terça-feira, 9 de julho de 2019

SINTRA, A INVENTONA DO ESTACIONAMENTO CONCESSIONADO

Uma imagem em Sintra: - E Se Suas Excelências se preocupassem com isto?

Trânsito ou um processo vingativo?

O processo iniciado em 26 de Março de 2018, sob o pretexto de trânsito nunca teve contornos muito visíveis, num falhanço que deveria envergonhar os autores.

O aparecimento em Sintra de tuk-tuks e outras novidades, com políticos capazes teria levado à pacífica fixação de regras, tendo em conta a natureza do lugar.

Havia contingentes a fixar, controlo da qualidade do ar, áreas de intervenção, exigência de provas para Guias Turísticos e controlo sobre as diversas actividades.

O que seria normal resolver-se arrastou-se sem solução criando-se condições para provas de poder, apreciadas por saudosos do 24 ou encapotados progressistas.

Enquanto complicavam às pessoas a oferta rodoviária, Suas Excelências arrendavam por cerca de 10.000€ mensais o terreiro da Cavaleira que está às moscas...

Tivessem sido outros os Autarcas (com A grande) e estaria tudo resolvido.

Estacionamento Concessionado de pendor repressivo

Vestes de pendor democrático nem sempre se compactuam com democracia.

Sem capacidade para resolver os problemas sintrenses, o recurso a manifestações de poder teria de centrar-se num campo previsivelmente de indiferentes.

Outro falhanço de avaliação, que tem causado mal estar generalizado.

Preocuparam-se, porventura, os Presidente e Vice-Presidente da Câmara, ao que se julga saber responsáveis pelo desvario criado, com melhores transportes públicos?

Nada disso! Pelo contrário, têm aceitado de forma politicamente comprometedora a redução de comboios e, dentro do território, a tão má qualidade rodoviária. 

Os invés, a pretexto do trânsito mas preocupados com mais receitas e uma estranha obsessão por parques pagos, desenvolvem uma escalada sem tréguas.

Os dois políticos, destacados na falta de carisma autárquico para resolver os reais problemas das populações, vão-se tornando inimigos do Poder Local.

Neste quadro, à pressa, surge o Projecto de Revisão do Regulamento de Trânsito e Estacionamento de Sintra garantindo receitas a supostos concessionários.

Daí que, no Preâmbulo, "Trânsito" não passe de eufemismo, pois o dito "Regulamento" quase só regula poderes de futura entidade que tenha a concessão.

Falemos do "ilusionismo" do Preâmbulo

O "Preâmbulo" do Projecto é uma peça que deveria ser isoladamente editada e profusamente distribuída pelos sintrenses para avaliação dos argumentos. 

Em termos práticos, pouco tendo a ver com o "Trânsito", não deixa de invocar as "Especiais responsabilidades que a inscrição como Património Mundial acarreta (...)". 

Estaremos a ler bem? O abandono que se vê pelo concelho e, especialmente, na zona Histórica, adequam-se ao que consta de tal documento? Que coisa...

...ou se estendam a zonas residenciais bem distintas desde o bairro da Estefânia a Queluz-Norte "exigências de acordo com as melhores práticas internacionais"?

Que raio de confusão andará nos pensadores políticos que não resolvem o indispensável e depois julgam que nos enganam com textos e palavreados destes?

Não seria bem melhor tomarem atenção e medidas adequadas ao lixo que um pouco por todo o lado se observa e que deveria ser atempadamente removido?



Lixo acumulado há semanas. Fotos desta manhã às 11:46 e 11:54.

Ou será que para Sua Excelências a alusão a Património Mundial é alternante?

Percebe-se, então, que o Projecto - fala em trânsito mas não passa de uma peça para garantir receitas de estacionamento - está muito mal acondicionado. 

A ansiedade colocou o Projecto em Discussão Pública, esquecida de que vinham aí eleições importantes, acabando por justificar o adiamento até à véspera delas. 

Ainda haverá quem entenda que "#é este o caminho" prometido pelo PS?

Certo, certo, SINTRA NÃO MERECE ISTO. 

Sem comentários: