segunda-feira, 31 de julho de 2023

SINTRA...TRÂNSITO, RANHOLAS E SOLUÇÕES PERIFÉRICAS (4)

 Estória incompleta

De cada vez que se fala em soluções efetivas para consolidar o prestígio turístico que Sintra em tempos alcançou, apenas ficamos encantados com o palavreado.

Há mais de 20 anos o encanto escolhido foi um silo para estacionamentos com entrada e saída pela Volta do Duche, projeto gorado devido a forte contestação.

Teve razões justas a contestação do silo, mas foi estranha a indiferença dos "lutadores" quando a via da Volta do Duche se tornou zona de estacionamento pago.

A história tem destas coisas e, magicando no que levou a uma e a outra, apesar do tempo decorrido que pena alguém mais conhecedor não dar o seu contributo.

Do trânsito

Hoje em dia, só com batedores ou pirilampos, os privilegiados institucionais, em carros de luxo com vidros escuros e motorista, passam rápido, enfiados nos bancos.

Despidos da pele de vítimas, sem horários ou cortes salariais, têm estacionamento grátis e falam sobre trânsito, mobilidade e estacionamentos sempre livres.

Por isso, nos últimos anos, ao invés de soluções, o trânsito em Sintra aproxima-se do paroxismo da desordem pela falência das devidas decisões autárquicas.

A degradação de regras passou a ser norma, vendo-se que qualquer espaço disponível, mesmo interdito, se destina a ser ocupado por viaturas de toda a espécie.

Voltemos à Volta do Duche

Perante a dessincronia de ditos nos últimos dias, somos levados a recear que corresponda mais a uma fase de fazer qualquer coisa para tudo ficar na mesma.

Estejamos atentos e contabilizando os felizes utentes do Centro Histórico que beneficiam de um dístico ou viatura autorizada, admirar-nos-emos da quantidade.

Todavia, a 20 metros, a Volta do Duche, continua a ser devassada por uma caterva de autocarros de turismo (duas vezes), carros, caravanas e tuk-tuks.

Para quê os responsáveis exultarem com o feito no Centro Histórico se lhes passar ao lado o excesso de circulações na Volta do Duche que não pode ser dissociado? 

Primum, na Volta do Duche nenhum espaço devia ser apelativo à permanência de viaturas, secundo só passível de utilização por shuttles e pessoas.

Temos a marca "Sintra" desvalida com políticos alheios ao Centro Histórico distar 600 metros da Estação e os visitantes a verem o trânsito numa volta de 5 quilómetros.

A linha municipal com 4 viaturas shuttle em rotação permanente entre a Estação e o Largo Dr. Gregório de Almeida ajudaria as visitas a Sintra. (Por favor clique

Periféricos

Iremos falar só Parque do Ramalhão, considerando o que hoje está térreo e não implica abate de árvores (embora sejam eucaliptos periodicamente abatidos).

Tomando por base a implantação em cerca de 8500m2, qual a capacidade? 

Depois de retidas áreas de apoio (café, provável restaurante, casas de banho e, eventualmente, um pequena sala de projeções de locais a visitar): 

- Aberta, só com estrutura básica, estacionariam cerca de 600 carros em cada Piso 1 e 2, enquanto no piso 0, os autocarros rondariam os 170 lugares;

- Fechada, com mais um piso abaixo do solo para automóveis, os ligeiros disporiam de mais 600 lugares, mantendo os autocarros os cerca de 170 lugares.

Haveria shuttles ligando rápido ao Centro da Vila com vias libertas e, para interesse do comércio local, os visitantes permaneceriam mais tempo a conhecer-nos.


Complementarmente, o acesso ao Parque far-se-ia ligando a Rotunda junto ao quartel dos Bombeiros de S. Pedro de Sintra ao IC16, já ligado ao IC19.

Dessa forma, o trânsito vindo de Cascais entraria no IC19 por essa via, tal como a saída de Sintra, reduzindo consideravelmente a circulação rodoviária em Ranholas.

Este seria, talvez, # o tal caminho muito prometido. 

Fica uma modesta sugestão.


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