"fruição coletiva de espaços que se desejam públicos e de acesso universal", do site da CMS
Qual a extensão da pandemia em Sintra?
Pode dizer-se que a política de encobrimentos da verdadeira extensão da pandemia da Covid em Sintra, tem graves repercussões na nossa vida colectiva.
Há responsáveis pelas consequências desses encobrimentos, e os sintrenses devem manifestar a sua profunda indignação pela ocultação feita nos gabinetes.
Quando hoje a nível nacional se identificaram 7497 novos infectados, sendo 1560 em Lisboa e Vale do Tejo, quantos foram em Sintra? E quantos Óbitos entre os nossos?
Aos Sintrenses já chega de reque-reque de palavras, exigem-se ações efetivas, no terreno, para defesa de todos nós e dos nossos familiares.
Mont Fleuri deve estar ao serviço da comunidade
Em 29 de Junho de 2018, o site camarário que apenas serve o poder, abria-nos a porta da felicidade com a aquisição pela Câmara da propriedade Mont Fleuri.
Adquirida pela Câmara em 2016, custou aos munícipes 2,8 milhões de euros e, depois do dito na altura, o "acesso universal" tornou-se caro ilusionismo.
Ressalta que o espalhafato promocional de gastos com Saúde são significativamente mais baixos do que a aquisição da Mont Fleuri para serviços de Sua Excelência.
Como Sua Excelência mostra facilmente oscilações fiduciárias, vejamos onde se enquadram as despesas para assistência na Covid, referidas em 1.9 e 26 de Outubro.
Em 1.9. eram "apoios hospitalares": "Tenda específica 760.000€" e "Equipamento 400.000€", uma despesa "na ordem dos 3,5 milhões de euros"; mas...
Em 26.10 chamou-lhes "valências": "custou 1 milhão de euros" "e nós e Amadora Sintra vamos pagar essas urgências, 500.000 para cada concelho"(*)
Estamos fartos de palavreado estéril, do "temos feito tudo...tudo", "todos somos necessários a todos", repartir convosco", até, veja-se, "queridos amigos".
Impõe-se é medidas concretas, e Sua Excelência deveria disponibilizar a Mont Fleuri para a instalação de munícipes sem condições familiares para a quarentena.
Longe de ter sido oferecida ao Dr. Basílio Horta
Na realidade, até onde se sabe ou podemos dizer, naquele "espaço" alegadamente de "fruição colectiva" são muito selecionados os saltos dos pés que o pisam.
Tão camuflado é este património que a exibição bandeirante na fachada se desmente com o forte portão de ferro da entrada que garante a discrição aos visitantes.
O portão, com abertura comandada sem esforço para o visitante, abre e fecha lesto, pouco tempo nos deixando para apreciarmos tudo aquilo que é nosso.
Um candeeiro aceso talvez tenha como objetivo mostrar que há vida para lá dos ausentes, uma forma de fingir que o investimento municipal está a ser aproveitado.
Com efeito, quem passe no Largo Dr. Carlos França e aprecie, perguntará se é alguma pousada ou residência quase secreta de qualificado Estadista.
Talvez por acanhamento não existam guardas de plantão à entrada, com ou sem armas, mas sempre de pé como é timbre exigir-se à passagem de Sua Excelência.
Temos para nós que a grandeza de Sua Excelência se esboroa naquele espaço com divisões apertadas, longe do destaque universal que tão humildemente persegue.
Devemos meditar
Em dezenas de anos, até no regime fascista, os Autarcas que geriram Sintra - tantos com prestígio incomparável - tinham honra em receber nos Paços do Conselho.
Os visitantes foram do mais Ilustre da vida pública, Presidentes, Embaixadores, Grandes Empresários, pessoas relevantes que podíamos ver e até saudar.
Fará sentido Sua Excelência contrariar a fruição colectiva e acesso universal da Mont Fleuri tornando-a extensão dos Paços, para receções que não vemos?
Neste momento que exige medidas preventivas específicas, estamos convictos que a Mont Fleuri ofereceria condições privilegiadas a muitos doentes.
É para o bem exclusivamente público que há Património Municipal.
(*) - Pensamos que, também aqui, Sua Excelência se terá enganado...devia querer dizer Câmara da Amadora e não Amadora Sintra.
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