sexta-feira, 29 de junho de 2018

SINTRA: S. PEDRO, A FREGUESIA QUE AINDA NÃO "MATARAM"...

A Lei 11-A/2013, de 28 de Janeiro, concretizou uma das maiores patifarias politicas em Sintra ao eliminar a Freguesia de S. Pedro, na Vila a mais extensa e populosa, com o Castelo dos Mouros e Pena e nome de Santo honrado com Feriado Municipal.

Decisores e conluiados com essa afronta aos Sanpedrinos nunca deixaram de ter - na consciência - um certo peso que lhes roubaria o sossego, passando por S. Pedro para limpeza de alma, pelo menos em dias de ofício santificável. 

De tal forma a falta de capacidade tem entroncado na consciência, que - passados 5 anos - ainda hoje lá apanhámos um objecto histórico, simples mas valioso, que não permite que se esqueça que S. Pedro sempre teve vida e alma próprias.  


Este simples adorno de trânsito, enferrujado mas cuidado e que certamente se vai arrastando daqui para ali e vice-versa, mantém viva a nossa saudade da freguesia que ainda sobrevive, tão abandonada como estava naquela altura, MAS VIVA.

Hoje, Dia de S. Pedro, no Largo D. Fernando, debaixo de árvores que ainda não deram lugar a parque de estacionamento pago, havia - como sempre ao longo de anos - longos convívios à mesa, entre Sanpedrinos e outros sintrenses.

Foi Dia de S. Pedro, o nosso Padroeiro. 


domingo, 24 de junho de 2018

HOJE É DOMINGO...VAMOS VISITAR EVA E ADÃO...

Naturalmente que a visão mais comum de Eva e Adão, aqueles felizardos que tiveram o Paraíso à disposição e o encheram de lixo, não será a mais adequada.

Sempre pensámos que seriam figuras cobertas de pelos por todos os lados, pior ainda que algumas ainda hoje vistas nas nossas praias (ou piscinas reservadas).

Como a serpente terá sido má conselheira, formámos a ideia de que pouco se lavavam, com a pele - que hoje gostamos de afagar - pouco macia e nada doce.  

Nas imaginações mais razoáveis, Eva e Adão andariam muitas vezes quase de gatas, com a sorte de não precisarem de pilates para se manterem em forma.

Isso foi o que nos convenceram quando éramos crianças, quando nos instilavam que Adão era um brutamontes, vivia numa caverna sem tarifa social de electricidade.

Há sugestões sobre a sua vida íntima, pois não tiveram filhas mas multiplicaram-se em grande escala sem que algum poder celestial seja conhecido.

Tal como ainda está por apurar em que gruta ambos despertaram, acasalaram e com que idade terão abandonado esta sua experiência terrena, isenta de IMI.  

Fica o receio de Eva e Adão terem sido mal interpretados e menos valorizados nas suas diversas performances, talvez pouco justas para a sua memória.   

Felizmente, em 1563, Giovan Angelo Marini desfez as dúvidas sobre Eva, mostrando-a em toda a plenitude de formas e beleza, capaz de tentar um Santo além de Adão:


Quem negará a beleza da nossa primeira Mulher, mesmo rodeada da serpente e dos dois filhos, manos que com ela e Adão partilharam o início da vida?

E Adão? Que devemos dizer sobre esse primeiro exemplar da masculinidade, mas nesse caso deixamos a quem nos lê a avaliação devida, segundo uma visão livre: 


Em 1502, Cristoforo Solari esclareceu todas as dúvidas sobre Adão, bem longe das  conjecturas que ao longo de séculos tinham duvidado dos seus dotes físicos. 

O estranho, com estes exemplos - um com quase 500 anos e outro com mais - é que ainda hoje se tente denegrir Eva e Adão como se tivessem sido selvagens.

Pelo que se vê selvajaria seria uma boa consequência, completamente aceitável.

Há coisas que só podem existir e dizer-se por inveja...

Que se medite...mas a Eva deslumbrou-nos.





