sábado, 15 de setembro de 2018

SINTRA: "O CURADOR ENSANDECEU", HISTÓRIA DE HOJE?

"Se o tigre não te ligar, caminha à sua volta e lambe-lhe as patas", palavras de Shian Tsé

A actividade "O Curador Ensandeceu" inserida na "Noite nos Museus" e dinamizada pelo MU.SA neste sábado (15.9) pelas 21,30 horas, faz lembrar outra história.


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Arrastar de asas...

Passaram cinco (5) anos sobre o artigo aqui publicado a propósito da Colecção Bartolomeu dos Santos" a cujo texto se pode aceder clicando neste espaço.

O teor do Protocolo era vago, não fixava limites aos custos a suportar pelo Município de Sintra, tinha compromissos sem tecto e obrigações quase incalculáveis.

Na altura conheciam-se eruditas pressões, arrastavam-se asas, surgiria um Protocolo como resposta, porque o dinheiro a investir, esseseria dos cofres camarários.

Tal Protocolo, a ser celebrado, constituiria um compromisso municipal por quatro anos prorrogáveis, com cargos, remunerações e despesas diversas.

Haveria lugar para um Curador com remuneração equivalente a Director-Delegado e um Conselho da Tutela, com uma Presidente e seis Conselheiros (...um Conselho...).

A não celebração do Protocolo, decidida no 1º. Executivo de Basílio Horta, recusou compromissos municipais indeterminados e defendeu o dinheiro dos munícipes.

Ressaltava - para quem estava atento ao móbil das exaltações - que alguém tinha ensandecido, roçando as asas de contente, na miragem de uma escolha.

Peru que sonhe ser pavão, exagera sempre no abrir das asas.    

Supositícias ambições um poleiro ficaram por terra, mas ficou latente a espera por melhores dias em que tudo abrisse a um novo arrastar de asas...

"O Curador Ensandeceu" deu-nos este reviver...sem sabermos porquê!

Colecção valiosa em condições normais

Sendo a Colecção Bartolomeu dos Santos culturalmente valiosa, foi uma pena não ter  repetido os moldes de outras Exposições Individuais e Colectivas que teve.

Com efeito, esteve presente em vários municípios entre eles Olhão, Amadora, Seixal, Cascais, Vila Franca de Xira, Azambuja e Lisboa além de múltiplas no estrangeiro.

Pode dizer-se que a Exposição de obras do prestigiado Artista se comprometeu por  empurrões não claramente visíveis que transcenderiam a normal contratação.

Foi uma pena não termos tido acesso cultural à Colecção, apesar de - ao que tudo indica e por não termos conseguido confirmar - não existirem peças sobre Sintra.    

O surgimento do MU.SA

Surgiu, então, a excelente alternativa Cultural feita com património Sintrense. Em Maio de 2014 é então anunciado o MU.SA (por favor clique para rever).

O anúncio do MU.SA, inserido no Dia Internacional dos Museus e o lema: "As colecções criam conexões", abriu portas a valiosas peças que estavam armazenadas.


A deliciosa obra de Dorita Castel-Branco 

Passámos a poder apreciar temas sobre Sintra - de sintrenses e consagrados autores  - de Cristino da Silva, Júlio Pomar, Anjos Teixeira e Leal da Câmara, 

Ainda de Maria Almira Medina, Dorita Castel-Branco, Milly Possoz, Hoffmann, Alfredo Keil e José D'Ávila; Almada Negreiros e tantos outros de extensa lista.

Tudo isto com os custos normais da instalação, sem outras complexas e onerosas cláusulas, sem nomeação de cargos de destaque, sem vaidades satisfeitas. 

Reviravoltas...ou cambalhotas

Nestes cinco anos não esquecemos as entusiasmadas pressões que levariam a cargos e um leque de compromissos bem pagos com dinheiro público.
     
Afigura-se-nos que a difusão contínua de novidades com figurino de primus inter pares, ainda redundará num bico-de-obra para os destinatários.

Tudo uma questão de grugulejar...


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