terça-feira, 30 de julho de 2019

SINTRA ...ESTACIONAMENTOS OU PROCESSOS DE ILUSÃO?

Do cardápio de promessas de Basílio Adolfo Horta

Dois anos depois da promessa, nada da passagem sobre a via férrea

As vozes - poucas e desgarradas - de crédulos por Basílio Adolfo Horta ter dito que "o município não irá instalar novos parquímetros" merecem saber da vida em Sintra.

Devemos, sim, tudo fazer para ajudar quem tão dedicadamente acredita em tal político e nas afirmações que faz, a pretexto disto ou aquilo, sem que se confirmem.

A propósito de estacionamentos, leia-se a peça da LUSA publicado no DN de 24 de Maio de 2017 (eleições em Outubro) e atente-se nas promessas de Sua Excelência.

Até ao fim desse ano o "concurso público" para um "silo automóvel" junto ao Departamento de Urbanismo", com a "construção de um edifício de quatro pisos";

Prometia mais, sem que isso parecesse afectar o crédito da promessa, "dois passadiços de ligação à Estefânia" e "reposição da passagem sobre a linha férrea". 

E, como se fosse pouco, iria "transformar o edifício do Urbanismo num hotel".

Finalmente, iria propor à Parques de Sintra uma "pool" de veículos eléctricos...

Para satisfazer qualquer arauto dinamizador barato, era a "integração urbanística", "esplanada" e "zonas verdes", que lhe podem ter soprado ao ouvido.

Pelo meio, a tradicional verborreia dos milhões que, servindo a banca, não se aplicam em Sintra: "Basílio Horta defendeu que, em vez de mais construções, seja a "câmara a fazer o silo" apesar do investimento "entre 12 e 15 milhões de euros".


Estamos em condições de garantir que o "silo" estava assim esta manhã

Quase dois anos depois, passadas as eleições de 2017, tudo não passou de uma forma hábil de prometer...prometer...prometer sempre...sem nada fazer. 

Isto, na vida, tal como na política séria, tem um nome e todos sabemos qual é.

Porquê  a "crise" do Projecto de Estacionamento em curso?

Se Sua Excelência tivesse com perfil a preocupação na resolução dos problemas dos sintrenses, teria, forçosamente, de investir em soluções duradouras e adequadas.

Certamente, com estudos adequados e sem cruzados interesses, seria possível, pelo menos nas freguesias mais populosas encontrar espaços para silos verticais. 

Tais silos, com dois ou três pisos acima do solo, por força da ventilação sem a complexidade das construções tradicionais, têm custos muito mais baixos.

Mas Sua Excelência, que ao serviço de Sintra usa viatura que as vítimas suportam, tem visões estranhas quanto a soluções: tout venant e rendas a pagar a alguém.

Por seu turno, a sintomatologia de avareza leva a que tente em espaços disponíveis para os munícipes criar fontes de rendimento sem investir...coarctando direitos.

Daí o Projecto de Estacionamento que colocou em Discussão estival e fez aquecer a indignação de milhares de munícipes pelo efeitos que virá a ter nas suas vidas.

Acresce, ainda, a dúvida que subjaz ao previsto no "Projecto" no que concerne ao eventual surgimento de qualquer entidade a quem possa ser cedida a exploração. 


Levanta-se a questão de saber até que ponto o PS quer estar sujeito a um político com estas características para gerir o segundo maior concelho do País.

Sintra não merece isto nem "#é esta o caminho" prometido. 




Breve nota:

Há poucos dias, alguns acontecimentos violentos na estação de Queluz acabaram por ter aproveitamento nitidamente eleitoral.

Apesar de não ser espaço camarário, logo Sua Excelência prometeu (para 2021, ano de eleições) a colocação de câmaras de vigilância...uns tantos milhões!!!

  















domingo, 28 de julho de 2019

SINTRA: ESTACIONAMENTOS E "GUETIZAÇÃO" SEM MUROS...

"Recordação" do início dos parques pagos em Sintra, ao tempo de Edite Estrela...primeiro de semana...depois "todos os dias" como está bem visível

Obsessão do PS por parquímetros...

Há quase 20 anos que o PS procura impor em Sintra estacionamentos pagos, deixando sempre dúvidas sobre os objectivos que lhe estejam associados.

Serão mais uns dados para se entender esta última tentativa de se criarem Zonas de Estacionamento de Duração Limitada, nitidamente de cariz repressivo.

Não deixemos, então, de validar as datas - e as situações - em que estas coisas acontecem em Sintra, sempre pelas mãos dos mesmos o que é estranho. 

Em Maio de 2001 (eleições eram a 16 de Dezembro) com Paiva Nunes - Vereador de Trânsito  - conhecido membro do PS, surgiram parquímetros na Estefânia e Portela.

Tal medida, na zona onde os serviços públicos obrigam a demoradas permanências e sem transportes públicos adequados, gerou críticas e fortes preocupações locais.

Claro que a Câmara, como é regra, respondia ser para o nosso bem, que a medida era para facilitar a vida às pessoas...o parque do Urbanismo ficava no horizonte...

Poucos meses depois, antes das eleições, era apresentado outro grande projecto para 350 lugares de estacionamento pago, desta vez na Volta do Duche. 

Desta vez a contestação assumiu outros contornos mais amplos, criou-se o movimento "Juntos pela Volta do Duche" que juntou várias organizações. 

A ansiedade na política de estacionamentos pagos custou a derrota ao PS.

História repetida em Maio de 2019

Depois de falhadas alterações no trânsito em 26 de Março de 2018, o visionário Projecto de Estacionamentos surgiu em Maio de 2019...com eleições em Outubro.

Antes da apresentação de medidas nitidamente repressivas da liberdade disciplinada de se estacionar, os políticos envolvidos no projecto criaram o Parque da Cavaleira.

Isto é, num parque que está às moscas, pago pelos munícipes (pelo arrendamento) em cerca de 2,6 milhões de euros em 15 anos, os estacionamentos são gratuitos...

Ao invés, nas freguesias onde residem ou precisam de estacionar para a sua vida diária, os utilizadores têm de ficar sujeitos e limitados a tempos e custos sem nexo. 

Por isso, pelo descontentamento surgido, a Discussão do Projecto foi adiada até que passem as eleições de 6 de Outubro, para de seguida vir a decisão desejada.

Claro que, nesta fase, os reflexos não serão ao nível autárquico, mas tudo se vai enquadrando politicamente naquilo que se pode admitir em curso.

Como António Costa não é político para dar tiros no pé, ao misturar num acto oficial a "recandidatura" de Basílio Horta tirou do caminho o actual Vice-Presidente.

O actual Vice-Presidente era Vereador ao tempo de 2001, fazendo parte do Executivo dinamizador da instalação dos parquímetros e que usássemos bicicletas. 

Talvez assim se perceba o engordar de uma Empresa Municipal de Estacionamentos, com mais abrangência e pessoal transformado em autoridade administrativa.

Tudo à custa de inacreditáveis Zonas de Estacionamento de Duração Limitada que, em termos práticos, serão guetos a interditar a mobilidade, acessos e utilização. 

Um dos reflexos será mais tráfego no IC19, uma via hoje já tão congestionada.

É contra isso que temos de lutar.

NÃO A MAIS PARQUES PAGOS NAS FREGUESIAS. 


quarta-feira, 24 de julho de 2019

SINTRA: CENTROS DE SAÚDE...MENTIRAM A ANTÓNIO COSTA?


A jornada de propaganda da passada segunda feira, com os media de serviço e os dependentes da causa, merecia cuidados especiais sobre a verdade.

Temos para nós que António Costa, enquanto político, não precisa de ser mentiroso nem de aproveitar de oportunidades para garantir a sua firmeza ideológica.

Então porque proferiu alguns dados que, nem de perto nem de longe, se aproximam da realidade das pessoas envolvidas alegadamente como beneficiárias?

Falou então António Costa dos 5 (cinco) novos Centros de Saúde "que no conjunto servem cerca de meio milhão de portugueses".  Assim disse...

