isto.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

SINTRA: TURISMO COM GESTÃO DE ARRIBAÇÃO...

Especialistas em viver na sujidade

É rara a semana em que, com indícios de incontinência, não surgem ou novidades de grosso calibre ilusório sobre Sintra ou para a servil limpeza de críticas feitas.

Tal opção é preocupante pois parece que uma névoa oportunista encobre - a quem o faz - os eixos frontais e laterais dos horizontes, impedindo a visão de atentados.   

Porque há atentados que os fura-vidas, mesmo ofuscados na mendicidade de sinecuras, estão obrigados a conhecer face aos dotes e relacionamentos que exibem.

Nem todo o ser humano gosta da sujidade e os sintrenses não precisam de mais aves de arribação que ajudem ao desrespeito devido ao Centro Histórico da Vila.

É de higiene pública e do Bom Nome de Sintra que falamos

Na Assembleia de Freguesia de 18.06.2018 (está quase a fazer 1 ano), foi dito que estava em curso a recuperação do Parque da Liberdade pela Parques de Sintra.

Em 1.8.2018 ficámos a saber que a mesma entidade também estava a proceder ao "Projecto de Requalificação" do Parque dos Castanheiros e Jardim do Bico.

Os três espaços públicos situam-se na Volta do Duche, local que, tal Aljubarrota, foi campo de grande luta de intelectuais contra um parque de estacionamento.

Mostramos imagens tiradas nestes dias do Parque dos Castanheiros:


Instalações sanitárias 

Interruptor de luz

Contador de água
 
Bebedouro...cheio de lixo que entope o escoamento de água

Um recanto




     
Como é possível esta desvergonha que terá de contar com o silêncio cúmplice de quem se faz arauto de espirros autárquicos e não defende o Bom Nome de Sintra?

E os responsáveis pelo Turismo, que sentem? 

Há muitos anos, noutro contexto, alguém quis oferecer botas a um tratador de pocilgas que logo as recusou porque não estava habituado a ter os pés calçados.

Que pensar agora deste espaço onde Turistas e outros visitantes entram, uns para merendar outros para aceder às instalações (?) sanitárias. 

Talvez fosse positivo que no portão se colocassem os nomes dos responsáveis, para que os visitantes não pensem que os sintrenses são todos assim. 

É isto um destino turístico? É assim que funciona a responsabilidade assumida?

Que vergonha sentimos ao ver pessoas a entrar naquele espaço. 

Demitam-se os responsáveis, isto não é para políticos de arribação. 

Sintra merece respeito. 


quarta-feira, 8 de maio de 2019

8 DE MAIO, UM MINUTO DE SILÊNCIO PELAS VÍTIMAS

Para que não se esqueça

Passam hoje 74 anos sobre a data em que Comandos alemães assinaram em Berlin a rendição perante as altas patentes do Exército Soviético. 

A Segunda Grande Guerra foi uma dramática tragédia da Humanidade, originando mais de 55 milhões de vítimas, sendo mais de metade cidadãos soviéticos.

Grande parte dos políticos criminosos nazistas acabaria por ficar impune acabando os seus dias na América de Sul sob identidades falsas.

Aos milhões de vítimas inocentes, dedicamos esta página de homenagem.

As celebrações de hoje


Em Hiroshima, junto ao Memorial da Paz, haverá muita solenidade com a presença de pessoas que viveram os terríveis momentos da explosão atómica.



Em Minsk serão visitadas as mães que perderam os seus filhos e que se carregam de luto pelo sofrimento que representou para tantos milhares delas.



Em Kiev, onde tantas armas de guerra repousam, a imagem destes dois canhões cruzados representará o fim das hostilidades e que nunca mais disparem.

O nazismo não acabou e deixou genes que se disfarçam de formas variadas a que devemos estar atentos para bem de todos nós. 

Um minuto de silêncio...pelas vítimas...e para que não volte a acontecer.

Em nome da Paz.

quarta-feira, 1 de maio de 2019

1º. DE MAIO: ENVERGONHA POLÍTICOS E GRANDES SUPERFÍCIES


Que democracia temos? 

O que se tem passado em relação aos direitos dos trabalhadores faz meditar sobre o tipo de democracia que temos, em que se legisla frequentemente contra eles.

O escândalo autorizado de horários de trabalho que descontextualizam as famílias e outras invenções patronais como horários mais curtos afectam a vida e a demografia.

O pagamento de salários superiores ao mínimo mas com descontos sobre valores mais baixos terá reflexo nas futuras pensões e na constituição dos seus Fundos. 

Neste quadro, de total anarquia sem que o Estado intervenha para moralizar os costumes, só iremos assistir à degradação progressiva dos direitos sociais. 

A vergonha dos horários praticados

A grande maioria dos cidadãos nem se apercebe do que é feito aos trabalhadores em grandes superfícies no que toca a horários e segurança no trabalho. 

Pensamos nos que entram ou saem depois da meia noite? Se transportes públicos e quando as ruas estão desertas? Que não têm conjuges ou filhos?

Imaginamos as lesões causadas a homens e mulheres por puxarem pesadas cargas para a manutenção dos produtos em exposição e aumento das vendas? Vão ver. 

Saberemos - todos nós consumidores - o que é almoçar às 10 horas ou jantar às duas ou três horas da tarde para se cumprirem horários de turnos?

Nem o 1º. de Maio é respeitado

Vejamos dois casos, um deles de uma empresa cuja administração ao longo dos anos qtem querido dar a imagem de "amor" aos seus colaboradores. 

A Biedronka é extensão dos negócios do grupo Pingo Doce na Polónia. Mas lá não fazem o que querem e são obrigados ao cumprimento de regras:

Não só hoje é feriado como aos Domingos estão encerrados

Vejamos também o grupo Auchan que, em Paris, também está fechado hoje e não pratica os horários que em Portugal os responsáveis autorizam:


O que se passa em Portugal, 45 anos depois de Abril, envergonha toda a classe política que se tem colocado de cócoras perante interesses de grandes grupos.

Torna-se, assim, mais um Dia de Luta por condições de vida mais dignas. 

Hoje, Dia Mundial dos Trabalhadores, fica uma última imagem que constitui, no local onde está instalada, uma homenagem ao esforço de quem trabalha:

Homenagem aos trabalhadores do Dique do Norte, na Holanda

Votos de um Bom Dia a todos os trabalhadores.