Até hoje, quanto nos custou?
Incluído num bouquet de medidas desconexas sobre o trânsito, quase todas penalizadoras para os sintrenses, o parque da Cavaleira foi um falhanço completo.
Recordemos que Basílio Adolfo Horta, na Sessão Camarária de 15 de Maio de 2018, apresentou "Extra-Ordem" a Proposta para o Parque da Cavaleira.
Tal Proposta de Sua Excelência, político dos cortes nem tanto assim, poderia vir a custar aos munícipes mais de 2.060.000€ se o contrato tivesse chegado ao fim.
Assentava, pelo menos, no Ilusionismo, por muitos tido como sem pés nem cabeça mas onde Sua Excelência, desconhecedor de Sintra, gastaria o que era nosso.
Disse ao propor: - "Extra Ordem de Trabalhos porque é urgente", "agora será já para 1500 carros", "permite chegar aos 3.000 carros", "Há ruas e alamedas com árvores".
Estrutura de apoio, com o símbolo de Património da Unesco
Começaram as terraplanagens, preparou-se o terreno, marcações, uma cabine amovível para aquisições de acessos à Serra...seguindo-se autocarros a passar...
Mas de carros, de turistas para Sintra, praticamente nada, e, aos poucos, os autocarros deixaram de fazer circuitos horários, chegando a ser por chamada...
Outro falhanço total, um investimento oposto às razões utilizadas, levando a que o arrendamento do terreno fosse rescindido em condições que não sabemos.
A confiarmos em afirmações de Basílio Adolfo Horta, como presidente da Câmara, o contrato de arrendamento terminará em 30 de Novembro de 2021.
Cotejando as informações prestadas na Sessão de Câmara de 15 de Maio de 2018 com o dito termo em 30.11.2021, os custos rondarão mais de 500.000€ (*).
Como foi possível?
O recurso ao Parque da Cavaleira ligava-se à tentativa de se querer reorganizar o trânsito em Sintra - nem pelo telhado - mas pela nuvem de conselheiros escutados.
É indesmentível que o trânsito em Sintra devia ser redimensionado e reorganizado, mas antes de tudo criadas alternativas sérias, cómodas e práticas.
Colocar pilaretes aos milhares, inventar tudo para estacionamento pago (até no Rio do Porto e ao lado da estação da CP) não gerava soluções e nem acordo popular.
Não se investiu numa frota de veículos médios, rápidos e de bilhética acessível para ligar parques periféricos à Vila e à Serra, prejudicando o turismo de permanência.
Continuam a chegar à Vila autocarros de longo curso que deixam passageiros e voltam segunda vez para os recolher, sem tempos para visitas mais longas.
Resultou, por responsabilidade de decisores, que a prestigiada Sintra passou a oferecer aos visitantes soluções de acessibilidade que imperam em países da Ásia.
Por tudo isso, houve situações chocantes, entre reclamantes com razão e o autarca que teimava em ter razão e ser ele a determinar. Deu no que se sabe.
A grande primazia a parques periféricos de raiz, com vários pisos e estruturas de apoio, que Sintra exige e merece, esboroou-se, sem que se consiga compreender.
Que obras de bem estar coletivo poderiam ter sido feitas com tanto dinheiro?
Isto é o Basilismo, de Basílio Adolfo Horta e alguns seguidores.
Que obra. Que falhanço. Quanto nos custou? QUEM GANHOU?
(*) - Apresentamos as nossas desculpas por não citarmos os custos acrescidos daquele traço azul, inventado por alguém, para indicar o caminho para a Cavaleira, que mereceu a indiferença dos "destinatários".
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