terça-feira, 12 de novembro de 2019

SINTRA: BASÍLIO HORTA VIRÁ A PROMETER BICICLETAS?

De uma página deste blogue, publicada em 9 de Fevereiro de 2018 (por favor clique para rever)  retirámos um pedaço, suficiente para conhecermos Sua Excelência. 

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A "opção" bicicleta ao gosto de Basílio Horta

Se não bastasse quanto sofremos, ainda Sua Excelência, que se desloca para e de Sintra em confortável viatura, parece recomendar, por afirmações, o uso da bicicleta.

Mas uso para quê e para quem? 

Vejamos um curioso uso autárquico em Sintra, fora do preconizado que não satisfará os desejos de Sua Excelência: - Lúdicos, mobilidade saudável e económica.


A pé ou de bicicleta pela Volta do Duche...a cinza pelo Parque da Liberdade

Neste belo trajecto, a pé ou de bicicleta, Sua Excelência e seus Acompanhantes teriam 500 metros de saudável e arejado convívio, experiência inolvidável, visitando e vendo o estado em que se encontram os Parques da Liberdade e dos Castanheiros.

Seria mais. Seria a passagem à prática das recomendações ciclísticas...

O tempo - sabemos que precioso para Sua Excelência - não constituiria uma assim tão grande preocupação, já que poderia cumprimentar alguns artistas locais. 

Em contradição - sabemos que nos perdoará - porque permite Sua Excelência um trajecto com mais de 2 quilómetros para acessos - em viatura - ao Valenças?

Trajecto Paços do Concelho ao Palácio de Valenças por automóvel

Com a dinâmica ciclista de Sua Excelência (por favor clique) todos pedalavam para o trabalho, pela Várzea serra acima, com imagens correndo mundo, convergindo a Sintra milhões de bicicletas, tornando-nos o Reino das Mesmas...ainda sem Rei.

Jovens ou mais idosos, debaixo de chuva ou ao frio, sujeitos às intempéries, diariamente, dia ou noite, antes ou depois de um dia de trabalho, teriam a suprema realização de pedalar - e suar - subindo ou descendo os caminhos de Sintra.

E se Sua Excelência, na viatura que o transporta, os lobrigasse, não deixaria de lhes dar a salvação, o estímulo para pedalarem cada vez mais pela vida fora.

Percebe-se, então, como se torna difícil resolver os problemas da mobilidade e acessibilidades dentro do concelho de Sintra. 

Principalmente, porque as sociedade evoluem, a vida moderna é mais exigente, os períodos laborais são mais largos, mas tudo vai ficando na mesma. 

Ao menos que os responsáveis se sintam bem. Que pedalem... 

Talvez estejamos perante uma crise de pedais, permitindo que se fala em "passes metropolitanos" por um lado e bicicletas por outro...sem soluções.

Ora bolas! 


Sintra não merece isto."

 🔃

A pequenez autárquica com ciclovias na cartola

Não caros leitores, não estamos a falar de anões, estamos a falar do ilusionismo pensante, da tentativa de manipulação, da prática dos educadores.

Prometem-se pedaços de ciclovias para "incrementar a mobilidade e a segurança rodoviárias" e "acesso pedonal" para "atravessar o IC19" e nos meterem no Alegro.

O mesmo político que há vários anos não consegue recolocar a passagem pedonal sobre a linha férrea e que ligaria a Rua Heliodoro Salgado ao parque da Portela.

Enquanto vai cicloviando a candidatura para 2021, Basílio Horta - utente do Metro de Lisboa na campanha eleitoral - alheia-se dos transportes em Sintra.

São evidentes as poucas preocupações com os incómodos por que passam os utentes dos transportes públicos, pois se as tivesse já teria resolvido. 

Um só exemplo na mais populosa freguesia sintrense, onde pessoas - insistimos pessoas - desesperam à espera de transportes, desprotegidas das intempéries.

 Mem Martins: Junto à estação da CP, às vezes uma hora de pé, à chuva, ao vento

Os responsáveis pelos transportes em Sintra, por respeito pelas pessoas, já deviam ter resolvido, há muitos anos, este incómodo junto à estação de Mem Martins.

AS soluções de mobilidade das populações não se resolvem com bicicletas...

Solução urgente para os transportes...

Vítimas da sentida indiferença dos autarcas responsáveis pelos maus transportes que servem Sintra, outros castigos vão surgindo aos utentes. 

Com razoável frequência, os comboios atrasam-se ao longo do trajecto porque alguns revisores, em vez de darem a partida, continuam fiscalizando os bilhetes.

Sucede, então, que a longa espera dos maquinistas, se reflecte na chegada atrasada às estações, implicando que às vezes se percam ligações a autocarros. 

Por sua vez, ao contrário do que seria razoável, como os horários dos transportes rodoviários não são ajustados aos comboios, os utente são disso vítimas.

Pior, contra tudo o que é praticado pela Europa fora, não são conhecidas situações em que os motoristas (vendo o comboio) fiquem à espera de passageiros...não...

...É vê-los arrancarem à pressa, não vá alguém ainda correr para o apanhar....

E tudo isto se passa e agrava no dia a dia, sem que políticos competentes assumam de uma vez por todas a defesa da efectiva mobilidade das populações.

Depois, ciclicamente, inventam-se ciclovias...boas obras para quem as faz...

Ficamos à espera de, por altura das eleições, se prometerem bicicletas...

Até quando Sintra se manterá assim?


2 comentários:

Valdemar Silva disse...

Ciclovias tudo bem.
Mas, não podemos aplicar a 'bitola' como se tratasse de localidades planas (ex. Bélgica, Holanda, Dinamarca)nas nossas terras de subida e descidas e em vias não principais.
Veja o caso da Rua do Colaride, na Agualva, que com a inclinação vai dar azo a desastres, com o agravamento da construção da ciclovia fazer desaparecer os locais de estacionamento dos automóveis. Agora como é que e onde estacionar os automóveis dos residentes dos prédios da Rua?

Fernando Castelo disse...

Estimado Valdemar Silva,

Antes de mais estamos gratos pela sua visita a este blogue.

Tem toda a razão e, para evitar más interpretações, nada temos contra as ciclovias.

Sucede é que as ciclovias em Sintra são uma forma de propaganda e, pior, quem anda bem acomodado em carros suportados pelos munícipes, em vez de resolver os problemas das acessibilidades com transportes públicos...recomenda o uso de bicicletas.

O território de Sintra, então, com montes e vales, com chuva e tanta humidade, só por disparates pode ser usado na vida diária em bicicletas. Resolvam é os problemas da deslocação de milhares de pessoas.

Cumprimentos

Fernando Castelo