segunda-feira, 10 de julho de 2023

SINTRA, NA SENDA DE VISITAS, INAUGURAÇÕES E MEDALHAS

"Um povo que não tem memória dificilmente tem presente e raramente tem futuro" 
25 de Abril de 2020
"Em Portugal a chamada geração de abril, que é a minha (...)"
"São homens e mulheres que não sofreram os traumas do regime ditatorial (...)"
25 de Abril de 2023

Reparação devida

Tomando como sentidos os pedaços da erudição brilhante de Basílio Adolfo Horta só por alarve "incompreensão" se pode associá-lo à figura grada do tal "regime ditatorial".

Desfizeram-se as dúvidas com recentes aparições e partilhas com o eleito de um partido que teve militantes presos e mortos por lutarem contra o tal "regime" derrotado em Abril.

Ficamos sensíveis ao reconhecimento da veia revolucionária tão íntima com a "geração de abril", merecendo que o "Povo", o tal sem futuro mas com memória, o desagrave.

E, se mais fosse preciso, o apertado e tão íntimo abraço do Primeiro-Ministro tirava, aos mais democratas, as dúvidas de estarmos perante um ex-membro da União Nacional.

Desta feita, isso sim, podemos regozijarmo-nos por estarmos seguros da firmeza militante, das ideologias reinantes, da visão tão progressista dos politicos portugueses. 


Mistérios de Sintra (*)

Há algum tempo que estranhávamos não haver por cá uma reunião do Conselho de Ministros, o Presidente da República a distribuir beijos, algo relevante.

Foi desta, os sintrenses devem ter-se sentido todos galvanizados mesmo sem verem as figuras de Estado bloqueadas no meio do trânsito que Sintra não resolve.

Foi uma visita de estadão, com foto de grupo tão completa, concretização da felicidade mais completa, não de um local mas de um país inteiro.

Não houve emplastros, nem professores, nem trabalhadores exigindo uma vida melhor, tudo bem reservado, talvez só sonhos de poder sobre a Parques de Sintra.

Escutámos...

"Deixemos a justiça funcionar", um slogan que se arrasta e repete sempre que um oryctolagus cuniculus saltou da toca ou está prestes a saltar.

Perdeu-se a ocasião de António Costa saber do Hotel Netto, quanto se gastou com o falhado Parque da Cavaleira ou custos da Pousada que construímos e não é nossa.

A grandeza do abraço pode indiciar a forte vocação socialista de ambos, com António Costa pedindo a Sua Senhoria que não abale de Sintra sem inaugurar tudo.

Perguntado ou dito?

António Costa, prudente, face ao trânsito, estaria curioso em saber como chegar ao dito Hospital de Sintra, para a eventualidade de qualquer emergência?

Ter-lhe-á sido dita a inauguração para breve, desta vez talvez pelo Presidente da República, com a figura única de "Hospital" onde não são internados doentes?

Explicou-se ao Ministro da Saúde que as usadas 400.000 pessoas de Sintra, ditas como carentes de um hospital não serão lá internadas?" Que coisa...

Há dias, Sua Senhoria até se viu obrigado a esvaziar o "Hospital", dizendo que "as 60 camas do novo hospital de Sintra não são para internamento".

Doirou o fracasso afirmando que o Novo Hospital, "sem internamentos"..."tem efeito no internamento" pelas 60 camas que são libertas do Fernando da Fonseca".

Sabemos que os caros visitantes estão repetindo a leitura do acima escrito, mas é mesmo assim, o Hospital de Proximidade de Sintra é uma falácia. 

Sem internamento de doentes diretos...será sim uma Unidade de Convalescença, que receberá acamados no Hospital Dr. Fernando da Fonseca.    

O hospital há tantos anos desejado pelos sintrenses continuará adiado. 

Como devemos apreciar e classificar estas práticas políticas?

E o Governo partiu de Monserrate...segue-se outra missão Itinerante. 



(*) - Temos esperado para dar razão ao quadro do PS de Sintra, ex-presidente de Junta de Freguesia, que em Agosto de 2021 respondeu assim a um munícipe:

"Falar num hospital para Sintra quando deixámos a rede de cuidados primários chegar ao estado a que chegou não é sequer sério do ponto de vista intelectual";

- "Não faz parte dos projetos dos políticos porque é neste momento absolutamente inviável olhando à rede de hospitais que rodeiam o concelho (...)". 

- Pressões sobre o Ministro da Saúde? "Mas pressionar como? Para quê? Para lhe pedir um hospital que depois ele não tem como preencher de recursos? Para ele construir um hospital que perdeu o seu sentido com Loures e Cascais?"




2 comentários:

Joao Diniz disse...

Uma delicia para os olhos dos que através das tv's puderam ver Sua Senhoria e o Snr 1° Ministro darem aquele apertado e fraterno abraço, numa demonstração efusiva e quiçá de gratidão por Sua Senhoria ter liberto o Governo da promessa/compromisso de em Sintra construir um hospital. Sóbram os graves problemas do concelho: inexistência de construção de habitaçao social, parques periféricos, transito e transportes. Para atenuar tudo isto talvez o snr Ministro da Cultura tenha podido conhecer a famigerada obra da Gandarinha, um atentado ao belo enquadramento do edificado na zona histórica

Fernando Castelo disse...

Pois meu caro João Diniz,
Apreciando tudo com o maior interesse, cheguei à opinião de que são todos iguais na ideologia, ums que se quer manter no cargo, outro que anda dependente enquanto passa ao lado do que foi, depois não esqueça que o "abraçante" vive obcecado em ser o "maior" da Serra.
Talvez tenha algum projeto de obras a levar a cabo.
Um abraço e grato pela visita.