Nota: Estas e outras maravilhosas peças podem ser apreciadas no Museu da Duomo de Milão, a duas horas e meia de Lisboa. 

quinta-feira, 21 de junho de 2018

SINTRA, SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA, ISTO É SÉRIO!

Goste Sua Excelência ou não goste...

O que aqui vai ser abordado não é novo, não pode ser desconhecido, Sua Excelência não precisa de ser notificado para saber da vergonha que é a Rua dos Arcos.

Gente erudita, que certamente fará os encómios onde os políticos mais sensíveis peneiram os conselheiros, diria que esta Rua dos Arcos é no casco da Vila de Sintra.

Ajudaríamos Sua Excelência dizendo que é debaixo do Paris, onde políticos comem às vezes, ao lado do Hotel Central onde em 2014 foi montada uma estrutura. 

Estrutura que, passados 1280 dias - Sua Excelência pode confiar nos dias bem contados, com zeros e tudo - sobre um Seu Despacho...continua na mesma...

Coloca-se (aos sintrenses, obviamente) um trilema: - Sua Excelência não confirmou a execução do Despacho que fez; Os Serviços não actuaram ou Alguém travou.

Como gestão de um território não é bom exemplo de rigor, por estar desconforme, sabendo-se que Sua Excelência celebrou nesse Hotel a recente reeleição.

Contando Sua Excelência com um vasto leque de Conselheiros, seria estultice nossa admitir que nenhum se incomodou e Lhe transmitiu o que vamos mostrar.  

Por isso, deve expressar-se a Sua Excelência o desagrado por uma situação que envergonha quem ama Sintra e mais não procura que defendê-la: 


FALAMOS DA RUA DOS ARCOS

Vista da Praça da República (foto de 19.6.2018)

Vista da Praça da República (foto de 19.6.2018) Dois turistas entravam...mas voltaram atrás

Vista da Praça da República (foto de 19.6.2018)

Vista do Outro lado da Rua (foto de 19.6.2018)

Admitimos que Sua Excelência não desprezaria uma boa refeição na parte de cima, no Paris, com o requinte tradicional da excelência ambiental e convivência. 

Permitimo-nos não acreditar - nem imaginar - que comeria à entrada desta lixeira, que a Câmara a que Sua Excelência preside e as Autoridades permitem.

Mesa quase pronta para ter uma toalha em cima

Senhor Presidente, este é um caso sério de falta de higiene pública, de falta de segurança, de anti-património e de anti-turismo, de abusos e desleixo. 

Como entender sua Excelência? Trinta e tal milhões com promitentes obras ou em curso (até para futuro património alheio) e nem uns tostões para resolver "isto"?

O "isto" quer dizer que desde a primeira década deste século se alerta para a vergonha que constitui no prestígio de Sintra. E tudo se mantém emporcalhado...

É um Caso Sério, Senhor Presidente, de falta de higiene, de menos respeito por quem passa, de desconsideração por quem acredita em Sintra como destino.  

Se os Serviços responsáveis pela Higiene não actuam; se os responsáveis pelo Turismo não vêem; se os cuidadores da Cultura Histórica calaram, responsabilize. 

Apenas uma sugestão - admitindo que Sua Excelência pode ter aversão a tal - junte os responsáveis todos, cria mais uma Comissão de qualquer coisa e resolva.

É uma vergonha ver-se disto onde quer que seja, muito menos no Centro Histórico.

Não "#é esta o caminho" que Sua Excelência prometeu aos Sintrenses.



Um alerta: As ligações de electricidade e gás que se vêem à entrada da Rua garantem a segurança local? Sem riscos de um eventual acidente? Mostramos:


Por perto também há gás...

Por desejar o bem físico de Sua Excelência recomendaria que no Paris não se sentasse muito sobre esta zona da Rua dos Arcos...não vá o diabo aparecer...


terça-feira, 19 de junho de 2018

SINTRA...EM TEMPOS DE FAZER O BEM...

