terça-feira, 26 de maio de 2020

SINTRA: 1107 INFECTADOS...QUE AUTARCAS? QUE GOVERNO?

Do falhanço completo à indiferença pelos cidadãos

Com os números de infectados hoje conhecidos, há fortes razões para os sintrenses se levantarem contra a incompetência dos políticos que os governam.

Qual o papel do Presidente da Câmara de Sintra - desde o início da pandemia - para as medidas sanitárias mais adequadas à protecção dos munícipes?

Atrasado, apareceu a anunciar 3 Centros de Atendimento, como que para adormecer uns tantos saloios, mas depois só um abriu e com limitações.

Recentemente, foram as máscaras usadas para desviar os sintrenses da dura realidade sanitária, distraindo-os para "caixas de correio" como se fosse guloseimas.

Hoje, Sintra com 1107 infectados, está no 6º. lugar dos municípios mais atingidos e Sua Excelência calado depois de ter dito que "Temos de continuar este caminho".

Sintra (2,690% e 29 casos) cresce mais do que a cidade de Lisboa (1,10% e 24 casos) e mais do que os dados de infectados a nível Nacional (0,71% e 219 casos).

Nesta situação, não se vê nenhuma medida contra a concentração de passageiros nos transportes públicos, certamente uma das formas de contágio a combater.   

E o Primeiro-Ministro, em conjunto com Sua Excelência, que têm feito para que os transportes públicos sejam controlados e não sejam focos de contágio?



Em vez de lotações reduzidas as transportadoras reduziram - isso sim - circulações, obrigando a maiores concentrações de utentes, quase todos trabalhadores. 

A Scotturb - beneficiando de estranhos silêncios oficiais - reduziu circulações em cerca de 60% e, ainda hoje, continua a aplicar o Plano de Contingência.

Actualmente, só as carreiras turísticas foram repostas, havendo 40 circulações diárias para a Pena...a carreira que é uma mina pelos preços praticados. 


Basílio Adolfo Horta, tão intimo de António Costa que com ele viajou no Metro de Lisboa em campanha eleitoral, recolheu-se e não ligará a contágios nos transportes.

Por seu turno, ao Primeiro Ministro faltará tempo para apreciar os alertas sobre o que se passa em Sintra com a (i)mobilidade dos residentes que têm de trabalhar.

Cartas para Primeiro-Ministro (5, 9 e 18 de Maio), para Ministro das Infra-Estruturas (4 de Maio) e Autoridade Metropolitana dos Transportes (20.5) não tiveram êxito.

Permite-se que a transportadora faça o que entende e por que razão não impõem a imediata reposição dos horários que vigoravam antes? Ficam para o futuro?   

É inacreditável que tais políticos não assumam as responsabilidades e obriguem à fiscalização dos serviços que devem prestar e eliminem focos de contágio. 

Tais políticos denotam menos respeito pelas populações e tornam-se responsáveis pelo agravamento dos focos de contágio que ameaçam cidadãos.

Neste quadro, com Governo e Autarca alheados da boa e regular gestão dos transportes, os habitantes ficam desprotegidos e a sua saúde sempre em risco. 

É inacreditável, porque os cidadãos merecem o maior respeito.

Exige-se que Governo e Autarquia tomam as medidas adequadas à segurança sanitária dos passageiros dos transportes públicos de Sintra.

Ou será que perderam autoridade? 


Nota sobre as declarações da Senhora Directora-Geral de Saúde

Nas declarações de hoje, referiu que o aumento na Região de Lisboa teve ligação com "3 pequenos focos na área de Almada e Seixal". 

Será que Sintra não faz parte dessa mesma Região? Mas não se fala em Sintra e porquê?

Em Sintra, pelos dados de ontem foram 72 novos casos e hoje 29, como é possível que se fale de Almada e Seixal que, nos últimos dois dias, em nada se aproximou?

Alguma força oculta se move para que os casos de Sintra não sejam falados?


10 comentários:

A.Barrela disse...

E quantos recuperados?

Fernando Castelo disse...