Ora, se nos concelhos de Sintra e Amadora nenhum existisse, então haveria, grosso modo, 552.210 cidadãos (estimativa de 2015) a comemorar a grande conquista...

Mas, existindo muitos Centros de Saúde já instalados, vamos então às áreas de agora, para podermos avaliar até onde António Costa foi enganado.

Segundo o site da Câmara de Sintra os felizes "utentes" serão 60.000 (Almargem do Bispo, Pero Pinheiro e Montelavar 9000; Sintra 21.000; Agualva 30.000).

Na Amadora, segundo o site dessa Câmara, os utentes serão 45.600 (2 x 22.800).

Com suporte camarário, temos, nos dois concelhos, 105.600 novos utentes.

🔃

Pelo Sintra Notícias ficamos a saber que no Concelho de Sintra, serão abrangidos 59.000 utentes, pois de Almargem do Bispo serão 7600 e de Agualva 30.400).

Acrescentando-se os 45.660 (2 x 22.800) da Amadora, temos 104.600 utentes.

🔃


Façamos a análise pelos habitantes das freguesias onde há novos Centros de Saúde: Segundo o Census de 2011, as de Sintra e da Amadora somam 128856 utentes.

Tendo em conta que nem todos os utentes estão inscritos nas Unidades de Saúde anunciadas, os utentes envolvidos - ou transferidos - não podem ser mais. 

Então quem enganou António Costa? Quem lhe forneceu tais dados que o levaram a referir "cerca de meio milhão de portugueses! servidos pelos novos Centros?

Quem lho disse terá rosto e deve ser responsabilizado por isso, porque o crédito dos politicos também passa por saberem o que dizem, com suporte inequívoco. 

É que de 128856 utentes para "cerca de meio milhão" faltam 371.144!

Como cremos que António Costa não tem défice nos zeros nem as dificuldades que tinha Guterres, seria interessante saber de onde partiu o exagero...

A política com mentiras não tem enquadramento no Poder Local Democrático. 




quinta-feira, 18 de julho de 2019

SINTRA: BASÍLIO ADOLFO HORTA E A POLÍTICA INACREDITÁVEL


Artigo 235.º DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

(Autarquias locais)

2. As autarquias locais são pessoas colectivas territoriais dotadas de órgãos representativos, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas.


A degradação da Imagem Autárquica

Não somos dos que professam a convicção de que "políticos são todos iguais" misturando injustamente os dedicados à causa pública e os que dela se servem.

Temos conhecido de todos, mas o actual presidente da Câmara Municipal de Sintra tem adquirido o mérito político de se enquadrar num estilo inacreditável.

Desde que por aqui apareceu, ligado à imagem Autárquica de um partido democrático e só por isso ser eleito (não foi por ele) as cavadelas têm sido em catadupas.

Da bombástica notícia do corte de "1,5 milhões em avenças" que contratualmente terminariam dois dias depois até à história do Hotel Netto tudo tem servido...

...Sustentou a "majoração do IMI em 30%" e depois anulou aos microfones da TSF com a promessa de um "inquérito" que não mais se soube...

...Ou depois do que era dito sobre a gestão de Fernando Seara, na frente dele e numa TV de clube dizer "só espero ter o mesmo êxito que ele teve"... 

Podíamos falar da Cavaleira, dos transportes, da dita Pousada de Juventude, do lixo, de tanta coisa mas seremos suficientemente humanistas e não faremos.

Todavia, sendo notórios os sintomas de preparo para terceiro mandato com promessas já para 2021, (desesperando outras ambições...) abordaremos só o... 

Regulamento do Trânsito e Estacionamento

Como é possível Sua Excelência pretender, em Sessão de Câmara, denegar - de forma hábil - o conteúdo do Projecto que colocou em "Consulta Pública"?

Sua Excelência, que no Projecto se suporta em Decretos-Lei, Leis, UNESCO, Directivas e Códigos entenderá que a mera informação verbal arruma a contestação?

Só nos falta agora que Sua Excelência, subscritor do Projecto de Regulamento, venha dizer que desconhecia os Artºs 39º., 41º., 43º. e 44º., 46º. e 48º. !!!

Pretenderá Sua Excelência insinuar - ainda - que o Anexo III - ZEDL conforme previsto no Artº. 41º. se tratou de um equívoco face à reacção das populações?

Se Sua Excelência aprovou um Regulamento com irregularidades objectivas os munícipes exigem a retirada; se NÃO O RECONHECE perdeu substância.

Vivemos uma situação demasiado grave, incompatível no relacionamento dos munícipes com políticos que à credibilidade estão obrigados.

Esta é a "Política do inacreditável" e não se pode arrastar mais.

Que julgará Sua Excelência dos Munícipes de Sintra?

DEMITA-SE, porque os munícipes e Sintra não merecem ser assim tratados. 


terça-feira, 16 de julho de 2019

SINTRA: RETIRADA IMEDIATA DO PROJECTO OU DEMISSÃO

"Acresce o facto de a utilização do veículo privado ter aumentado exponencialmente em relação ao transporte público, gerando grandes perturbações no sistema de transportes urbanos (...)" Do "Projecto de Revisão do Regulamento de Trânsito e Estacionamento do Município de Sintra" colocado em Discussão Pública por Basílio Horta

Impensada leveza ou de falhanço em falhanço?

A paciência tem limites mas exige que se releia o "Preâmbulo" do "Projecto" que, dizendo  "Trânsito", está vocacionado para repressão através de Estacionamentos.

O teor do documento posto em "Discussão Pública" pelo presidente da Câmara (Basílio Adolfo Horta) implica que Sua Excelência reconheça o seu conteúdo.

Outra coisa não será admissível, pois Sua Excelência, pelo elevado cargo, está obrigado a conhecer o que diz e subscreve, sem sintomas de leveza manifestos.

Mesmo assim, surgindo no documento perspectivas injustas que não consideram a realidade das causas e seus posteriores reflexos, o político volta a falhar.

Que transportes urbanos?

O que entenderá Sua Excelência por "transportes urbanos"? Em tempo, A satisfação que mostrou sobre transportes foi totalmente adversa aos interesses de Sintra.

As ligações ferroviárias (grande alternativa pendular da mobilidade dos utilizadores) têm-se degradado com indiscutíveis maus reflexos na vida dos sintrenses e turistas.   

Dos "transportes urbanos", cujas "perturbações" invoca, que fez Sua Excelência em 6 anos para garantir um rede adequada à vida de milhares de pessoas? NADA!

Poderá aqui ler (por favor clique) a realidade dos transportes rodoviários em Sintra, pois numa área superior ao dobro de Cascais as circulações são menos de 70%.

Claro que isso a Sua Excelência não dirá nada...ou dirá nada com suporte. 

Veículo privado, o único recurso

É má a visão de Sua Excelência sobre o recurso a viaturas privadas, parecendo culpar todos os que - sem outra forma - precisam de chegar ao seu destino.

A defeituosa apreciação já não reflecte - antes confirma - que só o desconhecimento da realidade sintrense faz subscrever tão injusto e despropositado conceito.

Sabe Sua Excelência - viajando em viatura que os munícipes suportam - que milhares de sintrenses entram e saem dos seus locais de trabalho de noite e madrugada?

E que, só de carro, se consegue chegar a zonas para estacionar nas proximidades das Estações, onde as viaturas devem ficar durante várias horas até ao regresso?

Se assim não estiver garantido, Sua Excelência advoga que passem a ser mais uns milhares de utentes do IC19, aquela via congestionada que sabemos?

Ou no conceito de Sua Excelência - que viaja confortavelmente em viatura suportada pelos municipes e sem custos de parqueamento - devemos andar de trotineta?

Sua Excelência deveria, isso sim, criar parques e silos gratuitos juntos às Estações (como é por esse Europa fora), evitando o recurso forçado ao IC19.

