sábado, 14 de novembro de 2020

SINTRA: BASÍLIO HORTA, ENTRE O "ANTRO" DO FB E OS "ECOS"

"Finalmente uma reflexão sobre as redes sociais. Não frequento muito as redes sociais. Só me chegam os ecos de alguma coisa que se passa. Acho que as redes sociais são um antro - em larga medida - de cobardia e da política mais baixa que se possa fazer. Portanto, mais vale não ler e não ter em conta, e quando é feito por pessoas sem responsabilidade encolhemos os ombros porque não podemos exigir a todos as mesmas qualidades". (Pedaço de texto, autor Basílio Horta, Sessão de Câmara de 23.06.2020 - pág. 266) 

"Antro" = Caverna profunda e medonha (Dicionário da Língua Portuguesa - 8ª.Edição)

Têvês também serão antros?

Que forças ocultas providenciarão que Têvês de serviço busquem Sua Excelência para dizer umas coisas...sem lhe perguntarem números de infectados e óbitos?

A postura de estadista serve milhões sobre milhões aos ouvintes, numa abnegação e entrega a Sintra sem limites, livre de perguntas que só nos "antros" se fazem.   

Meditávamos naquela conversa nitidamente de favor de imagem, quando nos saltou a recordação do que disse em 23.6.2020 sobre as "redes sociais".  

Chancela de...Chanceler...

Evidentemente que, habituados a afirmações de Sua Excelência que nos vitimam com posteriores contradições, o destacado sob o título chancela a personalidade.

Em boa verdade, melhor seria que o tratássemos por Chanceler e não por Sua Excelência, abrindo caminho a um perfil dignitário, merecedor de gabinete na Pena. 

Facebook de Basílio Horta em 25 de Maio de 2020 

O novel Chanceler, cujas profícuas palavras calaram todos os Vereadores, poderia logo ter sido avisado por um dos presentes sobre a útil contenção política.

Tanto mais que a lucidez exigível a um quase octogenário que - tudo indica - quer ser reeleito para terceiro mandato, mereceria uma ajuda humanitária, pelo menos.

Apesar de não frequentar "muito as redes sociais", os post's de Sua Excelência no Facebook entre o início da pandemia e a data das afirmações foram mais de 110.

Entre classificar redes sociais de "antro - em larga medida - de cobardia e da política mais baixa" e 31.10.2020, os post's do Chanceler no Facebook foram cerca de 150.

Dias há, como 2 de Julho de 2020, em que Basílio Horta publicou 6 vezes (seis) post's no Facebook, quando teria tanta coisa determinante para resolver em Sintra. 

Ao longo de vários meses, em nenhum post expressou as condolências devidas a familiares das vítimas da Covid e das outras que se viram privadas de assistência.

Facebook de Basílio Horta em 15 de Setembro de 2020 

Para quem não frequenta "muito as redes sociais" publicar mais de 260 post's entre Março e Outubro é obra quase de campeão...facebookiano

Entre o "Antro" e os rigores...

Recusamos admitir que alguém se permita, insidiosamente e desvalorizando os mais nobres princípios, sugerir que o Facebook de Sua Excelência é feito por outrem.

Tal seria uma pedrada no charco da política, uma heresia não só ideológica como deprimente para o esforço de manter post's sobre post's num "Antro" amigo.

Seria desilusão para quem lhe dirige louvações cheirando a sabujice ou por gratidão e confiança na página se lhe dirigem como sendo o "meu Presidente".

Neste âmbito, seria uma ignomínia admitir-se que a página de Basílio Horta no Facebook - onde lê e responde a comentários - não fosse por ele movimentada.

...Finalmente "Os ecos"...

Afirma o Chanceler  Sintrense que só lhe "chegam os ecos de qualquer coisa que se passa", num aparente queixume sobre a má qualidade dos transmissores.

Enquanto munícipe e cidadão, preocupa-nos a forma como os "ecos" chegam a Sua Excelência, se baixinhos ao ouvido, por mensagem ou em papel manteiga. 

No tempo da juventude de Sua Excelência havia os informadores, os esbirros que faziam folhas completas para segurança dos políticos que os mantinham.

Que perfil político se enlaça com "ecos de qualquer coisa que se passa"? 

Inacreditável. 

Como foi possível um Partido democrático ter-nos castigado assim?





2 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde, embora partilhando as "dores" de alma de também não gostar ( e com muitas razões ) da "criatura", não estou a ver o "lapsus linguae" no sublinhado,(possivelmente a minha quarta classe não mo permite) já na palavra corporativa deveria ser cooperativa e aí não vi nenhum sublinhado.

Atenciosamente

António da Silva Almeida

Fernando Castelo disse...

Caro António da Silva Almeida,

Antes de mais devo agradecer a sua participação pois ajuda a saber-se como o que escrevemos é interpretado pelos leitores.

Permita, no entanto, que desfaça alguma confusão que julgo lhe ter causado:

1. "Lapsus linguae" foi o título que usámos para a publicação do artigo no Blogue Retalhos-de-sintra, enquadrado numa parte das afirmações de Basílio Horta ao classificar de "Antro" as redes sociais...e que poderá mais abaixo confirmar ser ele mesmo forte utilizador do Facebook. Portanto classificar de "Antro" redes sociais - uma delas o Facebook é exaustivamente usada por ele para as sua propagandas - só por "lapsus linguae", pois não encontrámos outra justificação mais fácil de se escrever;

2. Quanto ao sublinhado: confesso que não sei a que se refere, admitindo que seja o sublinhar da palavra "conversei".

Reparará, por favor, que é uma cópia de página do Facebook de Basílio Horta, para mostrar que está escrito na primeira pessoa "conversei", para que não digam ser outra pessoa a escrever.

3. Palavra "corporativa", pois passa-se o mesmo que dito anteriormente, isto é, é cópia da página de Basílio Horta e, não sendo eu revisor dos erros que Basílio Horta escreve (e por vezes até diz) não me incumbiria sublinhar.

Se tiver a amabilidade de, com estas explicações, rever de novo a página a que acedeu, estou certo que estas explicações ajudaram a eliminar qualquer dúvida.

Permita que lhe sugira não ter preocupações com a sua quarta classe, pois não foi vítima do analfabetismo que atingiu tantos portugueses nem precisa de se legalizar com a impressão digital como sucedeu a tantos portugueses.

Creia com toda a consideração,

Fernando Castelo