sábado, 18 de setembro de 2021

SINTRA: BASILISMO (5): O FALHANÇO DA ABRUNHEIRA NORTE

 "Porque na Abrunheira/Norte, com este Plano, nasce uma cidade. O investimento global previsto é na ordem dos mil milhões de euros e cria 600 postos de trabalho directos". "Sr. Presidente" (da Câmara) segundo a Ata Nº. 24/14 da Sessão de Câmara de 21.10.2014.

Sete (7) anos depois, segue a imagem do local onde se anunciava ir nascer "uma cidade" e se propalava o "investimento global" na ordem dos mil milhões de euros".

Em 2014 o "ilusionismo" anunciava o nascimento - aqui - de uma "cidade" e "mil milhões de euros" em "investimento global"...e muitos...muitos postos de trabalho

Todavia, Sua Excelência esforçou-se. Aquela ponte medonha, quase podre, ali colocada quando outro socialista (Paiva Nunes) era vereador, foi removida.

Recuando quase 300 metros, esta placa fixou, de novo, o início da Abrunheira (1)

Vamos refazer a história...

Na política, refazer-se histórias do não cumprido, incomoda certa rapaziada de perfis recentes, muitas vezes falsos, só para leitura e...comentários desviantes.

Merecem pois que os ajudemos, que lhes possibilitemos o facto de poderem levar o publicado mais longe, quiçá merecerem gratidão por serviços prestados.

Pois então...

Em Novembro de 2014 (confirmamos, 2014) o site  promotor das ilusões camarárias, noticiava o Plano de Pormenor da Abrunheira Norte. 

Em 5 do mesmo mês, avisava que o processo do Plano estaria em discussão durante 22 dias úteis, mais tarde, qual benesse, alargada até 9 de Janeiro de 2015.

A notícia espalhou-se até pela estranja. O Youtube foi um canal utilizado (por favor clique para rever) . Até no Brasil podia chegar à Amazónia (clique p.f.)

Para maior alegria dos adultos, até se anunciava a Sintra dos Pequeninos", sem se clarificar se políticos, autarcas ou crentes nos ilusionismos propalados.

O Plano (o tal da propaganda) tinha uma "Equipa Técnica" de peso, sendo Coordenado por uma Direção Municipal e por uma Divisão de Planeamento. 

Havia, pelo menos, seis (6) grupos de Consultores Externos: De Ecossistema (uma S.A.), de Arquitetura (uma Lda), de Arqueologia (outra S.A.), de Mobilidade (outra Lda), de Redes Urbanas (ainda outra Lda) e de Estudo do Ruído (mais outra Lda).

Quanto custou aos munícipes toda esta prévia intervenção técnica, sabendo-se que era a SONAE a entidade que desejava dar um destino àqueles 700.000 m2

Tão especializada equipa, ou por urgência na apresentação ou por razões que não sabemos, poderia ter apresentado uma maqueta em vez de montagens. 

Pormenores relevantes

A Abrunheira está incluída na Zona Rural de Protecção de Sintra (faz parte da matriz da Vila) pelo que as construções, em princípio, apenas podem chegar ao 2º. andar.

Certamente sem ligação a isso, a verdade é que com o início do Plano o limite da Abrunheira teve a placa a mais de 200 metros à frente, fora da zona do Plano.   

No Plano a Paisagem da Serra ficava comprometida, pois previam-se 17 construções, sendo uma com 15 metros (5 pisos), outra com 12 e 15 com 9 metros. 

Também a ocupação era estranha, falando-se em "Logística" sem se saber bem o que seria. Do outro lado da estrada, um "edifício para Logística" é confrangedor.

Como adoçante era a nova escola e um Centro de Saúde. 

A discussão pública, não se opunha ao desenvolvimento desta zona privilegiada de Sintra e  deram-se sugestões para que tudo se enquadrasse no respeito local. 

Até hoje, nunca mais se soube do Plano de Pormenor da Abrunheira Norte, um falhanço notório do que foi divulgado e solução para o local.

Os mil milhões parece que passaram depois a 125 mil, os tantos postos de trabalho não servem os desempregados,  a vida local continua abandonada.  

Tem sido assim a política do Basilismo, uns anúncios foguetórios que se espalham e têm apreciadores do artifício, mas que os munícipes deploram.

Não pode ser de políticos assim que os sintrenses gostam. Portanto: 

"Basilismo, nunca mais. Por Sintra, sempre."


 (1) Um "Abrunhense" de seu nome António Bento, lutou desesperado pelo facto da placa indicadora do início da Abrunheira não estar no seu devido lugar. 

Foi uma vitória dele a placa ter sido recolocada no local certo. No entanto, tal como ele já pediu e também vimos, o fim da Abrunheira na via ao lado continua errado. 


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