segunda-feira, 9 de outubro de 2017

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS...3 "FANTÁSTICOS" INDICADORES...

Decorrido o tempo suficiente para retemperarmos a realidade da nossa vida política e o que dizem os políticos, apurámos três flashes eleitorais que se diluirão na história.

A noite ia alta e, depois da prioridade televisiva para outros municípios e forças políticas, até a peritos residentes, era preciso encher tempos de programação...

Quase a meio do sono, três fantásticos indicadores surgiam no éter eleitoral...

Lisboa, Candidata contra a corrente...

Teresa Leal Coelho, sem veia autárquica, envolta em bolinhas vermelhas, deu um indicador cultural com a palavra: SAUDO, para saudar Fernando Medina.

Excerto de parte da transmissão da RTP

Podia ter-se enganado...o português é muito traiçoeiro...mas insistiu na saudação.

Um indicador diz-nos que foi empurrada para uma corrente vazante e não voltará a ter outra maré com força suficiente para a trazer de volta...

Oeiras, carismática "repesca" ...

Isaltino Morais, pelas sua reconhecidas faculdades nem precisava de ligações partidárias, bastando-lhe a solidariedade dos seus companheiros e irmãos de luta.

Autarca em pelo menos seis mandatos, ser Presidente torna-se viral,  não se recolhendo em lugares secundários mais cómodos até ao fim da sua vida política. 


Excerto de parte da transmissão da RTP

Um indicador precioso é a nova visão do eleitorado perante um gestor abnegado pelo bem de todos, repescando um político com virtudes comuns a muitos outros.

Sintra, no 1018º dia da estrutura não removida

A antena da RTP abriu-se-lhe quando não falava sobre o acto eleitoral nem tinhamos imagens dos apoiantes. Basílio Horta igual a ele mesmo, com traços de agressividade política, parecia estar em arrancada para a campanha eleitoral de 2021...


Excerto da transmissão televisiva da RTP

Disseram-nos - não acreditamos - que Basílio Horta, Presidente da Câmara e eleito para um segundo mandato indigitado pelo PS, falou no Hotel Central, local ideal...

...Para esclarecer - finalmente - das razões pelas quais há 1018 dias se aguarda que decida a remoção da estrutura montada no Hotel Central (por favor clique).

"Vão ver...Vão ver"... "Uma Larga Estrada"...(*)

Tivemos momentos fantásticos flashados de "Vão ver...Vão ver", como que a passar uma esponja sobre o mandato anterior...e transferindo para os próximos seis meses...

Tudo de vulto: - Projecto de um Hospital que não será hospital em todas as suas valências; Pousada a construir em terreno alheio com 3,2 milhões de euros que são nossos e  um dia passará a ser património das Infraestruturas de Portugal.

Foi uma intervenção estranha. Talvez pelo avançado da hora. Acabou por levantar dúvidas sobre o conhecimento efectivo da realidade sintrense. Ninguém o actualiza?

Ainda esta manhã havia marcas do passado neste buraco histórico...


Falhanço dos cuidados com segurança dos peões (esta manhã, ainda sem carros)

Um edifício propriedade da Câmara estava assim esta manhã:

O estado em que a Câmara mantém o Casal de S. Domingos (esta manhã)

Que crédito podemos dar às promessas de futuro, com este passado presente?

E os novos eleitos? a nova equipa?


A nova equipa do Executivo, enriquecida com uma Vereadora que fez parte da equipa de Fernando Seara, tem na sua composição pessoas com larga visão de Sintra.

Será que irão comungar das mesmas filosofias e práticas, procurando esconder o abandono a que o Centro Histórico foi votado, aqui simbolizado pela Rua dos Arcos?


Rua dos Arcos, debaixo da esplanada do Central e Paris (foto desta manhã)

Sentir-se-ão confortáveis perante as responsabilidades pela degradação do histórico Parque da Liberdade e incapacidade de gerir um espaço apreciado por gerações?

Acreditarão eles no novo discurso quando pequenas mas relevantes intervenções se exigiam e foram sistematicamente desvalorizados ou desconsideradas?

Os indicadores não garantem a credibilidade das promessas, ainda por cima quando tudo é dito na primeira pessoa, sem termos palavras de outros eleitos confiáveis.

Sintra continua a não merecer isto.

Pela nossa parte não calaremos a indignação.


(*) - Por favor não confundir com o poema de Walt Whitman "Canção da Estrada Larga", editado nos Cadernos da Seara Nova (Secção de Textos Literários). Basílio Horta nem conhecerá tal obra de pendor crítico às influência anti-democráticas do passado. 


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