terça-feira, 14 de setembro de 2021

SINTRA: BASILISMO (3) E O FECHO DO MUSEU DO BRINQUEDO

Friedrich Starck, meu Amigo e Homem sábio, colecionador de pedras, dizia-me há uns tempos: "Onde tenho mais calhaus para escolher é na política". 

Crianças corridas de Sintra

Minhas peças particulares (cavalo de baloiço)

Friedrich acompanha as páginas deste blogue e, na sua casa na Baviera, fala-me com indignação de servidores do fascismo chegarem ao poder em Portugal.

As suas palavras quantas vezes me têm feito meditar, revendo pequenos atos a que não ligamos mas que - politicamente - podem disfarçar ódios culturais e afetivos.

Minhas peças particulares (carrinho com música) puxado a cordel
 
O Museu do Brinquedo em Sintra, graças a autarcas que, certamente, nunca foram crianças, fechou as suas portas, alegadamente por a Câmara não o poder apoiar.

Em 31 de Agosto de 2014 as Crianças e quantos foram Criança  confrontaram-se com o encerramento do espaço onde tantas histórias ligaram Pais, Avós e Netos.

Hoje não se pode excluir que instalar lá o News Museum estivesse na forja, sendo anunciado mais tarde com a Câmara Municipal a ceder o espaço por 20 anos.

Na madrugada de 25 de Abril de 2016, Dia dedicado à Liberdade, o Presidente da República inaugurou-o com a presença de ex-quadro da União Nacional fascista.

Passaram sete anos desde que o Basilismo fechou o Museu do Brinquedo, uma pagina negra de Cultura que castrou a partilha de estórias entre netos, pais e avós.

Minhas peças particulares (mealheiro)

Hoje, recordando o fim do Museu do Brinquedo, não esqueçamos a degradação dos Parques da Liberdade e dos Castanheiros, também frequentados  por crianças.

Neste quadro criticável de afastamento dos afetos, como é possível que pessoas que têm dado a vida ao ensino de crianças, tantas vezes surjam a dizer "obrigado"?

O Basilismo, suportado em conceitos de má memória, soube gerar o arrepanhar de apoios, o ilusionismo militante, as por vezes curvilíneas manifestações de apreço.

Em várias vertentes não só o falhanço tem sido frequente mas também uma panóplia de exemplos que permite aos cidadãos o rigor de gritarem bem alto:

"Basilismo, nunca mais. Por Sintra, sempre".


Sem comentários: