sábado, 28 de março de 2020

QUANTOS DANÇARÃO PELO FIM DA EPIDEMIA?

São momentos duros os que vivemos. 

As famílias estão compartimentadas, procurando proteger-se por núcleos, todos na defesa comum dos outros membros e de TODOS os cidadãos que devemos proteger.

Quantos de nós poderão ser vítimas? Não o sabemos, mas temos que ter a força suficiente para não abdicarmos do respeito pela vida que todos merecem. 

Vai ser um período longo, vamos ter de ser fortes. Dos sacrifícios resultará a vitoria pela sobrevivência dos nossos familiares, de Amigos e Desconhecidos. 

Um destes dias - ainda longe - haverá danças pelo fim da epidemia, festas onde podemos não estar, mas que estejam bem os nossos Filhos, Netos a Amigos.

Talvez uma obra de arte venha a assinalar este período difícil, como sucede na Torre da Câmara Municipal (Rathaus) de Munique lembrando a peste de 1515. 

Dança dos tanoeiros, pelo fim da epidemia de peste (Munique)

Todos os dias, o "glockenspiel" toca para apreciação de centenas de pessoas que, em frente, mesmo debaixo de chuva ou neve, esperem pela celebração.

Às horas certas, toca o carrilhão da torre só que, agora, o novo vírus afastou os assistentes, retidos em casa por regras fixadas pelas autoridades. 

Aquela imensa praça, sempre cheia de pessoas à espera do "glockenspiel", estava desoladamente deserta no início da passada semana. 


Nada ficará igual

O tempo passa, em cada dia fica-nos o vazio pelos perigos que estão, até, dentro das nossas casas, fazendo perigar todos os nossos familiares. 

Quando acabar, o POVO voltará à rua, dançando e cantando, numa alegria que esconderá as tristezas e os ADEUS que não puderam ser feitos.  

Nascerão Homens e Mulheres novos a lutar por significativas alterações sociais, e será um mundo novo em que os trabalhadores não aceitarão perder direitos.

Já há medidas de "protecção" aos que ganharam milhões explorando trabalhadores, agora prontos para despedimentos, férias compulsivas a trabalhar e lay-off.

Agravar-se-à a desprotecção aos trabalhadores, com governos feitos à garantia de elevados benefícios às grandes unidades da exploração desenfreada.

Será avaliada a sofreguidão de quem rapa tudo, de políticos sem capacidade para cargos que exercem, de gente que falhou em todas as fase da luta.

Não serão desculpados autarcas imberbes mais preocupados com "notícias falsas" do que desinfectar ruas, jardins e eliminar canais de contaminação pública.

Muitos não comemoraremos, mas os sobreviventes dançarão no fim da epidemia.

E surgirão Homens e Mulheres novos, em lutas cada vez mais duras.

Para a vitória todos se devem resguardar. Respeitem as regras de defesa.


ASSIM, MESMO QUE ESTEJAMOS LONGE, TODOS DANÇAREMOS POR CÁ!


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