A política da Câmara Municipal de Sintra na dedicação a grandes investimentos tem inovações curiosas sugerindo um novo slogan: "#Este é o caminho do bem". 

Pensamos até - preferimos dizer receamos - que uma certa incompatibilidade com os zeros esteja a custar aos munícipes alguns milhões na convicção de serem tostões. 

Um hospital - que o não será em todas as valências - cuja construção competiria ao Governo Central, foi prometido com quase 30 milhões de Euros sintrenses.   

Tal unidade, longe de ser hospital e só o ilusionismo político chama de "proximidade", não passa de Urgência Básica Especializada com o condão de fazer o bem.

Com efeito, só após ser dito que tal Unidade Pública não teria todas as valências, o Grupo CUF anunciaria o seu hospital com cirurgias e internamentos...privados.

Da que terá sido uma fortuita coincidência resultou o júbilo: - "Agora em vez de um...temos dois". Poderíamos dizer "que tudo correu bem...sabendo-se para quem".

🔃

A Pousada da Juventude de Sintra, pelos contornos, assemelha-se na bondade.

Propagandeada por Basílio Horta (sem enfatizar que virá a ser património das Infraestruturas de Portugal) pode custar aos munícipes 3,2 milhões de euros.


Não queremos passar por mentirosos pelo que reproduzimos as credíveis palavras de Sua Excelência

À boa acção de construir de raiz um património para entidade alheia, a Câmara está juntando o pagamento de rendas que superarão 453.000€ até ao final do prazo.

Aquelas casas abandonadas e quase em ruínas, antigos dormitórios da CP e sua propriedade, tiveram na Câmara o manto diáfano da demolição...

Recordam-se da história da compra do Hotel Netto? A Câmara iria fazer um "Hostel" dirigido à juventude...depois, não tendo vocação...acabaria por vendê-lo.

Agora, quase certo, também não haverá vocação camarária para explorar a Pousada, pelo que estamos na expectativa de ver o seguimento de tão peculiar negócio.

Ora, no Ponto 2 da Cláusula Décima Segunda, consta: "É permitida a transmissão da Gestão da "Pousada" a terceiros, mediante autorização prévia da IP Património".


Aumenta a curiosidade sobre a futura exploração. Será a Câmara a explorá-la ou existe qualquer outro plano em que a Câmara apenas serviu de "fronting"?

Que iremos saber sobre a possível entrega da exploração da Pousada a terceiros, bem como de envolvimentos que escapam aos munícipes?

Certo é a maioria dos munícipes desconhecer os contornos deste "investimento" julgando - graças às restrições informativas - tratar-se de enriquecimento municipal.

Aceitam-se pois apostas, ainda por cima sem que independentes geralmente bem informados se pronunciem quer sobre a Pousada quer sobre o Netto.

Mais uma vez os Munícipes estarão felizes pelo bem que está sendo feito...  

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"Contrato de Arrendamento" de um parque de estacionamento pelo prazo de 10 anos,  que custará aos munícipes mais de 2.060.000€, terá de ser para nosso bem.

Se assim não fosse não justificaria rasgados elogios de escreventes ao serviço.  

Ninguém pode ficar indiferente a que uma tão elevada despesa não se reflicta no património dos munícipes que pagam impostos e vêem faltar outras obras.    

Estranha-se que havendo um terreno público já usado no Ramalhão o Presidente da Câmara não tenha exercido influência para a construção de um silo com vários pisos.

O "confortável" e "cultural" abrigo disponibilizado no Ramalhão

Mais, com grandes superfícies abandonadas (por exemplo da antiga Samsung, antes de Ranholas), se aplicado o direito de opção poderia construir-se lá um grande silo.

Unidade abandonada junto dos IC 16 e IC19 (Deu nome à R. Republica da Coreia) 

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Que pensar? O Posto da GNR

Dos exemplos referidos, parece estarmos perante novos padrões da aplicação de dinheiros públicos, enquanto o património degradado espera melhores dias. 

Será curial o dinheiro dos munícipes estar servindo para ajudar entidades alheias à vida municipal, sem que o Património Sintrense fique mais enriquecido?

