"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores
da vida pública mais querem" pensamento de Bertolt Brecht
Discreto - e confuso - Aviso...
Um discreto AVISO assinado pelo Presidente da Câmara e data aposta de 12 de Setembro, ligar-se-à às Alterações de Trânsito impostas em 26 de Março deste ano?
Lê-se que Sua Excelência decidiu "que se proceda aos trabalhos de Revisão do Regulamento de Trânsito e Estacionamento do Município de Sintra".
O AVISO confunde, não se percebendo se para dar cobertura às medidas impostas em 26 de Março e que tanta confusão criaram à vida local e ao prestígio de Sintra.
A ser essa a intenção, reflectindo dúvidas de Sua Excelência, porque não suspendeu antes o processo para decidir que a solução tivesse cabeça, tronco e membros?
(Lembre-se que em 13.4.2017, na contestação à majoração do IMI, Sua Excelência logo anunciou um "inquérito" (nunca se soube o resultado...) e anulou cobranças).
Sua Excelência, mesmo através dos vidros negros da viatura em que é transportado, teve de ver a desconformidade do feito, desprestigiante para a imagem de Sintra.
Deixou prosseguir o que nunca deveria ter sido feito, numa visão de "solidariedade inter pares", quando antes se recomendaria a suspensão até melhores soluções.
Seis meses passaram com problemas na mobilidade urbana e na imagem turística de Sintra e Sua Excelência só agora - mantendo tudo - esperará "contributos"?
Dificilmente nos convencerá de que não se tratou de uma PROVA de PODER.
Lê-se que Sua Excelência decidiu "que se proceda aos trabalhos de Revisão do Regulamento de Trânsito e Estacionamento do Município de Sintra".
O AVISO confunde, não se percebendo se para dar cobertura às medidas impostas em 26 de Março e que tanta confusão criaram à vida local e ao prestígio de Sintra.
A ser essa a intenção, reflectindo dúvidas de Sua Excelência, porque não suspendeu antes o processo para decidir que a solução tivesse cabeça, tronco e membros?
(Lembre-se que em 13.4.2017, na contestação à majoração do IMI, Sua Excelência logo anunciou um "inquérito" (nunca se soube o resultado...) e anulou cobranças).
Sua Excelência, mesmo através dos vidros negros da viatura em que é transportado, teve de ver a desconformidade do feito, desprestigiante para a imagem de Sintra.
Deixou prosseguir o que nunca deveria ter sido feito, numa visão de "solidariedade inter pares", quando antes se recomendaria a suspensão até melhores soluções.
Seis meses passaram com problemas na mobilidade urbana e na imagem turística de Sintra e Sua Excelência só agora - mantendo tudo - esperará "contributos"?
Dificilmente nos convencerá de que não se tratou de uma PROVA de PODER.
1.Das Pessoas
Na sã política não têm lugar sintomas de esotropia por se tratar de uma patologia que, mal tratada, leva ao umbiguismo pouco recomendável para a vida colectiva.
Por seu turno, na visão política, o umbiguismo não é uma enfermidade vã, devendo estar-se atentos aos sintomas que possam levar a casos do foro estrábico.
Das alterações de trânsito impostas em 26 de Março, logo medidas visionadas foram contra pessoas, obrigando os utentes da carreira 467 a transbordos na Portela.
Tal carreira (467) era a única que garantia a centenas de pessoas (idosas e de poucas posses) o acesso directo e mais confortável ao seu Centro de Saúde.
Outras carreiras (434 e 435) ligavam a Estação da CP à Vila em 2-3 minutos. Agora, com voltinhas por S. Pedro, ajudam a entupir o trânsito...e levam mais de 10 minutos.
As pessoas foram vítimas, vendo-se agora calcorreando distâncias consideráveis pela prática impossibilidade de utilização dos transportes públicos que precisam.
2. Dos Transportes Públicos
Nas sociedades desenvolvidas toda a prioridade é dada à cobertura dos territórios com transportes públicos cómodos, rápidos, frequentes e preços competitivos.
Algum destes parâmetros se anunciou para Sintra? Algum responsável previu algo nesse sentido? Algum autarca se vê por aí a testar os transportes rodoviários?
Há, pelo menos, conceitos de comodidade para quem suba a Serra, proibindo lugares de pé para que pessoas não sigam aos tombos umas contra outras?
Alvitrar-se que andem a pé seria falta de respeito por quem tem dificuldades de locomoção, limitações financeiras, ou se queira defender de intempéries.
