Há dias, a propósito do abandono em que está a Vila Histórica e do do turismo a ela associado, aludia-se a "conhecedores" com "assento" em conselhos existentes.
A citação - oportuna - do "gabarito" de membros dos "conselhos" de Opinião e Cultura, leva-nos a meditar nos porquês do seu silenciamento em casos relevantes.
Correndo o risco de nos tornarmos ainda mais "velhos do Restelo" do que já éramos, voltamos ao que, com contornos de cumplicidade, silencia a Gandarinha.
Gandarinha antes das actuais obras de "recuperação"
É facilmente visível e mensurável a área que era ocupada pelo edifício que existia e que, naturalmente, se desejava fosse recuperado para uma utilização interessante.
Provavelmente, com estudos adequados e ajustes devidamente justificados, o espaço de construção poderia ser aumentado sem que constituísse agressão ao local.
Porque a Gandarinha - facto que se admite não ter sido dito ao Sr. Dr. Basílio Horta enquanto Presidente da Câmara - está dentro da Área Protegida da Unesco.
Mas Basílio Horta, o da "atracção" do "investimento", teórico de que o "investimento depende do licenciamento", licenciou o monstro e exigiu um silo público.
Hoje, as consequências de decisões que chocam com o espírito do lugar, paisagem e Zona protegida pela Unesco, são dolorosas para quem ama Sintra e sua História.
Toda esta construção ocupa o espaço assinalado na foto anterior
Efeitos na paisagem em termos inacabados, pois há vários pilares à espera de cobertura
Deve perguntar-se como foi possível esta obra avançar numa agressão inqualificável ao Património Histórico e ao Lugar?
Lembramo-nos do que foi dito e objectado contra a construção de um Hotel na Quinta de Santa Theresa em S. Pedro. Outros tempos...
Terminamos como começámos, agora perguntando das razões de tanto silêncio público dos "conselheiros" com "assento" nos "Conselhos de Opinião e de Cultura"...
Sintra não merece isto.
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