Acresce que sobre estas aplicações do nosso dinheiro parece cair uma nuvem opaca, silenciosa, contradizendo as frequentes citações de transparência.

Não haveria obras urgentes e prioritárias a fazer? Por exemplo...

O Posto da GNR em Sintra (antes PSP) - sabe-se há muito - tem grandes deficiências em instalações para os militares, atendimento e logística para detidos.

Então não deveria ser uma das preocupação de Sua Excelência, inequivocamente um bem público relevante a considerar prioritariamente?

🔃

Insistimos nestas situações para que os munícipes saibam da forma como os seus impostos são aplicados, onde não falta bondade para entidades externas.

Enquanto isso, a manutenção de bens públicos, reparação de vias, recuperação de edifícios municipais até o Parque da Liberdade arrastam-se com adiamentos.

Neste cenário de aplicação do dinheiro dos munícipes, criam-se todas as condições para que arautos das boas obras usem a cartilha das louvações.

Como os munícipes se devem sentir felizes...



domingo, 17 de junho de 2018

SINTRA E ANGRA DO HEROÍSMO, OS CENTROS HISTÓRICOS

Respeitar a História, uma questão Cultural

Sintra, como é possível?

Podem vestir-se os mais belos trajes para suportar a sapiência cultural, mas passar ao lado das agressões e silenciar só pode ter um nome: oportunismo intencional. 

Quem passe pelos locais todos os dias - há anos - sem manifestar publicamente o desagrado pela incapacidade camarária em defender o Centro Histórico, conluia-se.

Este tapume já "merecia" uma inscrição alusiva aos responsáveis...

É lamentável que se pactue com este tapume há quase uma dezena de anos, se mantenha servil em relação às obrigações camarárias para a defesa do Património.

Envergonhará qualquer arauto da cultura que na fachada do Hotel Central (património protegido) se mantenha a estrutura montada em Dezembro de 2014.

Como se "respeitou" o Património Classificado...ao longo de 20 metros 

Como é possível que algum sintrense amigo da sua história aceite silenciosamente esta agressão aos azulejos protegidos e se silencie perante o mau exemplo cultural?

Por perto, quer no Parque da Liberdade quer no dos Castanheiros, continuam a ver-se as terríveis marcas de abandono e despreocupação pela sua conservação.

Na parte superior do Parque da Liberdade

Escadinhas do Hospital, uma "imagem de marca" dos autarcas 

Estes são exemplos de que a honra pela atribuição da Classificação de Património da Unesco pouco diz a responsáveis e putativos aduladores da gestão praticada.

Saberão porquê...

Angra do Heroísmo, exemplar

A manutenção e conservação da zona Histórica Classificada pela Unesco alarga-se a toda a cidade, tudo limpo, disponível, numa exemplar gestão Autárquica. 

Desde o Jardim Duque da Terceira ao Palácio dos Capitães Generais tudo se apresenta com dignidade e muito respeito merecem residentes e visitantes.

Na primeira foto, mostrámos aquele vergonhoso tapume que não parece incomodar os responsáveis e seus apoiantes. Vejamos o que foi feito em Angra:
Edifício da antiga pensão Lisboa, que estava em ruínas

Toda a frontaria do edifício e sua janelas foi tapada com painéis, permitindo eliminar o aspecto condenável das ruínas. Os visitantes apreciam a feliz iniciativa.

Em duas fases de um mesmo vídeo, mostraremos como está conservado o Jardim Municipal de Angra do Heroísmo (Jardim Duque de Terceira):




O belo edifício do Município, inaugurado em 1866, foi construído de raiz para esse fim,  fazendo parte do seu recheio muitas peças artísticas de elevado valor.

Angra do Heroísmo, fortemente municipalista, honra-se ainda de ter sido a primeira Câmara eleita após a reforma constitucionalista de 1830. 


Não poderíamos deixar de mostrar os belos vitrais que estão na escadaria interior.


Também a sala de reuniões do Executivo empresta a dignidade do Órgão. 


