"O Livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive" - Padre António Vieira
Hoje, Amigos, ficaremos por cá...recordando peças do arquivo das vidas.
Em 1972 celebrou-se o Ano Internacional do Livro. Passaram 45 anos...
Em 26.7.72, de um jornal vespertino (desculpem não garantir se Diário Popular, de Lisboa ou A República) recortámos dois belos poemas de Alexandre O'Neill.
Revendo, relendo, fixando memórias, arquivos e notas, temas e razões, quantos de nós estão nas palavras de O'Neill, sentindo que não há vidas arquivadas.
As nossas memórias estão em milhões de caixinhas que temos o cuidado de fechar quase hermeticamente, mas a que não conseguimos fugir em certos momentos.
Ao abrirmos - confessamos que propositadamente, mas não o divulguem - esta caixinha fechada há 45 anos, caíram-nos em cima momentos bons e maus da Vida.
Em 1972 celebrou-se o Ano Internacional do Livro. Passaram 45 anos...
Em 26.7.72, de um jornal vespertino (desculpem não garantir se Diário Popular, de Lisboa ou A República) recortámos dois belos poemas de Alexandre O'Neill.
Revendo, relendo, fixando memórias, arquivos e notas, temas e razões, quantos de nós estão nas palavras de O'Neill, sentindo que não há vidas arquivadas.
As nossas memórias estão em milhões de caixinhas que temos o cuidado de fechar quase hermeticamente, mas a que não conseguimos fugir em certos momentos.
Ao abrirmos - confessamos que propositadamente, mas não o divulguem - esta caixinha fechada há 45 anos, caíram-nos em cima momentos bons e maus da Vida.
Parece ser bom passar uma mão nesta escultura e...realizam-se sonhos. Estamos em fila de espera
A Vida Não É de Abrolhos
A vida não é de abrolhos.
É de abr'olhos.
A vida não é de escolhos.
É de escolhas.
Porque me olhas e m'olhas?
Porque me forras a alma
com o relento de um sentimento?
Serei eu a tua escolha?
Abre os olhos e olha,
Que eu já me escolhi em ti!
O INOMINADO
Se eu não fizer
assim (como hei-de dizer?) amor
sim amor contigo
muitas (meudeus!) vezes
com preguicinhas boas
tolices ao ouvido
revoadas de beijos
repentes dentes
olhares pestanejados com carinho
oh
nem terei nome
serei o "coiso" "esse aí" o "como
é que ele se chama?"
o que dorme singelo
o que ninguém (ai, ai) ama.
Não temos palavras para esta escultura
Antes de os voltarmos a colocar numa das gavetas da memória, onde ficarão -de novo - tão bem guardados, decidimos partilhá-los, porque são pedaços de Cultura.
Talvez daqui a 45 anos, alguns dos visitantes de hoje os releia e republique...
São os sentimentos...as memórias.
Um Bom Domingo para todos.
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