Caro (a) A. Barrela,

Muito grato pelo tempo que dispensou a este blogue e, porque não consegue desmentir o que por aqui se escreve (procuramos ter o maior rigor e consultar fontes) faz uma pergunta: "E quantos recuperados".

Na verdade, trata-se de uma falsa pergunta, pois esses dados não são publicitados por Concelho.

Tal como os óbitos também o não são, permitindo conjecturas e, em boa verdade, manipular o estado sanitário em alguns municípios...que também não desejariam que fossem conhecidos.

Quantos recuperados em Sintra? Se sabe, ficaria muito grato por tais números e Óbitos também. Seria um precioso comentário.

Volte sempre,

Fernando Castelo

Anónimo disse...

Sintra é o segundo maior concelho em população em Portugal em termos populacionais. Com quase cerca de 400.000 habitantes. Foi dos cinco primeiros concelhos aquele que mais cresceu em população nos últimos anos , senão o único.
Está a par dos restantes concelho da zona de Lisboa relativamente à taxa de infetados sobre o número de habitantes, aliás Lisboa, Amadora e Loures têm taxas superiores em relação ao total de habitantes , no caso de Lisboa é normal ...
No entanto subscrevo o assunto trazido sobre os transportes nomeadamente a transportadora Scotturb, é triste mas é bem real as condições que as pessoas têm que se deslocar para o seu local de trabalho. Sem segurança alguma. No entanto essa mesma transportadora afeta , Cascais e Oeiras.
Resumindo temos problemas globais que acabam por afetar partes e áreas de território nacional que necessitam de melhor rigor com medidas que visem melhorar todos os concelhos.
No entanto compreendo as dificuldades sentidas por que vê de perto os problemas !
Cumprimentos
Ruben

Unknown disse...

Gostaria de saber o número por freguesia!

PrimusBaro disse...

Desde quando é que os comportamentos de risco de cada um é da responsabilidade das instituições e não dos próprios!?
Uma desresponsabilização dos cidadãos que não têem o senso comum de se manterem em casa ou no minimo manterem a mais básica regra de distanciamento social?
Não que eu seja da cor deste ou doutros governos/autarquias, mas irra, a culpa é sempre dos outros!

Fernando Castelo disse...

Caro PrimusBaro,

O caro visitante poderia ter escolhido outro "user" porque pode confundir-se com Primus Basílius ou Primus Basófilos (desculpará o humor que o caso é sério.

Na realidade, como começa o senso das populações? Com medidas credíveis e provas de confiança no poder constituído. É para isso que são eleitos, para procurar o melhor para as populações e não fazerem jogos de influência em certos sectores, que quase sempre não dos menos bafejados.

Por outro lado, há a necessidade de infraestruturas para servirem a comunidade, facto que se torna mais visível não ser prioritário ao invés de promoções pessoais para efeitos nitidamente eleitoralistas.

Quer os comboios, quer os autocarros, cada vez servem pior os sintrenses mas o presidente da Câmara, no caso Basílio Adolfo Horta, quando fala até tem mostrado apreço pelo serviço...embora seja mau. Que fez ele e António Costa para que a Scotturb não aplicasse o law-off e garantisse transportes seguros aos utentes, pagantes de assinaturas? Nada.

Então a culpa é sua, uma vez que os governantes - pelo que sugere - estão ilibados?

Minha não é e, para conforto pessoal enquanto cidadão, tenho escrito pela via oficial aos governantes que, do alto do seu poder, nem ligam nem actuam...

Depois, e já agora, há a credibilidade: Então, durante uns fins de semana, eram autoridades por aqui e ali para não se atravessar a ponte...precisas cartas declarações...etc...e de súbito, depois de ter estado em quarentena, o Presidente surge a preparar-se para tomar banho na praia de Cascais e o PM na praia.

Então eu é que sou culpado? Atribuir responsabilidades ao autarca e ao governante?

Um abraço

Nota: Enquanto isso, os contaminados aumentam. Hoje (dados de ontem) são mais 33 em Sintra e, como não tenho acesso (será também minha culpa?) porque encobrem os óbitos e os recuperados por concelho?

Fernando Castelo disse...

Caro Unknow,

Grato pela sua visita.

