Sintra pode dizer-se que está de luto porque nunca teve algum político na sua riquíssima história que a cobrisse de tão negro manto, por actuações sucessivas.
Doravante, aquele autarca que, com sacrifício mas respeito, fomos tratando por Sua Excelência, deixou de ter, pelos actos políticos apenas, tal elegância no trato.
A partir de agora, para que todos saibam, apenas e pela condescendência que todos os incapazes políticos podem merecer, passará a ser o Ocupante do Cargo.
Não existindo dados públicos para "Casos Activos" pode dizer o que entenda, já que em "infectados" o campo é mais difícil porque há informações diárias.
Ontem, Sintra atingiu o preocupante número de 3219 infectados, com 369 nos últimos 10 dias depois dos dados não terem estado disponíveis.
Covid a "rampa" da promoção
Ao Primeiro-Ministro já terão chegado os zunzuns de que em Sintra, território com quase 400.000 pessoas, tem sido desastrosa a gestão do Ocupante do Cargo.
Daí frequentes empurrões que, desvirtuando os interesses da vida local, possam satisfazer ambições de manutenção no cargo a quem nunca devia ter cá aparecido.
Apreciemos, então, o Ocupante do Cargo - certamente ainda à espera de máscara - numa intervenção em que o Primeiro-Ministro mais parece um subalterno.
Titubeando, alheou-se do total de infectados, para aludir ao "decréscimo sintomático dos casos activos em Sintra", onde numa "só freguesia houve um ligeiro aumento".
Omitindo as freguesias a que se referia (não haverão outras?) voltou a dividir-nos pelos receios: "será nesta?", "será naquela?", "perto ou longe de mim?".
Esperar-se-ia que, finalmente, apresentasse condolência às Famílias de Sintrenses vítimas do Covid-19, que serão boa parte dos 547 Óbitos na Região de LVT.*
Passou ao lado, beneficiando do encobrimento desses dados em Sintra.
Como se escapa à preocupação nuclear
Mostrando-se conhecedor, estava obrigado - para nossa prevenção - a indicar onde se localizam surtos e a apontar onde se correm maiores riscos de contágio.
Era a altura ideal para confirmar o que fez desde a primeira hora do Covid-19 e quais as medidas imediatas ou extraordinárias para a nossa defesa sanitária.
A reunião era sobre a pandemia mas, lesto, o Ocupante do Cargo em Sintra saltou sobre brasas para o campo promocional, totalmente fora do contexto.
Foi um desvio sem nexo, dissertando sobre "taxa de desemprego", sendo notório e visível o contributo que deu no avolumar das rugas na testa do Primeiro-Ministro.
Não citou postos de trabalho extintos em Sintra, mas falou sobre Desempregados, omitindo que a maior parte deles apenas é residente porque trabalham na periferia.
Como nem sempre é fiel aos números, vejamos o que disse: "estávamos em grande progresso" "com uma taxa de desemprego de 4,6%" até "pleno emprego".
Para a promoção ser mais consistente ainda disse: " o ano passado por esta altura não chegava a 8000 desempregados , hoje temos 14,3 mil desempregados".
Vejamos então, até que ponto o Ocupante do Cargo sabia do tema:
Não existindo dados públicos para "Casos Activos" pode dizer o que entenda, já que em "infectados" o campo é mais difícil porque há informações diárias.
Ontem, Sintra atingiu o preocupante número de 3219 infectados, com 369 nos últimos 10 dias depois dos dados não terem estado disponíveis.
Covid a "rampa" da promoção
Ao Primeiro-Ministro já terão chegado os zunzuns de que em Sintra, território com quase 400.000 pessoas, tem sido desastrosa a gestão do Ocupante do Cargo.
Daí frequentes empurrões que, desvirtuando os interesses da vida local, possam satisfazer ambições de manutenção no cargo a quem nunca devia ter cá aparecido.
