Indispensável manipulação
Em 19 de Agosto prevíamos que, mais dia menos dia, os dados sobre evolução da Covid por concelho deixariam de ser divulgados (p. f. clique para rever).
Com efeito, desde o dia 26 de Outubro, os dados concelhios foram "abafados", servindo quantos baronatos por aí pululam à mingua de promoções pessoais.
Falhados nas prioridades, espalharam por vezes disparates, inconsistentes sobre a realidade, pois saber-se a localização de surtos e vítimas era incómodo.
Falou-se em "decréscimo sintomático" quando já aumentava, o recurso a "conversas em família" "sem alarmismos" foi mais alarme pela ocultação de zonas de risco.
Foi penoso ouvirmos falar de reposição de circulações de comboios exatamente no mês em que elas foram eliminadas e levaram a maior concentração de passageiros.
Não admira que, com tanta asneira política envolvida na névoa de uma recandidatura, hoje se ocultem intencionalmente os dados sobre vítimas por concelho.
Ocultar dados - um crime político
Graças à sonegação pública dos dados por concelho, haverá políticos que respiram de alívio, satisfeitos pelo desconhecimento público da evolução que devia combater.
Podemos ver que, entre 3 de Março (início da pandemia?) e 26 de Outubro (236 dias), ocorreram 121133 infectados e 2343 Óbitos dos quais 940 em LVTejo.
Depois, com o controlo publicitado, em apenas 15 dias verificaram-se 66.104 infectados (+54,57%) e 678 Óbitos (+28,94%) dos quais 222 em LVTejo (+23,62%)..
Ou seja, em LVtejo (desviante de Sintra) nos últimos 15 dias houve 17339 (+32,46%) novos infectados e 222 Óbitos (+23,62%).
A ocultação de informações tem resultados de desmobilização social e de menos precaução individual, com as consequências disso advindas para os cidadãos.
Atribuir responsabilidades
Torna-se por demais evidente que estamos a assistir a manobras concertadas de encobrimento público da evolução da pandemia, com ocultação objetiva.
Alguém se apercebe de Sua Excelência andar por aí a falar com os cidadãos? A aperceber-se no terreno das medidas concretas para a protecção pública?
São patéticas as desculpas que atribuem os contágios ao convívio familiar, quando não há campanhas para a sensibilização local, com identificação dos surtos.
Umas vezes, quando convém ao ego, falam-se nos 400.000 sintrenses e na grandeza dos 319 quilómetros quadrados (há dia Sua Excelência já aumentava).
Certamente por outras conveniências. ocultam-nos onde estão os surtos activos fazendo com que as pessoas desmobilizem das precauções a tomar na sua defesa.
Não vale a pena esfregar as mãos e dizer-se que se faz isto e aquilo, é preciso incentivar aos cuidados e saber falar a linguagem das pessoas, com esclarecimentos.
Pode dizer-se que encobrir dados Concelhios da Covid é uma manipulação adversa aos interesses dos habitantes, sugerindo intenções políticas condenáveis.
NÃO AO ENCOBRIMENTO DOS DADOS E DOS SURTOS ATIVOS.
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