quinta-feira, 16 de setembro de 2021

SINTRA: BASILISMO (4) DO ILUSIONISMO AOS ILUDIDOS

Sairão da Faculdade de Medicina da Católica os médicos para o SN de Saúde?

Irão para esta Unidade de Saúde onde milhares não têm médico de família?

Pequena história...

A inauguração da Faculdade de Medicina da Universidade Católica, gerou entusiasmos profundos nos presidentes da Câmara e da Freguesia de Rio de Mouro.

Estão bem um para o outro na militância da cultura ilusionista, pensantes sobrepostos, provavelmente sintonizados para a transmissão de poderes em Sintra.

Claro que a mestria de Sua Excelência nestas coisas de Ilusionismo político supera em muito a vacuidade ideológica de neófitos ilusionistas, transtornados pelo poder. 

O autarca "de proximidade" exultava com "Sintra volta a ter ensino superior", o da Câmara anunciava que o ISCTE irá instalar outro ensino universitário. 

Nem na "cartilha" da manipulação de massas se encontraria tão desenxabida forma de iludir populações, omitir a verdade completa aos sintrenses, eles vítimas.

E de tal forma que até respeitáveis pessoas ligadas ao ensino oficial de jovens, com justas queixas sobre a má assistência médica, se apressaram a agradecer.

Será que os destinatários da Faculdade agora inaugurada são os jovens saídos das escolas sintrenses - mesmo que bem ensinados - mas sem poder económico?

Obviamente que não. Torna-se quase degradante usar tal ilusionismo.

Deveriam essas duas figuras do desplante político local apresentar projeções de quantos sintrenses frequentarão aquela Faculdade de Medicina.

A Faculdade da Católica (não se sabe que apoios a Câmara Municipal concedeu) pelos elevados custos, de forma alguma foi vocacionada para a nossa juventude.

Com custos superiores a 100.000 euros por aluno, é destinada a privilegiados, quase todos vindos de muito longe e que nunca servirão no Serviço Nacional de Saúde.

Daí que tudo seja em língua inglesa (aprender português iria demorar significativamente o curso) tornando a medicina acessível a outros mundos...

Claro que, Basílio Horta, ao seu estilo, aquando da inauguração da Faculdade da Católica teria de meter qualquer coisa mais...não existente...o ISCTE.

Lamentavelmente, os responsáveis alheiam-se dos acessos àquela zona, de escoamento complexo ao final de dia ou de tempo perdido a caminho da zona.

Que melhorou a vida em Rio de Mouro, que assomos de melhor futuro têm hoje os jovens de Rio de Mouro e da restante Sintra, dos que nela trabalham?

Como seria bom que, ao menos uma vez, todos fossemos dignos dos sintrenses.

Duplicação da história?

Há coisas que não podem cair no esquecimento e, a propósito da inauguração da Faculdade da Católica, recordemos episódios sobre o dito "hospital de Proximidade".

Basílio Horta ao assinar em 26.6.2017 o "Acordo" sobre um "Hospital de Proximidade", deixou ao Grupo Cuf o "cheirinho" do mesmo não ter internamentos.

Confiante e seguro, o Grupo CUF, passada uma semana, anunciou o seu Hospital com quase todas as valências nas antigas instalações da Schering.

A manipulação brotou dessa vez: "Sintra precisava de um hospital, agora temos dois".

Desta feita, o "temos" é uma virtual unidade de saúde, em que as camas se destinam a doentes em convalescença no Hospital Dr. Fernando da Fonseca.

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Sem visão política...engane-se...

Nós acabamos por ser os iludidos, os enganados com quantos dentes - ou teclas - existam para recurso às mentiras, às promessas, indignas de políticos sérios.

Todos os dias saltam ilusões...vemos o nosso dinheiro ser esbanjado...todos os dias esperamos melhor futuro para nós e nossos filhos, mas esvai-se.

Que sociedade é esta? Que gente é esta? Como chegámos a isto?

O BASILISMO TEM DE PRESTAR CONTAS A TODOS NÓS.

"Basilismo, nunca mais. Por Sintra, sempre!"






2 comentários:

Joao Diniz disse...

O Basilismo é um embuste que sai mto caro a Sintra e aos sintrenses.

Fernando Castelo disse...

Caro João Diniz,

Grato pela sua visita a este blogue e às suas palavras que, como habitualmente, são da máxima pertinência.

Sintra, a nossa terra, o nosso amos, a que tanto queremos caiu na mão de falsários da política, de gente que distribui o nosso dinheiro a seu belo prazer (e tem quem os apoie) mantendo estruturas fundamentais ao abandono e prometendo de forma avulsa as mais irresponsáveis ilusões.

Um abraço