O recurso de Sua Excelência talvez #seja o caminho para futuras concessões de exploração por entidades desconhecidas dos munícipes e receitas de milhões. 

Projecto de "Arame Farpado"...

O Projecto de Estacionamento que Sua Excelência colocou em discussão é, pois, uma opção agressiva, como de "arame farpado" contra os que mais precisam. 

Com pequeninos passos, surgem toques limitativos da vida dos cidadãos, medidas repressivas e provas de poder ou de força  em vez de soluções pensadas.

É contra a escalada repressiva que nos manifestamos, diremos mesmo que resistimos, porque a sentimos de um político que há 6 anos pouco de útil apresenta.

O surgimento deste Projecto (só a retirada suportará a bondade das intenções) dá indicadores de ambições pouco transparentes, nomeadamente de futuro.

Mais uma vez Sua Excelência perdeu o passo na intervenção em Sintra.

Há sintrenses válidos para retomarem o nosso destino.   

A DEMISSÃO "#é o melhor caminho".


Nota importante: 

Entretanto, publicamente em sessão de esclarecimento, o Vice-Presidente disse: "Dou-lhe a minha palavra de honra e eu demito-me, demito-me das minhas funções na câmara se houver durante o meu mandato parquímetros no Cacém ou na Agualva ou em Massamá ou Queluz (...).

Então este Projecto é uma forma dos munícipes se entreterem em dialéctica...estéril. 

domingo, 14 de julho de 2019

HISTORIA DE DOMINGO: O SOBA QUE SOFRIA DE DIPLOPIA...

Estória de régulos...

Havia, num belo Oásis, um aprendiz de Soba que anos a fio foi servindo sem que fossem conhecidas outras virtudes maiores pese a leitura da cartilha political beduína.

Um dia, tal beduíno foi às Caldas de um Oásis nos antípodas (internamentos ideológicos) e dos precários candidatos a Grão-Soba escolheu um para ser cooptado.


Dança do Pássaro...(retirado do youtube)...Sempre a mesma dança...

Com dança encriptada, numa emotiva e rápida exteriorização, expressou-se:


Vem para Soba, amigo,
Dou-te tudo que anseias
Já que das Caldas partiste
Em busca de horizontes...
Não serves? Deixa comigo,
Temos cubatas a meias,
Com tua lança em riste
Dinheiro será aos montes!

Terás cubata dourada, 
Têvês e mais fantasias,
Além de gente vassala.
Entrada escancarada
Um leque de mordomias:
- Muda então de sanzala. 

Segues um novo caminho, 
Porás cravos ao peito
Ou rosas adormecidas!
- À direita? Pois alinho, 
fica melhor ao meu jeito,
São visões não esquecidas.

- Na sanzala, ao entrar,
Todos se vão levantando
Sempr'em pose de respeito.
- As portas...de par em par
Abertas...e tu passando,
Respeitinho...a preceito. 

E assim o precário, que nas Caldas tinha Portas fechadas a Grão-Soba, teve quem lhe desse um tapete voador e espalhasse pelas estepes suas fantásticas virtudes...

Entronizado de Grão-Soba, o ex-precário cedo mostrou erros de palmatória nos zeros que esquecia e baralhava os dados na estranha linguagem tamaxeque.

Mesmo assim, alguns autóctones, à míngua de restos de mandioca lhes cair no prato, faziam cânticos tribais de apoio ao Grão-Soba e sua glorificação.

Rapidamente passou a ter sintomas da diplopia, com visões claras à direita e distorcidas à esquerda, que ele geria uma vez por ano usando um cravo no "Bubu".

A reserva era rica, muitos visitantes deixavam patacas e o ex-precário das Caldas, agora Grão-Soba, tudo amealhava por transtornos obsessivo compulsivos.

Os resquícios da velha ordem levaram a que à passagem do Grão-Soba todos se levantassem e, antes, as portas fossem abertas de par em par.

Como se "constrói " um Grão-Soba

No deserto, as ambições a Grão-Soba (que portas fecham) aconselham o abandono da cubata original esperando sinais de fumo de um qualquer régulo amigo.