Será descabido dizer-se que se desvalorizaram os utentes de transportes públicos?
3. Qual solução da Cavaleira?
Não amedronta que Sua Excelência - cristão-democrata convicto - fosse trazido para Sintra por um partido fundado em 1973 e cuja inspiração teórica era o marxismo.
O que receamos é até onde se desvia o partido que em 19 de Abril de 1973 defendia o socialismo em liberdade e a sociedade sem classes..agora com Sua Excelência.
Porque nunca poderá ser este o caminho de Sintra.
(*) Seria impensável que, da Cavaleira, se tomasse o caminho para a entrada por Ranholas...sabe-se lá...
Por seu turno, na visão política, o umbiguismo não é uma enfermidade vã, devendo estar-se atentos aos sintomas que possam levar a casos do foro estrábico.
Das alterações de trânsito impostas em 26 de Março, logo medidas visionadas foram contra pessoas, obrigando os utentes da carreira 467 a transbordos na Portela.
Tal carreira (467) era a única que garantia a centenas de pessoas (idosas e de poucas posses) o acesso directo e mais confortável ao seu Centro de Saúde.
Outras carreiras (434 e 435) ligavam a Estação da CP à Vila em 2-3 minutos. Agora, com voltinhas por S. Pedro, ajudam a entupir o trânsito...e levam mais de 10 minutos.
As pessoas foram vítimas, vendo-se agora calcorreando distâncias consideráveis pela prática impossibilidade de utilização dos transportes públicos que precisam.
Nas sociedades desenvolvidas toda a prioridade é dada à cobertura dos territórios com transportes públicos cómodos, rápidos, frequentes e preços competitivos.
Algum destes parâmetros se anunciou para Sintra? Algum responsável previu algo nesse sentido? Algum autarca se vê por aí a testar os transportes rodoviários?
Há, pelo menos, conceitos de comodidade para quem suba a Serra, proibindo lugares de pé para que pessoas não sigam aos tombos umas contra outras?
Alvitrar-se que andem a pé seria falta de respeito por quem tem dificuldades de locomoção, limitações financeiras, ou se queira defender de intempéries.
Será descabido dizer-se que se desvalorizaram os utentes de transportes públicos?
3. Qual solução da Cavaleira?
Quando se fizer o balanço real de anúncios e muitas palavras de Sua Excelência e respectivos cumprimentos, iremos comparar com o que são saídas de ocasião.
Na Sessão de 15 de Maio, Sua Excelência justificava a urgência do Arrendamento da Cavaleira "porque vem aí o Verão e temos de ter estacionamento".
Estamos em Outubro e o estacionamento no Verão foi um...flop. Não houve estacionamentos...mas as rendas pagas foram dezenas de milhar de euros.
Diga-se, até, que Sua Excelência se deve estar debatendo com o trajecto a usar após Cavaleira, se por cima do Urbanismo, se Chão de Meninos acima e abaixo (*)
Contando Sua Excelência com bons conselheiros, certamente terá já um projecto grandioso que deve reservar, não vá algum alvissareiro encarregar-se de espalhar.
4. É agora que Sua Excelência precisa de contributos?
Quando Sua Excelência, na Sessão de Câmara de 11 de Setembro se viu obrigado a retirar duas Propostas sobre acessos à Pena e Centro Histórico foi por não saber.
No entanto, esse falhanço já vinha de Março, sem que impedisse - esse sim o Poder de Sua Excelência - toda uma caterva de danos pessoais e a Sintra e seu Turismo.
Milhares de carros desandaram e estão a abalar, sem que visitem Sintra.
Muitos Guias turisticos deixaram de incluir Sintra nos seus roteiros.
É agora que coloca um AVISO (permita Sua Excelência que o diga: Pouco Apelativo) para contributos? Mas será que Sua Excelência precisa deles?
5.A Encruzilhada
Convictos de que esta mensagem chegará a Sua Excelência, devemos manifestar que começamos a sentir medo. Não de Sua Excelência, mas do que se perspectiva.
Não amedronta que Sua Excelência - cristão-democrata convicto - fosse trazido para Sintra por um partido fundado em 1973 e cuja inspiração teórica era o marxismo.
O que receamos é até onde se desvia o partido que em 19 de Abril de 1973 defendia o socialismo em liberdade e a sociedade sem classes..agora com Sua Excelência.
Porque nunca poderá ser este o caminho de Sintra.
(*) Seria impensável que, da Cavaleira, se tomasse o caminho para a entrada por Ranholas...sabe-se lá...
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