Também gostaria de saber por freguesia porque isso ajudaria muito a avaliar-se as medidas de protecção das pessoas. Que transportes usam, que comércio frequentam.

Também - e não será por acaso - Se indicam os infectados por Concelho, porque não indicam os Recuperados e Óbitos também por concelhos?

Claro que assim as populações não podem controlar a veracidade dos dados.

Volte sempre

Fernando Castelo disse...

Caro Ruben,

Muito grato pela sua visita.

A questão que se nos coloca é muito preocupante porque há uma cortina que pretende tapar a realidade e as causas, tentando atribuir a culpa às potenciais vítimas.

O Presidente da Camara que diga quanto custou aos munícipes a Vivenda Mont Fleuri onde ele se acolhe como uma residência presidencial.

E apreciemos a dotação financeira que fez ao Hospital Fernando da Fonseca, quando poderia ter investido em Sintra em instituições de segurança comunitária.

Já nem falemos das máscaras, uma patética "promoção" pessoal totalmente desacreditada.

Quanto à Scotturb, Basílio Horta deveria ser obrigado a viajar lá entre Cascais e Sintra, e veria como respeitar os trabalhadores que são transportados nesse trajecto de manhã e à tarde.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Sejamos sérios, que culpa têm a câmara da falta de civismo dos seus munícipes? tenho mais receio agora de andar na rua do que tinha há um mês, as pessoas confundem desconfinamento com fim da pandemia, o virus continua ativo, as pessoas é que se tornaram menos vigilantes e menos cuidadosas. Em muitos supermercados já nem o distanciamento se respeita nas filas, as linhas estão traçadas no chão mas é para inglês ver. Na rua dos Lirios em mem martins ainda ontem num café com o mesmo nome estava o empregado(dono não faço ideia) a atender sem máscara, com 2 clientes idosos dentro do café também eles sem máscara, isso vi com meus olhos. No Aldi em Mem Martins já tenho visto com lotação muito alêm do que é permitida, na Auchan as pessoas não respeitam o espaço dos demais, junto aos cafés juntam-se aglomerados de idosos sem qualquer distância social, isso é agora, imagino quando começar o futebol. Há muita coisa que puderia ser melhorada, mas por muito coisa que possa melhorar nada resulta de não houver civismo e respeito

Fernando Castelo disse...

Caro(a) Anónimo (a),

Ainda bem que fez este comentário porque é muito pertinente.

Se me permite começarei pelo fim: Concentração em superfícies comerciais.

Há algum tempo, verificando que numa superfície mais antiga que não cita os corredores estavam - como é habitual nesse hipermercado - totalmente atafulhados de produtos para "provocar" a compra, recebi de uma pessoa muito credível da Câmara a informação de que não era à Câmara que competia fiscalizar. "Era com a ASAE". Escrevi à ASAE e, muitos dias depois, com a lentidão que o vírus não respeita, escreveram-me a dizer que não era com a ASAE...era com a DGS, e amavelmente diziam que tinham enviado a minha informação.

Até hoje nada se modificou.

Agora sobre o tema no essencial.

É evidente que as pessoas não respeitam (eu sou obrigado a não respeitar religiosamente os cuidados porque, por razão dos transportes, tenho de levar e ir buscar familiares ao comboio, mas tomo todas as medidas possíveis.

Vá a Sintra...onde há uma polícia municipal que devia actuar cá e em todo o concelho, passam pelas esplanadas e não vêem pessoas sentadas quase em cima uns dos outros? Ainda por cima sem máscaras? Eu vejo.

Os mesmos que às vezes, mostrando querer ser autoridade, se colocam nas rotundas, deveriam neste contexto ser fiscalizadores e aconselharem as pessoas às restrições. Não concordará?

E onde se mete o presidente da Câmara? Vai para o Mont Fleuri? Ele que metia no odioso dos estacionamentos a policial municipal a serem os maus da fita agora que medidas toma?

Uma Câmara Municipal tem obrigações na sociedade que, em casos de crise, mais exigem a intervenção para a protecção de todos.

E não acabaria aqui, mas seria cansativo.

Cumprimentos