Claro que, os deserdados das Caldas precisam de maus cultivadores da ideologia rosácea para aproveitamento em podas políticas de resultados duvidosos.

Depois há seitas, pedintes de avental, bailarinos diplomados em danças repetidas, sempre na mira de confundirem a plebe na mira de umas boas propinas.

Os ventos contra-alísios, lançam no ar nuvens de areia que outros serviçais acham divino esperando que o seu Oásis se converta no paraíso.

O Grão-Soba em construção torna-se, assim, na figura mandante, convicta da omnipotência, de lança em riste pronta a agredir quem o conteste.

Neste quadro, depois da diplopia, começam os sintomas do umbiguismo...

DIzem nas estepes: "Grão-Soba nunca é solução...é pássaro com pouca visão". 



Votos de um Bom Domingo. 

quinta-feira, 11 de julho de 2019

SINTRA: PRESIDENTE E SEU VICE PERDERAM A CONFIANÇA!

"(...) as especiais responsabilidades que a inscrição como Património Mundial acarreta, designadamente na zona de Paisagem Cultural, determina, ao nível da mobilidade e do trânsito, preocupações de exigência de acordo com as melhores práticas internacionais". Do Preâmbulo do Projecto de Revisão do Regulamento de Trânsito e Estacionamento do Município de Sintra (em Discussão Pública)


Ramalhão: "Acolhedor" abrigo que a inscrição como Património Mundial justifica (as garrafas vazias e o lixo completam as "exigências de acordo com as melhores práticas internacionais")

Quem sabe e é cúmplice da situação?

Já o sabíamos mas esperámos que algum alvissareiro encartado desse a notícia em primeira mão, louvando - se preciso - os responsáveis pelo descrédito de Sintra.

Há uns dias que um autocarro da Scotturb indicando "SERVIÇO OCASIONAL" recolhe no terreiro do Ramalhão turistas transbordados de outro autocarro.

Terreiro do Ramalhão, hoje: forma expedita de chegar à Serra sem perdas de tempo

Segundo soubemos (mas carecendo de confirmação) tal decorrerá de uma parceria que, assim, facilita o acesso à Pena sem filas ou espera junto à Estação da CP.

Em termos práticos, diremos que o acesso à Pena tem a carreira 434 mas, usando a figura da Scotturb, outros autocarros da empresa fazem o circuito dito "Ocasional".   

Tais visitantes, turistas a que devemos o maior respeito, que leram ou ouviram maravilhas sobre Sintra, entram num dos mais nojento locais disponíveis em Sintra.

Isto é - e a Câmara Municipal tem responsabilidades nisso - o imundo terreiro, com lixo por todo o lado, de acesso pouco cuidado, tornou-se Sala de Visitas a Sintra.   



Centenas de garrafas (que serviram para uso sanitário) estão espalhadas sem que alguém providencia pela sua recolha e limpeza do local

 Neste terreiro, o Trânsito e o Turismo são a vergonha de quem fala em Lord Byron ou na História Patrimonial de Sintra.

Que ideia estes visitantes irão fazer da nossa Terra? Chamar-nos-ão desleixados? Porcos? Perguntarão se não há responsáveis minimamente dignos de Sintra?

Que pensarão dos responsáveis locais que andarão com insónias sobre que mais fazerem contra os cidadãos, em vez de medidas para o bem estar colectivo?

Então e o outro terreiro...o da Cavaleira?

É indesmentível que o terreiro do Ramalhão, se devidamente recuperado, com estruturas adequadas, seria o parque de estacionamento privilegiado para Sintra.

Porquê, então, o recurso ao oneroso arrendamento do terreno na Cavaleira que, há mais de um ano, consome o nosso dinheiro sem benefícios práticos?

Mas, aqui, levanta-se outra questão: Então Sua Excelências não anunciaram que a Scotturb iria fazer a ligação à Vila e à Pena a partir da Cavaleira?

Quem autorizou que seja naquela lixeira do Ramalhão que a Scotturb recolhe turistas que demandam Sintra na expectativa de verem um lugar de sonho?

Que vergonha senti hoje ao ver o que as fotos limitam na gravidade.

Depois da anarquia criada no trânsito desde de 26 de Março de 2018, agora mais agravada com um impensado "Projecto" de Estacionamento, a confiança acabou.  

Suas Excelências demitam-se a bem de Sintra porque ainda estamos a tempo de um político qualificado assumir o destino dos sintrenses.

O PS, um partido democrático com longa história, não pode tolerar mais tempo este estado de coisas, que em cada dia traz mais danos a Sintra e à sua imagem. 

Sintra e os Sintrenses não merecem isto. 


terça-feira, 9 de julho de 2019

SINTRA, A INVENTONA DO ESTACIONAMENTO CONCESSIONADO

Uma imagem em Sintra: - E Se Suas Excelências se preocupassem com isto?

Trânsito ou um processo vingativo?

O processo iniciado em 26 de Março de 2018, sob o pretexto de trânsito nunca teve contornos muito visíveis, num falhanço que deveria envergonhar os autores.

O aparecimento em Sintra de tuk-tuks e outras novidades, com políticos capazes teria levado à pacífica fixação de regras, tendo em conta a natureza do lugar.

Havia contingentes a fixar, controlo da qualidade do ar, áreas de intervenção, exigência de provas para Guias Turísticos e controlo sobre as diversas actividades.

O que seria normal resolver-se arrastou-se sem solução criando-se condições para provas de poder, apreciadas por saudosos do 24 ou encapotados progressistas.

Enquanto complicavam às pessoas a oferta rodoviária, Suas Excelências arrendavam por cerca de 10.000€ mensais o terreiro da Cavaleira que está às moscas...

Tivessem sido outros os Autarcas (com A grande) e estaria tudo resolvido.

Estacionamento Concessionado de pendor repressivo

Vestes de pendor democrático nem sempre se compactuam com democracia.

Sem capacidade para resolver os problemas sintrenses, o recurso a manifestações de poder teria de centrar-se num campo previsivelmente de indiferentes.

Outro falhanço de avaliação, que tem causado mal estar generalizado.

Preocuparam-se, porventura, os Presidente e Vice-Presidente da Câmara, ao que se julga saber responsáveis pelo desvario criado, com melhores transportes públicos?

Nada disso! Pelo contrário, têm aceitado de forma politicamente comprometedora a redução de comboios e, dentro do território, a tão má qualidade rodoviária. 

Os invés, a pretexto do trânsito mas preocupados com mais receitas e uma estranha obsessão por parques pagos, desenvolvem uma escalada sem tréguas.

Os dois políticos, destacados na falta de carisma autárquico para resolver os reais problemas das populações, vão-se tornando inimigos do Poder Local.

Neste quadro, à pressa, surge o Projecto de Revisão do Regulamento de Trânsito e Estacionamento de Sintra garantindo receitas a supostos concessionários.

Daí que, no Preâmbulo, "Trânsito" não passe de eufemismo, pois o dito "Regulamento" quase só regula poderes de futura entidade que tenha a concessão.

Falemos do "ilusionismo" do Preâmbulo

O "Preâmbulo" do Projecto é uma peça que deveria ser isoladamente editada e profusamente distribuída pelos sintrenses para avaliação dos argumentos. 

Em termos práticos, pouco tendo a ver com o "Trânsito", não deixa de invocar as "Especiais responsabilidades que a inscrição como Património Mundial acarreta (...)". 

Estaremos a ler bem? O abandono que se vê pelo concelho e, especialmente, na zona Histórica, adequam-se ao que consta de tal documento? Que coisa...

...ou se estendam a zonas residenciais bem distintas desde o bairro da Estefânia a Queluz-Norte "exigências de acordo com as melhores práticas internacionais"?

Que raio de confusão andará nos pensadores políticos que não resolvem o indispensável e depois julgam que nos enganam com textos e palavreados destes?

Não seria bem melhor tomarem atenção e medidas adequadas ao lixo que um pouco por todo o lado se observa e que deveria ser atempadamente removido?



