domingo, 22 de março de 2020

SINTRA E POLÍTICOS "DESAPARECIDOS ANTES DO COMBATE"

Políticos sem perfil

Nos momentos difíceis é que se conhecem os políticos cuja capacidade de decisão e liderança correspondem às responsabilidades assumidas. 

Entrar na política para sobreviver à custa dela durante uns anos, usar a política como garantia de futuro a qualquer preço, degrada a imagem dos bons políticos. 

Sintra, prestigiada outrora, há dias envolta neste drama de emergência sanitária à escala mundial e o seu Presidente quase desaparecido antes do combate.

Há tantos dias conhecidos os perigos. Denunciados. O caos nos comboios lotados de trabalhadores que ficam entregues à sorte de se tornarem ou não vítimas.

Nestes dias, de Sua Excelência nada, estivemos quase a oferecer alvíssaras a quem o visse nos transportes públicos ou a inteirar-se do estado do concelho.

Alguém nos alvitrava que tivesse ficado retido em Bruxelas quando o vimos no Facebook a mostrar o vazio de decisões, sem medidas preventivas relevantes. 

Palavras de autarca "ressuscitado..."

O que disse Sua Excelência? Como foi capaz?

"Reflexão", "temos olhado com serenidade", "nossa câmara está atenta", "vamos pôr em prática o Plano Municipal de Emergência". 

A futilidade política como acção relevante: - Será na "Segunda-feira a 1ª. Reunião do Conselho Municipal", uma fuga atenuante para a falta de decisões atempadas.   

Entende-se a linha do site camarário, pelo qual é responsável, cuja opção de preocupações se centrou em "notícias falsas" em vez de actos para a defesa de vidas.

Vejamos o que disse Sua Excelência sobre a evolução do Covid-19 em Sintra:


"Soubemos porque desde há algum tempo estávamos a monitorizar a Idanha"...(Basílio Adolfo Horta, eleito autarca para o bem e segurança de 400.000 pessoas).

Então, com a gravidade da situação, deixou arrastar o patamar de obrigações a que está vinculado e só amanhã reúne um 1º. "Conselho Municipal"? Para quê?

Por outro lado, como foi possível que Sua Excelência, que falou no estar-se há algum tempo a "monitorizar a Idanha" tenha falhado a comunicação aos Bombeiros?


As estruturas de apoio a situações de emergência teriam de ser a primeiras envolvidas, assim dando às populações a segurança e transmissão de confiança. 

É o inacreditável na política, o falhanço mais uma vez da política de Sua Excelência, a falta de sensibilidade para grandes problemas que exigem grandes soluções.

Foi em políticos destes que caímos, sem perfil, sem interesse comunitário.

Acabou o espaço de manobra. Sintra tem de livrar-se de políticos deste figurino.

"Neste combate só vale quem esteja ao nosso lado desde a primeira hora".  

Vá-se embora...Sintra tem políticos capazes de a viverem.


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