quinta-feira, 19 de novembro de 2020

SINTRA: TEMPOS DE ESCURIDÃO...OU DE PRESBITISMO?

 "Em tempo de escuridão, fazemos um parque romântico, contemplativo, de lazer, no coração da vila de Sintra" (Basílio Horta no "auto de consignação" do Vale da Raposa -16.11.2020)

"Escuridão" envolvente

Anteplano elaborado por De Gröer, com a sua rubrica 

A notícia chegou pelo Regiãonline (p.f.clique)  e o merecido crédito levou-nos a meditar sobre a escuridão política que envolve Sintra e nos ilude sobre o futuro. 

"Escuridão", dita por Sua Excelência que julgará Sintra lhe ter sido consignada em 2013, gerou réstias de solidariedade humana face aos sintomas de presbitismo.

Não diz a peça jornalística se o auto foi assinado de manhã ou de tarde, mas certamente a uma hora em que o cansaço contribuiu para negros esquecimentos.

Quando a pandemia da Covid requer, em cada minuto, o planeamento de ações para a protecção colectiva de cidadãos, Vale da Raposa soa a desviacionismo...

Parece-nos que discreta cábula professoral lhe citou Étienne De Gröer, omitindo-lhe que o Plano de Urbanização de Sintra não era de "Execução" mas de "Princípios".

Com que ardor algum "especialista" de soprar "ecos" o terá galvanizado sobre o "Jardim Romântico" no Vale da Raposa, esquecendo nódoas do Centro Histórico.

De "momentos inolvidáveis" ao "remate"

Parece que o Acto da "Consignação" (denominação especialmente escolhida?) gerou momentos da mais pura "paixão", "gratificante" e incómoda sabujice.

Embora não apreciemos as ilusórias práticas políticas de Sua Excelência, fazemos-lhe a justiça de sentir incómodos por tantas e frequentes provas de servilismo.

Será que é fácil perder-se a noção de que, na vida, o nosso nome é o maior valor que temos a respeitar, para que os actos não sujem a nossa respeitabilidade?

Com efeito, as pilhérias laudatórias de serviço, quantas vezes difundindo promessas e ilusões que não passaram disso, recomendaria o bom senso da reserva.  

Do presbitismo ao "lacaio de libré"

O abandono da Fonte do Plátano

Quando no Parque da Liberdade nos confrontamos com este terrível abandono, a vergonha envolve-nos e temos ganas de chamar tudo a quem nos vai traindo.

O Parque da Liberdade, pela sua História, espécies que encerra e pela história de tantas  Pessoas que nele sonharam, talvez merecesse o pódio das preocupações.

Que terríveis falhas de visão ou de discernimento individual ou colectivo, que não filhas da ignorância, usadas na suja manipulação concomitante com servilismo.

Rua dos Arcos, manhã de 19.11.2020

À volta da Rua dos Arcos, em pleno Centro Histórico da Unesco

Há quantos anos os sintrenses e quem visita a Sintra de que se fazem reportagens e se espalha pelo mundo, têm imagens destas mesmo onde o coração pulsa?

Sua Excelência passa por lá, come por cima, qualquer atento lacaio de libré até é capaz de, num destes dias, encher artigos em página de jornal que não paga para ler.

Nesta ofensa a Sintra não há emoções, paixões, decisões dos eleitos a louvar. 

A "Escuridão política" são estas imagens de Sintra o o desrespeito de Sua Excelência com o silêncio de qualquer "lacaio de libré" na defesa do Centro Histórico da Unesco. 

Quando se cita Étienne De Gröer sobre transformações no Vale da Raposa,  custa-nos a admitir que não se sinta vergonha pelo "Parque Municipal" e Centro Histórico.

É deprimente que qualquer "lacaio de libré" exulte e se emocione com a decisão dos eleitos e não se endireite na defesa dos valores patrimoniais que mostramos.

Compreendem-se as mentirolas, imaginamos os objectivos, mas há linhas que os munícipes que amam Sintra não podem tolerar mais, sob riscos sérios. 

O Vale da Raposa - se um dia se concretizar - será relevante, mas hoje não nos pode desviar nem um milímetro da realidade sintrense que é NEGRA

SINTRA NÃO MERECE ISTO. 


4 comentários:

Joao Diniz disse...

Parque da Liberdade? Fonte dos Plátanos? No Parque do Vale da Raposa é que vai aer bom

Joao Diniz disse...

Fonte dos Plátanos seca? Seria bom averiguar há qto tempo pois consta que na obra da grande parede de suporte da Gandarinha apareceu água que, simplesmente, foi taponada. Ha-de aparecer algures

Joao Diniz disse...

Parque da Liberdade? Fonte dos Plátanos? No Parque do Vale da Raposa é que vai aer bom

Fernando Castelo disse...

Caro João Diniz,

Antes de mais grato pela Sua visita a este modesto blogue que "vive" entre as vítimas de uma gestão negra, mas de que a traição de um sintrense terá de ser progressivamente desmascarada.

"Enrola-se" sobre o Vale da Raposa a mesma coleante serpente que, na nossa frente, seria capaz de dizer precisamente o contrário se algum de nós fosse personalidade a louvar.

Com gente de tal gabarito é natural que os destinatários se sintam gratos...certamente pensando como lhe agradecer.

Um abraço e vamos andando por aí.