Lixo acumulado há semanas. Fotos desta manhã às 11:46 e 11:54.

Ou será que para Sua Excelências a alusão a Património Mundial é alternante?

Percebe-se, então, que o Projecto - fala em trânsito mas não passa de uma peça para garantir receitas de estacionamento - está muito mal acondicionado. 

A ansiedade colocou o Projecto em Discussão Pública, esquecida de que vinham aí eleições importantes, acabando por justificar o adiamento até à véspera delas. 

Ainda haverá quem entenda que "#é este o caminho" prometido pelo PS?

Certo, certo, SINTRA NÃO MERECE ISTO. 

sexta-feira, 5 de julho de 2019

SINTRA: O FRACASSO DO PP DA ABRUNHEIRA-NORTE

O Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte pode dizer-se que foi outro grande fracasso daquele arranque de Basílio Adolfo Horta como autarca todo poderoso. 

Entre ditos de Sua Excelência em que a verdade fica aguardando, destaca-se tal Plano, que classificou como "um investimento dos maiores que foi feito no país".

(Destacamos o foi...porque parece que já o era...) mas mostramos que está assim:


Passados quase 5 anos...assim está a zona do Plano...

Ora, Sua Excelência, em 21.10.2014, quando apresentou a Proposta 728-P/2014 na Sessão de Câmara, colou à decisão dados relevantes que não inventou:

"Na Abrunheira/Norte, com este Plano, nasce uma cidade. O investimento global previsto é na ordem dos dois mil milhões de euros e cria 600 postos de trabalho directos". 

O que falhou neste Plano que parecia ser de favas contadas? Havia compromissos que depois, muito justamente, as populações contestaram por desadequados?

Um Plano que podia ter servido Sintra

A localização da vasta área do Plano, privilegiada para se aceder a Sintra, teria justificado que a acção efectiva se concretizasse e hoje estivesse disponível. 

Ora Sua Excelência - como viria a suceder noutros casos - deitou uns foguetes, espalhou em várias direcções palavras de ocasião e, como obra, está assim. 

Hoje, ao debater-se com as suas notórias insuficiências para resolver os graves problemas do trânsito em Sintra, teria encontrado no PPA-N as soluções ideais.

Junto ao IC 19, com facilidade em ligações ao IC16 e à EM9, seria numa parcela do Plano a construção de um grande terminal rodoviário em silo e estacionamentos.

Isso obrigaria a que Sua Excelência soubesse negociar em vez de propagandear, e foi esta a única vocação que mostrou até hoje para aquela tão nobre área.

E servia a Abrunheira se...

Claro que o Plano sonhado pelos seus autores, com envolvimento de altos quadros camarários, não podia corresponder aos interesses de Sintra. 

Era um amontoado de edificações, algumas de alta volumetria, em que o termo "Logística" surgia como a sua futura utilização...enfim...talvez uns armazéns...

Aliás, estando a Abrunheira incluída na Zona de Protecção do Plano de De Gröer, as edificações têm altura limitada o que era preciso...resolver...

...e resolveu-se: as placas toponímicas de Abrunheira, na EN 249-4 avançaram cerca de 300 metros e o Plano com nome de Abrunheira ficou fora da Abrunheira.

Criaram-se as ilusões q.b.: - era a Escola Primária a ser renovada, era uma Augi já quase resolvida que seria de novo..."resolvida", até falavam num Centro de Saude.  

Dessa mistura de Ilusões, precursora de outras tantas que se vieram a acrescentar sem solução, todos fomos enganados por Sua Excelência.

Os tais milhões, os postos de trabalho, eram brilharetes num início de ilusões...

O fracasso do Plano de Pormenor da Abrunheira-Norte terá de ter algumas motivações que não chegaram  a ser conhecidas mas que deveriam sê-lo. 

Sendo, como disse, o maior investimento em Sintra, porque deixou Sua Excelência de o acompanhar até à efectiva conclusão? Então os milhões envolvidos? 

O Fracasso deste Plano terá de ser melhor conhecido.