Certamente com o coche cheio, iremos calmamente até às Mesas de Voto. Pelo caminho contaremos uma breve história, que para muitos será desconhecida.
Foi no ano de 1960 que este mancebo se apresentou numa freguesia e disse ao que ia: "quero inscrever-me como eleitor porque atingi a idade de o poder fazer".
Puseram-me em frente uma folha de papel azul - com 25 linhas - fiz um requerimento (deram-me o texto) onde subscrevi uma declaração para mim idiomática.
A partir dessa altura, nem uma só vez falhei a votar, contrariado ou não, desiludido ou não, mas sempre com a esperança de que tudo um dia mudaria para melhor.
Ainda hoje acredito...
Passaram eleições com Listas da CDE e a sua concorrente CEUD, denotando o divisionismo que existia - já nessa altura - entre a Oposição.
Nas eleições de Humberto Delgado vimos a violência na Rua Augusta com cavalos atirados contra pessoas. Tantas limitações à liberdade...
E veio Abril. E vieram novos tempos. E tivemos tantas desilusões. Não desistimos.
Com que alegria fui várias vezes Presidente de Mesas de Votos, quando era tudo trabalho gratuito, de entrega, de partilha da sociedade com os nossos concidadãos.
Com honra fui cabeça de lista a uma Freguesia e, para sorte dos eleitores, não fui eleito mas ajudou a minha determinação em defender as populações e não o poder.
Hoje, quando se disputam lugares em Mesas de Voto, não é fácil entender como há remuneração para tão elevada honra.
Estamos a chegar...é só amarrar os esforçados equídeos...que hoje teriam descanso.
Continuarei a votar sempre, sempre com infinita esperança.
Um Bom Dia de Eleições para todos e para o nosso futuro.
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