Apreciemos, então, o Ocupante do Cargo - certamente ainda à espera de máscara - numa intervenção em que o Primeiro-Ministro mais parece um subalterno.
Titubeando, alheou-se do total de infectados, para aludir ao "decréscimo sintomático dos casos activos em Sintra", onde numa "só freguesia houve um ligeiro aumento".
Omitindo as freguesias a que se referia (não haverão outras?) voltou a dividir-nos pelos receios: "será nesta?", "será naquela?", "perto ou longe de mim?".
Esperar-se-ia que, finalmente, apresentasse condolência às Famílias de Sintrenses vítimas do Covid-19, que serão boa parte dos 547 Óbitos na Região de LVT.*
Passou ao lado, beneficiando do encobrimento desses dados em Sintra.
Como se escapa à preocupação nuclear
Mostrando-se conhecedor, estava obrigado - para nossa prevenção - a indicar onde se localizam surtos e a apontar onde se correm maiores riscos de contágio.
Era a altura ideal para confirmar o que fez desde a primeira hora do Covid-19 e quais as medidas imediatas ou extraordinárias para a nossa defesa sanitária.
A reunião era sobre a pandemia mas, lesto, o Ocupante do Cargo em Sintra saltou sobre brasas para o campo promocional, totalmente fora do contexto.
Foi um desvio sem nexo, dissertando sobre "taxa de desemprego", sendo notório e visível o contributo que deu no avolumar das rugas na testa do Primeiro-Ministro.
(Revejam-se os rostos do Primeiro-Ministro e da Ministra da Saúde, esta mesmo usando a devida protecção)
Como nem sempre é fiel aos números, vejamos o que disse: "estávamos em grande progresso" "com uma taxa de desemprego de 4,6%" até "pleno emprego".
Para a promoção ser mais consistente ainda disse: " o ano passado por esta altura não chegava a 8000 desempregados , hoje temos 14,3 mil desempregados".
Vejamos então, até que ponto o Ocupante do Cargo sabia do tema:
- 2019 - Entre Março e Junho o número mais baixo de desempregados foi 8400.
- 2019 - Junho: 8400, ou seja 3,04% do Total Nacional e 9,45% de LVT *
- 2020 - Fevereiro: 8893, ou seja 3,03% do Total Nacional e 9,61% de LVT *
- 2020 - Maio: 13890, ou seja 3,612% do Total Nacional e 10,691% de LVT *
- 2020 - Junho ainda não tem dados publicados.
Então, onde foi o Ocupante do Cargo em Sintra buscar os dados que divulgou?
Mesmo admitindo que estivesse a usar dados fidedignos, como é possível falar em "taxa de desemprego de 4,6%" (sobre que universo?) e dizer "pleno emprego"?
Mesmo admitindo que estivesse a usar dados fidedignos, como é possível falar em "taxa de desemprego de 4,6%" (sobre que universo?) e dizer "pleno emprego"?
E Sintra vive assim, cada vez com o futuro mais negro, nunca tão negro, fazendo esquecer todas as pestes que por este território têm passado ao longo de anos.
Temos o direito de exigir a verdade:
Quantos milhares de infectados, quais os focos nas freguesias, medidas tomadas e a tomar que nos garantam segurança.
Temos o direito de exigir a verdade:
Quantos milhares de infectados, quais os focos nas freguesias, medidas tomadas e a tomar que nos garantam segurança.
Ninguém tem o direito de, seja a que título seja, nos ocultar o que se passa no nosso concelho ou manipular a verdade do que se passa na nossa terra.
Sintra não pode estar mais tempo sujeita a isto.
* LVT = Lisboa e Vale do Tejo
Dados recolhidos do Site do Instituto do Emprego e Formação Profissional - Publicações Estatísticas
* LVT = Lisboa e Vale do Tejo
Dados recolhidos do Site do Instituto do Emprego e Formação Profissional - Publicações Estatísticas
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