Belas ruas, limpas, cuidadas, com todos os pormenores de respeito pelo Património que faz parte da Unesco, são exemplos para muitos autarcas de ocasião. 

Uma panorâmica tirada do Palácio dos Capitães Generais



Pormenor de iluminação pública 

O gosto pelo local onde se vive 

É disto que as populações gostam, de quem viva o amor pelas suas terras, pela sua história, pelo bem estar colectivo e, acima de tudo, as respeite condignamente.

Este é o Poder Local saído de Abril, onde os autarcas (com A grande) não precisam de se apresentar de cravo vermelho ao peito em 1/365 avos de um ano.  

Não valerá a pena dizer-se mais nada...está tudo dito.

Votos de um Bom Domingo. 


sexta-feira, 15 de junho de 2018

SINTRA: EXAGEROS NA ÂNSIA DO PROTAGONISMO

Líamos de novo, o fantástico livro "As Benevolentes", de Jonathan Littell, onde percebemos que Adolfo (o Hitler) precisava de lacaios, quando tivemos a má notícia.

"Fulano passou-se". "Já sabe o que aconteceu"? Dizia o e-mail. 

Um amigo, que teve a sua época de prestígio, que foi respeitado, tinha sido tocado por um paroxismo de vaidade que o levou a cair nos braços de quem não podia ver.

É duro sabermos disso, pela partilha - honesta da nossa parte, pelo menos - de momentos em que os nossos interesses nunca estiveram com qualquer plano.

A vida tem destas coisas, as desilusões perseguem-nos, temos de resistir. 

Os prenúncios da  doença já se tornavam visíveis aqui e ali por pequenos pormenores, embora desejássemos a sua recuperação pela positiva. 

É certo que doutas opiniõescomplementadas com difusos elogios aqui e ali faziam recear o pior, pois como nas ondas de electrões, louvar causa alguns arrepios.

Patológicamente, a ansiedade das louvações funciona como pré-avisos de disponibilidade, prontos para a subida na escada cujos degraus os chamam.  

Claro que, para vaidades a qualquer preço, as louvações são um bom recurso, pese o incómodo que às vezes os exageros possam causar nos destinatários. 

Com paciência - se estivermos atentos - poderemos aquilatar dos princípios das partes e até onde vai a aceitação tácita ou a recusa da colagem louvadora.

Temos desgosto pelo estado de saúde do nosso amigo, porque não deveria estar na sua lucidez profunda quando se dobrou por meia dúzia de lentilhas.

Doravante poderemos esperar que faça o elogio das portas abertas de par em par e de que todos se levantem para a passagem dos seus ídolos. 

Às vezes há maus jeitos difíceis de digerir.




quarta-feira, 13 de junho de 2018

SINTRA...SEMPRE COM CURIOSIDADES...


A foto é de ontem, deixando um certo sorriso a corrente que, pretensamente, evitará que alguém "solte" a peça da Emes. Sorriso que fez lembrar outros tempos...

Antes do terrível incêndio do Chiado (a essa hora já estava trabalhando...) havia na Rua do Carmo um estabelecimento único em queijos, conservas, bebidas finas, faisões e especialidades a que só endinheirados acediam. Era a Martins & Costa. 

Contava-se então que, certo dia, um cliente lá entrou e perguntou se tinham daquele queijo importado, que se caracterizava por ter bicho...e era uma especialidade. 

O empregado, naquela época com bata cinzenta, confirmou que "sim, temos essa iguaria...Vossa Excelência deseja quanto?"

- "Mas mesmo com bicho? Especial?", insistiu o cliente.

- " Faça favor de dizer que quantidade deseja". 

- "Um bocado bom, lá em casa somos muitos e gostamos", respondeu o cliente. 

Então o empregado, aprumado, gritou lá para dentro: "Soltem o queijo...". 




Ao ver esta grade acorrentada, veio-me à ideia o queijo...que, pelos vistos, também estaria preso por uma corrente, não fosse fugir do fundo das instalações.